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Triagem neonatal 1 � Triagem neonatal Puericultura A frequência das consultas deve acompanhar os riscos de cada faixa etária Eixo principal: conceito de risco e vulnerabilidade Risco: diferentes grupos populacionais apresentam riscos diferentes de danos à saúde, por características individuais, exposições ambientais ou circunstâncias sociais: fatores de risco Vulnerabilidade: compreensão da criança e família ao considerar 3 dimensões Individual: aspectos biológicos, comportamentais e afetivos Social: contexto e as relações sociais Programática: políticas, serviços, ações de saúde Classificação de risco e vulnerabilidade do RN: Risco social - condições familiares que caracterizam maior vulnerabilidade - Acompanhamento deve ser definido na reunião da equipe de saúde da família responsável pela família do bebê, lembrar das consultas e das visitas domiciliares Risco clínico ao nascer - condições biológicas que vão exigir cuidados mais diferenciados - período neonatal - Consulta mensal nos primeiros 6 meses Risco clínico adquirido - ao longo do acompanhamento - Consulta mensal nos primeiros 6 meses Risco habitual - fatores de risco Programa Nacional de Triagem Neonatal - 2001 Todo RN tem direito a realizar gratuitamente os exames Triagem neonatal - conjunto de ações preventivas, responsável por identificar precocemente indivíduos com doenças metabólicas, genéticas, Triagem neonatal 2 enzimáticas, endocrinológicas e infecciosas, para que estes possam ser tratados em tempo oportuno, evitando sequelas e até a morte Propõe o gerenciamento dos casos positivos por meio do monitoramento e acompanhamento da criança durante o processo de tratamento Para incluir nova doença, o Estado precisa de serviço de referência Postos de coleta - descentralizados nas UBS Serviços de referência em triagem neonatal (SRTN) - acompanhamento e tratamento das doenças congênitas Secretarias municipais de saúde - operacionaliza Secretarias estaduais de saúde - coordena Distritos sanitários indígenas Ministério da saúde Teste do pezinho Triar o RN para determinadas doenças Etapa 1: Feniletonuria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase, toxoplasmose congênita Etapa 2: galactosemias, aminoacidopatias, distúrbios do ciclo da uréia, distúrbios da betaoxidaçao dos ácidos graxos Etapa 3: doenças lisossômicas Etapa 4: imunodeficiencias primárias Etapa 5: atrofia muscular espinhal Quando colher: mínimo é maior de 48h, o ideal entre 3 a 5 dias de vida e o máximo 30 dias 48h pois precisa de algumas proteínas que vão ser disponibilizadas somentes com o leite materno Punção no calcanhar, em papel filtro Preenchimento adequado da ficha de coleta, do livro de ata na unidade Ideal é não colocar mais de 2 gotas por espaço Triagem neonatal 3 Secagem por pelo menos 3h em ar ambiente em posição horizontal e sem tocar uma na outra Após secagem: envolta em papel alumínio, saco plástico e geladeira até envio (máximo 2 dias - MS e 5 dias - SRTN HUJM) Resultados entregues às famílias o mais breve possível e resultados alterados são comunicados por email e/ou telefone Teste do olhinho - TRV Rastreio para identificar alterações que comprometem a transparência dos meios oculares, como catarata congênita e o retinoblastoma Teste consiste na emissão da luz do oftalmoscópio diretamente no olho do RN No olho saudável - reflexo avermelhado e contínuo - significa que as principais estruturas internas dos olhos estão transparentes Presença de anomalia que impeça a chegada de luz à retina - reflexo luminoso sofre alterações que interferem em sua coloração, homogeneidade e simetria binocular Teste da orelhinha Triagem auditiva neonatal permite a suspeita e identificação de perda auditiva, seguida pela confirmação diagnóstica, intervenção médica e reabilitação Detecção precoce, pois é nos 2 primeiros anos de vida que existe uma maior capacidade adaptativa e funcional, favorecendo prognóstico de desenvolvimento da criança Lei que torna obrigatória a realização em todas as maternidades brasileiras A partir de 48 horas até 30 dias de vida Teste do coraçãozinho Triagem neonatal de cardiopatia congênita crítica pela oximetria de pulso Identificar cardiopatias congênitas críticas, cardiopatias canal dependentes Nesse grupo de cardiopatias, ocorre uma mistura de sangue entre as circulações sistêmica e pulmonar, o que acarreta uma redução da saturação periférica de oxigênio Triagem neonatal 4 Em todos os RN, com idade gestacional maior que 34 semanas, entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar Avaliação de anquiloglossia em RN Importante identificar precocemente, pois prejudica a amamentação ao diminuir a habilidade do RN para fazer uma pega e sucção adequadas, causar fissura no mamilo e ser uma fonte de estresse tanto para a criança quanto para a mãe Complicações tardias: dificuldades na alimentação e deglutição, alterações na fala Lei que torna obrigatória a realização desse exame em todos os hospitais e maternidades do Brasil, permitindo a triagem e, confirmado o diagnóstico, o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua causadas pela língua presa Desafios do PNTN Incorporação de novas doenças Incorporação de novas tecnologias como a espectrometria de massa em tandem Aumento dos testes confirmatórios Ampliação dos SRTN Maior demanda por tratamentos específicos Incorporação de outras doenças genéticas não metabólicas