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6ºAula Alfabetização midiática e informacional (AMI) Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • entender o que significa alfabetização midiática e informacional; • compreender o que propõe alfabetização midiática e informacional; • fazer uso da midiatização para desenvolvimento de capacidades. Caros(as) alunos(as), O que é alfabetização midiática e informacional? Parece um assunto complicado, não é mesmo? Mas não é. É importante que saibamos o que significa e apliquemos seus conceitos no ambiente escolar onde nosso papel, apesar de tanta tecnologia e modernidade, sempre será fundamental. Vamos lá? Começaremos analisando os objetivos e verificando as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula. Bons estudos! Bons estudos! 40Tecnologia em Metodologias Ativas 1 - O que é alfabetização midiática e informacional? 2 - O que propõe a alfabetização midiática e informacional? 1 - O que é alfabetização midiática e informacional? A Alfabetização informacional se refere à primeira etapa do letramento informacional, isto é, abrange os contatos iniciais com as ferramentas, produtos e serviços da informação. Com o passar dos anos, as novas formas de comunicação que emergiram na sociedade têm exigido estratégias para que se possa entender sobre o impacto das mídias e informações na nossa maneira de interagir (RIBEIRO, 2018). A Unesco (2013) propôs a integração da Alfabetização Midiática (AM) e da Alfabetização Informacional (AI) que, apesar de abrangerem duas áreas de estudo distintas, podem ser compreendidas de forma complementar. Enquanto a AM engloba “a capacidade de compreender as funções da mídia, de avaliar como essas funções são desempenhadas”, a AI se caracteriza como “a importância do acesso à informação e a avaliação do uso ético dessa informação” (UNESCO, 2013, p. 18). Nessa perspectiva, a AMI pode ser conceituada: Como um conjunto de competências que empodera os cidadãos, permitindo que eles acessem, busquem, compreendam, avaliem e usem, criem e compartilhem informações e conteúdos midiáticos em todos os formatos, usando várias ferramentas, de forma crítica, ética e eficaz, com o objetivo de participar e de se engajar em atividades pessoais, profissionais e sociais (UNESCO, 2016, p. 17). Percebe-se, então, a grande importância que esses recursos midiáticos têm no cotidiano das pessoas, mas principalmente na área da educação que permeia o conhecimento. O engajamento está no fato de fazer uso em suas múltiplas capacidades. Cabe destacar a importância da interface entre as áreas da comunicação e educação, em que podem ser destacadas pesquisas sobre as diversas formas que os meios comunicacionais podem interferir no desenvolvimento e aprendizagem dos indivíduos em um universo repleto de mídias e informações (VALDIVIA- BARRIOS et al., 2018). Vários estudos apontam que aprendemos melhor através da experimentação. Segundo o psiquiatra William Glasser (1998) é a forma mais eficaz para consolidar a aprendizagem Seções de estudo Figura 1 - Pirâmide de Wiliam Glasser. Fonte Disponível em: Revista Espacios. Vol. 40. Nº 23. 2019. Dessa maneira, ao fazermos uso das tecnologias em ambientes escolares ou não, desenvolvemos nossas capacidades e habilidades, que são várias, e entre elas estão a de perceber, compreender e aprender a lidar com as mídias, mas que precisam ser desenvolvidas, e muitas vezes, descobertas por nós mesmos e/ou pelas pessoas que nos rodeiam. A Alfabetização Midiática e Informacional (AMI) considera todas as formas de mídia e fontes de informações como bibliotecas, arquivos, museus, internet e as tecnologias utilizadas. Essa estratégia é pioneira por duas razões. A primeira porque reconhece a tendência atual de convergência entre rádio, TV, internet, jornais, livros, arquivos digitais e bibliotecas em uma única plataforma. A segunda porque foi desenhada para professores visando capacitar milhões de jovens no tema nos países-membros da UNESCO. A alfabetização midiática e informacional engloba as várias noções das alfabetizações relacionadas e que incluem: alfabetização no uso de bibliotecas, alfabetização no acesso a notícias, alfabetização digital, alfabetização computacional, alfabetização no uso da internet, alfabetização em liberdade de expressão e liberdade de informação, alfabetização televisiva, alfabetização publicitária, alfabetização cinematográfica e alfabetização no uso de jogos. É importante notar que as alfabetizações sociais, como as alfabetizações científica, global, política, familiar, financeira e cultural, são amplamente discutidas. A alfabetização midiática e informacional engloba todas elas. Figura 2 - Alfabetização midiática e informacional Fonte Disponível em: UNESCO. Currículo para formação de professores, Brasília, 2013. 41 A AMI reconhece e promove o acesso à informação e ao conhecimento e também favorece uma mídia livre, plural e independente. É necessário que os cidadãos, em especial os jovens, tenham competências analíticas e informacionais para buscar e usufruir os benefícios da plena liberdade de opinião e expressão como um direito humano fundamental. O Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) estabelece que “Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de opinar livremente e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras”. A alfabetização midiática e informacional (AMI) proporciona aos cidadãos as competências necessárias para buscar e usufruir plenamente dos benefícios desse direito humano fundamental. Esse direito é reforçado pela Declaração de Grünwald, de 1982, que reconhece a necessidade de os sistemas políticos e educacionais promoverem a compreensão crítica, pelos cidadãos, dos “fenômenos da comunicação” e sua participação nas (novas e antigas) mídias. O direito também é reforçado pela Declaração de Alexandria, de 2005, que coloca a alfabetização midiática e informacional no centro da educação continuada, sendo assim, os cidadãos precisam de um conhecimento básico sobre as funções das mídias e de outros provedores de informação como bibliotecas, arquivos e internet e de como podem acessá-los. Percebemos, assim, que a AMI é de extrema importância, então, vejamos quais são seus principais benefícios: • No processo de ensino e aprendizagem, equipa os professores com um conhecimento aprimorado que contribuirá com o empoderamento dos futuros cidadãos; • A alfabetização midiática e informacional transmite conhecimentos cruciais sobre as funções das mídias e dos canais de informação nas sociedades democráticas; • Uma sociedade alfabetizada em mídia e informação promove o desenvolvimento de mídias livres, independentes e pluralistas, e de sistemas abertos de informação. Mas, e quais os requisitos para o usufruto desses benefícios? Vejamos: 1) A alfabetização midiática e informacional deve ser considerada como um todo e deve incluir uma combinação de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes); 2) O currículo da AMI deve permitir que os professores ensinem a alfabetização midiática e informacional aos alunos com o objetivo de prover-lhes as ferramentas essenciais para que eles possam engajar-se junto às mídias e aos canais de informação como jovens cidadãos autônomos e racionais; 3) Os cidadãos devem ter conhecimentos sobre a localização e o consumo de informações, bem como sobre a produção de informações; 4) Os grupos marginalizados, como as pessoas com deficiências, os povos indígenas ou as minorias étnicas, devem ter acesso igualitário à informação e ao conhecimento; 5) A AMI deve ser vista como uma ferramenta essencial para facilitar o diálogo intercultural, a compreensão mútua e a compreensão culturalentre os povos. Embora sejamos nós que pensamos e criamos as mídias e seus conteúdos, são elas que nos direcionam, que nos influenciam, que medeiam nossas relações com as pessoas próximas ou distantes. A alfabetização midiática e informacional é necessária para todos os cidadãos e tem uma importância decisiva para a nova geração, tanto no papel dos jovens como cidadãos e participantes da sociedade quanto na sua aprendizagem, na sua expressão cultural e na sua realização pessoal. Sobre as Competências do Século XXI, Kellner e Kahn destacam que elas têm relação com o raciocínio, e com habilidades sociais com foco no trabalho e na proficiência tecnológica, portanto demandam uma política curricular com núcleo comum. Diante disso, os autores defendem “o engajamento crítico rigoroso com uma diversidade de tecnoliteracias emergentes (inclusive de habilidades relacionadas com as novas tecnologias de aprendizagem)” e afirmam “a necessidade de conhecimento curricular humanístico e fortemente acadêmico (e as competências de produção de conhecimento), que podem também melhor servir à reconstrução de uma sociedade democrática crítica” (KELLNER e KAHN, 2015, p. 67). A matriz curricular de AMI e os módulos curriculares que a acompanham são não prescritivos, de modo a facilitar sua adaptação às estratégias globais, regionais e nacionais. Eles devem ser suficientemente flexíveis para serem adaptados aos diferentes sistemas educacionais e institucionais e às necessidades locais. Porém, a UNESCO considera que qualquer contato produtivo dos professores com a AMI deve necessariamente incluir elementos que enfatizem as liberdades fundamentais, como delineadas no Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Qualquer que seja a forma adaptada, o Currículo de AMI deve auxiliar a desenvolver a compreensão dos professores sobre a importância dessas liberdades e desses direitos fundamentais como partes da educação cívica, primeiro no ambiente da sala de aula e depois nos ambientes local e global. O Currículo de AMI é relevante em ambientes impressos e audiovisuais, incluindo jornais, livros, meios de radiodifusão, como rádio e televisão, em meios de notícias online e em outros provedores de informação. Assim, a formação de professores em AMI não deve ser vista como algo reservado apenas àqueles que têm acesso a tecnologias avançadas. É igualmente aplicável em contextos nos quais o uso de tecnologias avançadas é limitado. 42Tecnologia em Metodologias Ativas Figura 3 - Letramento Midiático Encontro USP Escola | TICs em Ambientes Educacionais uspescola.atp.usp.br. Acesso em 27out 2022. Sendo assim, gestores escolares, coordenadores pedagógicos e professores precisam construir currículos próprios na cultura digital, que sejam consistentes, embasados e adequados às realidades escolares. Políticas nacionais precisam, também, ser criadas para garantir a inclusão sistemática e progressiva da AMI em todos os níveis do sistema educacional. Um aspecto central do Currículo de AMI é a discussão sobre a política e a visão da alfabetização midiática e informacional e suas implicações para a educação em geral e a educação de professores em particular. Essa discussão deve conduzir a uma análise da política, da visão e de como ambas se relacionam com a preparação de professores e estudantes alfabetizados em mídia e informação. 2 - O que propõe a alfabetização midiática e informacional Figura 4 - Alfabetização Midiática, Informacional e Diálogo Intercultural Fonte Disponível em: UNESCO e UNICAMP | Coursera pt.coursera.org Os dispositivos móveis, os celulares, têm sido o meio principal de acesso à internet e, principalmente, às redes sociais. Ele tem se tornado um grande aliado para o aprendizado, dentro e fora das salas de aula. Através dele é possível receber e enviar qualquer tipo de atividade ou informação. As pessoas se tornaram mais próximas, as tarefas cotidianas mais rápidas, as pesquisas, mais abrangentes. Desde uma simples conversa até grandes negociações, tudo é possível através desse aparelho. Essa facilidade nos torna mais empoderados e ativos. Saber fazer uso das mídias não tem sido tarefa fácil para todos. Os mais jovens, que já nasceram na era da tecnologia, não apresentam tanta dificuldade, mas os mais idosos, aqueles que fazem parte de uma geração que, sequer, se imaginava tantas possibilidades, precisam de ajuda, muitas vezes, tamanha é a novidade. É inegável que a maioria da população aceita, usa e não saberia mais viver sem as mídias. O consumo está inserido nas práticas comunicacionais socioculturais que abrange a educação, tanto formal e informal, como um lugar para a formação de repertório que “dá ao sujeito o sentido de pertencimento, permitindo-lhe traçar a arquitetura de suas várias identidades” (BACCEGA, 2010, p. 63-64) Sendo assim, a proposta da alfabetização midiática e informacional é a de desenvolver a capacidade dos cidadãos de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e quaisquer outros meios das tecnologias de informação para se expressar, dialogar, criar conteúdos, participar de atividades que não se achava possível anteriormente, de refletir sobre nós mesmos 43 e como nos relacionamos no meio em que vivemos. A alfabetização midiática e informacional incorpora conhecimentos essenciais sobre as funções da mídia, das bibliotecas, dos arquivos e de outros provedores de informação em sociedades democráticas; as condições sob as quais as mídias de notícias e os provedores de informação podem cumprir efetivamente essas funções; e como avaliar o desempenho dessas funções pela avaliação dos conteúdos e dos serviços que são oferecidos. Esse conhecimento, por sua vez, deveria permitir que os usuários se engajassem junto às mídias e aos canais de informação de uma maneira significativa. As competências adquiridas pela alfabetização midiática e informacional podem equipar os cidadãos com habilidades de raciocínio crítico, permitindo que eles demandem serviços de alta qualidade das mídias e de outros provedores de informação. Conjuntamente os cidadãos fomentam um ambiente propício em que as mídias e outros provedores de informação possam prestar serviços de qualidade. Através dos meios midiáticos, podemos desenvolver capacidades como a de selecionar, identificar, caracterizar, criterizar, criticar, exercitar a imaginação e o pensamento, potencializar a compreensão do universo, a empatia, a união entre as pessoas. Através da educação midiática, construímos o conhecimento pelas informações trocadas e coletadas e isso nos leva a transformação de nós mesmos e da realidade onde nos encontramos, chegando até mesmo a descobrir novas soluções para antigos e novos problemas. É uma poderosa ferramenta para a formação cidadã. Ensinar e aprender com e por meio da AI e/ou da AM, torna os cidadãos predispostos a assumirem um papel mais ativo na sociedade, tornando-a mais democrática (LEWIS; HALLY, 1998 apud CHEUNG, 2009). Os cidadãos podem incrementar seu papel e se tornarem produtores, e não apenas consumidores, de conteúdo e conhecimento. A AMI é a base para a liberdade de expressão, para o acesso à informação e para a educação de qualidade para todos. Sem as competências da AMI, os cidadãos não podem ser bem informados porque não têm acesso à informação e não são capacitados para processá-la e usá-la. Isso torna difícil para os cidadãos, incluindo os jovens, participar ativamente em suas comunidades e sociedades, bem como inviabiliza uma governança boa e eficaz (MENDEL, 2005). Os cidadãos alfabetizados em mídia e informação assumem uma postura crítica quanto aos próprios processos de aprendizagem e tomada de decisão de modo geral (FRAU-MEIGS; TORRENT, 2009). A AMI renova a importância da metacognição,do aprender a aprender e do saber como aprender, com ênfase nas mídias, nas bibliotecas e nos outros provedores de informação, incluindo aqueles na internet. Desde a Educação Infantil, o professor pode ensinar seus alunos a buscar informações e/ou pesquisar sobre assuntos variados. Neste contexto, o professor precisa dar significado a estas informações, pesquisas ou outro meio e equipamentos que utilizará em seu trabalho. É preciso estabelecer relações entre a criança e o meio de maneira que, usando as mídias desde muito cedo, aprendam a desenvolver suas capacidades e habilidades de forma envolvente e motivadora. Aos professores cabe analisar e entender como os conteúdos das mídias e outras informações é produzido, como podem ser avaliados e como podem ser usados em seus diversos propósitos. Além disso, devem atentar-se para como a diversidade e a pluralidade são abordadas tanto nas mídias locais quanto nas globais e, ainda, desenvolver a capacidade de avaliar como os estudantes interpretam as mensagens de mídia e as informações de uma série de fontes. A AMI envolve igualmente o conhecimento do direito ao acesso à informação, da utilização ética desses meios, da tecnologia e da informação, bem como da participação com envolvimento de valores pessoais e sociais, formas de relacionamento e comunicação participativa através do diálogo intercultural e da função social da comunicação. Para professores e alunos, a AMI é uma necessidade primordial na tomada de decisões tanto relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem quanto na vida cotidiana. “É, talvez, nos domínios da cidadania ativa e do debate democrático, da participação social e da capacitação, que a alfabetização midiática e informacional realça a sua importância e pode oferecer contribuições mais significativas” (WILSON, 2011, p 21). A educação é o meio de transferência e renovação do conhecimento, do saber, da cultura e dos valores que sustentam a sociedade. “As sociedades do conhecimento são sociedades em rede que conduzem necessariamente a uma melhor tomada de consciência dos problemas do mundo” (UNESCO, 2005, p 20). Os objetivos do milênio são promover desenvolvimento social, proteção ambiental e crescimento econômico. O papel da educação se junta a esses objetivos pela necessidade de incorporar a alfabetização ordenada e adaptada a todos os níveis do sistema educativo e incorporar os meios aos processos de socialização e ensino-aprendizagem, para promover as sociedades alfabetizadas em meios e informação, formar cidadãos autônomos e reflexivos capazes de dar solução aos conflitos, construir uma sociedade em comunidade e desenvolver a cultura. A AMI permite estratégias viáveis voltadas para a diversidade linguística, isto é, políticas de linguagem que promovam o multilinguismo nas sociedades, empoderando idiomas locais e vernáculos, traduções entre idiomas e diversidade linguística nas mídias e no ciberespaço. Da mesma forma, a AMI articula a noção do direito à educação. O direito à educação garante “[...] a diversidade das necessidades dos educandos (especialmente daqueles que pertencem a grupos minoritários, indígenas ou nômades) e a variedade dos métodos e conteúdos conexos. Em sociedades multiculturais cada vez mais complexas, a educação deve auxiliar-nos a adquirir as competências interculturais que nos permitam conviver com as nossas diferenças culturais e não apesar delas”(UNESCO, 2009). 44Tecnologia em Metodologias Ativas O uso das novas TIC se tornaram amplamente disponíveis, principalmente a telefonia móvel, o que aumenta ainda mais as oportunidades de expressão/ comunicação dos cidadãos. A maior função da educação midiática e informacional é, portanto, aprender a olhar as coisas que nos cercam e aprender com elas. No mundo globalmente conectado, os conhecimentos e as habilidades referentes às tecnologias computacionais devem ser desenvolvidas para que o potencial da AMI seja concretizado, isso inclui os conhecimentos e as habilidades de tecnologias da internet, mídia social e mídia móvel. Com as tecnologias aprimorando-se dia a dia, os indivíduos devem acompanhar esse processo. Aqueles que têm pouca experiência precisam ter mais contato com a mídia e a informação pois não é somente para conhecimento em particular, mas para uma evolução social. O conhecimento e as habilidades em AMI representam um papel importante na construção da nação e devem ser incorporados ao desenvolvimento econômico e social. São várias as formas em que os fundamentos do conhecimento e das habilidades em AMI podem ser desenvolvidos, basta que tenhamos um comprometimento educativo e social para o uso dos recursos midiáticos disponíveis. Bem, pessoal, chegamos ao final de mais uma aula. Então, vamos recordar? Retomando a aula 1 - O que é alfabetização midiática e informacional? A Alfabetização informacional se refere à primeira etapa do letramento informacional, isto é, abrange os contatos iniciais com as ferramentas, produtos e serviços da informação e têm exigido estratégias para que se possa entender sobre o impacto das mídias e informações na nossa maneira de interagir. As competências essenciais (conhecimentos, habilidades e atitudes) permitem aos cidadãos o engajamento eficaz com a mídia e outros provedores de informação, bem como o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e aprendizado contínuo para se socializarem e se tornarem cidadãos ativos. 2 - O que propõe a alfabetização midiática e informacional? A proposta da alfabetização midiática e informacional é a de desenvolver a capacidade dos cidadãos de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e quaisquer outros meios das tecnologias de informação para se expressar, dialogar, criar conteúdos, participar de atividades que não se achava possível anteriormente, de refletir sobre nós mesmos e como nos relacionamos no meio em que vivemos. Assembleia Geral da ONU. (1948). Declaração Universal dos Direitos Humanos (217 [III] A). Paris. KELLNER, Douglas; KAHN, Richard. Reconstruindo a tecnoliteracia: uma abordagem de múltiplas literacias. 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Brasília: UNESCO, Cetic. br. 138 p. 2016. World Report Investing in Cultural Diversity and Intercultural Dialogue. Paris, 2009. p. 150. Publicado em 2016 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), 7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP, França; pela Representação da UNESCO no UNESCO, Mendel, 2005. Publicado em 2016 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), 7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP, França; pela Representação da UNESCO no Brasil e pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). WILSON, C., GRIZZLE, A., TUAZON, R., AKYEMPONG, K., & CHEUNG, C. (2011). Alfabetización mediática e informacional: Curriculum para professores.UNESCO. Vale a pena ler Vale a pena 45 Alfabetização midiática e informacional. Disponível em:https ://www.gazetadopovo.com.br/vozes/ educacao -e -m id i a/a l f abe t i z a cao -mid i a t i c a - e - informacional-voce-conhece.Acesso em: 27 out 2022. Comunicação, Consumo e Educação: alfabetização midiática. Disponível em: https://www.scielo.brhttps:// revistaeducacao.com.br/2019/09/20/educacao-midiatica/. Acesso em: 27 out 2022. Diretrizes para a Formulação de Políticas e Estratégias. Disponível em https://nic.br/media/docs/ publicacoes/8/246421POR.pdfaceso. Acesso em: 20 out22 Para que serve a alfabetização midiática e informacional (AMI). Disponível em: https://revistaeducacao.com.br › 2020/10/26 › alfabetização –midiatica-ami/. Acesso em: 18 out 22. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ ark:/48223/pf0000246421. Vale a pena acessar Minhas anotações
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