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APS - Filosofia do Direito e Direitos Humanos

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APS – Filosofia do Direito e Direitos Humanos 
Nome: Gabriella Martins de Araujo Silva RA: 8677860
Turma: 003109A02
Profº Nivaldo Sebastião Vicola 
Leitura e interpretação de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria dos Direitos Humanos, envolvendo uma grave violação de Direitos Humanos em face do Brasil, analisada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos ou julgada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, seguido da elaboração pelo aluno de texto descritivo que será postado no ambiente virtual (Blackboard), contendo as partes envolvidas, os direitos violados, os principais argumentos de ambas as partes e a solução dada ao caso concreto.
A jurisprudência analisada se refere ao caso Maria da Penha Maia Fernandes vs. Brasil, sendo seu órgão julgador a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos recebeu no dia 20 de agosto de 1998, a petição referente ao caso, que fora apresentada por Maria da Penha, pelo Direito Internacional, pelo Centro de Justiça e pelo Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher. 
Ocorre que, em maio de 1983, na cidade de Fortaleza, Maria da Penha Maia Fernandes, foi vítima de um homicídio tentado, praticado por seu marido, cujo o nome é, Marco Antônio Heredita Viveiros. Em uma noite, enquanto dormia, Marco Antônio, disparou contra a esposa um revólver. A vítima, alegou que o Senhor Marco Antônio, durante toda sua vida conjugal, agredia ela e suas filhas, porém tinha medo de pedir a separação pelo comportamento do cônjuge, que era deveras violento e agressivo. Expôs que o marido após a tentativa de homicídio, buscou ocultar a agressão, dizendo que, ladrões entraram em sua casa para roubar, e consequentemente teriam agredido sua esposa, e fugido logo em seguida. Ademais, após esse ato, a esposa teve que passar por diversas cirurgias, devido as lesões provocadas. As agressões acabaram por ocasionar a paraplegia irreversível, além de traumas psicológicos e físicos, além de tudo, duas semanas após o retorno de Maria do hospital, Marco tentou eletrocuta-la durante o banho. Diante a segunda tentativa, a vítima, optou por se separar judicialmente. 
O Estado brasileiro diante da Comissão não se manifestou a respeito do mérito da petição. 
A Comissão Interamericana de Direito Humanos repreendeu a atitude do Brasil, ante a agressão contra a mulher, tendo em vista que, não houve somente esse caso de violência contra a mulher relatado no Brasil.
A Comissão após a análise do caso, determinou que o Estado, infringiu os direitos e a execução de suas obrigações, de acordo com o art. 7º da Convenção de Belém do Pará, sofrendo a vítima um agravo. Bem como, violou o direito à proteção judicial e suas garantias, que estão estabelecidas nos artigos 8º e 25 da Convenção Americana, em conjunto com o art. 1º da Convenção, por suas ações omissivas e condescendentes a violação ocasionada. 
Com isso, a mesma fez recomendações ao Brasil, destacando a efetivação do processamento penal de Marco Antônio, pela tentativa de homicídio e pelas agressões; devendo o Estado fazer uma averiguação séria, justa e exaustiva, com o objetivo de decretar a responsabilidade por erros e retardamentos sem motivos, que impossibilitaram o seguimento efetivo e preciso do responsável; sendo necessário que, o Estado garanta a vítima uma indenização simbólica e material pelas violações sofridas. 
Recomendou sobretudo, modos alternativos judiciais, imediatos e pertinentes de recursos para desacordos intrafamiliares, tal como a sensibilização com atenção a sua magnitude e os resultados penais que possa gerar; ampliar a quantidade de delegacias para a defesa do direito das mulheres e atribuir as mesmas os recursos fundamentais para a tramitação e investigação de todas as queixas de violência doméstica, prestando apoio ao Ministério Público para a elaboração de seus conhecimentos judiciais; inclusão de planos pedagógicos destinados ao discernimento da relevância do respeito à mulher e seus direitos constatados na Convenção de Belém do Pará.

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