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MODELO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO, COM BASE NO XVI EXAME DA ORDEM pdf

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XVI EXAME DA ORDEM 
 
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
Gilberto, quando primário, apesar de portador de maus antecedentes, praticou um crime de 
roubo simples, pois, quando tinha 20 anos de idade, subtraiu de Renata, mediante grave ameaça, 
um aparelho celular. Apesar de o crime restar consumado, o telefone celular foi recuperado pela 
vítima. Os fatos foram praticados em 12 de dezembro de 2011. Por tal conduta, foi Gilberto 
denunciado e condenado como incurso nas sanções penais do Art. 157, caput, do Código Penal 
a uma pena privativa de liberdade de 04 anos e 06 meses de reclusão em regime inicial fechado 
e 12 dias multa, tendo a sentença transitada em julgado para ambas as partes em 11 de setembro 
de 2013. Gilberto havia respondido ao processo em liberdade, mas, desde o dia 15 de setembro 
de 2013, vem cumprindo a sanção penal que lhe foi aplicada regularmente, inclusive obtendo 
progressão de regime. Nunca foi punido pela prática de falta grave e preenchia os requisitos 
subjetivos para obtenção dos benefícios da execução penal. No dia 25 de fevereiro de 2015, 
você, advogado(a) de Gilberto, formulou pedido de obtenção de livramento condicional junto 
ao Juízo da Vara de Execução Penal da comarca do Rio de Janeiro/RJ, órgão efetivamente 
competente. O pedido, contudo, foi indeferido, apesar de, em tese, os requisitos subjetivos 
estarem preenchidos, sob os seguintes argumentos: a) o crime de roubo é crime hediondo, não 
tendo sido cumpridos, até o momento do requerimento, 2/3 da pena privativa de liberdade; b) 
ainda que não fosse hediondo, não estariam preenchidos os requisitos objetivos para o 
benefício, tendo em vista que Gilberto, por ser portador de maus antecedentes, deveria cumprir 
metade da pena imposta para obtenção do livramento condicional; c) indispensabilidade da 
realização de exame criminológico, tendo em vista que os crimes de roubo, de maneira abstrata, 
são extremamente graves e causam severos prejuízos para a sociedade. Você, advogado(a) de 
Gilberto, foi intimado dessa decisão em 23 de março de 2015, uma segunda-feira. 
Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, 
redija a peça cabível, excluída a possibilidade de habeas corpus, no último dia do prazo para 
sua interposição, sustentando todas as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00) 
Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUÍZO DA ... VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DO RIO DE 
JANEIRO/RJ 
 
Processo... 
GILBERTO, já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, com 
procuração em anexo, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, interpor 
AGRAVO EM EXECUÇÃO, com base no artigo 197, da Lei 7.210/84. 
Ademais, requer que seja recebido o recurso e procedido o juízo de retratação, nos 
termos do artigo 589 do Código de Processo Penal. Se mantida a decisão, requer a remessa do 
recurso ao Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro. 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local... 30 de março de 2015. 
 
Advogado... 
OAB... 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
Recorrente: GILBERTO 
Recorrido: MINISTÉRIO PUBLICO 
Autos... 
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
Egrégio Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro 
Colenda Câmara Criminal 
DOS FATOS 
Gilberto foi condenado pelo crime de roubo simples, de acordo com o artigo 157, 
caput do código penal e sentenciado a cumprir pena privativa de liberdade por 4 anos e 6 meses 
de reclusão, em regime fechado. 
Cumprindo regularmente a sanção penal que lhe foi aplicada, o agravante requereu 
a concessão do benefício do livramento condicional junto ao juízo da ... vara de execução penal 
da comarca do Rio de Janeiro/RJ, que negou o pedido, 
 
DO DIREITO 
a) Da não hediondez do crime de roubo simples 
O magistrado indeferiu o pedido do livramento condicional sob o fundamento de 
que o crime de roubo é crime hediondo e por isso, o requisito temporal de 2/3 da pena não tinha 
sido cumprido. 
Entretanto, o agravante foi condenado pelo crime de roubo simples, previsto no 
artigo 157, caput do Código Penal e esse crime não está no rol de crimes hediondos, conforme 
previsão da próprio artigo 1º da Lei 8.072/90. 
 Desse modo, a alegação de ausência de requisito temporal de 2/3 não pode 
prevalecer, já que o crime pelo qual o agravante foi sentenciado não é hediondo. A fração a ser 
observada é a de mais de um terço de cumprimento da pena, conforme artigo 83, inciso I, do 
Código Penal. 
 
b) Do preenchimento do requisito objetivo 
O magistrado fundamentou o pedido de indeferimento alegando o não cumprimento 
de metade da pena imposta, já que essa seria a fração necessária a ser cumprida em razão dos 
maus antecedentes do agravante. 
Entretanto, conforme o artigo 83, inciso II, do Código Penal, a fração de metade da 
pena só exigida do condenado reincidente em crime doloso, o que não tem aplicação no caso 
de Gilberto, uma vez que, o agravante não é reincidente, conceito distinto do de maus 
antecedentes. 
Ademais, deve ser considerado, para fins de concessão do livramento condicional 
ao agravante o patamar de mais de um terço, previsto no inciso I do artigo 83 do Código Penal, 
tendo em vista que há uma lacuna da legislação quanto ao patamar para condenados primários, 
com maus antecedentes. 
Ressalta-se que o princípio da legalidade penal, sob o aspecto da vedação da 
analogia in malam parte não admite a interpretação prejudicial ao agravante. Portanto, sendo o 
artigo 83 omisso quanto ao caso de condenados primários de maus antecedentes, a fração de 
1/3, que é mais benéfica, deve ser considerada. 
Desse modo, o patamar de 1/3 deve ser considerado para fins de concessão do 
benefício. 
 
c) Da dispensabilidade da realização do exame criminológico 
O magistrado indeferiu o pedido de livramento condicional por considerar 
indispensável a realização de exame criminológico para concessão do benefício, 
fundamentando a indispensabilidade na gravidade em abstrato do crime de roubo para toda a 
sociedade. 
Entretanto, o exame criminológico não é obrigatório para concessão de livramento 
condicional, assim, a decisão que determina a sua realização para fins de concessão do benefício 
deve ser devidamente fundamentada, conforme súmula 439 do Superior Tribunal de Justiça. 
Salienta-se que mera gravidade em abstrato do delito de roubo não pode ser considerada 
fundamentação idônea para exigência do exame criminológico, a decisão deve ser 
individualizada, de acordo com as circunstâncias pessoais do acusado. 
Desse modo, a não realização do exame criminológico não pode servir de 
fundamento para o indeferimento do pedido do agravante. 
 
DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer que seja CONHECIDO E PROVIDO o recurso, com a 
reforma da decisão, para que seja concedido o livramento condicional, com a consequente 
expedição do alvará soltura. 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local... 30 de março de 2015. 
 
Advogado... 
OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
PEÇA DO XVI EXAME DA ORDEM 
DIREITO PENAL 
 
Serve para: atacar decisões interlocutórias proferidas pelo Juízo da Execução. 
Como identificar: a peça do exame da ordem deixará claro que trata-se de decisão do JUÍZO 
DA EXECUÇÃO. 
Qual a base legal do Agravo em Execução? É o artigo 197 da Lei de Execução Penal, que 
diz: “Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito 
suspensivo”. 
Quais são as decisões mais comuns? Decisão que nega o livramento condicional; decisão de 
determina a perda de dias remidos; decisão que nega a saída temporária; decisão que nega o 
indulto, comutação ou remição de pena; decisão que determina regressão de regime. Demais 
decisões estão no artigo 66 da LEP. 
Na peça do XVI exame da ordem,como fez a identificação? A peça foi clara quando disse 
que o advogado formulou pedido de livramento condicional junto ao juízo da Execução Penal, 
que indeferiu. 
Na peça do XVI exame da ordem, quem é o juízo competente? A peça também foi clara 
“Juízo da Vara de Execução Penal da comarca do Rio de Janeiro/RJ”. E se a peça não for 
clara? Use a reticências (...), por exemplo: Juízo da Vara de Execução penal da comarca ... 
Qual o procedimento do Agravo em Execução? 
 Não tem procedimento próprio, utiliza-se o procedimento do Recurso em Sentido 
Estrito (RESE). Por isso, NÃO ESQUEÇA de pedir o JUÍZO DE RETRATAÇÃO. 
 1ª PARTE: peça de interposição, dirigida ao juízo de primeiro grau, acompanhada do 
pedido de retratação (em analogia ao que dispõe o artigo 589 do Código de Processo 
Penal). 
 2ª PARTE: razões do recurso que devem ser dirigidas ao Tribunal competente. 
Qual prazo para interposição da peça? 
 O prazo é o mesmo do RESE. 
 5 dias para interposição 
2 dias para as razões 
 LEMBRE-SE que no Exame da Ordem é tudo junto, ou seja, a peça de interposição e 
as razões são juntinhas, por isso, o prazo a ser seguido é o de 5 DIAS. 
 No caso da peça, o início da contagem do prazo é o dia 24 (excluí o início -23). O 
término do prazo é na segunda-feira porque o prazo final de 5 dias caí em um sábado. 
 O art. 778 do CPP explica os prazos processuais. 
 
Como saber quais artigos utilizar para fundamentar a peça? 
 Todos os requisitos do Livramento Condicional estão elencados no artigo 83 e seguintes 
do Código Penal. Dessa forma, é bom começar lendo esses artigos. Leia tudo! Tem um 
resumo no meu perfil sobre Livramento condicional. 
 Também é importante procurar lá na Lei de Execução Penal (7.210/1984) quais artigos 
são pertinentes ao Livramento Condicional (Art. 131 e seguintes). 
O que não pode ser feito de nenhuma maneira? 
 Só jogar os artigos, sem conversar com a peça apresentada. Fazer isso demonstra ao 
examinador que você só sabe reproduzir letra de lei e é mais do que isso que ele espera. 
 Você é um advogado! Você vai passar! Seja um advogado desde logo. Defenda, com 
suas palavras, o seu cliente, mas fundamente TUDO. Melhor pecar pelo excesso, se o 
tempo permitir.

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