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Aula HVAC

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Grupo HCT 
Curso: 
Ar Condicionado e Refrigeração 
Projeto e Dimensionamento-01
Prof. Carlos Pádua
Apresentação dos módulos do curso Módulo 1
 MÓDULO 1:
- Introdução: Histórico, Fundamentos e Aplicações
- Conceitos de Temperatura, Pressão e Densidade
- Mecanismos da Transmissão de Calor (Condução, Radiação e Convecção)
- Leis Básicas da Transmissão de Calor
- Condutibilidade Térmica e Materiais Isolantes
- Estruturas Compostas e Coeficiente Global de Transmissão de calor
- Tabelas de Coeficientes para Paredes, Tetos e Telhados Usuais
 MÓDULO 2:
- Conceitos de Psicrometria 
- Ar atmosférico: Composição, Propriedades, Lei dos Gases Perfeitos
- Propriedades do Ar Seco e do Ar Úmido
- Apresentação da Carta Psicrométrica
- Processos Psicrométricos
- Utilização da Carta Psicrométrica - Exemplos 
- Exercícios de Psicrometria 
 MÓDULO 3:
- Refrigeração: Ciclo Básico e Ciclo Real
- O Diagrama P-h (Pressão x Entalpia)
- Principais Componentes do Ciclo de Refrigeração
- Sistemas de Expansão Direta e Indireta
- Compressores – Tipos e Eficiência
- Evaporadores, Condensadores e Válvulas de Expansão
- Gases Refrigerantes
2
Apresentação dos módulos do curso (continuação) Módulo 1
 MÓDULO 4:
- Cálculo de Carga Térmica – Objetivos
- Apresentação da NBR 16401
- Renovação de Ar e Infiltração
- Metodologias de Cálculo de Carga Térmica
- Condições de Projeto Internas e Externas
- Ganhos de Calor Sensível e Latente 
- Ganhos de Calor Externos e Internos 
- Exemplo de Carga Térmica em Sistemas de Ar Condicionado
 MÓDULO 5:
- Tipos de Sistemas de Ar Condicionado - Equipamentos e suas Aplicações 
- Ventiladores – Tipos e Seleção para Aplicação em Equipamentos de Ar Condicionado
- Seleção de Equipamentos de Expansão Direta: Splits; Self-Contained cond. a Ar e a Água, Roof-Top’s, VRF
- Seleção de Equipamentos de Expansão Indireta: Fan-Coils, AHU’s e Chillers
- Torres de Resfriamento
- Bombas de Água de Resfriamento e Água Gelada
 MÓDULO 6:
• Redes de Dutos: Finalidade e Conceitos Básicos
• Forma Construtiva (Retangulares, Circulares, Ovais)
• Materiais de Dutos e Isolamento Térmico
• Dimensionamento de Dutos 
• Cálculo de Perda de Carga em Dutos
• Métodos de Difusão de Ar
• Dispositivos de Distribuição de ar: Aplicação e Seleção 
3
Apresentação dos módulos do curso (continuação) Módulo 1
 MÓDULO 7:
- Qualidade do Ar – Fundamentos
- Aplicação da Norma ABNT 16401-3
- Filtragem: Conceitos, Normas e Classificação 
- Tipos de Filtros e sua Utilização
- Redes Hidráulicas: Aplicações, Especificação de Materiais e Isolamento Térmico 
- Dimensionamento e Cálculo de Perda de Carga das Redes Hidráulicas
 MÓDULO 8:
- Aplicações Especiais (Noções):
• Hospitais;
• Indústrias Farmacêuticas (Sala Limpa);
• Laboratórios; 
• CPD;
• Navios e Plataformas Offshore;
• Outros
- Noções de Termoacumulação
- Noções de Cogeração
- Noções de Instrumentação e Controle Aplicados ao Sistema de HVAC
- Noções de Comissionamento em Sistemas de HVAC
- Considerações Finais do Curso
4
Referências bibliográficas Módulo 1
 ASHRAE – American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers Handbooks:
- Fundamental Volume, 2017
- Refrigeration Volume, 2018
- Applications Volume, 2015
- System and Equipment, 2016
 Carrier – Handbook of Air Conditioning System Design, 1965
 Trane, Air Conditioning Manual, 1989
 Dossat Roy J., Princípios da Refrigeração, 2004
 Stoecker W. F., Refrigeração e Ar Condicionado, McGraw-Hill, 1985
 Creder, H., Instalações de Ar Condicionado, 5a edição, LTCE, 1996.
 Smacna – HVAC Duct Constructions Standards, 2014
 ABNT NBR 16401 – Instalações de Ar Condicionado, 2008
 ABNT NBR 15220 – Desempenho Térmico de Edificações
5
Histórico do desenvolvimento do HVAC-R Módulo 1
Conceitos de condicionamento de ar desde a antiguidade:
- Roma antiga - água circulando por paredes de residências;
- Uso da neve e do gelo natural na produção de alimentos gelados - Antiguidade (gregos e romanos)
- China sec. II – ventilador (roda) operação manual ou por água;
- Egito e Pérsia – torres para captação do ar;
- 1620 – Inventor holandês Cornelius Drebbel transformou verão em inverno para o Rei James I.
- Uso do gelo natural para conservação de alimentos (Francis Bacon - 1626) – transportados em 
navios – primeiras geladeiras residenciais (a partir de 1683)
- Produção de gelo artificial usando evaporação de amônia (Jacob Perkins - 1834)
Início da Indústria do Ar Condicionado:
- Refrigeração → parte inseparável do Ar Condicionado → trabalhos de Boyle, Carnot e outros nos 
sec. XVIII e XIX - termodinâmica
- 1902: Willis Carrier → pai do condicionamento de ar → indústria gráfica → sistema para 
desumidificar o ambiente por meio do resfriamento do ar; 
- 1906 / 1913: Carta psicrométrica – Carrier e Mollier;
- 1914 / 1922: Primeiro ar condicionado conforto residencial / teatro;
- Uso de refrigerador doméstico usando CFC’s (1920)
- Indústria atual – Eficiência energética, qualidade do ar e automação
Recomendação: Documentários BBC.Absolute.Zero.1of2.The.Conquest.of.Cold / 
BBC.Absolute.Zero.2of2.The.Race.for.Absolute.Zero
6
Temperatura – conceitos e escalas Módulo 1
Definição: A temperatura é uma propriedade Termodinâmica. Define o potencial da energia interna
de um corpo através do grau de agitação de suas moléculas e, portanto, pode medir o seu grau de
aquecimento. O entendimento desse conceito é fundamental na compreensão dos processos de
que envolvem controle de temperatura do ar ambiente.
Escalas de Temperatura: É necessário escolher dois pontos fixos e atribuir valores numéricos a esses 
dois pontos. 
Correlação entre as escalas de temperatura: C = F - 32 = K - 273 = R - 492
5 9 5 9
OBS: 1) Somente as escalas Kelvin e Rankine são escalas termodinâmicas absolutas.
2) Como as divisões das escalas °C e °F são iguais respectivamente às divisões das escalas K e
R, as primeiras podem ser usadas para exprimir variações (diferenças) de temperaturas
lineares na transmissão de calor. 7
Pressão – conceitos e unidades Módulo 1
Conceito: Um homem que usa esquis pode ficar sobre a neve sem se afundar muito, mas se ele sair
dos seus esquis, seus pés provavelmente se afundarão profundamente na neve. No primeiro caso, o
peso do homem é distribuído sobre uma grande superfície (os esquis). No segundo caso, o mesmo
peso é distribuído pela área de suas solas de sapato, que é uma área muito menor do que a área dos
esquis. Ou seja, o peso (força) é o mesmo nos dois casos, porém a pressão que o homem exerce sobre
a superfície da neve é diferente.
Vácuo: É definido como uma pressão absoluta de 0 Pa, mas como é quase impossível obter isso, o
termo é usado geralmente para descrever uma pressão muito menor do que a pressão atmosférica.
8
Definição: A pressão é a quantidade de força por unidade de superfície,
ou seja, é a força total aplicada em uma área. Por razões de ordem
prática, costuma-se diferenciar a Pressão Absoluta da Pressão
Manométrica (também chamada de Pressão Relativa ou Efetiva). Esta
última, é a pressão acima da pressão atmosférica e se obtém,
subtraindo-se a pressão atmosférica (101,325 kPa = 1,013 bar) da
pressão absoluta. Para líquidos, teremos:
- Pressão Absoluta: é a pressão total em um ponto qualquer no interior
do líquido, sendo igual à soma da pressão da altura da coluna de líquido
com a pressão atmosférica;
- Pressão Manométrica: é o valor da pressão causada pela altura da
coluna de líquido, correspondendo a uma indicação do quanto a
pressão no ponto é maior do que a pressão atmosférica. Recebe
este nome por ser mensurada por manômetros.
Unidades: De acordo com o SI, a unidade de pressão é o N/m2, que
recebe o nome de Pascal. Logo 1N/m2 = 1Pa. No entanto, ainda poderão
ser encontrados instrumentos de medição apresentando leituras de
pressão nas unidades kgf/cm2, atmosfera (atm), metro ou milímetro
de coluna d’água (mca ou mmca), milímetro de mercúrio (mm Hg),
lbf/pol2 (1 atm = 1,013 bar = 101,325 kPa = 1,033 kgf/cm2 = 760mmHg
mercúrio = 14,7 psi = 29,92 pol Hg).
Fonte: Refrigeration - an introduction to 
the basics (Danfoss)
Volume específico, massa específica e densidade Módulo 1
Volume específico (v): É o volume da unidade de massa. Sua equação de definição é: v = V/m, onde:
V é o volume e m é a massa da substância ⇒ Unidades: kg/m3 (SI) ou lbm/ft3 (IP)
Massa específica (ρ): É a massa da unidade de volume, ou seja, é o inverso do volume específico.
Portanto sua equação de definição é: ρ = m/V ⇒ Unidades: kg/m3 (SI) ou lbm/ft3 (IP)
Densidade (d): É a relação entre a massa específica de uma substância e a massa específica de outra
substância adotada como comparação. Para sólidos e líquidos a substância adotada é a água e para
gases o ar. Pela definição conclui-se que a densidade é adimensional. O termo densidade é usado
muitas vezes, erroneamente, como sinônimo de massa específica.
Nota: O volume específica e a massa específica dependem da temperatura e pressão. Os valores de
referência para a massa específica mais usados são 1000 kg/m3 (1 kg/l) para água a 20°C e 1,2 kg/m3
(0,075 lbm/ft3) para o ar, este a 15°C e 1 atm.
Vazão em massa e vazão volumétrica: Os conceitos de vazão em massa e vazão volumétrica, de um
modo geral são de muita importância prática no estudo da refrigeração e do ar condicionado.
- Vazão mássica (ṁ): É a quantidade de massa que passa numa determinada secção de um volume de
controle na unidade de tempo. Indicando por ρ, a massa específica do fluido, A, a área da seção reta
considerada e v, a velocidade do fluido, a vazão em massa pode ser calculada pela equação: ṁ = ρAv
Esta equação é muitas vezes usada para calcular a área de passagem necessária de uma tubulação.
Com ṁ e ρ conhecidos, a velocidade vai variar normalmente dentro de uma faixa econômica. Assim,
por exemplo, para a água escoando em tubos a velocidade varia entre 1 m/s e 3 m/s. O valor mínimo
da faixa está relacionado com a deposição de partículas nas paredes do tubo ou com a eficiência de
troca (trocadores de calor). O valor máximo limita erosão das paredes do tubo e a perda de carga.
- Vazão volumétrica (Ṿ): É o volume de fluido que passa numa determinada secção de um volume de
controle na unidade de tempo. A vazão volumétrica pode ser calculada pela equação: Ṿ = Av
Para conversão de vazão mássica em volumétrica e vice-versa teremos: ṁ = ρṾ e Ṿ = ṁ/ρ . A
notação da vazão volumétrica de um gás precedido de uma letra N ou S indica que a vazão foi medida
em uma condição padrão (N m3/h , SCFM). 9
Mudança de estado das substâncias Módulo 1
Dependendo da temperatura e da pressão, uma mesma espécie de matéria pode apresentar-se em
qualquer estado físico. Tomando como exemplo a água, pode-se encontrá-la nos estados sólido,
líquido e gasoso. As mudanças de estados físicos recebem denominações em função da maneira como
são processadas. Em sistemas de refrigeração e ar condicionado podemos destacar os processos de
condensação, de vaporização (evaporação) e de ebulição.
Condensação: É a passagem do estado vapor para o estado líquido, verificando-se que um fluido, no
estado vapor se transforma em estado líquido, quando perde calor, ou seja, quando é resfriado.
Vaporização (evaporação, ebulição ou calefação): É a passagem do estado líquido para o estado
vapor, verificando-se que um fluido, no estado líquido se transforma em estado vapor, quando recebe
calor, ou seja, quando é aquecido. Existem três tipos de vaporização, que são a evaporação (lenta e
gradual, apenas na superfície), a ebulição (mais rápida, com formação de bolhas, agitação em toda a
extensão e aumento de temperatura) e a calefação (mudança mais rápida e brusca, que ocorre
quando a matéria entra em contato com uma superfície que está com a temperatura mais elevada
que seu ponto de ebulição
Ebulição da água: Usaremos o processo de ebulição da água para explicar o fenômeno da
vaporização, pois se aplica a psicrometria (estudo das transformações do ar) e na refrigeração (fluidos
refrigerantes se comportam de maneira similar). Considerando que 1kg de água a 0°C é aquecido, a
temperatura desta massa de água aumenta em 1°C, para cada 4,19 kJ de calor adicionado. Mantendo-
se o fornecimento de calor, a água atingirá o seu ponto de ebulição, ou temperatura de ebulição. Esta
temperatura de ebulição é determinada pela pressão sobre a água. Se esse processo ocorre em um
recipiente aberto, a pressão sobre a água é a pressão atmosférica. Se o processo ocorre em um
recipiente fechado, então a pressão no interior do recipiente é que irá controlar a temperatura de
ebulição. Como já vimos, a pressão atmosférica ao nível do mar é de 101,325 kPa. Nesta pressão a
água ferve a 100°C. Se a pressão for maior, então a água irá ferver a uma temperatura maior. Caso
contrário, se a pressão for menor do que 101,325 kPa, a água irá ferver a uma temperatura mais baixa
do que 100°C, e consequentemente, serão alcançadas temperaturas de ebulição menores. 10
Mudanças de estado da água – calor latente Módulo 1
11
Calor latente de vaporização ou condensação:
É o calor necessário para mudar o estado de
um fluido, de líquido para vapor ou vice-versa.
Quando se aquece a água até a sua
temperatura de ebulição, ao se continuar
adicionando calor, mantendo-se a pressão
constante, ela evapora. No processo inverso o
vapor d’água irá condensar.
Calor latente de fusão ou solidificação: É o calor
necessário para mudar o estado do gelo, de sólido
para líquido ou vice-versa. Quando se aquece o
gelo até a sua temperatura de fusão, ao se
continuar adicionando calor, mantendo-se a
pressão constante, o gelo se liquefará. No
processo inverso água irá se solidificar.
Modos de transmissão de calor Módulo 1
Pela 2ª Lei da Termodinâmica: o calor flui de uma região de temperatura mais alta para outra de
temperatura mais baixa.
Condução: É o mecanismo pelo qual o calor flui de uma região de temperatura mais alta para
outra de temperatura mais baixa, dentro de um meio (sólido, líquido ou gasoso) ou entre meios
diferentes em contato físico direto. A energia é transmitida por meio de comunicação molecular
direta, sem apreciável deslocamento das moléculas. É o único mecanismo pelo qual o calor pode ser
transmitido em sólidos opacos.
Radiação: É um processo pelo qual o calor é transmitido de um corpo a alta temperatura
para um de mais baixa temperatura, quando tais corpos estão separados no espaço, ainda que exista
vácuo entre eles. O calor neste caso, é transportado por ondas eletromagnéticas, dentro de uma faixa
determinada de frequências. Importantes para altas temperaturas.
Convecção: A convecção é um processo de transporte de calor por ação combinada da
condução de calor, armazenamento de energia e movimento de mistura. É importante principalmente
na transmissão de calor entre um meio sólido e um meio fluido.
- Convecção natural ou livre: Quando o movimento de mistura é mero resultado das
diferenças de densidade causadas pelos gradientes de temperatura.
- Convecção forçada: Quando o movimento de mistura é induzido por algum agente
externo, tal como uma bomba ou um ventilador.
Convecção natural
12
Leis básicas da transmissão de calor Módulo 1
Condução: Lei de Fourier (unidimensional)
qk = - K A ΔT , onde:
L
K ⇒ condutibilidade térmica do material 
A ⇒ área da seção (perpendicular ao fluxo)
ΔT ⇒ gradiente de temperatura na seção 
L ⇒ espessura da parede
qk ⇒ taxa de transmissão de calor por condução
Taxa de transmissão de calor: Quantidade de calor transmitida na unidade de tempo (potência térmica)
Unidades: W ; kcal/h ; BTU/h ; TR (tonelada de refrigeração) {1TR =12000 BTU/h = 3,5 kW = 3024 kcal/h}
Condutibilidade térmica: É uma propriedade do material que varia com a temperatura. Em muitos
problemas na engenharia, porém, essa variação pode ser desprezada. Unidades: W/(m.K) ; kcal/(h.m.°C) ;
BTU/(h. ft.°F).
Materiais isolantes: baixo valor de “K” ; Materiais condutores: alto valor de “K”
13
Condução através de uma parede planaMódulo 1
Para regime permanente, unidimensional e considerando “K” independente da temperatura (K = Cte), 
teremos:
qk = AK (Tquente - Tfrio) = ∆ T ; Definindo : R = L/AK ⇒ resistência térmica, temos : qk = ∆ T 
L L/AK R 
Unidades: R→ K/W ou h.°C/kcal ou h.°F/BTU
Resistência térmica: Parede plana e tubo Resistência térmica x elétrica x hidráulica
Fonte: ASHRAE Fundamentals Fonte: Instituto Superior de Engenharia do Porto
14
Radiação térmica Módulo1
Radiação: Quantidade do calor radiante depende da temperatura absoluta e da natureza da superfície.
Corpo Negro: Irradiador perfeito, absorve a máxima radiação que nele incide e emite e a máxima
radiação a uma dada temperatura (ε =1):
qr = σ A1 T14 , onde : 
A1→ área da superfície em m2.
T1→ temperatura da superfície em K.
σ→ constante de Stefan-Boltzmann = 5,67x10-8 W/(m2.K4)
Emissividade ou emitância (ε): é função do tipo de material e da condição e temperatura de sua
superfície. Indica a eficiência do corpo real em relação ao corpo negro (ε varia entre 0 a 1).
Corpos reais: Dois corpos sempre trocam calor por radiação nos dois sentidos desde que tenham
temperatura diferente do zero absoluto (zero Kelvin). Qualquer corpo que veja outro recebe parte de
sua radiação. Como o corpo mais quente emite mais radiação que o corpo mais frio, a troca líquida de
calor se dá do corpo mais quente para o mais frio. O valor desta troca irá depender do posicionamento
relativo entre o dois corpos, como também da emissividade dos mesmos. A transmissão de calor entre
dois corpos reais será então:
qr = σ A1 F12 (T14 - T24 ) , onde : 
F12 → fator de forma (inclui ε → emissividade dos corpos)
A1 → área do corpo de maior temperatura
T1 → temperatura maior ; T2 → temperatura menor
Notas:
1 - Caso a área 1 seja muito menor que a área 2 (objeto rodeado por paredes), o fator de forma se
torna igual a ε1 (qr = σ A1ε1 (T14 - T24 ).
2 - O fator forma depende da geometria relativa dos corpos. Na literatura são encontradas diversas,
tabelas e ábacos para o cálculo do fator forma para cada situação (placas paralelas, discos paralelos,
retângulos perpendiculares, quadrados, círculos, etc.).
3 - A radiação solar chega até nós através do vácuo no espaço. Uma boa parte chega á superfície
terrestre porque a atmosfera é transparente para uma parte dessa radiação. Se houver um obstáculo
não transparente, os efeitos da radiação são eliminados ou atenuados. 15
Propriedades da radiação térmica Módulo 1
α = G absorvida / G incidente → absortância
ρ = G refletida / G incidente → reflectância
τ = G transmitida / G incidente → transmitância
(G→ energia radiante por unidade de tempo)
α + ρ + τ = 1 ; se τ = 0 (sólidos em geral):
α + ρ = 1
Materiais translúcidos: vidro, plásticos, etc. → τ ≠ 0
Lei de Kirchoff: ελ = αλ , porém muitas superfícies comuns
podem ser consideradas (cinzentas e difusas): ε = α
Um material pode ser transparente em determinados 
comprimentos de onda e opacos em outros.
Efeito estufa (Fonte: Instituto Superior de Engenharia do Porto) Tipos de reflexão (Fonte: Instituto Superior de Engenharia do Porto)
16
Lei da Convecção Módulo 1
Convecção: Taxa de calor transmitida por convecção entre uma superfície e um fluido. 
qc = hc A ∆T , onde:
qc → taxa de calor em W (kcal/h ou BTU/h)
A → área de transmissão de calor em m2
∆T → diferença de temperatura da superfície e a do fluido, em °C
hc → coeficiente médio de transmissão de calor por meio de convecção
Unidades hc : W/(m2 °C) /kcal/(h m2 °C) / BTU/(h ft2 °F)
Resistência térmica: R = 1/ (hc . A)
onde: θ → temperatura T
A aparente facilidade da fórmula acima é enganosa, pois os princípios matemáticos do processo de transmissão
de calor por convecção são bastantes complexos. O coeficiente hc não é uma propriedade somente do fluido ou
da superfície, e sim representa o efeito de um conjunto de fatores, tais como: tipo de fluido; natureza, posição e
dimensões da superfície; temperaturas do fluido e da superfície; velocidade do escoamento; pressão, etc. Na
prática, para a sua determinação, são usadas formulações semi-empíricas para cada aplicação específica,
baseadas em grandezas adimensionais, ex.: Reynolds (Re), Nusselt (Nu), Prandtl (Pr), etc.
Os gases e líquidos, em geral, são mau condutores de calor. Na troca de calor entre o fluido e uma superfície,
forma-se uma camada de fluido relativamente estacionária adjacente à superfície, a chamada “subcamada
laminar” ou “camada limite”. Esta camada faz resistência por condução à troca térmica, porém, quanto maior
for o movimento do fluido, maior será a tendência ao deslocamento dessa camada, favorecendo a troca de
calor. Portanto, a convecção não é na essência um modo de transmissão de calor, pois ela se inicia por um
processo de condução de baixa eficiência, sendo necessário o movimento de fluido para que ela aconteça. Esse
movimento pode ser natural, provocado por diferenças de densidade (temperatura) ou forçado por um agente
externo com o objetivo de favorecer a troca térmica. 17
Estruturas compostas - paredes planas em série Módulo 1
qk = Cte ⇒ Regime Permanente
qk = (Ti –T1)/Ri = (T1 –T2)/RA = (T3 –T2)/RB = (T4 –T3)/RC = (T4 –To) / Ro
Ri = 1/hi . A ; Ro = 1/ho . A ; RA = LA /(KA.A) ; RB = LB /(KB. A) ; RC = LC /(KC. A)
Rtotal = Ri + RA + RB + RC + Ro
qk = (Ti – To) / Rtotal
Ti - To
qk = 
1/(hi A)+LA/(KA A)+LB/(KB A)+LC/(KC A)+1/(ho A) 
Analogia à Elétrica:
18
Paredes em paralelo e coeficiente global U Módulo 1
Paredes em paralelo:
q1 + q2 = q
Rtotal = 1/RA1 + 1/RA2
(analogia à Elétrica)
Paredes em série e paralelo:
Coeficiente global de transmissão de calor:
Fazendo : qk = U A ∆T e como q = ∆T / Rtotal
Teremos: U As = 1/Rtotal
1
U =
1/hi + LA/KA + LB/KB + LC/KC +1/ho
19
Tabelas de coeficientes Módulo 1
Serão apresentadas algumas tabelas derivadas da norma ABNT NBR 15220, com coeficientes para
serem utilizados na determinação do coeficiente global de transmissão de calor de paredes, tetos,
telhados (coberturas) e pisos. Atentar para o fato de que na norma o símbolo “λ” é utilizado para a
condutibilidade térmica em vez de “K” e que o termo “coeficiente global de transmissão de calor” (U)
é substituído por “transmitância térmica”. Outras referências diferentes dessa norma poderão ser
utilizadas durante o curso, especialmente durante o módulo de carga térmica.
Propriedades térmicas de materiais mais utilizados em paredes:
Propriedades térmicas de materiais utilizados em coberturas:
20
Tabelas de coeficientes - continuação Módulo 1
Propriedades térmicas de materiais de construção em geral :
21
Tabelas de coeficientes - continuação Módulo 1
Propriedades térmicas de materiais de construção em geral :
22
Tabelas de coeficientes - continuação Módulo 1
Propriedades térmicas de materiais de construção em geral :
23
Tabelas de coeficientes - continuação Módulo 1
Propriedades térmicas de materiais de construção em geral :
24
Tabelas de coeficientes - continuação Módulo 1
Resistência térmica superficial interna e externa:
Resistência térmica de câmaras de ar não ventiladas, com largura muito maior que a espessura:
25
Tabelas de coeficientes - continuação Módulo 1
Absortância (α) para radiação solar (ondas curtas) e emissividade (ε) para radiações a temperaturas 
comuns (ondas longas)
26
Transmitância térmica Módulo 1
Transmitância térmica de paredes de construção usuais:
27
Transmitância térmica - continuação Módulo 1
Transmitância térmica de paredes de construção usuais:
28
Transmitância térmica - continuação Módulo 1
Transmitância térmica de paredes de construção usuais:
29
Transmitância térmica - continuação Módulo 1
Transmitância térmica de paredes de construção usuais:
30
Transmitância térmica - continuação Módulo 1
Transmitância térmica de coberturas de construção usuais:
31
Transmitância térmica - continuação Módulo 1
Transmitância térmica de coberturas de construção usuais:
32
Transmitânciatérmica - continuação Módulo 1
Transmitância térmica de coberturas de construção usuais:
Notas: 
1. No caso de coberturas (este termo deve ser entendido como o conjunto telhado mais ático mais 
forro). A transmitância térmica deve ser verificada para fluxo descendente (condições de verão).
2. O termo “ático” refere-se à câmara de ar existente entre o telhado e o forro.
33
Exemplo de cálculo da NBR 15220-2 Módulo 1
Exemplo 1: Parede de tijolos maciços rebocados em ambas as faces (ver figura abaixo)
Dados:
• Dimensões do tijolo = 5 cm x 9 cm x 19 cm
• Propriedades térmicas (ver tabelas das páginas 20 ou 21):
ρcerâmica = 1 600 kg/m3 λcerâmica = 0,90 W/(m.K) 
ρargamassa = ρreboco = 2 000 kg/m3 
λargamassa = λreboco = 1,15 W/(m.K) 
34
Exemplo de cálculo da NBR 15220-2 – solução Módulo 1
35
	Grupo HCT ��Curso: �Ar Condicionado e Refrigeração Projeto e Dimensionamento-01���Prof. Carlos Pádua��
	Apresentação dos módulos do curso 			Módulo 1 
	Apresentação dos módulos do curso (continuação) Módulo 1
	Apresentação dos módulos do curso (continuação) Módulo 1 
	Referências bibliográficas					 Módulo 1
	Histórico do desenvolvimento do HVAC-R		 Módulo 1
	Temperatura – conceitos e escalas				Módulo 1
	Pressão – conceitos e unidades				Módulo 1
	Volume específico, massa específica e densidade Módulo 1
	Mudança de estado das substâncias 		 Módulo 1
	Mudanças de estado da água – calor latente		 Módulo 1
	Modos de transmissão de calor 				Módulo 1
	 Leis básicas da transmissão de calor 			 Módulo 1
	 Condução através de uma parede plana 		 Módulo 1
	Radiação térmica 							Módulo1 
	Propriedades da radiação térmica 				 Módulo 1 
	Lei da Convecção 							Módulo 1 
	Estruturas compostas - paredes planas em série Módulo 1 
	Paredes em paralelo e coeficiente global U 	 Módulo 1 
	Tabelas de coeficientes 			 			Módulo 1
	Tabelas de coeficientes - continuação 			 Módulo 1
	Tabelas de coeficientes - continuação 			 Módulo 1
	Tabelas de coeficientes - continuação 			 Módulo 1
	Tabelas de coeficientes - continuação 			 Módulo 1
	Tabelas de coeficientes - continuação 			 Módulo 1
	Tabelas de coeficientes - continuação 			 Módulo 1
	Transmitância térmica 				 		 Módulo 1
	Transmitância térmica - continuação 	 		 Módulo 1
	Transmitância térmica - continuação	 		 Módulo 1
	Transmitância térmica - continuação	 		 Módulo 1
	Transmitância térmica - continuação	 		 Módulo 1
	Transmitância térmica - continuação	 		 Módulo 1
	Transmitância térmica - continuação	 		 Módulo 1
	Exemplo de cálculo da NBR 15220-2	 		 Módulo 1
	Exemplo de cálculo da NBR 15220-2 – solução 	 Módulo 1

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