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Alfabetização Midiática e Informacional

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6ºAula
Alfabetização midiática e 
informacional (AMI)
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 entender o que significa alfabetização midiática e informacional;
•	 compreender o que propõe alfabetização midiática e informacional;
•	 fazer uso da midiatização para desenvolvimento de capacidades.
Caros(as) alunos(as),
O que é alfabetização midiática e informacional? Parece 
um assunto complicado, não é mesmo? Mas não é. É importante 
que saibamos o que significa e apliquemos seus conceitos no 
ambiente escolar onde nosso papel, apesar de tanta tecnologia e 
modernidade, sempre será fundamental.
Vamos lá?
Começaremos analisando os objetivos e verificando as 
seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula.
Bons estudos!
Bons estudos!
40Tecnologia em Metodologias Ativas
1 - O que é alfabetização midiática e informacional?
2 - O que propõe a alfabetização midiática e 
informacional? 
1 - O que é alfabetização midiática e 
informacional?
A Alfabetização informacional se refere à primeira 
etapa do letramento informacional, isto é, abrange os 
contatos iniciais com as ferramentas, produtos e serviços da 
informação.
Com o passar dos anos, as novas formas de 
comunicação que emergiram na sociedade têm exigido 
estratégias para que se possa entender sobre o impacto 
das mídias e informações na nossa maneira de interagir 
(RIBEIRO, 2018). 
A Unesco (2013) propôs a integração da Alfabetização 
Midiática (AM) e da Alfabetização Informacional (AI) que, 
apesar de abrangerem duas áreas de estudo distintas, podem 
ser compreendidas de forma complementar. Enquanto a 
AM engloba “a capacidade de compreender as funções da 
mídia, de avaliar como essas funções são desempenhadas”, 
a AI se caracteriza como “a importância do acesso à 
informação e a avaliação do uso ético dessa informação” 
(UNESCO, 2013, p. 18). Nessa perspectiva, a AMI pode 
ser conceituada:
Como um conjunto de competências que 
empodera os cidadãos, permitindo que eles 
acessem, busquem, compreendam, avaliem e 
usem, criem e compartilhem informações e 
conteúdos midiáticos em todos os formatos, 
usando várias ferramentas, de forma crítica, 
ética	e	eficaz,	com	o	objetivo	de	participar	e	de	
se	engajar	em	atividades	pessoais,	profissionais	
e sociais (UNESCO, 2016, p. 17).
Percebe-se, então, a grande importância que esses 
recursos midiáticos têm no cotidiano das pessoas, mas 
principalmente na área da educação que permeia o 
conhecimento. O engajamento está no fato de fazer uso em 
suas múltiplas capacidades.
Cabe destacar a importância da interface entre as 
áreas da comunicação e educação, em que podem ser 
destacadas pesquisas sobre as diversas formas que os meios 
comunicacionais podem interferir no desenvolvimento e 
aprendizagem dos indivíduos em um universo repleto de 
mídias e informações (VALDIVIA- BARRIOS et al., 2018). 
Vários estudos apontam que aprendemos melhor 
através da experimentação. Segundo o psiquiatra William 
Glasser	 (1998)	 é	 a	 forma	 mais	 eficaz	 para	 consolidar	 a	
aprendizagem
Seções de estudo
Figura 1 - Pirâmide de Wiliam Glasser.
Fonte Disponível em: Revista Espacios. Vol. 40. Nº 23. 2019.
Dessa maneira, ao fazermos uso das tecnologias 
em ambientes escolares ou não, desenvolvemos nossas 
capacidades e habilidades, que são várias, e entre elas estão a de 
perceber, compreender e aprender a lidar com as mídias, mas 
que precisam ser desenvolvidas, e muitas vezes, descobertas 
por nós mesmos e/ou pelas pessoas que nos rodeiam.
A Alfabetização Midiática e Informacional (AMI) 
considera todas as formas de mídia e fontes de informações 
como bibliotecas, arquivos, museus, internet e as tecnologias 
utilizadas. Essa estratégia é pioneira por duas razões. A 
primeira porque reconhece a tendência atual de convergência 
entre rádio, TV, internet, jornais, livros, arquivos digitais e 
bibliotecas em uma única plataforma. A segunda porque foi 
desenhada para professores visando capacitar milhões de 
jovens no tema nos países-membros da UNESCO.
A alfabetização midiática e informacional engloba as 
várias noções das alfabetizações relacionadas e que incluem: 
alfabetização no uso de bibliotecas, alfabetização no 
acesso a notícias, alfabetização digital, alfabetização 
computacional, alfabetização no uso da internet, 
alfabetização em liberdade de expressão e liberdade de 
informação, alfabetização televisiva, alfabetização publicitária, 
alfabetização	cinematográfica	e	alfabetização	no	uso	de	jogos.	
É importante notar que as alfabetizações sociais, como as 
alfabetizações	científica,	global,	política,	familiar,	financeira	e	
cultural, são amplamente discutidas. A alfabetização midiática 
e informacional engloba todas elas.
Figura 2 - Alfabetização midiática e informacional
Fonte Disponível em: UNESCO. Currículo para formação de professores, Brasília, 
2013.
41
A AMI reconhece e promove o acesso à informação e 
ao conhecimento e também favorece uma mídia livre, plural 
e independente. É necessário que os cidadãos, em especial 
os jovens, tenham competências analíticas e informacionais 
para buscar e usufruir os benefícios da plena liberdade de 
opinião e expressão como um direito humano fundamental.
O Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (1948) estabelece que “Todo ser humano 
tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse 
direito inclui a liberdade de opinar livremente e de 
procurar, receber e transmitir informações e ideias por 
quaisquer meios, independentemente de fronteiras”. A 
alfabetização midiática e informacional (AMI) proporciona 
aos cidadãos as competências necessárias para buscar e 
usufruir plenamente dos benefícios desse direito humano 
fundamental.
Esse direito é reforçado pela Declaração de Grünwald, 
de 1982, que reconhece a necessidade de os sistemas 
políticos e educacionais promoverem a compreensão crítica, 
pelos cidadãos, dos “fenômenos da comunicação” e sua 
participação nas (novas e antigas) mídias. O direito também 
é reforçado pela Declaração de Alexandria, de 2005, que 
coloca a alfabetização midiática e informacional no centro 
da educação continuada, sendo assim, os cidadãos precisam 
de um conhecimento básico sobre as funções das mídias 
e de outros provedores de informação como bibliotecas, 
arquivos e internet e de como podem acessá-los.
Percebemos, assim, que a AMI é de extrema 
importância, então, vejamos quais são seus principais 
benefícios: 
•	 No processo de ensino e aprendizagem, equipa os 
professores com um conhecimento aprimorado 
que contribuirá com o empoderamento dos 
futuros cidadãos;
•	 A alfabetização midiática e informacional 
transmite conhecimentos cruciais sobre as funções 
das mídias e dos canais de informação nas 
sociedades democráticas;
•	 Uma sociedade alfabetizada em mídia e 
informação promove o desenvolvimento de 
mídias livres, independentes e pluralistas, e de 
sistemas abertos de informação.
Mas, e quais os requisitos para o usufruto desses 
benefícios? Vejamos:
1) A alfabetização midiática e informacional deve 
ser considerada como um todo e deve incluir uma 
combinação de competências (conhecimentos, 
habilidades e atitudes); 
2) O currículo da AMI deve permitir que os 
professores ensinem a alfabetização midiática e 
informacional aos alunos com o objetivo de 
prover-lhes as ferramentas essenciais para que 
eles possam engajar-se junto às mídias e 
aos canais de informação como jovens cidadãos 
autônomos e racionais; 
3) Os cidadãos devem ter conhecimentos sobre a 
localização e o consumo de informações, bem 
como sobre a produção de informações; 
4) Os grupos marginalizados, como as pessoas com 
deficiências,	 os	 povos	 indígenas	 ou	 as	 minorias	
étnicas, devem ter acesso igualitário à informação 
e ao conhecimento;
5) A AMI deve ser vista como uma ferramenta 
essencial para facilitar o diálogo intercultural, a 
compreensão mútua e a compreensão culturalentre os povos.
Embora sejamos nós que pensamos e criamos as 
mídias e seus conteúdos, são elas que nos direcionam, que 
nos	 influenciam,	 que	 medeiam	 nossas	 relações	 com	 as	
pessoas próximas ou distantes. A alfabetização midiática 
e informacional é necessária para todos os cidadãos e tem 
uma importância decisiva para a nova geração, tanto no 
papel dos jovens como cidadãos e participantes da 
sociedade quanto na sua aprendizagem, na sua expressão 
cultural e na sua realização pessoal. 
Sobre as Competências do Século XXI, Kellner e Kahn 
destacam que elas têm relação com o raciocínio, e com 
habilidades	sociais	com	foco	no	trabalho	e	na	proficiência	
tecnológica, portanto demandam uma política curricular 
com núcleo comum. Diante disso, os autores defendem 
“o engajamento crítico rigoroso com uma diversidade 
de tecnoliteracias emergentes (inclusive de habilidades 
relacionadas com as novas tecnologias de aprendizagem)” 
e	 afirmam	 “a	 necessidade	 de	 conhecimento	 curricular	
humanístico e fortemente acadêmico (e as competências de 
produção de conhecimento), que podem também melhor 
servir à reconstrução de uma sociedade democrática crítica” 
(KELLNER e KAHN, 2015, p. 67). 
A matriz curricular de AMI e os módulos curriculares 
que a acompanham são não prescritivos, de modo a 
facilitar sua adaptação às estratégias globais, regionais e 
nacionais.	Eles		devem		ser		suficientemente		flexíveis		para		
serem adaptados aos diferentes sistemas educacionais 
e institucionais e às necessidades locais. Porém, a 
UNESCO considera que qualquer contato produtivo dos 
professores com a AMI deve necessariamente incluir 
elementos que enfatizem as liberdades fundamentais, 
como delineadas no Artigo 19 da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos. Qualquer que seja a forma adaptada, 
o Currículo de AMI deve auxiliar a desenvolver a 
compreensão dos professores sobre a importância 
dessas liberdades e desses direitos fundamentais como 
partes da educação cívica, primeiro no ambiente da sala de 
aula e depois nos ambientes local e global. O Currículo de 
AMI é relevante em ambientes impressos e audiovisuais, 
incluindo jornais, livros, meios de radiodifusão, como 
rádio e televisão, em meios de notícias online e em 
outros provedores de informação. Assim, a formação 
de professores em AMI não deve ser vista como algo 
reservado apenas àqueles que têm acesso a tecnologias 
avançadas. É igualmente aplicável em contextos nos quais o 
uso de tecnologias avançadas é limitado. 
42Tecnologia em Metodologias Ativas
Figura 3 - Letramento Midiático
Encontro USP Escola | TICs em Ambientes Educacionais uspescola.atp.usp.br. 
Acesso em 27out 2022.
Sendo assim, gestores escolares, coordenadores 
pedagógicos e professores precisam construir currículos 
próprios na cultura digital, que sejam consistentes, embasados 
e adequados às realidades escolares. Políticas nacionais 
precisam, também, ser criadas para garantir a inclusão 
sistemática e progressiva da AMI em todos os níveis do 
sistema educacional.
Um aspecto central do Currículo de AMI é a discussão 
sobre a política e a visão da alfabetização midiática e 
informacional e suas implicações para a educação em geral e 
a educação de professores em particular. Essa discussão deve 
conduzir a uma análise da política, da visão e de como ambas 
se relacionam com a preparação de professores e estudantes 
alfabetizados em mídia e informação. 
2 - O que propõe a alfabetização 
midiática e informacional
Figura 4 - Alfabetização Midiática, Informacional e 
Diálogo Intercultural
Fonte Disponível em: UNESCO e UNICAMP | Coursera pt.coursera.org
Os dispositivos móveis, os celulares, têm sido o meio 
principal de acesso à internet e, principalmente, às redes 
sociais. Ele tem se tornado um grande aliado para o 
aprendizado, dentro e fora das salas de aula. Através dele 
é possível receber e enviar qualquer tipo de atividade ou 
informação. As pessoas se tornaram mais próximas, as tarefas 
cotidianas mais rápidas, as pesquisas, mais abrangentes. 
Desde uma simples conversa até grandes negociações, tudo 
é possível através desse aparelho. Essa facilidade nos torna 
mais empoderados e ativos.
Saber fazer uso das mídias não tem sido tarefa fácil 
para todos. Os mais jovens, que já nasceram na era da 
tecnologia,	não	apresentam	tanta	dificuldade,	mas	os	mais	
idosos, aqueles que fazem parte de uma geração que, sequer, 
se imaginava tantas possibilidades, precisam de ajuda, muitas 
vezes, tamanha é a novidade. É inegável que a maioria da 
população aceita, usa e não saberia mais viver sem as mídias. 
O consumo está inserido nas práticas comunicacionais 
socioculturais que abrange a educação, tanto formal e 
informal, como um lugar para a formação de repertório que 
“dá ao sujeito o sentido de pertencimento, permitindo-lhe 
traçar a arquitetura de suas várias identidades” (BACCEGA, 
2010, p. 63-64)
Sendo assim, a proposta da alfabetização midiática e 
informacional é a de desenvolver a capacidade dos cidadãos 
de utilizar mídias, bibliotecas, arquivos e quaisquer outros 
meios das tecnologias de informação para se expressar, 
dialogar, criar conteúdos, participar de atividades que não se 
achava	possível	anteriormente,	de	refletir	sobre	nós	mesmos	
43
e como nos relacionamos no meio em que vivemos. 
A alfabetização midiática e informacional incorpora 
conhecimentos essenciais sobre as funções da mídia, 
das bibliotecas, dos arquivos e de outros provedores de 
informação em sociedades democráticas; as condições sob 
as quais as mídias de notícias e os provedores de informação 
podem cumprir efetivamente essas funções; e como avaliar 
o desempenho dessas funções pela avaliação dos conteúdos 
e dos serviços que são oferecidos. Esse conhecimento, por 
sua vez, deveria permitir que os usuários se engajassem 
junto às mídias e aos canais de informação de uma maneira 
significativa.	As	competências	adquiridas	pela	alfabetização		
midiática e informacional podem equipar os cidadãos 
com habilidades de raciocínio crítico, permitindo que eles 
demandem serviços de alta qualidade das mídias e de outros 
provedores de informação. Conjuntamente os cidadãos 
fomentam um ambiente propício em que as mídias e outros 
provedores de informação possam prestar serviços de 
qualidade.
Através dos meios midiáticos, podemos desenvolver 
capacidades	como	a	de	 selecionar,	 identificar,	 caracterizar,	
criterizar, criticar, exercitar a imaginação e o pensamento, 
potencializar a compreensão do universo, a empatia, a união 
entre as pessoas.
Através da educação midiática, construímos o 
conhecimento pelas informações trocadas e coletadas e isso 
nos leva a transformação de nós mesmos e da realidade onde 
nos encontramos, chegando até mesmo a descobrir novas 
soluções para antigos e novos problemas. É uma poderosa 
ferramenta para a formação cidadã.
Ensinar e aprender com e por meio da AI e/ou da AM, 
torna os cidadãos predispostos a assumirem um papel mais 
ativo na sociedade, tornando-a mais democrática (LEWIS; 
HALLY, 1998 apud CHEUNG, 2009). Os cidadãos podem 
incrementar seu papel e se tornarem produtores, e não 
apenas consumidores, de conteúdo e conhecimento. 
A AMI é a base para a liberdade de expressão, para o 
acesso à informação e para a educação de qualidade para 
todos. Sem as competências da AMI, os cidadãos não podem 
ser bem informados porque não têm acesso à informação 
e não são capacitados para processá-la e usá-la. Isso torna 
difícil para os cidadãos, incluindo os jovens, participar 
ativamente em suas comunidades e sociedades, bem como 
inviabiliza	uma	governança	boa	e	eficaz	(MENDEL,	2005).	
Os cidadãos alfabetizados em mídia e informação 
assumem uma postura crítica quanto aos próprios processos 
de aprendizagem e tomada de decisão de modo geral 
(FRAU-MEIGS; TORRENT, 2009). A AMI renova a 
importância da metacognição,do aprender a aprender e do 
saber como aprender, com ênfase nas mídias, nas bibliotecas 
e nos outros provedores de informação, incluindo aqueles 
na internet.
Desde a Educação Infantil, o professor pode ensinar 
seus alunos a buscar informações e/ou pesquisar sobre 
assuntos variados. Neste contexto, o professor precisa dar 
significado	 a	 estas	 informações,	 pesquisas	 ou	 outro	meio	
e equipamentos que utilizará em seu trabalho. É preciso 
estabelecer relações entre a criança e o meio de maneira que, 
usando as mídias desde muito cedo, aprendam a desenvolver 
suas capacidades e habilidades de forma envolvente e 
motivadora.
Aos professores cabe analisar e entender como os 
conteúdos das mídias e outras informações é produzido, 
como podem ser avaliados e como podem ser usados em 
seus diversos propósitos. Além disso, devem atentar-se para 
como a diversidade e a pluralidade são abordadas tanto 
nas mídias locais quanto nas globais e, ainda, desenvolver 
a capacidade de avaliar como os estudantes interpretam 
as mensagens de mídia e as informações de uma série de 
fontes.
A AMI envolve igualmente o conhecimento do direito 
ao acesso à informação, da utilização ética desses meios, 
da tecnologia e da informação, bem como da participação 
com envolvimento de valores pessoais e sociais, formas 
de relacionamento e comunicação participativa através do 
diálogo intercultural e da função social da comunicação. Para 
professores e alunos, a AMI é uma necessidade primordial 
na tomada de decisões tanto relacionadas ao processo de 
ensino-aprendizagem quanto na vida cotidiana. “É, talvez, 
nos domínios da cidadania ativa e do debate democrático, 
da participação social e da capacitação, que a alfabetização 
midiática e informacional realça a sua importância e pode 
oferecer	contribuições	mais	significativas”	(WILSON,	2011,	
p 21). 
A educação é o meio de transferência e renovação 
do conhecimento, do saber, da cultura e dos valores que 
sustentam a sociedade. “As sociedades do conhecimento são 
sociedades em rede que conduzem necessariamente a uma 
melhor tomada de consciência dos problemas do mundo” 
(UNESCO, 2005, p 20).
Os objetivos do milênio são promover desenvolvimento 
social, proteção ambiental e crescimento econômico. O 
papel da educação se junta a esses objetivos pela necessidade 
de incorporar a alfabetização ordenada e adaptada a todos 
os níveis do sistema educativo e incorporar os meios 
aos processos de socialização e ensino-aprendizagem, 
para promover as sociedades alfabetizadas em meios e 
informação,	formar	cidadãos	autônomos	e	reflexivos	capazes	
de	dar	 solução	aos	conflitos,	construir	uma	sociedade	em	
comunidade e desenvolver a cultura.
A AMI permite estratégias viáveis voltadas para a 
diversidade linguística, isto é, políticas de linguagem que 
promovam o multilinguismo nas sociedades, empoderando 
idiomas locais e vernáculos, traduções entre idiomas e 
diversidade linguística nas mídias e no ciberespaço. Da 
mesma forma, a AMI articula a noção do direito à educação. 
O direito à educação garante “[...] a diversidade das 
necessidades dos educandos (especialmente daqueles que 
pertencem a grupos minoritários, indígenas ou nômades) e a 
variedade dos métodos e conteúdos conexos. Em sociedades 
multiculturais cada vez mais complexas, a educação deve 
auxiliar-nos a adquirir as competências interculturais que 
nos permitam conviver com as nossas diferenças culturais e 
não apesar delas”(UNESCO, 2009).
44Tecnologia em Metodologias Ativas
O uso das novas TIC se tornaram amplamente 
disponíveis, principalmente a telefonia móvel, o que 
aumenta ainda mais as oportunidades de expressão/
comunicação dos cidadãos. A maior função da educação 
midiática e informacional é, portanto, aprender a olhar as 
coisas que nos cercam e aprender com elas.
No mundo globalmente conectado, os conhecimentos 
e as habilidades referentes às tecnologias computacionais 
devem ser desenvolvidas para que o potencial da AMI seja 
concretizado, isso inclui os conhecimentos e as habilidades 
de tecnologias da internet, mídia social e mídia móvel. 
Com as tecnologias aprimorando-se dia a dia, os indivíduos 
devem acompanhar esse processo. Aqueles que têm pouca 
experiência precisam ter mais contato com a mídia e a 
informação pois não é somente para conhecimento em 
particular, mas para uma evolução social. O conhecimento 
e as habilidades em AMI representam um papel importante 
na construção da nação e devem ser incorporados ao 
desenvolvimento econômico e social. São várias as formas 
em que os fundamentos do conhecimento e das habilidades 
em AMI podem ser desenvolvidos, basta que tenhamos 
um comprometimento educativo e social para o uso dos 
recursos midiáticos disponíveis.
Bem, pessoal, chegamos ao final de mais uma aula.
Então, vamos recordar?
Retomando a aula
1 - O que é alfabetização midiática e informacional?
A Alfabetização informacional se refere à primeira 
etapa do letramento informacional, isto é, abrange os 
contatos iniciais com as ferramentas, produtos e serviços da 
informação e têm exigido estratégias para que se possa 
entender sobre o impacto das mídias e informações na 
nossa maneira de interagir.
As competências essenciais (conhecimentos, habilidades 
e	 atitudes)	 permitem	 aos	 cidadãos	 o	 engajamento	 eficaz	
com a mídia e outros provedores de informação, bem como 
o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico e 
aprendizado contínuo para se socializarem e se tornarem 
cidadãos ativos. 
2 - O que propõe a alfabetização midiática e 
informacional?
A proposta da alfabetização midiática e informacional 
é a de desenvolver a capacidade dos cidadãos de utilizar 
mídias, bibliotecas, arquivos e quaisquer outros meios das 
tecnologias de informação para se expressar, dialogar, 
criar conteúdos, participar de atividades que não se achava 
possível	 anteriormente,	 de	 refletir	 sobre	 nós	 mesmos	 e	
como nos relacionamos no meio em que vivemos.
Assembleia Geral da ONU. (1948). Declaração Universal 
dos Direitos Humanos (217 [III] A). Paris.
KELLNER, Douglas; KAHN, Richard. Reconstruindo 
a tecnoliteracia: uma abordagem de múltiplas literacias. 
Comunicação & Educação, v. 25, nº 2, p. 57-82, jul./
dez. 2015. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/
comueduc/article/view/102156/103979. Acesso em: 15 
set. 2022.
NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos 
Humanos. New York: ONU, 1948. Disponível em: <http://
unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf. 
Acesso em 26out2022.
National forum on information literacy, beacons 
of the information society, Alexandria, 9 Nov. 2005. The 
Alexandria Proclamation on Information Literacy and Lifelong 
Learning. Alexandria: IFLA, UNESCO, 2005.
UNESCO. Alfabetização Midiática e Informacional: 
currículo para a formação de professores. Brasília: 
UNESCO, UFTM, 194 p. 2013.
Declaração de Grünwald sobre a Educação para os 
Media. Disponível em: http://milobs.pt/wp-content/
uploads/2018/06/Declaracao-de-Grunwald.pdf. Acesso 
em: 10 set. 2021.
Marco de Avaliação Global da Alfabetização Midiática e 
Informacional (AMI): disposição e Competências do País. 
Brasília: UNESCO, Cetic. br. 138 p. 2016.
World Report Investing in Cultural Diversity and Intercultural 
Dialogue. Paris, 2009. p. 150.
Publicado em 2016 pela Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), 
7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP, França; pela 
Representação da UNESCO no UNESCO, Mendel, 2005. 
Publicado em 2016 pela Organização das Nações 
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), 
7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP, França; pela 
Representação da UNESCO no Brasil e pelo Centro 
Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade 
da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e 
Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
WILSON, C., GRIZZLE, A., TUAZON, R., 
AKYEMPONG, K., & CHEUNG, C. (2011). Alfabetización 
mediática e informacional: Curriculum para professores.UNESCO. 
Vale a pena ler
Vale a pena
45
Alfabetização midiática e informacional. Disponível 
em:https ://www.gazetadopovo.com.br/vozes/
educacao -e -m id i a/a l f abe t i z a cao -mid i a t i c a - e -
informacional-voce-conhece.Acesso em: 27 out 2022. 
Comunicação, Consumo e Educação: alfabetização midiática. 
Disponível em: https://www.scielo.brhttps://
revistaeducacao.com.br/2019/09/20/educacao-midiatica/.
Acesso em: 27 out 2022.
Diretrizes para a Formulação de Políticas e Estratégias. 
Disponível em https://nic.br/media/docs/
publicacoes/8/246421POR.pdfaceso. Acesso em: 20 out22
Para que serve a alfabetização midiática e informacional 
(AMI). Disponível em: https://revistaeducacao.com.br › 
2020/10/26 › alfabetização –midiatica-ami/. Acesso em: 
18 out 22. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/
ark:/48223/pf0000246421.
Vale a pena acessar
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