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Jurisdição voluntária - CPC

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DOS PROCEDIMENTOS DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
Art. 720. O procedimento terá início por provocação
do interessado, do Ministério Público ou da Defensoria
Pública, cabendo-lhes formular o pedido devidamente
instruído com os documentos necessários e com a
indicação da providência judicial.
Art. 721. Serão citados todos os interessados, bem
como intimado o Ministério Público, nos casos do art.
178 , para que se manifestem, querendo, no prazo de 15
(quinze) dias.
> Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo
de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas
hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos
processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não
configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério
Público.
Art. 722. A Fazenda Pública será sempre ouvida nos
casos em que tiver interesse. (fiscal)
Art. 723. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez)
dias.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art178
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art178
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar
critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada
caso a solução que considerar mais conveniente ou
oportuna.
Art. 724. Da sentença caberá apelação.
Art. 725. Processar-se-á na forma estabelecida nesta
Seção o pedido de:
I - emancipação;
II - sub-rogação;
III - alienação, arrendamento ou oneração de bens de
crianças ou adolescentes, de órfãos e de interditos;
IV - alienação, locação e administração da coisa
comum;
V - alienação de quinhão em coisa comum;
VI - extinção de usufruto, quando não decorrer da
morte do usufrutuário, do termo da sua duração ou da
consolidação, e de fideicomisso, quando decorrer de
renúncia ou quando ocorrer antes do evento que
caracterizar a condição resolutória;
VII - expedição de alvará judicial;
VIII - homologação de autocomposição extrajudicial,
de qualquer natureza ou valor.
Parágrafo único. As normas desta Seção aplicam-se,
no que couber, aos procedimentos regulados nas seções
seguintes.
Incompetência absoluta e relativa:
1. Incompetência absoluta - A incompetência absoluta
se dá em razão da não observância da competência
constitucional (ou legal) em função da matéria,
natureza da ação ou da pessoa (prerrogativa de
foro).
Exemplo de incompetência absoluta: reclamação
trabalhista ajuizada no Juiz Estadual de primeiro
grau. No caso, a competência seria do Juiz do
Trabalho e não doMagistrado da Justiça Estadual.
A preliminar de contestação de incompetência
absoluta é de ordem pública, podendo ser alegada a
qualquer tempo e grau de jurisdição, inclusive de
ofício (§ 1º, art. 64, do CPC). Após trânsito em
julgado e tendo a ação sido julgada por juiz
absolutamente incompetente, caberá ação rescisória
(art. 966, inciso II, do CPC).
2. Incompetência relativa - A incompetência relativa é
de natureza territorial. Entende-se como relativa
porque pode ser prorrogada caso não seja alegada
pela parte em sede de preliminar de contestação
(art. 65, do CPC).
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28888072/artigo-966-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28888063/inciso-ii-do-artigo-966-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
Exemplo de incompetência relativa: ação de
exoneração de alimentos protocolada no domicílio
do autor, enquanto que deveria ter sido protocolada
no domicílio do alimentando (art. 53, inciso II, do
CPC).
⤳ A natureza da preliminar de contestação do
inciso II, do art. 337, do CPC/15, é dilatória, uma vez
que tem o condão de elastecer a duração da relação
processual, pois haverá a necessidade de remessa
do processo para o juiz competente.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em
direito real sobre bens móveis será proposta, em regra,
no foro de domicílio do réu. (competência relativa)
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será
demandado no foro de qualquer deles.
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do
réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou
no foro de domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência
no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do
autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação
será proposta em qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes
domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles,
à escolha do autor.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28896105/artigo-53-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28896096/inciso-ii-do-artigo-53-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893501/inciso-ii-do-artigo-337-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893505/artigo-337-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de
domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar
onde for encontrado.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre
imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu
ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito
de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e
demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no
foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência
absoluta.
Resposta do interessado requerido (impugnação)
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito,
alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação
ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem; (não cabe na jurisdição
voluntária)
XI - ausência de legitimidade ou de interesse
processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei
exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade
de justiça.
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada
quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as
mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo
pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está
em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi
decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a
incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das
matérias enumeradas neste artigo.
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a
existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o
domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a
verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de
audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no
inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao
juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a
despeito da falta de informações a que se refere o inciso
II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não
atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a
obtenção de tais informações tornarimpossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320. A petição inicial será instruída com os
documentos indispensáveis à propositura da ação.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não
preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar
o julgamento de mérito, determinará que o autor, no
prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete,
indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência,
o juiz indeferirá a petição inicial.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art319

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