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Introdução à Paradiplomacia e Diplomacia Federativa

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Paradiplomacia
Aula 1 - Introdução
 Soberania: advém do Estado-Moderno, Paz de Vestefália, está relacionado ao território. É baseado em fronteiras geográficas definidas e capitais permanentes. Ela viabiliza as 3 dimensões do poder estatal, a política, econômica e jurídica.
- Para o Direito Internacional Público e RI, todos os Estados são soberanos e iguais perante o Direito Internacional.
- Características do Estado: povo, território, governo e soberania. Podendo ser unitário ou composto, com duas ou mais entidades políticas, como Confederação, Federalismo etc.
Federalismo
 - Forma de organização de poder do Estado com níveis autônomos de governo. (ex: federal, estadual e municipal)
- Os entes subnacionais são reconhecidos através da constituição e possuem competências administrativas, federativas e constitucionais.
 Paradiplomacia
- Atuação internacional de entes subnacionais.
- Conjunto de estratégias da agenda internacional coordenada pelos entes subnacionais. Sua institucionalização surgiu pós-Guerra Fria.
- A paradiplomacia é marcada pela globalização, interdependência e o neoliberalismo.
- Soldatos define a paradiplomacia como uma atuação paralela e subsidiária à atuação diplomática exercida pelos Estados soberanos.
- "A paradiplomacia pode ser definida como o envolvimento de governo subnacional nas relações internacionais, por meio do estabelecimento de contatos, formais e informais, permanentes ou provisórios (ad hoc), com entidades estrangeiras públicas ou privadas, objetivando promover resultados socioeconômicos ou políticos, bem como qualquer outra dimensão externa de sua própria competência constitucional" (CORNAGO, 2004, p. 251)
- Prática mais antiga é datada no século XIX, em Quebec, no Canadá, com a criação do Ministério de Relações Internacionais, independente do governo canadense. Além disso, o Quebec possuía diversos escritórios no exterior.
 - Para diplomacia nos EUA: 50's - people-to-people, incentivo do governo federal para o irmanamento de cidades com cidades do exterior (cooperação educacional, econômica e tecnológica). - O irmanamento de cidades pode ser o primeiro passo para uma inserção internacional.
- Diplomacia Cidadã - Participação da sociedade civil na agenda paradiplomática. (Salomón, 2011).
- Protodiplomacia: paradiplomacia realizada e impulsionada por entidades com identidades regionais diferentes do governo central, como no País Basco e a Catalunha.
 "As práticas paradiplomáticas pelo mundo têm diferenças proeminentes por causa dos distintos contextos geopolíticos, da natureza constitucional, do tamanho demográfico, das condições institucionais, da diversidade social e dos recursos econômicos" (CORNAGO, 2013).
Aula 2 - Paradiplomacia ou diplomacia
Paradiplomacia no Brasil e a diplomacia federativa – Alguns casos/exemplos.
- Tem como principal objetivo o desenvolvimento local, principalmente no hemisfério Sul.
- A paradiplomacia no Brasil se intensificou pós 1988, com a nova Constituição.
- As agendas paradiplomáticas desde então são em temas muito mais variados,
mas a autonomia dos entes subnacionais para empréstimos internacionais ficou restrita a aprovação da União
- 1997: Assessoria de Relações Federativas (ARF) - coordena e orienta entes subnacionais nas iniciativas externas.
Diplomacia federativa - política de Estado que coordena as ações de paradiplomacia das unidades federativas.
- No governo Lula (2003), a Assessoria de Relações Federativas (ARF) foi fundida a Assessoria de Assuntos Parlamentares (APA), Criando a Assessoria de Assuntos Federativos e Parlamentares (AFEPA). Ela coordena as ações do Itamaraty, Congresso e entes federados.
Nova geografia de poder transnacional contemporâneo – Cidades como locus das relações internacionais
- FONARI - Fórum composto por secretários e afins da área de relações internacionais dos municípios brasileiros.
- FórumRI27 - semelhante ao FORNARI, porém da esfera estadual.
- Principais temas da agenda paradiplomática brasileira:
- Promoção comercial e econômica no exterior, mas, também, no campo do meio ambiente, gestão urbana, educação, projetos sociais, saúde pública, direitos humanos, cultura e interesses de grupos privados.
Entes subnacionais na paradiplomacia – quais entes se lança na paradiplomacia
- A agenda paradiplomática dos governos municipais lida com cooperação internacional, bilateral ou multilateral;
- No âmbito doméstico foram criadas associações municipalistas como a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), a Confederação Nacional de Municípios (CNM),
e a Associação Brasileira de Municípios
Diferença entre diplomacia e paradiplomacia
 
- A Constituição Federal brasileira estabelece que as Relações Internacionais do Estado, ou seja, a política externa brasileira (PEB), serão conduzidas pelo governo federal, e mantem a impossibilidade dos entes subnacionais de celebrarem tratados internacionais.
Acordo de Cooperação internacional (paradiplomacia) ≠ Tratado Internacional (diplomacia).
- Somente o Governo Federal/Itamaraty podem celebrar tratados internacionais.
- O discurso do Itamaraty contrário à paradiplomacia dos entes subnacionais se baseia em quatro argumentos:
i) a Constituição Federal;
ii) a possibilidade de falta de coesão na política externa nacional
iii) a variável do separatismo, que é muito invocada pelos Estados centrais
para evitar ou reprimir ação internacional de seus entes subnacionais
iv) a incapacidade dos atores subnacionais em conduzir uma postura
profissionalizada nas ações internacionais
- Em resposta aos argumentos do Itamaraty, a literatura brasileira indica
que, apesar de existirem casos de movimentos separatistas, este não é
um tema da agenda paradiplomática no Brasil.
- Milani (2011, p.38) faz um comparativo das high politics e low
politics dizendo que o 'diplomata e o soldado, protagonistas da política externa clássica, passaram a ter que se acostumar com a companhia, mesmo tímida, de burocratas de diversos setores': deputados e senadores, assessores legislativos, prefeitos, governadores, operadores econômicos, líderes de ONGs, movimentos sociais, organismos da mídia, personalidades da academia, ministérios, agências federais etc.
Sobre diplomacia:
 - A Convenção de Viena em 1961 - sobre Relações Diplomáticas. Esta convenção é um tratado internacional que fornece uma diretriz
para as relações diplomáticas.
- Definição: A diplomacia é um método que os governos usam para influenciar as ações de governos estrangeiros por meio de táticas pacíficas, como negociação e diálogo. Normalmente é realizado por representantes
de um país no exterior, mas as ações de um diplomata serão
amplamente controladas pelo governo a que servem
1) A representação do estado de envio no estado de acolhimento em um nível
além do meramente social e cerimonial
2) A proteção dentro do Estado anfitrião dos interesses do Estado remetente e seus nacionais, incluindo suas propriedades e participações em empresas
3) A negociação e assinatura de acordos com o estado anfitrião quando
autorizado
4) O relatório e a coleta de informações por todos os meios legais sobre as
condições e desenvolvimentos no país anfitrião para o governo de envio
5) A promoção de relações amistosas entre os dois estados e o aprofundamento de suas relações econômicas, comerciais, culturais e científicas.
Aula 3 - Paradiplomacia – Gestão de Negócios 
 
Dentro da perspectiva de atuação dos entes subnacionais, Duchacek
(2001) destacou seis formas básicas de articulação da paradiplomacia.
 
• (i) a criação de escritórios permanentes de representação em outros
países. Mantendo missões permanentes no exterior, os governos nãocentrais afirmam suas competências e funções internacionais com objetivo
de incentivar o investimento e o comércio por meio de atividades
promocionais apropriadas e negociações diretas (paradiplomáticas) com
instituições privadas e públicas; e, também, de atender as demandas de
funcionários em lidar com governos estrangeiros como uma influência
efetiva (lobbying) na conduta de políticas nacionais de comércio e
investimento(DUCHACEK, 2001).
Ex: Estado de São Paulo, em Shangai, na China
 
(ii) envio de missões empresariais e diplomáticas envolvendo líderes destes setores;
• (iii) promoção de missões de curta duração com intuito de se aprofundar em certo
tema;
• (iv) realização de feiras de investimentos comerciais para a atração de investimentos
estrangeiros e turistas, através de ferramentas publicitárias;
• (v) estabelecer zonas de cooperação internacional.
• (f) a participação de governantes dos entes subnacionais em conferências e
organizações internacionais, e representações diplomáticas do seu Estado no exterior
 
Outras: o conceito de place branding, também chamado de ‘mercado territorial’, é uma
estratégia contemporânea da paradiplomacia na criação de marcas de cidades e regiões
(MORALES DÁVILA, 2013). Ex: cidades de São Paulo e Rio de Janeiro;
• Os acordos de cooperação chamados ‘irmanamentos’, comumente firmados entre
cidades e estados - celebrado somente entre governo
 
Inteligência de Mercado
• Pode ser entendida como a capacidade de transformar dados em informações e informações em
conhecimentos, com foco no mercado, que levem à realização de negócios;
• “Radar” para o êxito de empreendimentos e identificação de oportunidades de negócios
• Pode (ou não) ser feito pela área internacional do Governo;
• Proporciona conhecimento sobre SE/COMO expandir para um mercado;
• Proporciona conhecimento sobre NOVAS TENDÊNCIAS de um mercado;
• Proporciona MONITORAMENTO DE CONCORRÊNCIA;
Usualmente, o mapeamento/conhecimento é gerado de forma interna.
• O contato é realizado por meio do apoio dos SECOM (Setores de Promoção Comercial do MRE)
• SECOMs espalhados pelo mundo
• Se encontram instalados em Embaixadas e Consulados pelo mundo
• Possui um diplomata comercial responsável.
• Monitoram as tendências do mercado local;
• Utilização das ferramentas de diplomáticas/paradiplomáticas objetivando obter ganhos na esfera
econômica.
o Aumento das exportações
o Atração de investimentos 
o Promoção do Turismo
o Internacionalização de empresas
 
Inteligência de Mercado
Atuação:
• Macro - Negociações multilaterais e solução de controvérsias (diplomacia)
• Micro - Atividades de apoio à promoção e realização de negócios (paradiplomacia
MRE Subdivide 03 grandes grupos de ações de diplomacia/paradiplomacia comercial, sendo
eles:
• Inteligência Comercial
• Promoção no exterior de bens, serviços e oportunidades de investimentos
• Advocacy / Policy Advocacy
 
Advocacy: 
Dar voz à defesa de uma causa:
 Também conhecida como Defesa de Interesses.
 Empreendido pelo Setor Público (e privado), junto a Governos Estrangeiros, na defesa de interesses comerciais de determinado setor.
•  Ex: aumento de tarifas de importação de alumínio – EUA
• Por se tratar de questões que envolvem a soberania de outro país, entes federados não tem a competência de realizar sozinho. Deve ser realizado via União.
 
Promoção comercial, cultural e turística
• A promoção é o passo seguinte da inteligência comercial.
• De acordo com Keating (2013), os entes subnacionais são impulsionados por três razões
principais: i) econômicas, ii) políticas e iii) culturais.
 
• COMERCIAL: As estratégias e ações, que compreender os setores de comercio, investimento e
turismo, irão variar de mercado para mercado. Entretanto, o objetivo máximo sempre é o
desenvolvimento socioeconômico da região e o aumento da arrecadação fiscal.
• Rodadas de Negócios: Encontro B2B entre empresários – compradores e vendedores 
Perspectiva de fechamento de negócios se matchmaking bem-feito.
• Missões Comerciais / Empresarial
o Viagens ao exterior com delegação do setor privado e governamental
o Oferece às empresas brasileiras a possibilidade de realizar negócios com compradores
internacionais
o Possibilidade de investimento no exterior e até de formação de joint ventures
o Usualmente atrelado com Rodadas de Negócios ou participação em feiras
o Missões Governamentais: realizadas por representantes Governamentais – Governador,
Secretários de Estado, Prefeitos etc.
o A viagem usualmente atrelada a algum motivo em específico: formalização de algum acordo;
participação em algum evento internacional; participação em feira etc.
TURÍSTICA: Usualmente na abertura da Missão, apresentando as potencialidades do Estado
Federado, Cidade ou do País
• Promoção Turística: a Promoção comercial pode (e deve) também ser aplicada ao Turismo.
• Geração de atividades de programação turística em países/regiões prioritários;
• Realizado em conjunto com o órgão de turismo/cultura do ente subnacional;
• Pode ser dirigido aos públicos:
• Trade Turístico – Agências de Turismo, companhias aéreas etc. – motivando empresas a
venderem pacotes para a região
- Conhecido como MARKETING TERRITORIAL
CULTURA
• A cultura é o que uni as relações entre os entes subnacionais. Seja pela vontade de conhecer uma cultura diferenciada ou pelos laços de
épocas de imigrações.
 
Paradiplomacia e o setor Privado
• Iniciativa privada não faz paradiplomacia. Entretanto, são atores internacionais. Usualmente as ações de diplomacia e paradiplomacia são realizadas com o apoio da iniciativa
privada (instituições de representação de classe).
 
 
Rito (para) diplomáticos
Os ritos diplomáticos possuem valor político (boa-vontade entre as partes, mas não jurídico)
 
MEMORANDO DE ENTENDIMENTO
• Também denominado de “Declaração Conjunta”
• Possuem forma genérica e simplificada
• Registram o interesse das partes (Governamentais ou com Organizações Internacionais) em
estabelecer iniciativa em alguma área
• “envidar esforços”
• Função meramente política! Carece de respaldo legal.
• Não pode gerar obrigações e nem conter transferência de recursos.
• Não necessita de ratificação de outro órgão – entrada em vigor na data de assinatura 
 
PROTOCOLO DE INTENÇÕES
• Segue a mesma lógica jurídica de um MoU;
• Possuem forma genérica e simplificada;
• Registram o interesse das partes em estabelecer iniciativa em alguma área.
• Realizado entre órgão da administração pública brasileira e uma entidade privada
• Empresa (formalização de investimentos);
• ONGs;
• Geralmente é o primeiro documento assinado. Posteriormente são trabalhadas as cláusulas para
estruturação de um contrato.
 
IRMANAMENTOS | CIDADES IRMÃS ou ESTADOS IRMÃOS
• Estabelecimento de laços de cooperação fraterna entre duas cidades, estados ou províncias.
• Ideal de aproximação e estruturação de projetos nas áreas de low politics – educação, desenvolvimento social, integração econômica, cooperação tecnológica, etc;
• Aproximação guarda-chuva: geralmente não há indicadores de mensuração; necessidade de desdobramento em agendas de trabalho;
• Existe toda uma literatura a respeito dos irmanamentos, quem tiver interesse é um campo vasto.
• Ex: Acordos JOINVILLE
 
ACORDO DE COOPERAÇÃO (não precisa dos documentos anteriores, nem irmanamento)
• É geralmente mais formal e específico e pode ou não ter validade;
• É um contrato que não menciona repasse de recursos;
• Aborda todas as questões que serão trabalhas;
• Pode variar de acordo com a forma de execução de cada ente.
São celebrados pelas autoridades responsáveis.
Pode conter descrição de plano de trabalho.
 
COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL
• A principal função de um projeto de cooperação técnica é de propiciar o acesso, a absorção e a
aplicação de conhecimentos que permitam aos agentes locais de desenvolvimento fortalecer as
suas capacidades, um processo que envolve aprendizagem nas dimensões individual,
organizacional e interinstitucional. 
 Um dos pilares da cooperação internacional.
 Cooperação com ênfase na integração econômica, política e social.
 
• Dá-se por meio de Acordos Base de Cooperação Técnica
• Enfoque no desenvolvimento de capacidades:
• “uma intervenção temporária destinada a promover mudanças qualitativas e/ou estruturais em um dado contexto socioeconômico de forma a sanar ou minimizar problemas específicos identificados naquele âmbito, bem como para explorar oportunidades e novos paradigmas de desenvolvimento”(ABC, 2014, p. 9)
 
Exemplos deatuação:
• Dar suporte a projetos de caráter inovador, voltados à geração, absorção e disseminação de
conhecimento e de “boas práticas”;
• Mesclar conhecimentos e experiências disponíveis no exterior e no próprio país, gerando um
produto novo;
• Promover intercâmbio de conhecimentos, experiências e de know-how via mecanismos regionais
ou multilaterais integrados por instituições especializadas;
• Capacitar instituições nacionais públicas e da sociedade civil para o planejamento, execução e
avaliação de iniciativas de promoção de desenvolvimento, sob diferentes formatos e abordagens.
• Aprimoramento de competências gerenciais e técnicas das instituições beneficiárias e
modernização ou estruturação de processos produtivos;
• Recursos oriundos de organismos internacionais, agências governamentais estrangeiras ou setor
privado;
• Pouca quantidade. Brasil não está na lista de países subdesenvolvidos.
• Fundos internacionais e contribuições de países doadores, sob a gestão de organismos
internacionais;
• Captação de recursos realizada por OIs.
• Recursos mobilizados pelas próprias instituições brasileiras.
• Recurso público transferido para a contraparte que executará
• Deve ter aprovação dos órgãos de controle.
Aula 4 - Paradiplomacia em redes
 
Redes de Cidades
 - Outra forma de atuação dos entes subnacionais é através da criação
associações regionais a fim de melhorar sua representação e visibilidade.
 
- Cidades em rede:
• São cidades que dispõem de tecnologia mínima: uma linha telefônica
local, um computador pessoal e um modem (para conectar o computador à linha telefônica) e que estão integradas e associadas a outras através da internet. Fazem parte de um grupo que tem os mesmos objetivos e procuram trocar informações dentro de um contexto de cooperação internacional. Cumprem um amplo programa que abrange temas educacionais, de saúde, de transportes, de meio ambiente, etc. (Menegheti, 2005)
 
- As redes de cidades podem se inter-relacionar em nível global, regional ou até dentro de um mesmo país.
 
- Um dos melhores exemplos dessa institucionalização é a rede mundial The Global Network of Cities, Local, and Regional Governments (UCLG). A UCLG foi criada em 2004, com o objetivo de reforçar o papel dos governos locais e regionais nos processos decisórios internacionais. Além disso, a rede busca meios de moldar o futuro com o compartilhamento de boas práticas internacionais e influenciar a agenda de desenvolvimento global.
 
O arcabouço teórico da sociedade em rede é caracterizado pela revolução tecnológica da informação que impulsionou as redes de cidades.
• Ao investigar a complexidade das novas economias, sociedade e cultura, Castells (1999, p. 24) caracteriza a existência de uma revolução da tecnologia da informação nos anos 60. Argumenta que a revolução da tecnologia da informação é, no mínimo, um evento histórico da mesma importância da Revolução Industrial do século XVIII, induzindo um padrão de descontinuidade nas bases materiais da economia, da sociedade e da cultura.
 
A Teoria das Redes de Cidades sugere que, quanto maior a conexão da rede, maior será o desempenho dos seus membros em termos de políticas locais vitoriosas. Assim, pode-se dizer que, quanto maior a conexão de uma cidade na rede, maior será a atuação em termos de políticas locais de sucesso.
 
Paradiplomacia em Redes
• Favorecer a participação dos governos locais nos processos de integração;
• Promover a criação de um âmbito institucional para as cidades
• Desenvolver e intercambiar a cooperação entre os governos locais;
• Melhorar a qualidade de vida das cidades da rede;
• Participar/influenciar nas agendas nacionais, regionais e mundial;
• Criar políticas conjuntas entre as cidades e estimular a troca de experiências.
Aula 5 - Inovação, tecnologia e paradiplomacia
Smart Cities
• Uma smart city é uma cidade eficiente, conectada e sustentável. Por meio de
inovações tecnológicas, os projetos dessas cidades buscam proporcionar um
ambiente urbano que promova o desenvolvimento humano, use os recursos
naturais de forma sustentável e impulsione a economia local.
• De acordo com o relatório Cities in Motion, elaborado pelo IESE Business School
(Universidade de Navarra, Espanha), existem nove indicadores de inteligência
urbana. São eles:
• capital humano — estratégias para o desenvolvimento pessoal e profissional dos
moradores, com foco na promoção de educação de qualidade e repertório
científico e cultural;
• coesão social — diz respeito ao senso de “pertencimento” da população,
proporcionado por iniciativas como o desenvolvimento comunitário, a
acessibilidade e o combate ao preconceito.
economia — trata-se das ações de incentivo à economia local, à 
criação de planos industriais estratégicos e ao estímulo ao 
empreendedorismo;
• governança — esse indicador mede a eficácia da intervenção estatal 
na cidade, observando como se dá a gestão de recursos, a 
transparência e a ética governamental;
• meio ambiente — a responsabilidade ambiental é um dos pilares das 
smart cities, portanto, são valorizadas iniciativas que ajudam a conter problemas ambientais e a garantir a sustentabilidade no uso de recursos;
• mobilidade — a mobilidade urbana eficiente e bem-planejada otimiza a qualidade de vida da população, além de se relacionar com as preocupações com o meio ambiente;
• planejamento urbano — entram nesse parâmetro as soluções para a conectividade e autossuficiência dos bairros, o planejamento de infraestrutura, o sistema de gestão de resíduos e a distribuição de energia, entre outros;
• reconhecimento internacional — refere-se aos planos estratégicos de turismo e à infraestrutura para a promoção do reconhecimento internacional da cidade;
• tecnologia — por fim, as smart cities têm a tecnologia como carro-chefe, já que o desenvolvimento tecnológico proporciona soluções para sustentabilidade, segurança pública, desenvolvimento humano etc
• Em resumo, a tecnologia e a inovação proporcionam, cada vez mais, o apoio a iniciativas e alternativas que tornam possíveis os três pilares da sustentabilidade — social, econômico e ambiental
Incubadoras, Aceleradoras e Parques Tecnológicos
As incubadoras tecnológicas possuem um sistema de gestão e de promoção de sua atividade e oferecem infra-estrutura de apoio tecnológico e mercadológico aos incubados, durante um período de aproximadamente dois a três anos
Aceleradoras são empresas cujo objetivo principal é apoiar e investirno desenvolvimento e rápido crescimento de startups, ajudando-as aobter novas rodadas de investimento ou a atingir seu ponto de equilíbrio (break even), fase em que elas conseguem pagar suas próprias contas com as receitas do negócio.
Parque tecnológico é um pólo científico-tecnológico em que as empresas estão reunidas num mesmo local, dentro do campus da universidade, ao lado deste ou em área próxima, em distância inferior a cinco quilometros. Existe uma entidade coordenadora do pólo, concebida para facilitar a integração universidade-empresa e para gerenciar o uso das facilidades do pólo.
A ideia da diplomacia científica, que pode ser estendida para a diplomacia da tecnologia e da inovação, constitui, contudo,
subconjunto do campo maior da inter-relação entre os sistemas de Cooperação Tecnológica & de Inovação e de relações internacionais, a fusão entre o ambiente de
desenvolvimento de CT&I e o ambiente da relação internacional.
Caso do Estado do Mato Grosso, Brasil
- Áreas mais latentes para desenvolvimento da para diplomacia: educação, sustentabilidade, tecnologia e inovação.
Aula 6 – Formalização e Atividades da Paradiplomacia
 
Os benefícios da internacionalização
- As atividades paradiplomáticas podem ser bastante úteis na gestão de problemas locais e na melhoria da condição de vida da população de modo geral. As possibilidades de atuação estão presentes nos mais diversos âmbitos: financeiro, ambiental, energético, cultural, entre outros. 
Aprimoramento das políticas públicas a partir de perspectivas internacionais, culturas distintas e iniciativas de sucesso;• Inserção em redes globais, direcionadas à cooperação internacional, que estão voltadas para o compartilhamento de experiências entre municípios;
• Mobilização de recursos internacionais voltados a projetos para o desenvolvimento local;
• Análise de tendências e aprendizagem com as inovações da gestão municipal difundidas em eventos internacionais;
• Promoção da viabilidade mundial da cidade, a fim de atrair investimento para setores estratégicos;
• Participação política em organizações e missões internacionais, ampliando a influência na conjuntura internacional.
• Condições para a realização de atividades paradiplomáticas:
CONSTRUIR PONTES:
• É preciso trazer ao diálogo todos aqueles que possuem interesse no desenvolvimento da região, como cidadãos, lideranças locais e
empresários;
• Buscar consenso comunitário com relação às frentes mais importantes para investimento e comprometimento da administração pública com os
cidadãos;
• O trabalho conjunto de integrantes da prefeitura e da sociedade civil, setor privado, instituições científicas, de ensino, pesquisa e culturais, unidos por um conselho, colabora para o melhor desenvolvimento das atividades.
 Como estruturar uma agenda paradiplomática?
MONTAR UMA AGENDA
• É fundamental mapear as condições preexistentes para desenvolvimento de atividades paradiplomáticas do município/região e avaliar a utilidade para inserção no meio internacional;
• A identificação de prioridades e monitoramento de oportunidades para a submissão de projetos que possam beneficiar o município ou a região em geral (sejam para redes, agências de fomento);
• É importante inserir os assuntos internacionais no organograma do governo local como qualquer outro programa e política pública dos gestores municipais;
Destaca-se a importância de pensar no desenvolvimento sustentável, visto que há uma série de oportunidades de nova economia em torno da biodiversidade;
• Refletir a questão da segurança na prática do turismo, tendo em vista o contexto pandêmico, mesmo após a superação do coronavírus;
• Incentivo à inovação e desejo de mapear e superar as limitações identificadas;
• Como cada cidade possui recursos e características próprias, não há um passo a passo específico para se fazer essa autoavaliação, cabendo aos gestores locais.
BUSCAR POR AMPARO EXTERNO:
• Reconhecer os organismos internacionais que possam contribuir também é importante, como redes de governos locais, Banco Mundial, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e distintas agências da Organização das Nações Unidas;
• Cabe ressaltar que a atuação internacional por parte de um município demanda a existência de alguns fatores importantes, tais como a vontade de se internacionalizar, o compromisso político e a capacidade de decisão sobre a questão. Além disso, faz-se necessário a existência de recursos e potencialidades locais projetáveis no exterior.
 
Feita a leitura das condições preexistentes no município, é necessário avaliá-las quanto à sua utilidade para inserção no meio internacional. Como cada cidade possuirá recursos e características próprias, não há um “passo a passo” para fazer essa autoavaliação, cabendo aos gestores locais.
 Conhecimentos necessários para a atuação
 PLANO ESTRATÉGICO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS: Análise da realidade local
• Analisar o contexto externo e interno - o primeiro passo para a internacionalização é o mapeamento de potencialidades e debilidades do município, permitindo a elaboração de uma estratégia a partir destes pontos fortes e fracos. Com a identificação dessa motivação para se internacionalizar e a leitura das condições existentes, é possível prosseguir para o planejamento futuro.
• Identificar prioridades - Ao analisar o contexto interno e externo, é necessário identificar os objetivos do município nas relações internacionais de acordo com seu planejamento de governo. Fatores como história, cultura, geografia, línguas e turismo são alguns critérios que a prefeitura pode utilizar para a identificação de objetivos e prioridade.
• Definir uma visão de futuro - Com os objetivos a serem alcançados a partir da internacionalização definidos, é possível traçar um esboço de onde o município se vê daqui a cinco, dez ou 15+ anos. É possível destacar características, boas práticas ou projetos que a prefeitura vê como ideais para a prosperidade e o futuro do município;
• Instrumentalizar a estratégia - A partir das análises feitas até aqui, o município pode iniciar o planejamento, a execução e a avaliação de sua internacionalização, sempre de acordo com seus objetivos estratégicos definidos. A instrumentalização jurídica é importante para dar um respaldo legal, assegurando a concordância do projeto com a legislação municipal;
• Prever recursos - Para se fazer um planejamento orçamentário para atuação internacional, o município pode levar em consideração fatores como: custos de operação diários; custos de projetos; participações em redes de cidades, associações, eventos etc.; ferramentas de visibilidade internacional da cidade; consultorias de monitoramento e avaliação de andamento dos projetos;
• Revisar a estratégia - Revisão de coerência, legitimidade, institucionalidade, jurisdição, viabilidade, confiabilidade e eficácia;
• A participação de um ente subnacional em atividades internacionais, seja de um município, geoparque ou estado federativo, exige um planejamento que esteja em conformidade com a sua realidade, potencialidades de desenvolvimento e os objetivos principais da projeção internacional. Essa interação do local com o global resulta em diversas oportunidades políticas, econômicas, sociais e culturais, como apresentado neste manual;
Quais são as condições para que uma cidade de médio e pequeno porte 
inicie um processo de internacionalização?
• 1° Condição: Ter a presença de pelo menos um(a) funcionário(a) que atue como ponto focal da área internacional, este de preferência, com formação na área e/ou experiência internacional, capaz de se comunicar em inglês;
• 2° Condição: Existência individual de um arquivo, tanto físico como virtual, com a organização de todos os documentos, atas de reuniões, mensagens com autoridades e comunidades estrangeiras, relatos de viagens e processos vinculados à área. Com isso, é possível a continuidade de contatos e negociações internacionais para além do período de mandato de uma gestão, garantindo, também, a legalidade e o acesso público a documentos.
• 3° Condição: Existência de um conselho ou comissão, composto por integrantes da Prefeitura e da sociedade civil, setor privado, instituições científicas de ensino, pesquisa e culturais, coordenado pela pessoa que atua como ponto focal da política externa local (vide
o primeiro ponto).
• 4° Condição: Diálogo entre os vereadores sobre ações externas, gerando consciência sobre relações internacionais. 
• 5° Condição: Concordância do(a) Prefeito(a) para participar de reuniões bilaterais e de encontros multilaterais identificados como vetores de inserção internacional, para o estabelecimento de relações de confiança.
Quais desafios podem ser esperados?
• SEGMENTAÇÃO DE OBJETIVOS: A paradiplomacia pode servir como um instrumento para obter recursos e prestígio para os municípios e suas comunidades. No entanto, é muito importante que a comunidade local esteja envolvida e engajada com os projetos desenvolvidos pelos seus gestores.
• TRANSIÇÃO DE GOVERNO: A continuidade das atividades paradiplomáticas é central para sua eficiência, porém, muitas vezes é abandonada pela mudança de governo, gerando perda de informações. Desse modo, o município deve entender essas atividades como algo de interesse público, a ser conduzido por qualquer que seja seu gestor.
• INCERTEZA INSTITUCIONAL: Em paralelo ao ponto anterior, os entes subnacionais não possuem obrigação de manter atividades internacionais, podendo haver falta de continuidade e de articulação de suas ações.
• INEFICIÊNCIA NA GESTÃO E FALTA DE MÃO-DE-OBRA ESPECIALIZADA: Muitas vezes, os municípios não possuem pessoas encarregadas apenas para lidar coma gestão das atividades paradiplomáticas. Desse modo, as atividades acabam sendo deixadas de lado e a falta de profissionais da área dificulta o olhar estratégico sobre as ações.
• ESCASSA PRODUÇÃO ACADÊMICA ESPECÍFICA: A produção acadêmica
com ênfase nas atividades internacionais desempenhadas pelos Geoparques é escassa, podendo dificultar a orientação de políticas públicas sobre o assunto e a divulgação de informações.
• DEFICIÊNCIA DA REGULAÇÃO DA PARADIPLOMACIA: A difusão da
paradiplomacia no Brasil é, em geral, um processo ainda em ascensão. Portanto, o desconhecimento sobre as atividades desenvolvidas e a que órgãos compete sua execução e fiscalização pode dificultar sua execução.
• ALINHAMENTO COM O GOVERNO FEDERAL: O relacionamento entre o governo central e os entes subnacionais permanece confuso no que diz respeito aos seus temas e ações internacionais. Assim, é de suma importância que os municípios se atentem ao relacionamento com o Governo Federal, seja no alinhamento de suas ações ou em busca de auxílio;
Conhecimentos necessários para a atuação na paradiplomacia:
• Relações Internacionais;
• História;
• Comércio Exterior – Comércio Internacional;
• Negociações;
• Direitos Humanos;
• Cultura – no seu sentido mais genuíno.
• Inglês e Espanhol;
• Projetos – como escrever e gerenciar um projeto.
Aula 7 - Paradiplomacia aplicada: Gestão de Projetos Internacionais
Elementos para gestão de projetos
- Manual de Gestão de Ciclo do Projeto da União Euroeia (1993) - promover melhor implementação e gestão das ações/projetos/programas de cooperação externa.
O processo de planejamento de projetos pode ser desenhado como um
Ciclo:
* Identificação: Descobrir quem deverá se beneficiar e quais são as suas necessidades.
Esta fase pode incluir a realização de pesquisas adicionais sobre a situação sócio econômica e política em que se encontram os potenciais beneficiários.
* Montagem: Traçar a estratégia! analisar o problema para identificar as suas causas e efeitos, definir objetivos e estratégias de resolução.
* Implementação: Implementar, monitorar e avaliar a execução do projeto,
promovendo ajustes em caso de necessidade
* Avaliação: Avaliação final do projeto, mensurando pontos fortes e de melhoria, seus impactos e sua sustentabilidade a longo prazo.
* Aprendizagem: Incorporar as os acertos e correção das falhas dentro da organização
O papel do Gerente de Projetos
* Como que se inicia um projeto de cooperação? Quem traça as bases dele?
* Identificação
* Levantamento de necessidades
É importante realizar um levantamento de necessidades antes de planejar o trabalho de desenvolvimento, independentemente de conhecermos as necessidades ou não.
* O projeto deve surgir a partir do que o público-alvo diz que quer e não a partir das suposições que fazemos. (Cuidado: gestão pública descolada da realidade)
* Às vezes as necessidades não são imediatamente claras ou não podem ser facilmente compreendidas.
* Ao conversarmos com várias pessoas, podemos compreender como os problemas afetam as pessoas de diferentes maneiras.
* As circunstâncias mudam! Problemas iguais podem atingir de formas diferentes
* Levantamento de necessidades
* As entrevistas podem se dar por meio de entrevista individual, entrevista em grupo, etc.
* Importante nunca excluir nenhum representante amostral.
* Utilizem questionário semiestruturado, com perguntas usualmente começando com uma das seis “palavras de ajuda”: O quê? Quando? Onde? Quem? Por quê? Como?
* Identificação das capacidades para engajar a comunidade na resolução dos
problemas.
* Todo projeto tem recursos limitados
* Na maioria das vezes o que ocorre é verificar as capacidades locais do público-alvo para verificar o que pode ser resolvido por si mesmo e excluir da lista de entregas: priorização de recursos.
Pesquisa Adicional:
* Acesso a informações primárias ou secundárias
* Livros, documentos acadêmicos, relatórios governamentais, pesquisa de atuação de outras instituições, etc.
* Ideal de compreensão do histórico da região, levando em conta fatores sociais, econômicos, políticos, etc.
* Ideal de compreender:
* O contexto ao qual o projeto será inserido
* Causas e efeitos daquele problema (se for possível rastrear)
* Compreender atuações passadas de outros atores, de forma a não executar algo que já deu errado ou complementar os esforços se algum projeto similar estiver rodando.
Montagem do Projeto:
* Seleção dos atores
* Primários = Grupo alvo
* Secundário = Os demais atores que podem estar envolvidos
* Atenção àqueles que serão afetados negativamente no processo.
* Listar a ordem de prioridade de quem será atendido.
* IMPORTANTE: indicar se e como haverá a participação dos grupos
sociais no projeto.
* Prestar informações, consulta, tomada de decisões, etc.
OBSERVAÇÃO:
* A participação pode ser vista pelos atores interessados primários como algo demasiadamente caro em termos de tempo e de dinheiro, quando comparados com os benefícios esperados.
* Os atores interessados primários talvez não tenham informações apropriadas para que exista uma tomada de decisões eficaz.
* Alguns grupos de atores interessados primários poderão desafiar o direito de outros grupos participarem. Por exemplo, as mulheres poderão ser excluídas de participar em um comitê local de saneamento.
* As demais instituições envolvidas poderão ter uma estrutura de gerenciamento ou uma forma de trabalho que não incentivam a participação dos atores interessados primários.
- Análise do problema: Necessidade de analisar o problema identificado durante a fase inicial do projeto. Ideia de isolar os problemas a serem resolvidos;
- Análise dos objetivos: Transforme cada uma das causas da. Ex: baixa produção para produção aumentada. Não se esqueça de delimitar quais objetivos o projeto irá atacar. Nem todos serão possíveis de serem atingidos por questões estruturais ou de recursos;
* Objetivo Geral — Objetivo amplo e de longo prazo! Usualmente conectado a um contexto político/social;
* Objetivo específico — Os benefícios esperados! Onde o projeto irá contribuir!
* Resultados: os resultados tangíveis ao qual o projeto irá inferir!
* Atividades: O que vai ser executado para atingir os objetivos
* Para preencher a Hipótese, primeiro precisaremos traçar os principais riscos!
* Riscos são afirmações negativas sobre coisas que poderão dar errado. As hipóteses transformam os riscos em afirmações positivas.
Elas são as condições que precisam ser atendidas para que o projeto possa continuar.
* RISCO.
* HIPÓTESE.
* RISCO II.
* HIPÓTESE II.
Implementação:
* Basicamente apresenta:
* Quem vai fazer o que 
* Quando é que vai acontecer
* Quais recursos, além das pessoas, serão necessários
* Quem vai se responsabilizar pela execução da atividade
* As condições/suposições que garante a execução das atividades.
Cronograma
* O cronograma nos permite considerar quando as nossas atividades acontecerão e por quanto tempo. Isto nos ajudara a pensar sobre quando seria apropriado realizar as diferentes atividades.
* O cronograma nos ajuda a examinar a sequência das atividades pois algumas delas dependerão de outras serem realizadas primeiro.
* O cronograma é utilizado para monitorar o progresso. Faça perguntas como:
* Por que estas atividades não estão acontecendo dentro dos prazos?
* Qual será o efeito disto sobre as outras atividades do projeto?
* Como podemos superar os atrasos?
- * Orçamento
* Utilizado para a gestão financeira e sustentável do projeto
* Utilizado para a prestação de contas ao financiador (Ol, Governo, Município, etc)
* Deve conter tanto gasto recursos humanos quanto de aquisições, instalações, etc.
- Avaliação e Aprendizagem
* Razões principais para medirmos o nosso desempenho:
* PRESTAÇÃO DE CONTAS - Precisamos mostrar os nossos parceiros e beneficiários que estamos usando os recursos sabiamente.
* APRENDIZAGEM DE LIÇÕES Ao medirmos, analisarmos e refletirmos sobre o nosso desempenho podemos aprender lições que nos permitem mudar os planos do nosso projeto ou a abordagem adotada quanto a outros projetos.
* Para medirmosdesempenho, precisamos pensar em questões como:
* RELEVÂNCIA O projeto atende necessidades?
* EFICIÊNCIA Estamos usando os recursos disponíveis sabiamente?
* EFICÁCIA Os resultados desejados estão sendo alcançados?
* IMPACTO A meta geral foi alcançada? Que mudanças ocorreram e que ajudam os beneficiários?

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