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Fenícios História @Study_Coffee10 QUEM ERAM OS FENÍCIOS Os gregos antigos denominavam Fenícia as terras situadas a leste do mar Mediterrâneo. Por isso, seus habitantes passaram a ser conhecidos como fenícios. • As habilidades comerciais dos fenícios ficaram famosas, sobretudo a partir de 1200 a.C., época em que houve a derrocada de impérios como o egípcio e o hitita, permitindo aos fenícios a expansão de seus domínios sobre o litoral do mar Mediterrâneo e o controle das principais rotas comerciais. Os fenícios desenvolveram técnicas de navegação e sistemas de comunicação muito sofisticados e foram responsáveis por grandes avanços em matemática e astronomia, conhecimentos importantes para a navegação marítima. As características físicas da região também favoreceram a navegação. O litoral fenício disponibilizava portos naturais e havia abundância de madeira das florestas. Uma dessas madeiras, o cedro, impulsionou a construção dos navios fenício Por volta de 3 000 anos atrás, a partir de alguns hieróglifos egípcios, os fenícios desenvolveram uma escrita constituída de 22 símbolos que representavam sons consoantes. Isso significa que cada símbolo representava um som. Por isso, esse sistema de escrita é chamado de fonético e é semelhante ao sistema de escrita usado atualmente no Brasil e em boa parte do mundo. A ESCRITA FENÍCIA Essa escrita foi muito utilizada pelos comerciantes fenícios. O contato deles com outros povos do Mediterrâneo resultou na difusão desse conjunto de símbolos, principalmente entre os gregos e, posteriormente, entre os romanos. A escrita fonética fenícia era mais simples que a de hieróglifos do Egito ou a de cuneiformes da Mesopotâmia, nas quais cada símbolo representava uma ideia, uma palavra. Isso dificultava o processo de escrita, pois era necessário decorar muitos símbolos para escrever. AS CIDADESESTADO Os fenícios não centralizaram o poder político em um governante. • As cidades fenícias eram independentes umas das outras. Cada cidade tinha seu próprio governante, que poderia ser um rei, uma elite de comerciantes ou uma família influente, de acordo com o costume de cada núcleo fenício. O mesmo ocorria na religião: cada cidade cultuava uma divindade (ou um conjunto delas). Havia, porém, elementos comuns a todas as cidades fenícias, como a origem semita, a língua, o costume de fazer registros escritos, as tecnologias náuticas, o controle de determinadas rotas comerciais e o politeísmo. Localização da Fenícia e das principais cidades-Estado, como Biblos, Tiro e Sídon. BIBLOS: A CIDADE DOS PAPIROS Biblos é considerada a mais antiga cidade da Fenícia e também uma das mais antigas ocupações urbanas do mundo. • A elite comerciante dessa cidade realizou importantes alianças com os egípcios. Exportavam principalmente cedro que, por ser muito resistente, era usado nas construções e nas embarcações. Em troca, importavam bens de variadas culturas e, habilidosamente, comercializavam com povos do Mediterrâneo. Assim, os comerciantes fenícios tiveram importante papel nas trocas culturais entre os povos antigos que habitaram os litorais do mar Mediterrâneo. Isso ocorria, por exemplo, no comércio do papiro. Eles compravam esse produto dos egípcios e o revendiam aos gregos. Com o tempo, passaram a ser os principais comerciantes de papiro na Grécia. Inclusive, Biblos é o nome pelo qual os gregos chamavam essa cidade. Esse nome, cujo significado está ligado ao papiro e à escrita, deu origem a termos usados ainda hoje, como biblioteca. • Biblos era conhecida como Gubal pelos fenícios, e a divindade adorada era Baalat Gubal, a “Senhora de Biblos”, considerada a deusa da fertilidade e da maternidade. Tiro foi dominada por assírios, babilônios, persas, macedônios e romanos. A prosperidade da cidade chegou a formar até colônias ao longo do Mediterrâneo, despertou interesse das grandes potências do mundo antigo. • Durante o domínio romano, ficou conhecida pela produção e exportação de uma tinta vermelha denominada púrpura de Tiro. O pigmento (púrpura) era extraído de uma glândula do molusco múrex e usado para tingir tecidos, resultando em tonalidades entre o rosa e o violeta-escuro. Usar vestes feitas de tecidos coloridos com essa tinta se tornou símbolo de poder no mundo antigo. A cor púrpura, assim, passou a fazer parte da identidade dos fenícios. A palavra fenícia, de origem grega, deriva de phoenix, que significa “vermelho”. TIRO: A CIDADE DA COR PÚRPURA A divindade cultuada em Tiro era Baal Melcarte, considerado o deus da morte e da ressurreição, fundador de Tiro e criador da púrpura de Tiro e da navegação para o oeste. Sídon foi dominada por vários povos, inclusive macedônios e romanos. Durante o domínio destes, também iniciou a produção de um tipo de púrpura, mas ficou famosa pela fabricação de vidro. Os fenícios de Sídon foram importantes produtores e exportadores de objetos feitos desse material. SÍDON: A CIDADE DO VIDRO Sidon, cidade portuária fenícia a 45 quilômetros ao sul de Beirute. Esta idílica cidade de Sidon não mostra indícios de seu passado esplendoroso. A arquitetura mais antiga provém da época das cruzadas ou da muçulmana. Os lugares escavados estão dispersos e alguns estão bastante distantes do centro da cidade. No entanto, as povoações mais antigas remontam ao Paleolítico e no Gênesis, Sidon recebe o nome – provavelmente correto – de “primogênita de Canaã”. Durante a época de maior apogeu do comércio com o Egito, Sidon parece haver sido a cidade mais importante da Fenícia, apesar de sua frota haver esbarrado com a competição de Creta no século XVII a.C. Desde a conquista por Tiglatpileser I em 1100 a.C., Sidon perdeu a hegemonia diante de Tiro e sofreu uma série de dominações estrangeiras por parte de assírios, babilônios, persas, gregos e romanos. Numa infeliz revolta contra Artaxerxes III, a cidade foi destruída no ano 350 a.C. e ao que parece 40.000 habitantes pereceram no incêndio. Embora Sidon houvesse perdido fazia tempo os ganhos do comércio de além-mar, sempre voltou a recuperar-se graças a sua indústria do vidro e, sobretudo, à produção de púrpura, que também abastecia Israel. Um testemunho impressionante disso é a montanha de conchas, ao sul da fortaleza, de 45 metros de altura, que se originou do amontoamento das conchas de Murex. AS COLÔNIAS FENÍCIAS A expansão fenícia a oeste ocorreu não apenas por meio da navegação, mas também pela fundação de entrepostos comerciais nos diferentes litorais do Mediterrâneo CARTAGO Foi fundada pelos comerciantes de Tiro e ocupou territórios estratégicos do Mediterrâneo, a partir dos quais foi possível aos fenícios controlar o comércio marítimo e dominar o norte da África e o sul da península Ibérica. Cartago deixou a condição de colônia e passou a ser considerada cidadeEstado, cultuando deuses que descendiam das divindades de Tiro: Tanit e Baal Hammon, o casal do qual, segundo o mito, Cartago teria se originado. Seu declínio ocorreu ao longo do século III a.C., quando enfrentou o poderio nascente de Roma e foi derrotada. Os cartagineses eram chamados pelos romanos de punas. PhotoPhotoPhoto Cartago Cartago Cartago Obrigado Obrigado por estudar com nosso material,espero ter lhe divertido mas acima de tudo ensinado.