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Carla Bertelli – 5° Período Síndromes Cerebelares Síndromes Cerebelares Anatomia do Cerebelo Fissura Prima – divide o lobo anterior do lobo posterior do cerebelo í - primeira a se formar e divide o cerebelo em lobo flóculo-nodular formado pelo flóculo e pelo nódulo e o corpo do cerebelo, formado pelo restante do órgão Desenvolvimento Cerebelar Primeira fase: cerebelo vestibular- vertebrados primitivos, equilíbrio no meio líquido, impulsos dos canais semi-circulares. Estes animais são desprovidos de membros. Relações vestibulares com cerebelo Segunda fase: cerebelo medular- possuem membros – as nadadeiras, fusos neuromusculares, esta segunda fase adiciona-se a medula espinhal ao arquicerebelo. Aqui surgiram fusos neuromusculares e órgãos neurotendíneos que originam impulsos nervosos proprioceptivos os quais levam ao cerebelo o grau de contração muscular. Controla assim o tônus muscular e a postura. Terceira fase: cerebelo cortical-movimentos mais finos, desenvolvimento do córtex cerebral. Surgindo aqui Carla Bertelli – 5° Período movimentos finos e assimétricos. Aqui acontece o maior desenvolvimento do córtex cerebral Conexões eferentes Exerce influência sobre os neurônios motores da medula, sempre em conexões com tronco, tálamo e ou áreas motoras. Do vérmis via tractos fastígiovestibulares e fastígio-reticulares. Ambos a influência do cerebelo é sobre os neurônios motores do grupo medial da coluna anterior que controla a musculatura axial e proximal dos membros, mantendo o equilíbrio e a postura. é : Zona intermédia ao núcleo interpósito, ao rubro e deste ao tálamo do lado oposto. Constituem assim as vias interpósito-rubro-espinhal e interpósito-tálamo-cortical, esta onde se origina o tracto córtico-espinhal. Ação sobre o grupo lateral de neurônios da coluna anterior que controla os músculos distais dos membros responsáveis pelos movimentos delicados. Da zona lateral fazem sinapse no núcleo denteado, deste para o tálamo do lado e então para área motora. Aqui se origina o tracto córtico-espinhal. Assim o núcleo denteado participa da atividade motora sobre a musculatura distal também com responsabilidades nos movimentos delicados. çã í : Exercida pelo arquicerebelo e pela zona medial (vérmis). Mantém equilíbrio e a postura mesmo em deslocamento do corpo. Pelos tractos vestíbulo e reticulo-espinhal. ô Manutenção do tônus exercida pelo cerebelo, núcleos denteado e interpósito, via tractos córtico e rubro-espinhal. Controle dos Movimentos Voluntários: São duas etapas: • : Elaborado na zona lateral do órgão trazida pela via córtico-pontocerebelar originada em áreas de associação no córtex. O plano motor então retorna ao córtex pela via dentotálamo- cortical e colocada finalmente em ação pelo tracto córtico-espinhal. O controle de todo este sistema é realizado na zona intermédia cerebelar • çã Através da via interpósito- tálamo-cortical que promove as correções devidas agindo sobrea áreas motoras do tracto córtico- espinhal. Carla Bertelli – 5° Período Aprendizagem Motora: Sabemos que uma atividade motora exercida várias vezes se torna cada vez mais perfeita. O cerebelo participa deste processo através das fibras olivo-cerebelares • Observação da postura e da marcha Ataxia Lesões na linha média, que afetam o vérmis cerebelar, paciente assume uma postura de base ampla quando caminha lembrando individuo embriagado. Marcha permanece inalterada estando paciente com olhos abertos ou fechados, sugerindo que esta NÃO é resultado de quebra de estímulos proprioceptivos. Lesões em hemisfério cerebelar paciente tende a desviar para o lado afetado. Marcha geralmente paciente consegue compensar com olhos abertos, mas deterioram ao fechar os olhos. • Coordenação dos membros melhor avaliada pelas provas do índex-nariz e calcanhar-tíbia Dismetria Incapacidade de efetuar movimentos com a distância apropriada. Consiste em hipo e hipermetria. A hipometria ocorre durante a execução de movimentos lentos e a hipermetria em movimentos rápidos. Para corrigir este erro de aproximação paciente realiza múltiplas e pequenas contrações da musculatura agonista e antagonista levando a produção de oscilações de grande amplitude que são os tremores de movimento Disdiadococinesia Paciente com dificuldade de realizar movimentos repetitivos, alternados e rápidos com as mãos e ou os dedos. é çã çã Tremor Através de lesões q afetem as fibras cerebelares eferentes através do pedúnculo cerebelar superior. Movimentos são grosseiros Nistagmo Em lesões cerebelares unilaterais e este mais proeminente no lado afetado Pode ser natural ou algo patológico. Hipotonia Não tão comum e difícil de documentar. Membro torna- se flácido quando se movimenta passivamente e após se deixa solto. Geralmente na fase aguda de lesões do neocerebelo Fala Fluência e clareza da fala testam-se pedindo para paciente repetir vária vezes uma frase. Articulação, fonação e respiração estão desarticuladas. Compreensão e expressão dos significados ok. Porém melodia anormal (disprododia). Asinergia do Tronco O paciente ao deambular levanta exageradamente os pés do chão, porque exagera na flexão da coxa, mas leva o pé pouco p frente devido o tronco não ter avançado. Para conseguir deambular necessita de ajuda ou de apoio com muletas Transtorno da Escrita Tremor, dismetria, escrita irregular e geralmente macrobafia. Carla Bertelli – 5° Período Síndromes Cerebelares Hereditárias • Associação com amiotrofia neural de Charcot, Marie e Tooth; Distasia arrefléxica hereditária de Roussy e Lévy; Pé torto familial com arreflexia tendin(Symonds e Shaw) Ataxia da coluna posterior (Biemond) • á á – (certas famílias com ataxia hereditária de Marie, Sanger-Brown e Klippel- Durante) Associação com paraplegia espástica hereditária • Ataxia hereditária do tipo Menzel • Degeneração espino-cerebelar subaguda (carcinogênica e esporádica) • Ataxia hereditária do tipo Holmes – Atrofia cortical cerebelar tardia (Marie, Foi e Alajouanine) Tipo familial subagudo (Akelaitis) • Atrofia difusa das células de Purkinje (tóxica e carcinogênica) • Atrofia olivo-ponto-cerebelar (Déjérine, André- Thomas) • Atrofia dentato-rubra «Dyssynergia cerebellaris myoclonica» (Ramsay Hunt) Adquiridas • Doença vascular encefálica • Tumores • Abscessos • Doenças desmielinizantes (esclerose múltipla, leucoencefalopatia multifocal progressiva). • Vírus • Príons • Doenças metabólicas: hipotireoidismo, deficiência de tiamina, deficiência de vitamina E, acidemia hiperpirúvica da infância, síndrome de Leigh, doendo de Refsum • Paraneoplásica Ocorre devido a presença de tumores, geralmente benignos -Frequencia maior em crianças menores de 10 anos -Origina-se no tecto do IV ventrículo- tumores -Compressão do nódulo e flóculo -Perda de equilíbrio e dificuldade de manter-se em pé -Ausência de alterações no tônus • Presença de hidrocefalia devido ao bloqueio do aqueduto de sylvius • Principal causa: uso crônico de álcool • Degeneração do córtex e do lobo anterior (cerebelo atrofia) • Perda de equilíbrio • Base alargada • Ataxia de membros inferiores Carla Bertelli – 5° Período No lobo anterior do cerebelo • Hematoma subdural crônico na imagem da direita, com desvio da linha média • Atrofia Cerebral + Lesão de crânio Cerebelo posterior • Paciente fica encontrando o ponto de equilíbrio • Incoordenação Motora • Dismetria – Execução defeituosa para atingir um alvo. Não se consegue dosar a quantidade de movimentos para tal. • Índex-nariz • Calcanhar-joelho • Descomposição- Dificuldade de realizar movimentos complexos de mais articulações ao mesmo tempo • Disdiadococinesia-Dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados. Polegar com indicador e médio, palma das mãos • Rechaço- Flexão do antebraço contra resistência no punho. Quando de lesão neocerebelar a musculatura extensora custa a agir e inevitavelmente paciente acaba por se agredir. Stewarts-Holmes Lesões do Neocerebelo AVC Isquêmico AVC Hemorrágicos • Hematoma extradural do descolamento do seio transverso – imagem à direita Abcesso Cerebral 4 fases: 1 – Cerebrite Precoce 2 – Cerebrite Tardia Carla Bertelli – 5° Período 3 – Encapsulação Precoce 4 – Encapsulação Total com foco necrótico ê - Basicamente, existem cinco situações envolvidas no desenvomimento de abscessos no SNC: 1. foco supurativo contíguo ao SNC (otites, mastoldites, sinusites): 2. disseminação hematogênica de foco infeccioso, 3. abertura da dura mater cirúrgica ou traumática; 4. imunossupressão: 5. ronte desconhecida, Focos infecciosos contíguos do SNC. como otites. mastoidites, sinusites e foco dentário são a principal causa Geralmente levam a abscesso único, superficial, contíguo ao foco, e tem bom prognóstico com o tratamento clínico instituído1-4 como é o caso ora apresentado Classicamente, otite e mastoidite levam ao surgimento de abscesso temporal ou cerebelar ou combinado temporal cerebelar? A rota de infecção pode ser por osteomielite do 0s50 adjacente ou por mediação venosa, causada por tromboflebite retrógrada das veias emissárias Aqueles produzidos por disseminação hematogênica são geralmente múltiplos, profundos, pobremente encapsulados na época de diagnóstico, apresentando pior prognóstico. Distribuem-se nas áreas de maior fluxo sanguíneo cerebral, predominando portanto no território da artéria cerebral média Os principais focos são cardiacos, pulmonares, cutâneos, abdominais, ósseos, procedimentos médicos invasivos. A abertura da dura mater, cirúrgica ou pos-traumatica também è causa de abscessos. A persistência de corpo estranho, projeteis de arma de fogo (PAF) esquirolas ósseas e fistulas liquóricas pós-traumáticas, são os principais responsáveis. A imunosupressão de qualquer etiologia, como AIDS, quimioterapia, transplante, é fator predisponente importante para o desenvolmento de abscessos cerebrais e cerebelares, e estes devem ser sempre lembrados nos pacientes que agresentam sinais e sintomas neurológicos em qualquer momento de sua evolução clínica. Além dos agentes bacterianos comuns, os pacientes imunodeprimidos estão predispostos a outra gama de patogenos oportunistas, como os tungos, que também podem causar abscessos rúngicos, como criptococos e nocardial S ê - O conhecimento da evolução histológica dos auscessos no SNO ceve. se aos estudos de Britt e Enzmann5 Há 4 estágios evolutivos na formação dos abscessos cerebrais. | cerebrite precoce - 1° ad 3° dia. 2 ceretirite tardia - 49 ao 30 dia, 3 encapsulação precoce - 10% ao 139 dia, 4. encapsulação total com foco necrótico 149 dia em diante Cerebelite Viral • Mais comum em crianças • Hipersinal da RM A cerebelite aguda ou atavia cerebelar aguda é uma síndrome inflamatória incomum caracterizada por uma disfunção precoce do cerebelo. Embora geralmente seja benigna e autolimitada, pode cursar com alterações fulminantes E considerada uma das principais causas de distunção cerebelar aguda na intância e sua etiologia pode ser infecciosa, usualmente viral, pós-infecciosa ou pós-vacina. A origem viral pós-varicela é a mais relatada, ocorrendo em 25% dos pacientes infantes acometidos O quadro clínico geralmente é variável, com febre, movimentos oculares espontâneos anormais, tremor, ataxia de tronco e membros, disartria, cefaleia, náuseas, vómitos e alteração de consciência. Menos frequentemente podem ocorrer sinais de irritação meníngea e crises convulsivas. Complicações graves como hipertensão intracraniana, hidroceralia obstrutiva, herniação das tonsilas e compressão de tronco cerebral são menos comum. O diagnóstico de cerebelite aguda pode ser difícil na vigência de sinais e sintomas sutis de comprometimento cerebelar e análise do liquido cefalorraquiano normal, sendo as imagens obtidas pelo exame de ressonância magnética (RM) valiosas no diagnóstico precoce. Carla Bertelli – 5° Período Doenças Priônicas Príons causam doença neurodegenerativa por formação de agregados extracelulares dentro do sistema nervoso central que formam placas conhecidas por amilóide, que rompem as estruturas do tecido normal. Este rompimento é caracterizado por "buracos" no tecido que resultam numa arquitetura espongiforme devido a foriação de vacúolos nos neurônios.. Outras mudanças histológicas incluem a astrogliose e a ausência de uma reação inflamatória. Enquanto o período de incubação das doenças priônicas é geralmente longo, uma vez que os sintomas aparecem, a doença progride rapidamente, levando a danos cerebrais e morte. Os sintomas neurodegenerativos podem incluir convulsões, demência, ataxia e mudanças comportamentais e de personalidade. Paciente parado, pés juntos, mãos junto ao corpo, de olhos fechados cerca de 1 min. Se gerar instabilidade, paciente balançar e ou cair este é positivo. Avalia o que: Ataxia de natureza sensorial. Lesão de coluna posterior onde passa estímulos para localização das grandes articulações e sensibilidade vibratória Tabes Dorsalis e Polirradiculoneuropatias sensitivas crônicas Se negativo, sugere que lesão em cerebelo. Paciente permanecer com base alargada. Diagnóstico Topográfico Cerebelar - Coordenação deficiente de grupamento muscular ou órgãos que normalmente trabalham em concordância. Carla Bertelli – 5° Período
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