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Distúrbios respiratórios no período neonatal

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 
 
 Síndrome do desconforto respiratório do RN (SDR) 
ou Doença membrana hialina (DMH); 
 
 Taquipneia transitória do RN (TTRN); 
 Síndrome da aspiração do mecônio (SAM); 
 Pneumonia intraútero; 
 Síndromes de escapes aéreos; 
 Hipertensão pulmonar persistente neonatal; 
 
 Malformações pulmonares: 
o Malformação adenomatoide cística; 
o Hipoplasia pulmonar; 
o Hérnia diafragmática congênita; 
o Derrame pleural congênito; 
o Enfisema lobar congênito; 
 
 
 
 
 História materna e da gestação: HAS; tabagismo; 
bolsa rota; diabete gestacional; uso de corticoide; 
gemelaridade; prematuridade; 
 Alterações no parto: presença de mecônio; líquido 
amniótico fético; parto prolongado; cesariana pré 
marcada; 
 Início precoce da dispneia com piora progressiva; 
 ≤34 semanas; sem uso de corticoide; 
 
 Dispneia; 
 Taquipneia; 
 Gemência (auto-PEEP do RN); 
 Cianose em ar ambiente; 
 Batimentos de aletas nasais; 
 Retração intercostal; 
 
 1-3 → DR leve; 
 4-6 → DR moderado; 
 ≥7 → DR grave; 
 Quanto maior o desconforto → alterações; 
 
 
História clínica + Clínica do RN + Exames 
complementares → Diagnóstico 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 
 Doença da membrana hialina 
 Imaturidade pulmonar → deficiência qualitativa e 
quantitativa de surfactante; 
 Incidência: 1% de todos RNs vivos; 
o 25% dos prematuros; 
o 5% RN a termo; 
o 80.000 casos/anos; 
o 8500 óbtios/anos; 
 
 Prematuridade; 
 Caucasianos; 
 Sexo masculino (estrogênio e cortisol 
colaboram para maturação pulmonar → 
homem produz menos quantidade de 
estrogênio); 
 Diabetes materno (glicose atrasa a maturação 
pulmonar); 
 Cesariana sem trabalho de parto; 
 Sangramento materno; 
 Asfixia perinatal; 
 
 Corticoide antenatal; 
o Diminui mortalidade; SDR; hemorragia 
periventricular; 
o IG entre 24-34 
semanas; 
o Betametasona → 2 
doses com intervalo de 
24hrs; 
 Evita hemorragia 
intracraniana até curar 
enterocolite; 
 
 Função: diminuir 
tensão superficial da 
interface ar/líquido no 
alvéolo, evitando o 
colapso ao final da expiração; 
 Composição do surfactante: fosfolipídeos 
(fosfatidilcolina/lectina e fosfatidilglicerol) e 
proteínas (apoproteínas A, B, C, D); 
 Surfactante é sintetizado a partir da 24ª semana 
gestacional; 
 Secreção efetiva do surfactante só ocorre a partir 
de 34 semanas; 
 Deficiência de surfactante → aumento da tensão 
superficial → colapso alveolar; 
 Metabolismo intracelular do surfactante: 
o Produção: pneumócito II; 
o Fosfolípides e proteínas B e C são sintetizados no 
retículo endoplasmático rugoso, onde são 
armazenados; 
o Quando expulso do pneumócito, o surfactante é 
liberado para luz alveolar, organizando a mielina 
tubular; 
Figura 1 - Boletim de Silverman Anderson. 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
↓Surfactante → ↑tensão superficial → 
micro-atelectasias → CRF → Shunt 
intrapulmonar (D → E) → hipoxemia | 
hipercapnia | acidose metabólica → 
hipertensão pulmonar → Lesão epitelial e 
exsudato proteico 
 
 Por volta de 28 semanas de IG os pneumócitos tipo 
I começam a secretar líquido; 
 A produção vai diminuindo e cessa com 32 
semanas; 
 O liquido que ficou no pulmão vai sendo 
reabsorvido lenta e passivamente; 
 No trabalho de parto, canais de sódios são ativados 
e o líquido inicia sua mobilização para fora dos 
alvéolos; 
 
 Infiltrado retículo-granular difuso (vidro moído); 
 Broncogramas aéreos; 
 ↑ líquido pulmonar; 
 Evidências de prematuridade e imaturidade 
pulmonar; 
 Início do desconforto respiratório nas primeiras 3 
horas de vida; 
 Evidências de complacência pulmonar reduzida, 
CRF diminuída e trabalho respiratório aumentado; 
 Necessidade de oxigênio inalatório e/ou suporte 
ventilatório não invasivo ou invasivo por mais de 
24 horas para manter os valores de gases sanguíneos 
dentro da normalidade; 
 RX de tórax → parênquima pulmonar com 
velamento reticulogranular difuso e broncogramas 
aéreos entre 6 e 24 horas de vida; 
 Alterações laboratoriais (gasometria): 
o Hipóxia; 
o ↑pCO2; 
o Acidose respiratória; 
 
Prevenir a imaturidade pulmonar 
 Ultrassom precoce → 6-11 semanas; 
 Prematura tardio (35-37s) → ↑ morbidade 
respiratória em relação aos RNs a termo > 39 s; 
 Cesárias eletivas → PMTs iatrogênicos - 10 a 20% 
de todos os casos de SDR; 
 Doenças maternas prévias; 
 Líquido amniótico, secreção gástrica e traqueal do 
RN; 
 Teste de Clements; 
 Shake test; 
 Click test; 
 Teste das microbolhas estáveis; 
 Corpos lamelares; 
 Hemograma normal; 
 RX de tórax: infiltrado reticulogranular difuso, tipo 
vidro fosco, com broncogramas aéreos 
bilateralmente; 
 Teste das microbolhas estáveis no primeiro 
aspirado gástrico ou traqueal; 
 Contagem de corpos lamelares no primeiro aspirado 
gástrico ou traqueal 
Terapêutica respiratória 
 Prevenir hipóxia e acidose; 
 Prevenir atelectasias; 
 Minimizar barotrauma, hiperóxia; 
 RN com peso ≤1250g e necessidade de intubação; 
 CPAP → pressão positiva contínua nas vias aéreas) 
precoce ↓ necessidade de VM (34%); 
Na sala de recepção e na UTI 
 CPAP precoce com PEEP 6cmH2O estabilização do 
RN, com FiO2 adequada conforme SatO2 (90-94%); 
 CPAP fornecido ao nascimento com peça -T (baby 
puff) -, com máscara ou pronga; 
 RNs que necessitam de intubação para estabilizar 
em sala de parto, devem receber surfactante; 
 NIPPV (ventilação com pressão positiva não 
invasiva) em RNs com risco de falha na extubação; 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
Na UTI neonatal 
 CPAP nasal precoce com PEEP 6cmH2O com FiO2 
até 40%; 
 Surfactante exógeno: tratamento precoce (≤2h) 
100-200 mg/kg 6/6h; no máximo 4 doses; 
o Manter SatO2 88-92%; 
 Falência respiratório pregressiva; 
 Hipertensão pulmonar persistente do RN; 
 Pneumotórax hipertensivo; 
 Suporte hidroeletrolítico; 
Surfactante 
 Surfactante exógeno; 
 Surfactante profilático → evitar; 
 Técnica INSURE: Intubar → surfactante → 
extubar; 
 Surfactante se RN não estabilizar com CPAP com: 
o FiO2 >0,30 → RN <26 semanas; 
o FiO2 >0,40 → RN >26 semanas 
 Surfactante se necessidade de intubação; 
Técnica minimamente invasiva 
 Menor necessidade de ventilação mecânica; 
 Reduz risco de mortalidade ou DBP às 36 sem; 
 Reduz risco de DBP entre os sobreviventes; 
Recomendações 
 Poractant alfa com dose inicial de 200mg/kg é 
melhor que beractant (A); 
 Considerar INSURE para os RN mais maduros (B); 
 Uma 2ª ou 3ª dose de surfactante deveria ser adm se 
necessidade de VM nas primeiras 24 horas (A); 
 Corticoide antenatal (24h antes do parto) <34 sem 
(A1); 
 Sulfato de magnésio antenatal (<32 sem) (A2); 
 Clampeamento tardio do cordão umbilical (A1); 
 Proteção térmica dos prematuras com plástico (A1); 
 Utilizar CPAP em salas de paro (B1); 
 Surfactante precoce (A1); 
 Surfactante por técnica minimamente invasiva (B2) 
ou INSURE; 
 Utilização de cafeína para reduzir necessidade de 
VMI; 
 Repetir dose de surfactante caso ocorra piora 
respiratória (A1); 
 Uso de corticoide pós-natal caso RN permaneça 
intubado por mais de 2 sem (A2); 
 Falha do uso do CPAP; 
 Mínima duração possível de VM; 
 Mínimo volume corrente possível; 
 Volume garantido; 
 HFOV (ventilação de alta frequência) pode ser útil; 
 Tolerar um moderado grau de hipercarbia com 
pH>7,22; 
 Evitar hipercarbia (relacionado com DBP e 
leucomalácia periventricular; 
 pH → 7,22-7,35; 
 PaO2 → 50-70mmHg; 
 PaCO2 → 45-55mmHg; 
 SatO2 → 90-94% 
 
 
 RNT ou RNPT >34 sem; 
 Parto cesáreo, principalmente sem início de 
trabalho de parto; 
 Choro débil ao nascer; 
 FR entre 60-100 mrpm; 
 Retração intercostal discreta; 
 Batimentos de asas do nariz; 
 Cianose que melhorafacilmente com aumento da 
[O2]; 
 Início precoce; 
 Ausculta normal ou estertores sub-criptantes finos; 
 Hemograma normal; 
 RX → congestão para-hilar simétrica (coração 
cabeludo); 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
o Espessamento das cisuras interlobares e 
hiperinsuflação podem estar presentes; 
o Discreta cardiomegalia ou derrame pleural; 
 Oxigenoterapia → capacete ou CPAP; 
 Suporte hidroeletrolítico; 
 Evolui com melhora progressiva e resolve em 
menos de 72 horas; 
 Grande parcela melhora ainda na sala de parto; 
 Pode evoluir para HPPRN se não existirem 
cuidados mínimos; 
 Raramente requer VM; 
 Processo inflamatório resultante de infecção 
bacteriana, fúngica, viral ou de origem química; 
 É um dos primeiros sinais de infecção sistêmica; 
 Bolsa rota >18hrs; 
 Bolsa rota antes do início do trabalho de parto; 
 Carioamnionite com ou sem RPM; 
 ITU; 
 Qualquer infecção materna (peridonite; pneumonia) 
 Mãe com febre e/ou FC>100 bpm; 
 Útero doloroso; 
 TORCHS (infecções congênitas); 
 Fisiometria positiva; 
 Parto prematuro sem causa aparente; 
 Desconforto respiratório precoce; batimento de asas 
de nariz; gemido; cianose; 
 Letargia; choro fraco; intolerância à dieta; distensão 
abdominal; hipotermia; má perfusão capilar; não 
melhora no CPAP; não melhora com surfactante; 
apneia; choque; 
 Desconforto respiratório com evolução arrastada; 
 Hemograma alterado (nem sempre); 
 Proteína C reativa positiva; 
 RX tórax: áreas opacas difusas, segmentares, 
lobares ou ainda bilaterais; edema pulmonar; 
broncogramas aéreo; 
 Gasometria: acidose metabólica persistente; 
 Antes do ATB, colher hemocultura; 
 Diagnóstico diferencial com DMH e TTRN; 
 Suporte hidroeletrolítico; 
 CPAP; VM; 
 Drogas vasoativas, se necessário; 
 Antibioticoterapia (infecção comunitária → flora 
materna: gram negativos; Streptococcus agalactea; 
Listeria → ampicilina + gentamicina); 
 Lembrar que resistência bacteriana ↑ com ATB; 
 Pode requerer VM a depender da grivadade do 
comprometimento pulmonar e/ou sistêmico; 
 Doença respiratório grave do RN a termo e pós-
termo; 
 Início precoce do desconforto respiratório em RN 
com líquido amniótico meconial ao nascimento; 
 No mínimo, 1/3 dos RN com SAM requer 
intubação, VM e as mais recentes terapias; 
 História prévia de sofrimento fetal agudo; 
 Presença de mecônio no líquido amniótico; 
 RN impregnado de mecônio; 
 Mecônio visualizado na laringe (através da 
laringoscopia); 
 Quadro clínico variável → assintomático a 
insuficiência respiratória aguda grave; 
 10 a 15% dos partos tem mecônio no líquido 
amniótico; 
 5% do RN com líquido amniótico meconial 
desenvolverão síndrome de aspiração meconial; 
 Mortalidade >49%; 
 Obstrução das vias aéreas (mecanismo de valva); 
 Inflamação → pneumonite química; 
 Vasoconstrição arterial pulmonar → hipertensão 
pulmonar persistente do RN (HPPRN); 
 Alterações do sistema surfactante; 
 Insuficiência respiratória aguda; 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
o 
 Suporte hidroeletrolítico; 
 Oxigenoterapia: capacete, cateter extra nasal; 
 CPAP: tomar cuidado (em casos leves); 
 Ventilação mecânica; 
 ATB profilática; 
 Surfactante exógeno → casos graves de SAM; 
 Óxido nítrico; 
 Sildenafil; 
 Suporte → surfactante → lavado 
broncoalveolar; 
 Alteram formação monolinear e tensão 
superficial → lisofosfatidilcolina; colesterol; 
sais biliares; agentes pro-inflamatórios; 
 Pneumotórax; 
 Penumomediastino; 
 Relacionadas a asfixia neonatal; 
 Infecção; 
 HPPRN → alacalinização, óxido nítrico; sildenafil;

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