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Simulado de Língua Portuguesa para o Ensino Médio

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Simulado 2017. 1Língua Portuguesa
3a Série do Ensino Médio
1. Você está recebendo uma prova de Língua Portuguesa.
2. Comece escrevendo seu nome completo.
 _______________________________________________________________________________________________
 Nome completo do(a) Aluno(a)
 _________________________
 Turma
3. Leia com atenção antes de responder e marque suas respostas neste caderno. 
4. Cada questão tem uma única resposta correta. Faça um X na opção que você escolher como certa, conforme exemplo 
a seguir. 
Instruções
QUESTÃO 01
Em "João saiu cedo de carro. Ele levou seu 
cachorro e seu gato ao veterinário", a palavra "Ele" está 
substituindo
( A ) cachorro.
( B ) carro.
( C ) gato.
( D ) João.
5. Procure não deixar questão sem resposta.
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LP – Simulado Prova Brasil – SAEB | Página 3
QUESTÃO 01
Na próxima, seu anjo da 
guarda pede as contas.
Na foto, o elemento indicador da insatisfação do anjo é
( A ) a muleta de apoio.
( B ) o gesso apertado.
( C ) a asa torta.
( D ) a atadura frouxa.
( E ) a expressão do rosto.
QUESTÃO 02
D. Helder, um padre habituado a subir os morros das 
favelas, nunca vestiu os paramentos bordados, nem 
usou os cajados dourados a que os arcebispos têm 
direito.
Com base no texto, pode-se dizer que D. Helder
( A ) estava sempre em contato com a pobreza.
( B ) subia raramente os morros da favela.
( C ) valorizava a pompa e o luxo.
( D ) usava cajados dourados.
( E ) era um arcebispo exigente.
Texto para as questões 03 e 04.
Importância da pesquisa
Sem pesquisa não há ciência, muito menos 
tecnologia. Todas as grandes empresas do mundo de 
hoje possuem departamentos chamados “Pesquisa e 
Desenvolvimento” (P&D).
Os departamentos de P&D estão sempre tentando 
dar um passo à frente para a obtenção de novos 
produtos que respondem melhor às exigências cada 
vez maiores dos consumidores ou, simplesmente, que 
permitam vencer a concorrência das empresas.
As indústrias farmacêuticas vivem à procura de novos 
medicamentos mais eficazes contra doenças velhas e 
novas (e rezamos para que consigam!). As montadoras 
de automóveis querem produzir carros mais econômicos, 
menos poluentes, mais seguros. A informática não para 
de nos assustar com seus computadores cada dia 
mais rápidos, com maior capacidade de memória, com 
programas mais eficientes.
Uma porcentagem significativa dos lucros dessas 
empresas é destinada à P&D. Nesses departamentos 
existem laboratórios ultramodernos, pistas de testes 
(quando é o caso), campos de aplicação experimental, 
oficinas para montagem de protótipos etc. Neles 
trabalham técnicos e cientistas altamente preparados. 
Se não houvesse pesquisa, todas as grandes invenções 
e descobertas científicas não teriam acontecido.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é como se faz. 
São Paulo: Edições Loyola, 1998, pág. 19.
QUESTÃO 03
No texto, o autor defende a tese de que
( A ) as montadoras de carros melhoraram com a 
concorrência.
( B ) parte dos lucros deve destinar-se à pesquisa.
( C ) sem pesquisa não há ciência nem tecnologia.
( D ) os novos medicamentos são mais eficazes.
( E ) os departamentos de pesquisa são a solução.
QUESTÃO 04
A ideia central do texto é a de que a pesquisa é importante 
para melhorar
( A ) os equipamentos de informática.
( B ) os níveis de lucros das empresas.
( C ) os níveis salariais dos cientistas.
( D ) a qualidade de vida das pessoas.
( E ) os campos de aplicação experimental.
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LP – Simulado Prova Brasil – SAEB | Página 4
QUESTÃO 05
Desgraçadamente, o brasileiro quase não lê. Segundo 
o Anuário Editorial Brasileiro, existe no país uma livraria 
para cada 84.400 habitantes. A vizinha Argentina tem 
uma para cada 6.200. O brasileiro adquire em média 2,5 
livros por ano, aí incluídos os livros didáticos, que são 
distribuídos pelo governo aos alunos da rede pública. O 
francês compra mais de 7 livros por ano.
Folha de S. Paulo, 04/03/2001
Qual a tese do autor?
( A ) No Brasil, há uma livraria para cada 84.400 
habitantes.
( B ) Os franceses leem 7 vezes mais que os brasileiros.
( C ) O brasileiro não tem o hábito da leitura.
( D ) O governo dá poucos livros.
( E ) Os argentinos leem mais que os franceses.
QUESTÃO 06
A raposa e a onça
A onça disse:
— Eu vou me fingir de morta, os bichos vêm ver se é 
certo: a raposa também vem, e eu a pego.
Os bichos todos souberam que a onça tinha morrido, 
foram e entraram na cova dela e diziam:
— A onça já morreu, graças sejam dadas a Tupã! Já 
podemos passear.
A raposa não entrou e perguntou de fora:
— Ela já arrotou?
Os outros animais responderam:
— Não.
A raposa replicou:
— O defunto meu avô, quando morreu, arrotou três 
vezes.
A onça, que tinha ouvido tudo, então arrotou três vezes.
A raposa ouviu, riu e disse:
— Ah! Quem é que já viu alguém arrotar depois de 
morto?
E fugiu.
Até hoje a onça não a conseguiu pegar, por ser a raposa 
muito ladina.
MONTEIRO, Augusto. A ovelha negra e outras fábulas. 
Rio de Janeiro: Record, 1983, p. 13
No texto, a palavra ladina significa que a raposa é
( A ) esperta.
( B ) rápida.
( C ) cuidadosa.
( D ) engraçada.
( E ) vadia.
QUESTÃO 07
POTOCAS
Eu era o maior potoqueiro do mundo. O Lelo vivia 
dizendo:
— De cada três coisas que o Beto conta, duas e 
meia são mentiras.
O Lelo era meu irmão mais velho. Nem parecia 
irmão. Quando papai e mamãe começavam a me 
dar bronca, gostava de ajudar. Se eu fazia besteira, 
me dedava. Acho porque era o dodói da casa. Nunca 
tomou bomba (eu já tinha tomado uma e passado 
raspando no outro ano), gostava de estudar, ajudava 
mamãe a fazer compra, a tirar a mesa. Um saco! 
Por causa dele, papai e mamãe sempre me davam 
bronca:
— Por que não tive outro filho como o Lelo?
— Faça como o Lelo, ora.
— O Lelo não faria isto!
Mas no fundo eles tinham razão: o Lelo era 
mesmo uma pessoa cem por cento. É verdade que 
ele gostava de me dedar, mas também não deixava 
ninguém me bater. Quando o irmão do Tuta me bateu, 
o Lelo, que é muito forte, meteu a mão no Tuta e no 
irmão do Tuta e depois me deu bronca:
— Vê se não fica arrumando encrenca, seu 
cretino!
O Lelo era pão-duro demais: trancava as coisas 
dele no armário pra ninguém mexer. E cada coisa 
legal que ele tinha! Uma coleção de selos, gibis, bolas 
de gude das grandonas. Às vezes, quando estava de 
bom humor, me mostrava os selos. O danado sabia 
o nome de todos os países do mundo: Laos, Argélia, 
Nova Zelândia, Luxemburgo. Às vezes, também me 
deixava ler os gibis. Mas o que me deixava louco 
da vida é que ele queria que eu lesse depressa. Na 
metade da história, me tomava a revista e trancava 
de novo no armário.
Se fosse só isso tudo bem: afinal, as coisas 
eram dele, e o Lelo tinha razão quando dizia que eu 
estragava tudo, mas por que ele tinha a mania de me 
dedar?
GOMES, Álvaro Cardoso. A Hora do Amor. In_ Potocas. 13ª ed. 
São Paulo: FTD, 1993. Coleção Canto Jovem.
O Beto apresenta, no texto, a seguinte opinião sobre o 
irmão:
( A ) “O Lelo era meu irmão mais velho.” (ℓ.5)
( B ) “Na metade da história, me tomava a revista...” (ℓ.33 e 34)
( C ) “E cada coisa legal que ele tinha!” (ℓ.26 e 27)
( D ) “o Lelo era mesmo uma pessoa cem por cento.”(ℓ.17 
e 18)
( E ) “Às vezes, também me deixava ler os gibis.” (ℓ.31 e 32)
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QUESTÃO 08
Analisando o livro O Dragão, podemos observar que 
o autor se utiliza muito do flashback para explicar alguma 
passagem importante do personagem. Na verdade, o 
leitmotiv do enredo gira em torno de um coronel que é 
sempre assediado pelas mulheres. ‘Elas fazem o que 
querem comigo’, diz, a certa altura, o personagem. Essa 
‘máquina’ de procriar, que é o coronel, simplesmente é 
o ‘Deus’ da aldeia, pois ele foi o criador de TUDO no 
povoado de São Francisco do Estreito.
“TUDO” está com todas as letrasmaiúsculas
( A ) porque é um termo abstrato.
( B ) porque é um pronome indefinido.
( C ) para enfatizar a patente do coronel.
( D ) por enfatizar o universo de criação do coronel.
( E ) porque é um advérbio de quantidade.
Texto para as questões 09 e 10.
A Formiga e a Cigarra
Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra 
muito amigas. Durante todo o outono, a formiguinha 
trabalhou sem parar, armazenando comida para 
o período de inverno. Não aproveitou nada do Sol, 
da brisa suave do fim da tarde nem do bate-papo 
com os amigos ao final do expediente de trabalho, 
tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” e 
seu sobrenome, “sempre”.
Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar 
nas rodas de amigos e nos bares da cidade; não 
desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo 
o outono, dançou, aproveitou o Sol, curtiu para valer, 
sem se preocupar com o inverno que estava por vir. 
Então, passados alguns dias, começou a esfriar. Era 
o inverno que estava começando. A formiguinha, 
exausta, entrou em sua singela e aconchegante 
toca repleta de comida. Mas alguém chamava por 
seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a 
porta para ver quem era, ficou surpresa com o que 
viu: sua amiga cigarra, dentro de uma Ferrari, com 
um aconchegante casaco de visom. E a cigarra falou 
para a formiguinha:
— Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. 
Será que você poderia cuidar da minha toca? 
— Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? 
Como você conseguiu grana pra ir a Paris e comprar 
essa Ferrari?
— Imagine você que eu estava cantando em um 
bar, na semana passada, e um produtor gostou da 
minha voz. Fechei um contrato de seis meses para 
fazer shows em Paris... A propósito, a amiga deseja 
algo de lá?
— Desejo, sim. Se você encontrar um tal de 
La Fontaine por lá, manda ele pro DIABO QUE O 
CARREGUE!
MORAL DA HISTÓRIA: “Aproveite sua vida, saiba 
dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só 
traz benefício em fábulas do La Fontaine”.
Fábula de La Fontaine reelaborada. http:<//www.geocities.com/soho/
Atrium/8069/Fabulas/fabula2.html>. (adaptado)
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QUESTÃO 09
O estilo de vida da cigarra conduz à conclusão de que
( A ) o trabalho sempre dignifica o homem.
( B ) os amigos ajudam nas horas difíceis.
( C ) é preciso aproveitar o tempo presente.
( D ) a sorte vem para quem a merece.
( E ) La Fontaine estava certo.
QUESTÃO 10
No fragmento “... para fazer shows em Paris...” (ℓ. 31) a 
palavra SHOWS está em itálico para
( A ) destacar uma palavra em língua estrangeira.
( B ) dar um tom irônico à comunicação.
( C ) reproduzir parte da fala da cigarra.
( D ) isolar uma citação textual.
( E ) esclarecer o sentido da palavra.
QUESTÃO 11
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de 
quatro dias e gula de todos os tempos, saiu do areal do 
deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral.
Millôr Fernandes
O texto afirma que a fome
( A ) e a gula eram recentes.
( B ) era antiga, e a gula era recente.
( C ) e a gula eram perenes.
( D ) era recente e a gula era antiga.
( E ) e a gula eram sombrias.
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LP – Simulado Prova Brasil – SAEB | Página 6
QUESTÃO 12
Por que será que as 
pessoas se amam 
muito mais no natal?
Eu gosto do natal 
porque as pessoas se 
amam muito mais.
Ah!... Você 
também acha 
isso?
Como fico feliz! Quer dizer 
que você também se ama 
muito mais no natal? Eu, 
então. Você nem imagina o 
quanto eu me amo no natal!
QUINO. Mafalda inédita. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p. 42.
A respeito da tirinha da Mafalda, é correto afirmar que ela
( A ) gosta do Natal pelo mesmo motivo de sua amiga.
( B ) pensa em resposta à pergunta da amiga.
( C ) concorda com a forma de pensar de sua amiga.
( D ) e a amiga têm as mesmas opiniões.
( E ) percebe que a amiga não compreendeu sua fala.
QUESTÃO 13
Animais no espaço
Vários animais viajaram pelo espaço como 
astronautas.
Os russos já usaram cachorros em suas 
experiências. Eles têm o sistema cardíaco parecido 
com o dos seres humanos. Estudando o que acontece 
com eles, os cientistas descobrem quais problemas 
podem acontecer com as pessoas.
A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o 
primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 
1957, quatro anos antes do primeiro homem, o 
astronauta Gagarin.
Os norte-americanos gostam de fazer experiências 
científicas espaciais com macacos, pois o corpo 
deles se parece com o humano. O chimpanzé é o 
preferido porque é inteligente e convive melhor com 
o homem do que as outras espécies de macacos. 
Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se 
incomoda com a roupa espacial.
Além disso, os macacos são treinados e podem 
fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos 
das naves, quando as luzes coloridas acendem no 
painel, por exemplo.
Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o 
espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave 
Mercury-Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, 
mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado 
direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa 
as pastilhas de banana durante as refeições.
Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996.
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Entre as informações do texto, uma das principais é que
( A ) o chimpanzé mais famoso viajou para o espaço a 
bordo da Mercury-Atlas 5.
( B ) os cientistas descobrem problemas que podem 
acontecer com as pessoas.
( C ) a cadela Laika viajou ao espaço quatro anos depois 
de Gagarin.
( D ) a viagem do mais famoso macaco para o espaço 
aconteceu em 1961.
( E ) na nave espacial serviam pastilhas de banana 
durante as refeições.
QUESTÃO 14
13 de dezembro
Passei de carro pela Esplanada e vi a multidão. 
Estranhei aquilo. O motorista me lembrou: “Hoje é 13 
de dezembro, Dia de Santa Luzia. A igreja dela está 
cheia, ela protege os olhos da gente”.
Agradeci a informação, mas fiquei inquieto. Bolas, 
o 13 de dezembro tinha alguma coisa a ver comigo 
e nada com Santa Luzia e sua eficácia nas doenças 
que ainda não tenho. O que seria?
Aniversário de um amigo? Uma data inconfessável, 
que tivesse marcado um relacionamento para o bom 
ou para o pior?
Não lembrava de nada de importante naquele 
dia, mas ele piscava dentro de mim. E as horas se 
passaram iluminadas pelo intermitente piscar da 
luzinha vermelha dentro de mim. 13 de dezembro! 
Preciso tomar um desses tonificantes da memória, 
vivo em parte dela e não posso ter brancos assim, 
um dia importante e não me lembro por quê.
Somente à noite, quando não era mais 13 de 
dezembro, ao fechar o livro que estava lendo, de 
repente a luz parou de piscar e iluminou com nitidez 
a cena noturna: eu chegando no prédio em que 
morava, no Leme, a Kombi que saiu dos fundos da 
garagem, o homem que se aproximou e me avisou 
que o comandante do 1o Exército queria falar comigo.
Eram 11 horas da noite, estranhei aquele convite, 
nada tinha a falar com o general Sarmento e não 
acreditava que ele tivesse alguma coisa a falar 
comigo.
Mas o homem insistiu. E outro homem que saíra 
da Kombi já entrava dentro do meu carro, com uma 
pequena metralhadora. Naquela mesma hora, a 
mesma cena se repetia pelo Brasil afora, o governo 
baixara o AI-5, eu nem ouvira o decreto lido no rádio. 
Num motel da Barra, eu estivera à toa na vida, e meu 
amor me chamara e eu não vira a banda passar.
Tantos anos depois, ninguém me chama nem me 
convida para falar com o comandante do 1o Exército. 
O país talvez tenha melhorado, mas eu certamente piorei.
CONY, Carlos Heitor. Folha de São Paulo. 16/12/2001.
Em “O país talvez tenha melhorado” (ℓ.39), o enunciado 
expressa
( A ) certeza.
( B ) angústia.
( C ) revolta.
( D ) confiança.
( E ) dúvida.
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LP – Simulado Prova Brasil – SAEB | Página 7
QUESTÃO 15
A lei e o jogo
A guerra legal em torno dos sorteios de prêmios por 
telefone via sistema 0900 continua pegando fogo, mas 
sem que ninguém tenha sido atingido até agora. Na 
semana passada, umajuíza carioca resolveu proibir os 
sorteios na TV.
[...]
Em meio ao tiroteio, o Ministério da Justiça, que 
antes queria proibir os sorteios, passou a fazer apenas 
uma recomendação aos apostadores.
[...]
Se a justiça resolver legalizar a jogatina na TV, estará 
respaldando uma incoerência jurídica. “Se o jogo é 
proibido no Brasil, os sorteios do sistema 0900 também 
devem ser. Esses cassinos eletrônicos geram recursos 
fantásticos, mas dão uma premiação ridícula aos 
apostadores”, diz o jurista Ives Gandra da Silva Martins.
Veja, 8 jul 1998.
O relato feito pelo autor permite concluir que há
( A ) legalização dos jogos na TV.
( B ) permissão da justiça para legalizar os jogos na TV.
( C ) uma contradição ao legalizar os jogos na TV.
( D ) subsídios da lei para a legalização apenas dos 
jogos na TV.
( E ) confirmação da justiça que somente os jogos na TV 
serão legalizados.
QUESTÃO 16
O humor da tirinha decorre de quê?
( A ) Da avaliação sobre o dia de domingo.
( B ) Do duplo sentido da palavra ‘chato’.
( C ) Da definição do planeta Terra.
( D ) Da pergunta do primeiro quadrinho.
( E ) Da valorização do futebol no Brasil.
QUESTÃO 17
O leão apaixonado
Certa vez um leão se apaixonou pela filha de um lenhador 
e foi pedir a mão dela em casamento. O lenhador não 
ficou muito animado com a ideia de ver a filha com um 
marido perigoso daqueles e disse ao leão que era muita 
honra, mas muito obrigado, não queria. O leão se irritou; 
sentindo o perigo, o homem foi esperto e fingiu que 
concordava:
— É uma honra, meu senhor. Mas que dentões o senhor 
tem! Que garras compridas! Qualquer moça ia ficar com 
medo. Se o senhor quer casar com minha filha, vai ter de 
arrancar os dentes e cortar as garras.
O leão apaixonado foi correndo fazer o que o outro tinha 
mandado; depois voltou à casa do pai da moça e repetiu 
seu pedido de casamento. Mas o lenhador, que já não 
sentia medo daquele leão manso e desarmado, pegou 
um pau e tocou o leão para fora de sua casa.
Fábulas de Esopo. Compilação de Russel Ash e Bernard Higton, tradução 
de Heloísa Jahn. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1994.p.20.
As expressões que se referem à mesma personagem 
são:
( A ) um marido perigoso, o homem.
( B ) o leão apaixonado, o outro.
( C ) o homem, o pai da moça.
( D ) o senhor, o outro.
( E ) o pai da moça, o senhor.
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LP – Simulado Prova Brasil – SAEB | Página 8
QUESTÃO 18
Natureza Exuberante. Qual é o ecossistema mais 
rico: a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica?
Bruno A. Santos, SP.
A Floresta Amazônica. O Brasil é o país de maior 
diversidade de seres vivos do planeta, e a floresta, que 
abrange parte do Brasil e de outros países, concentra 
mais espécies que a Mata Atlântica (veja no quadro 
a comparação). A Mata Atlântica, porém, é o bioma 
(conjunto da flora e fauna de uma região) que sofreu 
maior destruição. Cerca de 93% de sua área original 
já sumiu, ela contém várias espécies endêmicas (só 
encontradas lá). Por isso, é considerada um dos hot 
spots (pontos quentes) do planeta. Esse nome é dado 
aos biomas de alto endemismo e muito degradados.
JÚNIOR, Osvaldo de Carvalho – Biólogo do IPAM – Instituto de Pesquisa 
Ambiental da Amazônia e Conservation International.
Revista Galileu/ Nº 124/novembro 2001 – p. 23.
No trecho “A Mata Atlântica, porém, é o bioma [...] que 
sofreu maior destruição. Cerca de 93% de sua área 
original já sumiu...”, o primeiro ponto final pode ser 
substituído, preservando o sentido original da frase, pela 
expressão
( A ) todavia.
( B ) porém.
( C ) enquanto.
( D ) mas.
( E ) porque.
QUESTÃO 19
  Pode lavar a máquina a 400 °c.
  Não usar cloro.
  Passar com 200°c de temp. máxima.
  Pode lavar a seco com percloroetileno.
  Secagem em máquina permitida.
O objetivo do texto é
( A ) instruir.
( B ) advertir.
( C ) aconselhar.
( D ) persuadir.
( E ) avaliar.
QUESTÃO 20
A Burocracia da Terra
O modelo agrário brasileiro, embora com inúmeros 
defeitos, possui uma característica que merece 
ser destacada, elogiada e preservada: a produção 
agropecuária brasileira é a última atividade econômica 
ainda totalmente nas mãos de brasileiros. Pouco se fala 
disso, mas o fato é que não encontramos multinacionais 
responsáveis por qualquer parcela significativa da 
produção. Também não encontramos, no campo, 
as famigeradas empresas estatais. Embora existam 
multinacionais proprietárias de terra, o percentual rural, 
na verdade, é o reduto final da livre iniciativa brasileira. 
Com a nossa economia cada vez mais estatizada e 
desnacionalizada, a agropecuária permaneceu uma 
atividade essencialmente de brasileiros.
Veja, 7 ago. 1995.
Sobre o texto, pode-se dizer que ele
( A ) valoriza a produção agropecuária brasileira.
( B ) salienta os problemas da agropecuária brasileira.
( C ) destaca o trabalho das multinacionais na zona rural.
( D ) considera a agropecuária brasileira como excelente.
( E ) sugere maior participação das multinacionais no 
campo.
QUESTÃO 21
Texto I
Sou completamente a favor da flexibilização das 
relações trabalhistas, pois a velhíssima legislação 
brasileira, além de anacrônica, vem comprometendo 
seriamente a nossa competitividade em nível global.
Texto II
É uma falácia dizer que com a eliminação dos direitos 
trabalhistas se criarão mais empregos. O trabalhador 
brasileiro já é por demais castigado para suportar mais 
essa provocação.
O Povo, 17abr. 1997.
Os textos acima tratam do mesmo assunto, ou seja, 
da relação entre patrão e empregado. Os dois se 
diferenciam, porém, pela abordagem temática. O texto 
II em relação ao texto I apresenta uma
( A ) ironia.
( B ) semelhança.
( C ) oposição.
( D ) aceitação.
( E ) confirmação.
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QUESTÃO 22
A internet é o maior arquivo público do mundo. De 
futebol a física nuclear, de cinema a biologia, de religião 
a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer 
assunto. Mas essa avalanche de informações pode 
atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder 
tempo? É para isso que foram criados os sistemas de 
busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos 
usuários, eles são um filão tão bom que já existem às 
centenas também. Qual deles escolher? Depende do 
seu objetivo de busca.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso 
no mundo todo (Google, por exemplo). Use esse site 
para pesquisar temas universais. Outros são nacionais 
ou estrangeiros com versões específicas para o Brasil 
(Cadê, Yahoo e Altavista). São ideais para achar páginas 
“com.br”.
O artigo foi escrito por Paulo D’Amaro. Ele misturou 
informações e análises do fato.
Qual período apresenta uma opinião do autor?
( A ) “... foram criados sistemas de busca.”
( B ) “...essa avalanche de informações pode atrapalhar.”
( C ) “...sempre há centenas de sites sobre qualquer 
assunto.”
( D ) “A internet é o maior arquivo público do mundo.”
( E ) “Há vários tipos.”
QUESTÃO 23
Texto I
O cortiço
Ela saltou em meio à roda, com os braços na 
cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a 
cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como 
numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado 
luxurioso que a punha ofegante; já correndo de 
barriga empinada; já recuando de braços estendidos, 
a tremer toda, como se se fosse afundando num 
prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé 
e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse 
à vida, soltava um gemido prolongado, estalando 
os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, 
subindo, sem nunca parar com os quadris, e em 
seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, 
erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora 
um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe 
fervia toda, fibra por fibra, titilando.
Em torno o entusiasmo tocava ao delírio; um 
grito de aplausos explodia de vez em quando, rubro 
e quente como deve ser um grito saído do sangue. 
E as palmas insistiam, cadentes, certas, num ritmo 
nervoso, numapersistência de loucura.
[...]
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda 
a alma pelos olhos enamorados.
Naquela mulata estava o grande mistério, a 
síntese das impressões, que ele recebeu chegando 
aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o 
calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma 
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quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara 
nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e 
esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; 
era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti 
mais doce que o mel e era a castanha do caju, que 
abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra 
verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca 
doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do 
corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-
lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, 
picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do 
sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma 
nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma 
larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em 
torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa 
fosforescência afrodisíaca.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Rio de Janeiro: Pallas, 1997. p. 92-93.
Texto II
O preço
Há anos raiou no céu fluminense uma nova 
estrela.
Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe 
disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões.
Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas 
e o ídolo dos noivos em disponibilidade.
Era rica e formosa.
Duas opulências, que se realçam como a flor em 
vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, 
como raio de sol no prisma do diamante.
Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que 
atravessou o firmamento da corte como brilhante 
meteoro, e apagou-se de repente no meio do 
deslumbramento que produzira o seu fulgor?
Tinha ela dezoito anos quando apareceu a 
primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo 
buscaram todos com avidez informações acerca da 
grande novidade do dia.
Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, 
pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os 
comentários malévolos de que usam vesti-la os 
noveleiros.
Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma 
velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que 
sempre a acompanhava na sociedade.
Mas essa parenta não passava de mãe de 
encomenda, para condescender com os escrúpulos 
da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha 
admitido ainda certa emancipação feminina.
ALENCAR, José. Senhora. São Paulo: Moderna, 1995. p. 19. Coleção Travessias.
A figura feminina é o elemento central dos dois 
textos acima. O que aproxima Rita Baiana de Aurélia 
Camargo é
( A ) a época: ambas brilharam nos salões da corte.
( B ) a beleza: ambas eram mulatas sensuais e 
misteriosas.
( C ) a personalidade: ambas eram mulheres admiradas 
e desejadas.
( D ) o desejo: ambas almejavam a fama e a riqueza.
( E ) o meio: ambas frequentavam a alta sociedade.
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QUESTÃO 24
Além da Terra, além do Céu
Além da terra, além do céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar, até onde alcançam o 
pensamento e o coração,
vamos!
Vamos conjugar
o verbo fundamental, essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar
razão de ser e de viver.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Amar se aprende amando.
Rio de Janeiro: Record, p. 16, 1985.
Em relação ao amor, a ideia central do poema ressalta a
( A ) transcendência.
( B ) serenidade.
( C ) delicadeza.
( D ) complacência.
( E ) generosidade.
QUESTÃO 25
A língua está viva
Ivana Traversim
Na gramática, como muitos sabem e outros nem 
tanto, existe a exceção da exceção. Isso não quer 
dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há 
normas sobre as quais não podemos passar, mas 
existem também as preferências de determinado 
autor – regras que não são regras, apenas opções. 
De vez em quando aparece alguém querendo fazer 
dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que 
não estão bem inteirados da língua e buscam soluções 
rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. 
O problema é julgar inquestionáveis as informações 
que esses manuais contêm, esquecendo-se de que 
eles estão, na maioria dos casos, sendo práticos 
– deixando para as gramáticas a explicação dos 
fundamentos da língua portuguesa.
[...]
Com informação, vocabulário e o auxílio da 
gramática, você tem plenas condições de escrever 
um bom texto. Mas, antes de se aventurar, considere 
quem vai ler o que você escreveu. A galera da 
faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da 
balada? As linguagens são diferentes.
Afinal, a língua está viva, renovando-se sem 
parar, circulando em todos os lugares, em todos os 
momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, 
baixar um arquivo, clicar no ícone – mais que 
expressões – são maneiras de se inserir num grupo, 
de socializar-se.
Você S/A, Jun. 2003.
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A tese da dinamicidade da língua comprova-se pelo fato 
de que
( A ) as regras gramaticais podem transformar-se em 
exceção.
( B ) a gramática permite que as regras se tornem 
opções.
( C ) a língua se manifesta em variados contextos e 
situações.
( D ) os manuais de redação são práticos para criar 
ideias.
( E ) é possível buscar soluções práticas na hora de 
escrever.
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QUESTÃO 26
Cidadão
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Era quatro condução
Duas pra ir duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
E me diz desconfiado
Tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
Pra aumentar o meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio, moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar
Essa dor doeu mais forte
Porque que eu deixei o Norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas do pouco que eu plantava
Tinha direito a colher
Tá vendo aquela igreja, moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi os rios fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
BARBOSA, Lucio. In: Zé Geraldo - Poeira e Canto (ao vivo).
Belo Horizonte: Diplomata Discos e Fitas Ltda, 1987.
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No texto “CIDADÃO”, é exemplo de registro coloquial da 
linguagem, a expressão
( A ) “ajudei a fazer” (v.17)
( B ) “vontade de beber” (v.14)
( C ) “E me diz desconfiado” (v.9)
( D ) “Eu também trabalhei lá” (v.19)
( E ) “Tá vendo aquele edifício” (v.1)
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