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E-book_InspirandoJovensdeSucesso-MatheusTomoto

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Editora Recanto das Letras
COMO USAR OS SEUS TALENTOS PARA IR ALÉM DOS SEUS SONHOS
© Matheus Akira Tomoto
Editora Executiva: Cássia Oliveira 
Projeto gráfico e Diagramação: Editorando Birô / 
 Estúdio Caverna
Ilustração da Capa: Dayvid Mendes
Ilustração do Miolo: Cleiton Fernandes
Impressão: Forma Certa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
Andreia de Almeida CRB-8/7889
EDITORA RECANTO DAS LETRAS 
www.recantodasletras.com.br/editora 
editora@recantodasletras.com.br
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta 
obra pode ser reproduzida ou transmitida por quaisquer 
meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e 
gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco 
de dados sem permissão escrita do autor.
Tomoto, Matheus Akira
Inspirando jovens de sucesso: como usar os seus talentos 
para ir além dos seus sonhos / Matheus Akira Tomoto – 
Sorocaba: Recanto das Letras, 2018.
 178 p.: il., color.
 ISBN: 978-85-69943-83-9
1. Sucesso nos negócios 2. Pessoas de sucesso 
3. Massachusetts Institute of Technology (MIT) – Estudantes 
– Histórias 4. Autorrealização 5. Sucesso I. Título
18-0156 CDD 650.1
Índices para catálogo sistemático:
1. Sucesso
PREFÁCIO
Olá, queridos leitores!
Meu nome é Matheus Akira Tomoto. Sou brasi-
leiro, nascido em uma cidade do interior de São Paulo. 
Como a maioria da população, passei toda minha vida 
estudando em uma escola pública. Comecei a traba-
lhar com treze anos e atualmente trabalho com Pes-
quisa e Desenvolvimento na melhor universidade de 
engenharia do mundo: o Instituto de Tecnologia de 
Massachusetts - MIT.
Neste livro compartilho as principais lições da 
minha vida, as quais me fizeram chegar até aqui. Nos 
próximos capítulos eu explicarei e comentarei sobre 
como você também pode se tornar um jovem de su-
cesso. Este livro é dedicado a todos aqueles que bus-
cam motivação e um caminho para a realização dos 
seus sonhos. Ele não indicará uma fórmula mágica que 
mudará a sua vida, mas, sem dúvida, irá lhe motivar e 
mostrar as ferramentas necessárias para a realização 
de seus planos de vida. Meu objetivo é desenvolver 
em você uma mentalidade de sucesso, mostrando 
que todo sonho pode se tornar realidade. Através de 
exemplos práticos e experiências reais, exibirei como 
uma pessoa de sucesso pensa, e quais caminhos você 
pode trilhar para chegar até ele. Este livro é um ma-
nual de vida para aqueles que desejam se aventurar 
no mundo dos jovens bem-sucedidos.
Desejo a todos vocês: sucesso!
Dedico este livro aos meus pais, que 
sempre me apoiaram e me deram todo o 
suporte em todos os momentos.
Agradeço a todos os meus mentores, 
por seus incríveis ensinamentos. 
Agradeço à minha amiga e professora 
Amanda Cris e à querida Milena Correale, 
que trabalharam arduamente na revisão e 
edição deste livro.
Também agradeço aos meus amigos, 
Renan Ferreira, Norovsuren Chinbat, 
Wallace Reis, Regiane Reis, Diego Henrique 
e especialmente ao Lucas Ribeiro e 
Leonardo Melo, que me ajudaram a tornar 
o sonho deste livro realidade.
Muito obrigado a todos!
SUMÁRIO
O poder de um sonho 9
Eu perdi tudo 13
Como encontrar o seu maior sonho 21
Desafios da escola pública 29
A regra das dez mil horas 41
Comece agora! 47
Refeição: pão com manteiga 53
Não espere oportunidades, crie-as! 61
Meus primeiros livros 69
Comunique-se bem e ganhe sua audiência 81
Como realizar um sonho 87
O trem da vida 107
Aprendendo a liderar 109
Despertando talentos 125
Estudando para a faculdade 135
Criando oportunidades 145
A viagem para os Estados Unidos 153
Como cheguei até o MIT 157
Fim? 177
9
O PODER 
DE UM 
SONHO
Esse foi o dia mais feliz da minha vida. Eu me lembro como se fosse hoje. Tudo acon-teceu em uma sexta-feira pela manhã. Eu havia 
acabado de acordar. Estava frio e, apesar do inverno já 
ter passado, ainda havia neve do lado de fora. Peguei 
meu celular e olhei que horas eram. Eu havia dormido 
demais e perdido mais uma aula da faculdade. 
Levantei, coloquei uma camiseta e fui à cozinha 
preparar o meu café da manhã. As panelas e a louça 
suja da noite passada permaneciam em cima do fogão 
e da pia. Eu dividia o apartamento com mais três pes-
soas: dois brasileiros e um americano. Todas as noites 
fazíamos um jantar com nossos amigos do Brasil e de 
outros países, e em todas elas eles saíam sem ajudar 
a limpar a cozinha. 
10
Ignorei a sujeira e comecei a fazer o meu café da 
manhã, enquanto via as notificações em meu celular. 
Olhei as mensagens que havia recebido durante a ma-
drugada, mas fechei-as sem visualizá-las. Verifiquei a 
caixa de entrada de meus e-mails. O primeiro era sobre 
uma promoção de uma loja no centro de Chicago. O 
segundo era de um site de viagens. Exclui ambos au-
tomaticamente. Porém, quando olhei o título do ter-
ceiro e-mail, fiquei sem reação. Meus olhos se enche-
ram de lágrimas. Eu não conseguia acreditar no que 
estava acontecendo. Eu havia sido 
aceito em uma das melhores 
universidades do mundo. Eu 
havia sido aceito em Harvard!
Grande parte da minha 
vida passou em minha men-
te, como em pequenos cur-
tas-metragens. Lembrei-me de 
todos os momentos em que eu me 
senti sem esperança, pensando que eu não era me-
recedor de uma vida de sucesso; de todas as vezes 
que disseram que eu não iria conseguir; das vezes 
que me olhavam com desprezo, porque eu era po-
bre; dos onze difíceis anos em que fiquei sentado em 
uma carteira quebrada, em uma escola pública, com 
professores totalmente desinteressados; de toda a 
angústia que minha família passou com a falência de 
nossa empresa; da minha adolescência trabalhando, 
incessantemente, em oficinas mecânicas, e ganhan-
do R$ 6,00 por dia de serviço; dos quinze anos que 
“Eu havia sido 
aceito em 
HARVARD!”.
11
minha família e eu trabalhamos para quitar a nossa 
dívida milionária; da simplicidade em que vivíamos e 
da necessidade que passamos por falta de dinheiro; 
lembrei também do mesmo tênis rasgado que eu usei 
por mais de cinco anos.
Naquele momento, eu percebi que tudo isso 
havia finalmente valido a pena. Eu não conseguia con-
ter minhas lágrimas. A minha felicidade era gigante.
Voltei para o meu quarto, enxuguei meu rosto 
com uma toalha e comecei a responder o e-mail 
daquele doutor da tão prestigiada universidade de 
Harvard.
“Muito obrigado pela oportuni-
dade. Eu estou extremamente 
emocionado. É indescritível a feli-
cidade que sinto nesse momento. 
Obrigado por todos os elogios e 
principalmente por ter me aceito. 
Obrigado por me oferecer essa 
oportunidade fascinante. Porém, 
eu infelizmente terei de recusá-la. 
Espero que possamos manter con-
tato e conversar novamente no 
futuro.
Obrigado,
Matheus A. Tomoto”
Eu havia acabado de 
recusar o convite de 
Harvard…
 
13
EU 
PERDI 
TUDO
Olá, meus queridos leitores! Meu nome é Matheus Akira Tomoto. Minha história tem início em uma cidade do inte-
rior de São Paulo, chamada Sorocaba, em 1990. Dentre 
as poucas lembranças que tenho de minha infância, a 
que mais se destaca é a de meus pais acordando 
antes do sol nascer para trabalhar e voltando para 
casa bem tarde, após eu já ter ido para cama. 
Minha família era dona de uma empresa que aten-
dia a maioria dos estados brasileiros, o que nos gerava 
uma situação financeira muito boa. Com os lucros da 
empresa, minha família conquistou tudo o que tínhamos, 
nada nos faltava. Meus pais dedicaram todo o tempo e 
recursos que puderam para construir um legado para 
deixar aos seus filhos. Porém, algo inesperado aconte-
14
ceu. Por volta do ano de 1996 a empresa da minha fa-
mília faliu. Eu tinha apenas seis anos. Nunca nada havia 
nos faltado… até aquele momento. Eu era muito jovem 
para entender o que estava acontecendo, mas sentia 
que algo havia mudado. Meus pais contraíram uma dí-
vida milionária. Nós havíamos acabado de perder tudo!
O RECOMEÇO
Aos oito anos terminei os meus estudos numa 
excelente escola de educação pré-primária. Era um 
lugar maravilhosono qual pude desenvolver minhas 
habilidades em matemática, leitura e escrita. 
Eu participava de um ótimo grupo de amigos. 
No último dia de aula, tivemos a nossa formatura. Es-
távamos reunidos conversando, quando um deles nos 
perguntou:
A resposta foi unânime. Todos haviam 
sido matriculados na melhor escola da cidade. 
“– Onde vocês 
vão estudar 
no próximo 
ano?”
15
Aproveitávamos aquele momento, confiantes que nos 
encontraríamos novamente após as férias. 
O evento acabou, entrei no carro com meus pais 
e fomos para nossa casa. Conversávamos e, para a mi-
nha surpresa, minha família contou que eu não con-
tinuaria mais estudando com meus amigos. A escola 
para a qual eles iriam no ano seguinte era muito cara e, 
portanto, meus pais me matricularam numa escola 
de ensino público, gratuita e próxima à minha casa.
A NOVA ESCOLA
Meus primeiros dias na nova escola foram 
desafiadores. A escola era muito di-
ferente da anterior. Era simples, 
de chão de terra batida e grama 
alta espalhada pelos lugares 
onde não havia construções. 
As salas de aula estavam 
sempre lotadas, por ve-
zes atingia a quantida-
de de cinquenta alu-
nos. O ritmo das aulas 
era bastante devagar. 
Tanto os funcionários 
quanto os próprios es-
tudantes não eram 
motivados a apren-
der. Alguns profes-
16
sores faltavam constantemente, e por consequência, 
os alunos permaneciam sem aula. As carteiras eram 
velhas e algumas cadeiras estavam sempre quebra-
das, sem falar nas brigas entre estudantes que pre-
senciávamos com frequência. A escola não tinha 
livros didáticos suficientes para todos os alunos, 
por isso compartilhávamos um livro com três ou mais 
estudantes. 
Ao longo do tempo, fui me adaptando àquele 
novo ambiente. Tive a oportunidade de fazer bons 
amigos, alguns que tenho comigo até hoje. Infeliz-
mente, poucos frequentavam a escola com o verda-
deiro intuito de estudar. Alguns iam pela diversão de 
rever os amigos, para conversar, outros contra a pró-
pria vontade, forçados pelos pais porque estes não 
tinham onde deixá-los enquanto trabalhavam. Outros 
se encontravam em situações ainda piores: problemas 
familiares faziam com que fossem à escola para ter um 
momento de paz, sem brigas ou violência. Alguns dos 
alunos iam simplesmente pela 
refeição, que mesmo sen-
do simples, era muitas 
vezes a única refeição 
do dia para eles. 
 As merendei-
ras eram muito ca-
rinhosas ao preparar 
a refeição do dia. O 
cardápio era compos-
to por cinco refeições, 
“Alguns 
dos alunos iam 
simplesmente 
pela refeição, que 
mesmo sendo simples, era 
muitas vezes a única 
refeição 
do dia para 
eles.” 
17
uma para cada dia da semana: polenta com molho, 
sopa, macarrão com salsicha, arroz com frango e pão 
com salsicha. Apesar da simplicidade do refeitório e 
dos pratos e talheres de plástico, era um dos momen-
tos mais esperados por todos nós.
O NASCIMENTO DE UM SONHO
Com o passar dos anos, fui 
crescendo e descobrindo que a 
vida era muito mais complicada do 
que parecia. Eu estudava pela ma-
nhã, trabalhava durante a tarde e ia 
para o ensino técnico à noite. 
Quando percebi, já estava to-
talmente acomodado àquela nova 
rotina. Sempre fui um jovem sonha-
dor, sempre quis fazer algo diferen-
te, porém a escola, o trabalho e as 
atividades do dia a dia me coloca-
ram numa posição na qual eu de-
sacreditava do meu próprio futuro. 
Eu ainda não havia desistido 
dos meus sonhos, mas eles es-
tavam tão distantes que pareciam 
inalcançáveis, visto que aquela ro-
tina tirara todas as esperanças de 
dentro de mim. Já não havia forças 
para sair daquele sistema.
18
Após alguns anos, algo inusitado aconteceu: a 
escola recebeu sua primeira doação de livros e revis-
tas em quadrinhos de uma empresa gráfica que havia 
falido na região. A quantidade foi suficiente para que 
cada aluno recebesse um exemplar. Foi a primeira vez 
que algo assim aconteceu naquela escola. Isso foi tão 
singular que os professores cancelaram suas aulas 
para que pudéssemos treinar nossa leitura: 
“Uma criança passeava pela cidade com seus pais, e se 
divertiam enquanto caminhavam. Após algum tempo de 
caminhada e diversão, um assaltante abordou-os exigin-
do seus pertences. Com medo, seu pai ofereceu tudo o 
que tinha para o ladrão. O ladrão tomou todo o dinhei-
ro, apontou a arma para o casal e os matou. O garoto 
perdeu os sentidos e não teve reação ao presenciar 
a morte de seus pais. Sem família, vagou pelo mundo 
enquanto buscava a superação do seu trauma. Nesta 
viagem, descobriu o maior segredo da vida: ‘O conheci-
mento era a coisa mais poderosa existente no mundo’. 
Ele continuou sua viagem, agora com outro objetivo: a 
busca pelo conhecimento. Após anos de estudo, ele foi 
capaz de construir a sua própria empresa de tecnologia. 
Com recursos financeiros e com conhecimento para 
criar qualquer tipo de tecnologia, estava preparado 
para limpar sua cidade de toda criminalidade.” 
UM GATILHO MENTAL
Esta história acima me fez refletir sobre a minha 
própria vida. Aquele garoto havia passado por situa-
ções incomparavelmente mais difíceis do que as mi-
19
nhas e ainda assim encontrou forças para prosseguir. 
Ele tinha um objetivo e batalhou para cumpri-lo. Sua 
dedicação e esforço duraram anos, mas ao final ele 
alcançou o seu sucesso. Foi então que eu comecei a 
me perguntar: 
Se ele conseguiu, por que eu não 
poderia conseguir também?
Eu precisava escapar daquela rotina que me 
levava ao fracasso. Necessitava de algo que me ins-
pirasse novamente. 
O meu sonho estava 
muito distante, e eu 
precisava de algo real 
que estivesse ao meu 
alcance. Para isso, 
decidi mudar e utili-
zei tudo o que tinha 
ao meu redor como 
inspiração para con-
quistar o que ainda não havia conquistado. Aquela 
história foi a gota d’água para a minha insatisfação. A 
determinação daquele garoto foi o gatilho que eu pre-
cisava para voltar a acreditar em mim mesmo. 
No decorrer deste livro eu irei descrever outras 
situações de minha vida que foram imprescindíveis 
para o meu sucesso pessoal e profissional. Foram mais 
de quinze anos de estudo, trabalho duro e infindáveis 
desafios em meu caminho.
20
Hoje posso dizer que eu cheguei a um lu-
gar ainda mais alto do que eu havia previamente 
sonhado. Trabalho em um laboratório de engenha-
ria que contém os mais avançados equipamentos do 
mundo. Protótipos de robôs estão por todos os la-
dos. Um acelerador de elétrons está a alguns metros 
do meu escritório. Pós-doutores de vários lugares do 
mundo trabalham arduamente em meu time com o 
objetivo de criar novas tecnologias. 
Sou a prova viva de que os sonhos podem se 
tornar realidade. Não tive condições financeiras favo-
ráveis, não estudei numa boa escola, fui pobre e come-
cei a trabalhar ainda adolescente. Inúmeros fatores po-
deriam ter sido usados como desculpa para eu desistir. 
Mas hoje a minha certeza é que cada momento da mi-
nha vida me ensinou algo que me ajudou a chegar aqui.
Lembre-se que todo homem de 
sucesso, antes de ser bem-sucedido, 
foi um sonhador. Foi assim que 
tudo começou para mim:
 COM UM SONHO. 
21
COMO 
ENCONTRAR 
O SEU MAIOR 
SONHO
alguma vez você já parou para pensar quais são os sonhos que você gostaria de realizar até o final de sua vida? 
Você já conquistou algum deles? Qual é o próximo 
em sua lista de sonhos? Dentre estes sonhos, qual 
é o maior? Comprar uma casa? Virar jogador de fu-
tebol? Abrir seu próprio negócio? Casar-se? Entrar 
na faculdade? Aposentar-se? Viajar pelo mundo? 
Qual é a sua motivação ao acordar todos os dias 
pela manhã?
O primeiro passo na sua caminhada para o su-
cesso é definir quais são os seus sonhos para sua vida. 
É preciso ter objetivos muito bem definidos e claros 
em sua mente, afinal, como você conseguirá realizar 
um sonho sem conhecê-lo?!
22
Com certeza você já se deparou com pessoas 
que diziam querer mudar de vida, que iriam desbravar 
novos horizontes, e que até fizeram grandes investi-
mentos, mas no final só andaram em círculo. Essasi-
tuação é muito mais comum do que parece. É impos-
sível alcançar um sonho se ele não está bem definido. 
Você desperdiçará seu precioso tempo e recursos 
que poderiam ser utilizados para uma caminhada de 
vida melhor direcionada. É mais simples cair nessa 
armadilha do que se pode imaginar. 
“Se você não sabe onde você 
está indo, como você espera 
conseguir chegar lá?”
– Basil S. Walsh
Perdi vários anos de minha vida porque não sou-
be direcionar meus esforços para a direção correta. 
Notei que eu apenas comecei a andar em direção à 
realização dos meus sonhos quando comecei a definir 
claramente meus objetivos. Sempre quis ser bem-
-sucedido, mas nunca havia parado para pensar so-
bre o que é ser bem-sucedido. Foi então que passei 
a refletir sobre os caminhos que eu teria que seguir 
para alcançar a realização dos meus sonhos. 
Meu objetivo era simples: eu não queria pessoas 
ao meu redor passando por algum tipo de necessida-
de. Eu não queria ver pessoas próximas a mim passan-
23
do pela mesma tristeza que minha família passou. Era 
um lindo sonho, que se tornaria inútil sem um plane-
jamento adequado. 
Então comecei a escrever em uma folha de pa-
pel os passos que eu precisaria dar para atingir esta 
realização. Como ajudar as pessoas ao meu redor se 
a minha própria situação era instável? Eu precisava de 
um trabalho que me proporcionasse estabilidade e 
que me concedesse condições financeiras suficientes 
para socorrer a todos os que eu gostaria de ajudar. 
A primeira vez que eu parei para definir meus so-
nhos foi quando fui a um seminário em São Paulo com 
o tema “Seja um sonhador”. Lá foram discutidos os 
exemplos de vários empresários que alcançaram o su-
cesso. Cada um deles utilizou caminhos e técnicas di-
ferentes, mas todos tinham algo em 
comum: eles possuíam um so-
nho muito bem definido para 
suas vidas. 
O que me chamou a 
atenção foi que, ao final do 
evento, o palestrante distri-
buiu um caderno para cada 
pessoa, disse que aquela seria 
nossa lição de casa. A princípio, 
estranhei, pois já tinha anotado tudo o 
que precisava em meu caderno pessoal. Então ele expli-
cou: “Quando chegarem em suas casas, vocês terão de 
escrever e colocar fotografias de todas as coisas que vo-
cês sonham em alcançar durante suas vidas”. Essa ideia foi 
“Como 
ajudar as 
pessoas ao meu 
redor se a minha 
própria 
situação era 
instável?”
24
genial e foi exatamente o que eu fiz quando cheguei em 
casa. Liguei o computador e imprimi fotos de tudo o que 
eu sonhava conquistar: a casa que eu gostaria de morar, 
o carro que eu gostaria de ter, os lugares que eu gostaria 
de viajar, a universidade na qual que eu gostaria de estu-
dar etc. No total, foram em torno de doze fotografias. Por 
muito tempo levei este caderno em minha mochila para 
todos os lugares que eu andava. Ainda o levo! É algo que 
eu uso frequentemente quando estou indeciso ou quando 
as situações da vida tentam trazer desânimo. 
O dever de casa que hoje te passo é o mes-
mo que me foi passado anos atrás, o qual me guiou 
a chegar até aqui. Seja num caderno, no seu celular, 
no seu laptop ou numa simples folha de papel, escre-
va os seus objetivos de vida e, quando terminar, não 
o coloque em uma gaveta. Deixe-o em algum lugar 
com visibilidade, de preferência em lugares por onde 
você passa todos os dias: no espelho do seu banheiro, 
na sua geladeira ou até mesmo dentro do seu carro. 
Quando a vida lhe gerar dúvidas sobre por qual 
caminho prosseguir, não se esqueça de olhar nova-
mente para o seu caderno de sonhos. Não é neces-
sário seguir 100% do que foi escrito, mas com certeza 
é preciso ter um referencial para o qual você poderá 
acordar todas as manhãs e dizer para si mesmo: 
EU IREI 
CHEGAR LÁ!
25
METODOLOGIA 
ENCONTRE SEU SONHO
Após definir o meu propósito de vida, eu me in-
daguei: “Como posso realizá-lo?”
Agora que o seu sonho está definido e anotado, é 
preciso determinar um caminho para a sua realização. 
Eu me lembro que saí extremamente motivado 
daquela palestra, no entanto, algumas semanas de-
pois, observei outro dilema: eu sabia aonde eu que-
ria chegar, mas ainda não tinha um caminho traçado 
para isso. Então vi a necessidade de planejar as etapas 
pelas quais eu precisaria percorrer para chegar até o 
meu sonho. Mas por onde começar?
A realização dos seus sonhos é o prêmio ao final 
da grande caminhada da vida. Porém, é um objeti-
vo a longo prazo e seu propósito é nortear as deci-
sões e escolhas a serem feitas em sua vida. Por isso, 
faz-se necessário conhecer cada etapa desta longa 
caminhada. É fundamental entender qual será o seu 
primeiro passo. 
Começando pelo seu objetivo final, pergunte a si 
mesmo o que é necessário para que essa etapa seja 
realizada, até chegar ao primeiro passo. 
1 Meu sonho de vida era ajudar todas as pessoas próximas a mim para que nenhu-ma delas passasse por dificuldades.
26
• O que posso fazer para que o meu sonho 
se torne realidade?
2 Meu sonho necessitaria de um bom emprego, que me rendesse um salário suficiente para me sustentar e sustentar 
as pessoas que eu gostaria de ajudar.
• O que eu precisaria para ter tal emprego?
3 Eu precisaria cursar uma faculdade. E ainda precisaria me destacar dentre os outros candidatos graduados. Devido 
ao cenário econômico brasileiro, apenas uma faculda-
de não seria suficiente. Eu precisava despertar algum 
diferencial.
• O que eu precisaria para cursar uma fa-
culdade e ainda assim me destacar entre 
outros candidatos?
4 Eu precisaria de um mestrado, uma experiência profissional singular e/ou uma experiência internacional. 
Eu sabia que minha família não tinha condições 
financeiras para pagar uma faculdade, também sabia 
que meu salário não era suficiente para tal. 
• Do que eu precisaria para conquistar uma 
faculdade, um mestrado, uma experiência 
profissional singular e uma experiência 
internacional?
27
5 Este problema me levou a compreen-der que eu precisaria ganhar algum tipo de bolsa de estudos, tanto para fa-
culdade quanto para o mestrado e também para uma 
experiência em outro país. Para uma experiência pro-
fissional, eu precisaria continuar trabalhando e pode-
ria tentar me envolver como voluntário para projetos, 
com o intuito de ganhar conhecimento e capacitação. 
• Como conseguir uma bolsa de estudos?
6 Para conseguir uma bolsa de estudos eu teria de me destacar nos estudos. Mais do que isso, precisaria provar para 
a universidade que eu era o melhor candidato para 
aquela vaga gratuita.
• O que eu precisaria para me destacar nos 
estudos? 
7 Para ser o candidato melhor qualifica-do intelectualmente, eu teria de apren-der tudo aquilo que eu ainda não havia 
aprendido e rever vários anos de material didático. 
• O meu primeiro passo era estudar. E es-
tudar muito!
Através dessa análise é possível enxergar de 
forma concreta o trajeto a ser cursado para cumprir 
determinado objetivo. Essa atividade se torna profun-
damente importante pela facilidade de enxergar cada 
etapa que precisa ser conquistada para se alcançar o 
seu sonho.
28
Além disso, a análise pode ser utilizada para qual-
quer área ou situação. Cada pessoa tem um sonho 
particular. Seja ele qual for, essa técnica lhe ajudará a 
definir com maior precisão o passo a passo para con-
quistar seus objetivos. 
Todos os caminhos do meu primeiro sonho já 
foram conquistados. Abordarei detalhadamente sobre 
cada um deles ao decorrer do livro. Este foi um exem-
plo pessoal para que você pudesse compreender a 
necessidade de traçar um caminho para elucidar cada 
etapa a ser conquistada em direção à sua realização. 
Gostaria de convidar você, querido leitor, a fazer 
essa análise. Comece perguntando a si mesmo: Como 
você pode realizar seus sonhos? Continue pergun-
tando e anotando as respostas até idealizar seu próprio 
caminho para o sucesso. Ele será seguido por anos, 
portanto, precisa conter o mínimo de erros possíveis. 
Lembre-se que cada pessoa tem um caminho 
próprio, feito especificamente para ela e quesomen-
te ela pode percorrer. Esse caminho chama-se vida. 
Toda pessoa bem-sucedida teve que trilhar esse ár-
duo trajeto antes de conquistar o sucesso. O verda-
deiro vitorioso é aquele que superou todas as difi-
culdades e prosseguiu a caminhada do sucesso até a 
realização de seus sonhos. 
Se você quer ser um verdadeiro vencedor, você 
precisará ter atitude.
“Atitude é uma pequena ação 
que faz uma grande diferença”.
– Clarice Lispector
29
DESAFIOS DA 
ESCOLA 
PÚBLICA 
esse é um dos temas mais especiais para mim. Foi um dos momentos mais difíceis e com mais aprendizados de minha vida, pois tive que 
abdicar de coisas que eu gostava para me dedicar ao 
que era essencial para o meu caminho.
Naquela época eu estava iniciando o meu pri-
meiro ano de Ensino Médio. Como comentei anterior-
mente, eu estava estudando em uma escola pública 
bastante simples. Apesar de ter tido alguns bons pro-
fessores, no geral, o conhecimento que eu tinha ad-
quirido era até então insuficiente. Na verdade, eu não 
sabia praticamente nada. 
Eu era um jovem sonhador que queria cres-
cer na vida, queria ser alguém, queria começar 
uma faculdade. Mas ao mesmo tempo, eu sabia que 
30
minha situação financeira não era suficiente e que o 
meu nível de conhecimento não chegava perto do 
necessário para ser aprovado em um vestibular. 
Comecei a trabalhar quando tinha quatorze anos. 
Nesta idade, eu já tinha uma rotina muito agitada: esco-
la pela manhã, trabalho à tarde e curso técnico à noite. 
Meu salário era importante e eu precisava planejar o 
meu futuro. Eu estava numa encruzilhada: ou conti-
nuava na minha rotina de vida ou criava coragem para 
desbravar um novo mundo em prol dos meus sonhos.
Entrei na sala de aula no dia seguinte muito 
animado com minha nova perspectiva. Eu precisava 
prestar mais atenção nas aulas, precisava me esforçar 
ainda mais. Procurei não conversar durante as aulas e 
fazer todos os meus deveres de casa no mesmo dia 
em que eram propostos. Eu estava focado em ser um 
aluno exemplar a partir daquele dia.
Ao final do primeiro mês neste novo método de 
enxergar a vida escolar, fiz a minha primeira análise de 
rendimento pessoal. Eu preci-
sava saber qual tinha sido 
minha eficiência. Usá-
vamos um livro que 
continha 65 capítulos, 
estávamos a seis me-
ses de concluir o ano 
e ainda não tínhamos 
passado do capítulo 
dez. Não precisava de 
muito esforço para che-
“Foi 
então 
que eu decidi 
que iria estudar 
arduamente. 
Eu precisava dar o 
primeiro passo 
da minha 
caminhada.” 
31
gar à conclusão de que não iríamos terminar o livro 
daquele ano até o final do segundo semestre. Eu me 
decepcionei. Os professores seguiam um ritmo muito 
lento e muitos alunos tinham dificuldade para acom-
panhar as aulas. 
O meu primeiro objetivo já estava definido, mas 
como cumpri-lo se não havia oportunidades? Eu 
estava me esforçando, mas os resultados estavam 
longe de serem suficientes. Eu tive de optar entre 
desistir ou continuar minha caminhada em busca do 
meu sucesso.
Desistir não era aceitável, então criei uma nova 
estratégia: 
Se eles não seguem o ritmo que eu 
preciso para alcançar os meus objetivos, 
eu criarei o meu próprio ritmo. 
Os livros eram muito caros, portanto a compra 
estava fora de questão. Fui até a secretária da escola 
e perguntei se poderiam me emprestar os livros que 
usávamos para estudar em casa. A secretária não tinha 
mais exemplares, porque os professores usavam todos 
em sala de aula. Era verdade, lembro que muitas vezes 
precisávamos dividir um livro entre dois ou mais alunos.
Perguntei se ela não tinha outros exemplares, 
afinal aquele era um ambiente escolar, deveria existir 
algum material que eu pudesse usar. Felizmente, a es-
cola estava separando livros didáticos que não foram 
utilizados para jogar no lixo. Eles tinham recebido um 
32
pacote de livros de uma nova editora. Era um conjun-
to de livros com todas as matérias cursadas no Ensino 
Médio. Porém, como os professores consideraram o 
conteúdo não tão relevante, eles não se interessaram 
pelos exemplares e se desfizeram dos livros. Com in-
certeza no rosto, a secretária me perguntou se eu re-
almente ia querê-los, visto que não eram os mais atu-
alizados, e, sem dúvida, não eram os melhores livros 
didáticos do momento. Minha resposta não poderia 
ter sido outra, sorri ao dizer “sim”. Com certeza era 
mais que o suficiente para um começo. Eram em tor-
no de dezesseis livros. Peguei-os e os levei para casa.
Passei meus próximos dois anos estudando-os 
diariamente em meu quarto. 
Alguns episódios acontecem em nossas vidas 
para nos sincronizar na direção das melhores circuns-
tâncias que poderíamos viver. Dos melhores caminhos. 
Das melhores pessoas. Pelo menos este é o motivo 
pelo qual me sinto confortado ao lembrar dos inúme-
ros descasos dos docentes, da árdua jornada de in-
tensa labuta, das 
madrugadas de 
renúncia, entre-
ga e dedicação 
em prol do meu 
objetivo. Tudo 
que você preci-
sa fazer é come-
çar agora. Lute.
33
Com objetivo e muita dedicação, você poderá 
vencer todos esses obstáculos e livrar-se completa-
mente dessa tóxica atmosfera.
Fazendo um paralelo com os países que despon-
tam no ranking do Programa Internacional de Avaliação 
de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), cuja vergonhosa 
63ª posição em ciências, 59ª em leitura e 66ª em mate-
mática foi destaque nas principais mídias mundo afora, 
num grupo de apenas setenta países avaliados. Os “Ti-
gres Asiáticos”, Coreia do Sul e Cingapura foram os pa-
íses que emergiram de uma passado miserável para se 
tornar, em apenas cinquenta anos, grandes potências 
de Hong Kong e da China. Não simplesmente pelo 
fato de terem acreditado, mais do que isso, investi-
ram tempo e recursos em educação de qualidade 
e... PÚBLICA. Claro que estes países não têm terra 
agricultável, petróleo, minérios e riquezas naturais, mas 
são campeões em produção de conhecimento. Ótimos 
professores, reconhecidos, bem remunerados, com 
extrema maestria em passar conteúdo de qualidade e, 
acima de tudo, saber extrair dos alunos ótimos resulta-
dos regrados com disciplina, foco e metas.
NÃO DESISTA DE SEUS SONHOS
Aprendemos, até então, a definir nossos sonhos e a 
preparar um caminho com objetivos concretos que leva-
rão à sua realização. A principal dificuldade desta cami-
nhada para o sucesso é o fato de que os acontecimentos 
34
que incidem em nossas vidas nem sempre são tão per-
feitos quanto o nosso planejamento detalhado no papel.
De acordo com meu trajeto ao sucesso, meu 
primeiro passo teria que ser estudar. Eu encontrei di-
versas dificuldades para algo que supostamente deve-
ria ser simples. Minha escola não me beneficiava com 
toda a estrutura que eu necessitava. Poucos profes-
sores se esforçavam para realmente tentar ensinar os 
alunos. Os poucos estudantes que queriam realmente 
estudar ficavam desmotivados e desistiam de tentar 
aprender devido ao sistema precário de ensino. 
Hoje você está começando a sua caminhada em 
busca do seu sucesso. Não pense que acontecerá de 
forma mágica e rápida. Você passará por muitos desafios 
até conseguir realizar completamente o seu sonho. Mui-
tas vezes, você se encontrará em situações em que terá 
que decidir entre desistir ou tentar mais uma vez. Quan-
do estes momentos chegarem, lembre-se que você já é 
um vencedor por natureza e que para todo desafio existe 
uma solução. Acima de tudo, lembre-se que muitos pas-
saram pela mesma situação, e o que os tornou bem-su-
cedidos foi apenas uma decisão: continuar!
“Hoje você está 
começando a sua 
caminhada em busca 
do seu sucesso.”
35
GUARDE OS SEUS SONHOS 
COM CUIDADO
A busca pelo sucesso é algo pessoal, por isso 
não espere que outras pessoas entendam o cami-
nho que você escolheu trilhar. Seja no meio familiar 
ou entre amigos, sempre existirão pessoas que não te 
compreenderão e tentarão te deixar para baixo. Não 
os deixe tirar o seu foco. O sonho é seu e ninguém 
irá realizá-lo por você. Quando os problemasvierem, 
mantenha os seus olhos fixos no seu objetivo. 
Quando começar a mudar suas atitudes e an-
dar contra a maré, prepare-se emocionalmente para 
receber críticas. Se todos os caminhos levassem ao 
sucesso, todos já teriam chegado lá. Porém, existe 
apenas um caminho que poderá conduzi-lo até a sua 
realização. Encontre-o e siga-o. 
Todos os homens e mulheres de sucesso só al-
cançaram seus objetivos porque antes conseguiram 
dominar a sua própria mente. Eles fugiram de todos 
aqueles que os desmotivaram, prepararam-se emo-
cionalmente de forma a não serem afetados pelas 
críticas, tiraram dos seus caminhos tudo aquilo que 
poderia atrapalhá-los e superaram os seus medos. 
O homem de sucesso consegue focar em seus 
objetivos e deixar de lado as coisas que não são impor-
tantes. Ele não perde tempo com coisas inúteis e nem 
se envolve em situações que não lhe traz crescimento. 
As pessoas de sucesso seguem um caminho oposto 
ao dos conformados, preguiçosos e confortáveis. 
36
Reflita sobre as atitudes tomadas, pois muitas delas 
não têm volta. Siga o caminho correto e você consegui-
rá alcançar coisas inimagináveis. Por outro lado, atitudes 
erradas sempre refletirão em dores e arrependimentos. 
Lembre-se que a vida é uma oportunidade única. Viva 
da melhor maneira possível!
“Seja prudente com sua vida e seu des-
tino, pois uma decisão mal planejada no 
presente poderá ser, num futuro próxi-
mo, traumas do passado não pensado”.
– Franco Rodrigo
NÃO TENHA MEDO DO NOVO
Não engane a si mesmo deixando seus sonhos 
de lado por algo que você ou a sociedade conside-
ra “seguro”. Acredite em você e em suas habilidades. 
Não deixe que sentimentos de vergonha e medo te 
impeçam de tomar as atitudes necessárias. 
A sociedade sempre irá impor a padronização, 
tentando fazer com que todos os seres humanos se-
jam parecidos, julgando todos aqueles que se mos-
tram diferentes dos padrões estipulados. Conseguir 
superar esse julgamento em prol dos seus sonhos é 
37
uma habilidade que você precisa desenvolver. Ne-
nhum homem de sucesso conseguiu chegar ao suces-
so sendo igual aos outros. Muito pelo contrário, são as 
pessoas diferentes que se destacam neste mundo de 
pessoas padronizadas. Os melhores líderes são aque-
les que dão sugestões completamente diferentes dos 
padrões. O mundo está cheio de pessoas que agem 
como formigas, padronizadas e até mesmo submis-
sas a tudo. O mundo precisa de pessoas diferentes! 
Por isso, tente. Mesmo se você errar, não se preocupe 
com o que dirão a seu respeito. 
Entenda que a busca pelo controle da sociedade 
já vem sendo citada por renomados autores desde os 
anos de 1930, como em “Admirável Mundo Novo”, por 
Aldous Huxley; e no livro “1984”, clássico inglês publicado 
em 1949 por Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo 
pseudônimo de George Orwell. Obras cujos roteiros 
detalham, de maneira cirúrgica, o interesse incessante 
pelo controle e monitoramento das pessoas. Profetas! 
Esta trágica realidade que pregressa da terceira década 
do século XX nunca deixou de existir e atormentar-nos 
paulatinamente a tal ponto de embaçar as lentes de 
nossa realidade vigente, em pleno século XXI, com 
inúmeras propagandas e tantos outros gatilhos mentais, 
capazes de persuadir pessoas a trocar sua liberdade por 
uma vida de trabalho, produtos e status. Na gravação 
de “HUMAN”, documentário francês de Yann Arthus-
Bertrand, o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, 
reflete sobre esta corrida desenfreada demandada pela 
indústria do consumo: A ordem do compra, compra.
38
 
“Inventamos uma montanha de 
consumo supérfluo, e é preciso jogar 
fora e viver comprando e jogando fora. 
E o que estamos gastando é tempo de 
vida. Porque quando eu compro algo, 
ou você, não compramos com dinheiro, 
compramos com o tempo de vida que 
tivemos de gastar para ter esse dinhei-
ro. Mas com esta diferença: a única 
coisa que não se pode comprar é a 
vida. A vida se gasta. E é miserável 
gastar a vida para perder liberdade”. 
– José Mujica
Portanto, não se apegue ao copy and paste, não 
trace os mesmos caminhos que as pessoas sem su-
cesso já trilham, não deixe de estar sempre informa-
do, municiado de conteúdo, capacitando-se em algum 
conhecimento, atento às novas oportunidades. Diga 
um bom-dia ao prestador de serviço e coletor de lixo, 
ao dono da padaria, a sua família, a você mesmo. Seja 
confiante em si mesmo, seja justo e humano. Com 
o tempo, perceberá que a grande mudança começa 
por um outro bem menor, mas que poderá tirá-lo do 
hall da trivialidade e da mesmice, assim, catapultá-lo a 
um patamar diferenciado, totalmente conectado com 
novidades e possíveis oportunidades do mundo.
Para enxergar o óbvio, você terá que estar com 
olhos preparados, e um bom faro de conhecimento 
39
para saber transformar suas oportunidades em ações 
exequíveis. 
Todos os momentos da vida servem como 
aprendizado. Quanto mais erros, mais aprendizados e 
mais rápido você conseguirá alcançar os seus sonhos. 
Seja proativo. 
Não existe sorte ou azar quando se fala em su-
cesso. Existem aqueles que tentaram até conseguir e 
aqueles que não tentaram por medo de fracassar.
A sorte é uma visão errônea de uma possibili-
dade de acontecimento conjugada num futuro inde-
terminado. Quanto mais você aposta na sorte, menos 
oportunidades factíveis você proverá. 
Etimologicamente, a palavra “sorte” tem origem 
latina. Acredita-se que ela venha de sors, referência 
dos antigos povos romanos para as surpresas, fossem 
elas boas ou ruins, que o destino reservava ao homem.
Mediante as bases da mitologia, a palavra “sorte” 
também se refere a uma divindade, a chamada filha de 
Saturno. Muitos entendem o conceito de sorte como 
sinônimo de destino, fatalidade, programação ou de-
sígnio imposto por forças superiores.
Agora, sem mitologia ou embasamento históri-
co, sustento a tese de que sorte nada mais é do 
que um reflexo coerente sobre suas atividades 
para atingir seu objetivo. 
É trabalho e muita transpiração.
41
A REGRA 
DAS DEZ MIL 
HORAS
a regra das dez mil horas foi algo que eu ouvi durante minha vida por muitas vezes, dos mais diferentes modos e pelas 
mais diversas pessoas. Nunca a compreendi comple-
tamente até ler o estudo original publicado pela Uni-
versidade da Flórida, nos Estados Unidos. 
Esta pesquisa foi feita pelo psicólogo Dr. K. An-
ders Ericsson em 1990. Seu experimento foi realiza-
do na Academia de Música de Berlim e seu objetivo 
era verificar os aspectos que diferenciavam um gênio 
dos outros estudantes. Sua equipe separou os alunos 
de música em três grupos: os gênios, os bons e os 
medíocres. Todos os alunos estavam com uma idade 
próxima de cinco anos e treinavam em torno de duas 
a três horas por semana. Aos oito anos, o tempo de 
prática musical era por volta de seis horas semanais. 
42
Aos doze anos, a média de estudo era de oito horas. 
Aos quatorze, de dezesseis horas. Com vinte anos, es-
tes mesmos alunos dedicavam por volta de trinta ho-
ras semanais aos estudos musicais. Nesta idade, eles já 
tinham acumulado dez mil horas de prática.
O mesmo estudo foi feito para outras áreas de 
conhecimento e para pessoas de diferentes idades. O 
resultado foi o mesmo: existia um padrão de apren-
dizado que foi nomeado como “A regra das dez mil 
horas”.
Este estudo mostra que o talento pode ser con-
quistado por qualquer pessoa que lute por isso. Em 
outras palavras, toda habilidade pode ser aprendida se 
houver o esforço necessário. 
Pensando sobre esta regra é possível tirar duas 
lições:
Quanto mais dedicação em algo, 
melhor você será!
Esforce-se e dedique-se, assim conquistará um 
diferencial. Mesmo a pessoa mais talentosa em seu 
ramo precisou dedicar anos de estudo para se tor-
nar uma referência. Você não chegará lá com menos 
esforço. Saiba que quando você mudar sua posição, 
as respostas para os seus esforços começarão a se 
apresentar para você.
Seja apaixonado pelo que você faz!
43
Tenho estudado e observado isto: todas as pes-
soasbem-sucedidas são apaixonadas ou aprenderam 
a ser apaixonadas pelo que fazem. Uma das situações 
mais desmotivadoras da vida é fazer algo que você 
não gosta, fazer por obrigação. Você já passou pela 
situação de acordar pela manhã e não querer sair da 
cama porque sabia que o dia seria vazio?
É impossível dedicar tanto tempo para algo 
com o qual você não se identifica ou não gosta. 
Por isso escolha se especializar em coisas do seu inte-
resse. Olhe para dentro de si e descubra suas maiores 
paixões. Caso ainda não saiba quais são, tente coisas 
novas, experimente. Cedo ou tarde, você descobrirá 
aquilo que te fascina.
A FILOSOFIA DO SUCESSO
Para aqueles que estão começando a se des-
bravar no mundo das pessoas bem-sucedidas, talvez 
ainda não conheçam o famoso Napoleon Hill. Ele foi o 
criador da teoria do sucesso pessoal. Napoleon entre-
vistou várias personalidades, como o gênio Thomas 
Edison e o promissor Henry Ford. Trabalhou na Casa 
Branca e foi assessor de alguns presidentes dos Es-
tados Unidos, como por exemplo Franklin Roosevelt. 
Ele nasceu em 1883 e morreu em 1970. Americano, 
nascido em uma família pobre, sofreu a morte de sua 
mãe aos dez anos. Em meio a tantas dificuldades, Na-
poleon Hill se esforçou e escreveu seu primeiro jornal 
44
aos treze anos. Devido à repercussão das reportagens 
do jornal, ele teve a oportunidade de entrevistar An-
drew Carnegie, o homem mais rico do mundo naquela 
época. 
A história de Napoleon Hill começa com esse 
encontro histórico. O desafio proposto por Andrew 
Carnegie foi o de encontrar a fórmula do sucesso. 
Para isso, ele entrevistou as pessoas mais bem-suce-
didas de sua época e descobriu o segredo por trás de 
seus triunfos. Napoleon aceitou o desafio, que durou 
mais de vinte anos para ser completado. Ele entrevis-
tou mais de dezesseis mil pessoas, contando com os 
quinhentos milionários mais conhecidos de sua época. 
Dentre os vários livros e teorias que estudei para es-
crever este livro, com certeza as de Napoleon Hill fo-
ram as mais marcantes e determinantes. É uma leitura 
recomendada a todos os aspirantes ao sucesso. Abai-
xo está um pequeno texto escrito por ele, definindo 
sua filosofia de sucesso:
“Se você pensa que é um derrotado, você será 
derrotado.
Se não pensar que quer algo a qualquer custo!
Não conseguirá nada.
Mesmo que você queira vencer,
mas pensa que não vai conseguir,
a vitória não sorrirá para você.
45
Se você fizer as coisas pela metade,
você será fracassado.
Nós descobrimos neste mundo
que o sucesso começa pela intenção da gente
e tudo se determina pelo nosso espírito.
Se você pensa que é um malogrado,
você se torna como tal.
Se almeja atingir uma posição mais elevada,
deve, antes de obter a vitória,
dotar-se da convicção de que
conseguirá infalivelmente.
A luta pela vida nem sempre é vantajosa
aos fortes nem aos espertos.
Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória
é aquele que crê plenamente
Eu conseguirei!”
– Napoleon Hill
47
COMECE 
AGORA! 
SUPERE A PROCRASTINAÇÃO
você acaba de despertar de uma noite de sono com o alarme do celular tocando. Tudo começa com a sua primeira escolha ao abrir 
os olhos: levantar da cama ou apertar o botão “sone-
ca” para que você possa dormir mais dez minutos. De-
pois desses dez minutos você tem direito a mais uma 
chance de levantar da cama ou dormir por outros dez 
minutos. Depois de algumas tentativas você consegue 
fazer a escolha certa e se levanta. O próximo passo 
é checar as mensagens e atualizações das redes so-
ciais. Quando você percebe, já está atrasado e, com 
pressa, realiza os seus afazeres da manhã antes de sair 
de casa para o trabalho ou escola. Tenho certeza que 
você conhece uma pessoa que faz isso. 
48
Esses inocentes dez minutos a mais de sono são, 
na verdade, um hábito muito mais maléfico do que 
você imagina. Existem muitas pesquisas científicas 
que comprovam que o ideal é acordar no primeiro 
alarme. Voltar a dormir por mais alguns minutos traz 
mais cansaço do que descanso, visto que o seu cor-
po é acordado abruptamente quando está voltando 
a descansar. Tal situação gera uma sensação ainda 
maior de sonolência, o que o faz querer mais um tem-
po de sono, assim criando um círculo vicioso, que o 
incentiva a ficar cada vez mais tempo postergando a 
simples ação de levantar pela manhã.
O cérebro humano é programado para escolher 
os caminhos mais fáceis e agradáveis. Desse modo, 
é muito mais confortável passar o tempo exercendo 
49
uma atividade que você gosta a cumprir algo que é 
necessário e não tão atrativo. Como, por exemplo, 
uma tarefa escolar ou um relatório do trabalho. É por 
isso que as atitudes que geram prazer e alegria são 
mais fáceis de serem escolhidas do que aquelas que 
geram responsabilidade e crescimento. Você já pas-
sou por alguma situação semelhante?
Para alcançar o sucesso, você terá de vencer 
o seu maior vilão: você mesmo.
A procrastinação é uma via de mão única. Deixar 
as coisas para depois é fácil e pode se tornar um hábi-
to. O nosso corpo busca as ações que consomem me-
nos energia, e o nosso cérebro procura o conforto. 
Ambos, corpo e mente, precisam ser vencidos. Todas 
as vezes que você deixa algo para depois, você atrasa 
a sua própria caminhada para o sucesso. 
Uma pesquisa, publicada pela revista “Psychology 
Today”, feita por Joseph Ferrari, PhD e professor de 
Psicologia em DePaul University em Chicago, nos Estados 
Unidos; e Timothy Pychyl, PhD e professor de Psicologia 
na Universidade de Carleton, em Ottawa, no Canadá, 
identificou três tipos básicos de procrastinadores:
1 Eufóricos ou caçadores de emoção: aqueles que esperam até o último minuto para sentir a sensação da correria do último instante.
2 Os que se esquivam: usam a procrastina-ção para evitar o medo do fracasso ou até mesmo o medo do sucesso. Em ambos os 
50
casos, sempre estão preocupados com o que os outros 
pensam a seu respeito. Eles preferem que pensem que 
eles não executam as coisas, que não se esforçam ao 
invés de pensarem que eles não têm habilidade.
3 Os procrastinadores de decisão: que não conseguem tomar decisões. Não tomar uma decisão absolve-os da res-
ponsabilidade dos acontecimentos.
Seja honesto consigo mesmo e use este mo-
mento para se levantar e começar a sua caminhada 
em direção aos seus sonhos. Desbrave o desconheci-
do sem medo. Supere o comodismo e, principalmen-
te, a si mesmo. Lembre-se que numa academia, você 
só ficará forte se primeiramente colocar os seus mús-
culos sob tensão e esforço. Da mesma forma, você 
só será alguém forte se conseguir ultrapassar os seus 
próprios limites e prosseguir.
DIVIDA SUAS TAREFAS
Simplifique o modo como você vê as obrigações. 
Quando a tarefa é complexa, é comum que efeitos ex-
ternos tirem sua atenção. A distração acontece porque 
são diversos segmentos para pensar e tomar conta. A 
impressão é de que o problema é grande e difícil de-
mais para ser resolvido. Por isso, é importante dividir 
as tarefas em partes menores. Isso tornará o processo 
51
mais prático e ágil. Se você quer derrotar um gigante, 
mantenha a calma e foque os seus esforços para aba-
ter uma parte por vez. Se os golpes forem aleatórios, 
eles não surtirão quase nenhum efeito.
O poder do foco é de tamanha relevância que, 
ao utilizarmos a lente de uma lupa juntamente com o 
poder dos raios do sol, concentrados única e exclusi-
vamente em um determinado ponto, podemos facil-
mente obter a combustão de folhas, bem como outros 
materiais leves e secos. Logo, mesmo que por um lap-
so de momento, se dispersada a concentração solar, 
fatalmente não chegaríamos a tal feito. Assim é a vida, 
o poder do foco surte transformações inexplicáveis. 
Steve Jobs, enquanto estava doente, antes de 
partir, escreveu textos de altíssima importância. Den-
tre suas citações, ele resume a definição de foco da 
seguinte maneira:
Foco é dizer não.
O autocontrole e o poder da escolha em dizer 
não às ações indesejadas certamente o colocará mais 
próximo do caminho da excelênciado sucesso. Este 
caminho é a disciplina. 
TERMINE TUDO O QUE COMEÇAR
À medida que suas tarefas forem subdivididas, 
não haverá a necessidade de gastar o mesmo tem-
52
po que gastaria para a tarefa inteira. Portanto, deverá 
trabalhar nelas enquanto elas não estiverem prontas. 
Lembre-se que o início da realização de uma tare-
fa requer concentração, preparação mental, etc. Se 
suspender uma atividade na metade para reiniciá-la 
em outro momento, será necessário refazer toda a 
preparação que foi feita anteriormente. Isso tornará 
o seu trabalho não produtivo, e, além de tomar mais 
tempo, aumentará a probabilidade de erros devido à 
quebra do raciocínio.
ESTABELEÇA PRAZOS CLAROS 
E PLAUSÍVEIS
Ao estabelecer um prazo para a finalização de 
tarefas, será possível aumentar a eficiência com que 
estas serão finalizadas. Tome cuidado para não criar 
prazos tão curtos que sejam impossíveis de serem 
concluídos ou prazos tão longos que deem espaço 
para o ócio.
Comece neste exato momento.
Leve o ditado “não deixe para 
amanhã o que pode ser feito hoje” 
ao pé da letra. 
53
 
REFEIÇÃO: PÃO 
COM MANTEIGA
no meu período de ensino fundamental, eu me recordo de um garoto que se desta-cava dentre os estudantes de minha classe. 
Ele era quieto e sempre se sentava numa cadeira na 
segunda fileira de carteiras do lado esquerdo da sala 
de aula. Quando os garotos tentavam tirar a atenção 
dele com brincadeiras ou provocações, ele transpa-
recia uma calma fora do comum, que fazia com que 
os garotos o deixassem em paz. Ele sempre chegava 
antes da aula começar e se retirava após a aula ter-
minar. Sempre copiava a lição, ainda que não tivesse 
uma letra bonita. 
Comecei a me sentar próximo a ele, e não de-
morou muito para eu perceber que quanto mais co-
nhecia aquele jovem, mais eu me inspirava nele. Con-
forme nossa amizade crescia, conversávamos mais e 
54
nos divertíamos quando tínhamos algum tempo livre 
entre as lições. Dentre tantas qualidades, a que mais 
me chamava a atenção era o fato dele nunca faltar nas 
aulas. Ele não se importava com o clima, mesmo nos 
dias mais chuvosos, ele sempre estava lá quando eu 
chegava na sala de aula. Nos dias em que as reuniões 
de pais eram agendadas, os alunos eram dispensados 
das aulas, mas lá estava ele, sentado em sua carteira.
Passávamos todos os intervalos de aula juntos. 
Nesta época, minha avó tinha o costume de fazer lan-
ches diariamente para eu levar à escola. Ela sempre 
preparava dois, o que era perfeito, porque eu podia 
comer um enquanto meu amigo comia o outro. Era 
um simples pão com manteiga, mas que me fazia muito 
feliz, pois o meu avô acordava cedo para comprá-lo e a 
minha avó sempre os deixava prontos para mim. Além 
disso, eu me ale-
grava por ter al-
guém com quem 
dividir o lanche 
todos os dias.
Com o pas-
sar do tempo, 
notei que o sa-
bor do pão es-
tava mudando. 
Devido à crise fi-
nanceira da famí-
lia, não tínhamos 
pão fresco todos 
55
os dias. Os pães, que antes eram comprados diaria-
mente, passaram a ser comprados a cada um ou dois 
dias. Meu amigo e eu não nos importávamos. Apesar 
de estarem mais borrachudos, ainda ficávamos felizes 
pela cortesia dos meus avós. 
Com o tempo, nos acostumamos e até brincáva-
mos tentando adivinhar se os pães foram comprados 
no dia, ou se eram pães de alguns dias atrás. Sempre 
que abríamos o pacote de alumínio, nós ríamos com 
nossas adivinhações. Porém, um certo dia, ao abrir a 
embalagem de alumínio, observei que o pão estava 
diferente. Quando tirei a embalagem, notei que o pão 
estava esfarelando. Ele estava realmente endurecido. 
Tomei cuidado para não o esfarelar e levei-o à boca. 
O gosto estava amargo, mas lembrei-me do amor dos 
meus avós ao prepararem o lanche pela manhã. Tentei 
outra mordida e mastiguei por vários minutos antes 
de engolir. Olhei para o pão, eu não tinha comido qua-
se nada, e não ia conseguir dar mais mordidas. Eu não 
queria desperdiçar um pedaço de pão, porém não vi 
outra solução. Embrulhei o pão novamente para jo-
gá-lo no lixo. Ao olhar para o lado para me desculpar 
com meu amigo por aquele lanche não estar tão bom, 
tive uma grande surpresa: ele já tinha comido quase 
o pão inteiro.
– O seu pão está bom?
– Sim, igual todos os dias – ele respondeu 
sorrindo.
– Que azar! O meu hoje não está tão bom. Acho 
que não irei mais comê-lo.
56
– Você não irá comê-lo? Posso experimentar?
– Sim… Mas… Ele está bastante duro.
Eu realmente me surpreendi, porque ele comeu 
com a mesma rapidez com que tinha comido o outro. 
– O que você achou?
– Seus avós são muito legais, eles fazem es-
ses pães deliciosos para você todos os dias – ele 
respondeu.
Apenas depois de alguns anos ele teve a liber-
dade de compartilhar que a família dele passava por 
uma situação financeira difícil. Eram em torno de seis 
irmãos e nem sempre todos conseguiam se alimen-
tar durante o almoço e o jantar. Como ele era o mais 
velho, ele fazia todas as suas refeições na escola para 
que sobrasse mais alimento para a sua família. Os pães 
com manteiga e as sopas oferecidas pela escola foram 
por anos suas únicas refeições.
GRATIDÃO
As atitudes deste rapaz marcaram minha vida. 
Ele passara por situações mais difíceis do que as mi-
nhas e, mesmo assim, eu nunca o via reclamar de ab-
solutamente nada. Ele era grato por tudo aquilo que 
tinha, mesmo não sendo muito. Passei a enxergar a 
vida de uma maneira diferente. Descobri que tudo 
tem o seu valor, que mesmo as coisas mais simples, 
como um pão com manteiga, precisaram de esforço 
57
para serem conquistadas. Nada é de graça. Alguém 
precisou trabalhar para que eu pudesse me alimentar. 
Aprendi com ele o quão importante é a gratidão. 
Por mais simples que fosse a minha vida, comecei a 
reconhecer de forma sincera o quanto eram valiosas 
as poucas coisas que eu e minha família tínhamos. Isso 
me permitiu mudar o modo de enxergar a minha vida. 
Anteriormente, eu era uma pessoa desapontada por-
que desejava coisas que eu não tinha, e as que eu 
tinha, achava que não eram suficientes. Hoje vivo feliz 
com o que eu tenho, porque sei que tudo o que con-
quistei foi com muito esforço, meu e de minha família.
Enxergar as situações da vida da maneira cor-
reta me livra de sentimentos de tristeza, depressão, 
angústia e desapontamentos. Afinal, do que adianta 
conquistar mais coisas sem gratidão pelas que já pos-
sui? Se não somos felizes com pouco, com certeza 
não seremos com muito.
Vivemos em uma sociedade que nos influencia 
a sermos insatisfeitos com tudo ao nosso redor. O 
marketing exacer-
bado nos faz crer na 
necessidade de ter 
sempre algo a mais, 
de forma a deixar-
mos de valorizar o 
que possuímos. Por 
exemplo, uma pes-
soa possui um ve-
ículo com mais de 
Se não 
somos felizes 
com pouco, com 
certeza não seremos 
com muito.
58
cinco anos de fabricação que funciona perfeitamen-
te e está totalmente pago, mas quer trocá-lo por um 
carro moderno e atual, esquecendo-se da aquisição 
impreterível de uma dívida. 
Caso sua condição financeira seja excepcional-
mente confortável a ponto de usar dinheiro em lu-
xos, isso não é um problema. Mas para a maioria da 
população, isso não acontece. O objetivo principal de 
um carro é a locomoção e, de forma secundária, o 
conforto. Há uma força gerada pelo sistema idealizan-
do a ilusão de que “o que o outro tem é melhor do 
que o que eu tenho”, e de que os produtos de linhas 
atuais são melhores que os anteriores. Pode até ser 
verdade, porém, será que essa atualização ou novo 
status proporcionado pelo produto realmente vale o 
investimento?
O segredo do meu amigo era não se 
importar com o que as pessoas ao seu 
redor tinham ou pensavam. 
Ele não se importava com o que a socieda-
de dizia, nem com as manipulações das mídias. Sua 
meta de vida era ajudar sua família e ele a seguiu, in-
dependentemente do julgamento feito pelas pessoas 
ao seu redor. Este jovem poderia ter se escondido da 
sociedade, parado de se alimentar na escola para que 
nenhum deseus colegas desconfiasse da situação fi-
nanceira de sua família, poderia ter vergonha porque 
ia para escola a pé ao invés de ir de carro, ou se 
59
sentir ofendido com as inúmeras brincadeiras feitas. 
No entanto, nada disso era importante para ele. Ele 
se conhecia tão bem que os seus valores não se en-
torpeciam pelo que os outros pensavam ou diziam. 
No fundo, o motivo principal dele ser bem-sucedido 
foi a sua coragem. Sua família era o seu bem mais 
precioso, e ele faria de tudo para ajudá-los, mesmo 
que isso significasse enfrentar o preconceito e o jul-
gamento dos outros. 
A pessoa de sucesso consegue desenvolver 
a habilidade de se alegrar com aquilo que já possui, 
suportando as críticas, preconceitos e julgamentos 
sobre suas decisões. Somos os narradores de nos-
sas próprias histórias. Você tem o poder de decidir 
como seguirá o ritmo de sua vida. O sucesso só irá 
depender de como enxerga a si mesmo. Por isso, 
não reclame. Deixe as reclamações para aqueles que 
não têm coragem suficiente para serem gratos.
Ser bem-sucedido não tem a ver com o tanto 
de dinheiro que você ganha. Ser bem-sucedido tem a 
ver com os sonhos que você consegue realizar, seja a 
compra de uma mansão, viajar pelo mundo, aposen-
tar-se antes dos quarenta anos, a aquisição de uma 
fortuna, construir uma empresa de sucesso, viver fa-
zendo serviços sociais e voluntários, comprar carros 
esportivos, ganhar dinheiro suficiente para pagar o 
tratamento médico de alguém em estado terminal, 
ajudar a família com seu trabalho, ser inteligente, etc. 
Algumas pessoas sonham com coisas grandiosas, en-
quanto outras sonham com coisas pequenas. Porém 
60
ambos possuem sua importância e provavelmente 
exigirão muito esforço para serem conquistados. 
Somos sonhadores e queremos alcançar algo 
em nossas vidas. Não existe caminho certo quando 
se trata da realização de um sonho. Existem apenas 
caminhos errados, comandados pelo medo de não 
tentar. O sonho daquele rapaz era apenas trazer uma 
condição financeira melhor a seus pais e irmãos, a fim 
de que todos tivessem uma refeição farta nos almoços 
e jantares. 
Descobri que é possível servir-se de cada eta-
pa e de todos os momentos de nossas vidas como 
uma oportunidade única de crescimento pessoal, que 
devem ser aproveitados sem reclamações. Por mais 
delicadas que sejam as situações a serem enfrentadas, 
elas são como pilares para a construção de um cará-
ter e uma personalidade de vencedor. Fácil é desejar 
a conquista dos outros sem tomar ciência do que eles 
enfrentaram para chegar até lá. 
Ser sensato e humano é uma 
sabedoria de mínimo esforço, 
mas que o 
DESTACARÁ 
da multidão. 
61
NÃO ESPERE 
OPORTUNIDADES, 
CRIE-AS!
tive o privilégio de conhecer pessoas maravilhosas no MIT. Logo no meu primeiro dia de trabalho, uma das pessoas que mais me 
chamou atenção foi o Senhor Carny, um dos supervi-
sores do laboratório, um amante da engenharia. Foi 
uma das pessoas mais espetaculares que eu conheci 
em toda minha vida. Sempre pontual e dedicado ao 
serviço, seu lema era: “Se for fazer algo, faça melhor 
do que já foi feito. Se não conseguir, faça no mínimo 
como estava feito anteriormente. Nunca pior!”.
Eu me aproximei de Carny para aprender tudo 
o que ele poderia me oferecer. Eu gostaria de ter um 
emprego como o dele no futuro. Queria saber como 
ele havia começado sua trajetória no MIT. Foi então 
que em uma conversa ele contou como foi a sua con-
tratação no laboratório: 
62
– Como você começou a trabalhar aqui, Carny? 
– perguntei.
Ele calmamente respondeu:
– Comecei a trabalhar neste laboratório 
como voluntário. Não ganhava nenhum salário 
para trabalhar aqui. Fazia isto porque eu amo o tipo 
de tecnologia que construímos. Portanto, não me im-
portava com o financeiro. 
Fiquei atônito com a sua resposta. Esperava 
qualquer outra, menos esta. Ele continuou:
– Eu trabalhava como guarda florestal, um tra-
balho que eu também gostava, mas não era o que eu 
mais amava fazer. Resolvi trabalhar em algo que eu 
amasse, mesmo sem nenhuma remuneração. Aconte-
ceu que, depois de alguns anos, ofereceram-me uma 
vaga de emprego. Hoje sou o responsável por este 
laboratório de pesquisa.
Depois de ouvi-lo atentamente, fiquei extrema-
mente surpreso. Ele trabalhava em um emprego inte-
gral e todo o seu tempo extra era investido trabalhan-
do neste laboratório do MIT. Ele caminhou em uma 
direção totalmente oposta ao senso comum e prova-
velmente enfrentou várias situações desmotivadoras. 
Porém, todo seu esforço foi recompensado. Ele lutou 
por algo que ele amava. 
Atualmente, ele é o responsável por todos os 
equipamentos e projetos do nosso laboratório de pes-
quisa. Todas as decisões e planejamentos passam por 
sua aprovação antes da aprovação final pelos direto-
res do departamento.
63
O exemplo de Carny é mais um dentre tantos 
outros que provam que as oportunidades estão por 
todos os lados, aguardando alguém ousado o sufi-
ciente para agarrá-las. 
VEJA A OPORTUNIDADE
O modo como interpretamos a nossa vida fala 
mais a respeito de nós do que podemos imaginar. Em 
seu cotidiano, você costuma olhar para os problemas 
ou para as soluções? Como você lida com suas contas 
mensais, estudos e planos futuros para casa, carro, 
família, lazer e as diversas dificuldades repentinas que 
surgem ao acaso?
Todas as circunstâncias na vida de um ser hu-
mano, das mais simples até as mais difíceis, podem e 
trazem ensinamentos. É isso que nos molda e nos faz 
diferente das pessoas ao nosso redor. Como você se 
enxerga e como se comporta perante as dificuldades 
é o que o faz ser quem você é. 
Analisando a conduta 
de indivíduos de suces-
so, observamos um 
padrão de compor-
tamento: eles não 
veem as ocasiões de 
forma natural. Eles 
veem tudo como uma 
grande oportunidade. 
“As 
oportunidades 
estão por todos 
os lados, aguardando 
alguém ousado o 
suficiente para 
agarrá-las”.
64
Carny viu em um trabalho voluntário a oportuni-
dade de aprendizado. Ele já era formado em uma facul-
dade de engenharia, mas não exercia a profissão. Este 
trabalho foi a sua oportunidade para voltar à área de seu 
interesse. Talvez não fosse o melhor funcionário, mas 
claramente foi um dos mais dedicados. Tal esforço o le-
vou a ser destaque dentre seus companheiros de traba-
lho, de forma que o Instituto começou a lhe pagar cursos 
de aperfeiçoamento. Alguns anos depois, ele se tornou 
um dos homens mais importantes daquele laboratório.
APRENDA COM A VIDA
Conforme dito anteriormente, por volta dos meus 
oito anos, a minha família passou por um momento fi-
nanceiro complicado. Nunca sofremos pela experiên-
cia de passar fome, mas lembro-me que as refeições 
em nossa casa se tornaram cada vez mais escassas. 
Tenho a memória de um dia em que eu e meus pais 
estávamos sentados à mesa para o jantar. Eu peguei 
minha parte da comida, minha mãe pegou a dela e a 
refeição acabou. Tanto eu quanto minha mãe pegamos 
bem pouco, porque não comíamos muito. Meu pai pe-
gou um pão. Eu perguntei em minha inocência: 
– Pai, por que você não está jantando o mesmo 
que nós? 
Ele respondeu: 
– Eu não estou com muita fome. Quero comer 
algo mais leve antes de dormir.
65
Meu pai trabalhava mais de doze horas por dia. 
Obviamente ele estava com muita fome. Vários anos 
depois, quando adulto, eu pude entender o que re-
almente aconteceu. Não havia comida para todos, 
então ele preferiu deixar de comer para que a nossa 
família pudesse se alimentar. 
Foram estes e muitos outros momentos que 
precisaram ser superados. No entanto, foram estas 
mesmas situações que moldaram quem eu sou hoje. 
Esta situação me fez aprender que as pessoas fazem 
tudo por quem elas amam. 
Da mesma forma, todas as situações boas e ruins 
que aconteceram em sua vida te deram lições. Não 
veja pelo lado negativo, não tenha piedade de si mes-
mo. Olhe para o seu passado com a cabeça erguida, 
sabendo que você é hoje uma pessoa mais madura 
do que ontem. Nenhuma atitude é em vão, todas elas 
têm repercussãoem quem você se tornou. 
Apesar de aquele ter sido um momento tris-
te e marcante, foi ao mesmo tempo um momento de 
aprendizado. Eu não seria o que eu sou se as experi-
ências de minha vida não tivessem acontecido. Não me 
arrependo das coisas que aconteceram no meu passa-
do e eu não mudaria nada do que vivenciei, pois todas 
serviram para me preparar, ensinar e me fazer crescer. 
Seja grato pelas situações que lhe serviram como 
lição. Reflita sobre elas e tente aprender. Se você er-
rou, o que você poderia ter feito diferente? Se foi algo 
inesperado, que abalou a sua vida, supere. Se foi algo 
bom, repita-o para que aconteça novamente.
66
Evite se agarrar a pensamentos que te fazem 
querer desistir. Olhe para dentro de si e se apegue 
naquilo que te faz prosseguir a cada dia. Observe suas 
experiências de vida e veja o quanto você cresceu. 
Isso prova que você já é um vencedor pelo fato de ter 
chegado até aqui. Agora olhe para frente, use os seus 
sonhos como norte e continue sua caminhada. 
A maior derrota na vida não acontece quando 
os objetivos não são alcançados. Ela acontece quando 
você desiste antes mesmo de tentar. Mude sua mente 
e comece a ver as oportunidades em todas as situ-
ações da sua vida, sejam boas ou ruins. Cresça em 
cada oportunidade. Deixe as reclamações para aque-
les que já desistiram de alcançar o sucesso. 
AJUDE E VOCÊ SERÁ AJUDADO
Outra qualidade polêmica e essencial de uma 
pessoa de sucesso é sua capacidade em ajudar as 
pessoas de forma sincera. 
Este assunto tem sua dificuldade de entendimen-
to devido a programação prévia da mente humana em 
ser egocêntrica. Exemplifico comparando-a com algo 
que geralmente as crianças fazem: não dividir. É ne-
cessária uma lição externa dada pelos pais ou pela 
própria vida demonstrando que é importante dividir 
os brinquedos com outras crianças. 
O importante é não criar a aparência de um fal-
so ajudador, e sim fazer isso com sinceridade, sendo 
proativo e verdadeiro.
67
Seja no ambiente profissional, escolar ou familiar, 
compartilhe seus conhecimentos e talentos. Não dei-
xe confinadas dentro de você informações e atitudes 
que podem mudar a vida de outras pessoas. Seja um 
distribuidor de conhecimento!
O pensamento de alguém que guarda suas 
qualidades para si mesmo visa, em geral, a seguran-
ça própria, de forma a manter um conhecimento ou 
habilidade singular que manterá seu emprego, status 
ou exclusividade. Porém, isso é um grande engano. 
Sempre existirão pessoas melhores do que nós. E nes-
se contexto, um distribuidor de conhecimento sempre 
será muito mais valioso do que alguém que se acha 
especial por um conhecimento singular. Geralmente, 
são esses os escolhidos para cargos de liderança, os 
verdadeiros líderes, compartilhadores de informação, 
capazes de treinar e ajudar os outros a se desenvol-
verem e a também serem bons líderes.
A gratidão verdadeira, recebida por aqueles que 
você conseguiu transformar, é de valor inestimável. 
Com o tempo, será possível notar que tudo o que foi 
plantado será colhido na mesma medida. 
Portanto, seja um distribuidor de 
CONHECIMENTO 
e ajude a mudar a vida do 
PRÓXIMO.
69
MEUS 
PRIMEIROS 
LIVROS
eu tinha em torno de dez anos. era por volta das 17h e eu estava terminando mi-nha última aula, ainda no Ensino Fundamental. 
O sinal tocou e eu saí da sala de aula ansioso para vol-
tar para casa. Meu pai me aguardava no portão para 
me acompanhar no trajeto até nossa casa. Minha vi-
zinhança era um pouco perigosa, e por esse motivo 
ele cuidava para que eu não andasse sozinho pelas 
ruas. Conversávamos e caminhávamos normalmente, 
seguindo o mesmo caminho de todos os dias. 
Quando viramos a esquina para chegar em casa, 
vimos dois sacos de lixos enormes no centro da cal-
çada. Tivemos que desviar pela rua, pois não havia 
espaço suficiente para passar por ali. Eu olhei curio-
samente, querendo saber o que tinha dentro daque-
les sacos de lixo tão grandes. Meu pai reparou em 
70
minha feição de interesse. Vi que havia uma parte do 
saco que não estava completamente fechada. Olhei 
fixamente, tentando desvendar o que havia ali. Eram 
papéis. Mais do que isso, eram livros. Eu me perguntei 
quantos livros poderiam ter ali. Por que alguém os jo-
garia fora daquela forma? Quando percebi, meu pai já 
estava abrindo o portão. Tínhamos chegado em casa. 
Foi então que meu pai falou: 
– Você gostou dos livros? 
Eu olhei para ele e não tinha resposta. Minha 
mente de criança estava cheia de outras perguntas 
como: “O que iria acontecer se eles molhassem? O 
catador de reciclados ia ser forte o suficiente para co-
locar todos aqueles livros em cima do caminhão?”. Foi 
então que meu pai interrompeu as questões da minha 
mente e falou: 
– O que você acha de pegarmos todos aqueles 
livros e trazermos para casa? 
Eu não sabia como responder sua primeira per-
gunta, mas com certeza a proposta de trazer todos 
aqueles livros para casa me animou. Voltei correndo 
para aquela calçada. Eu queria garantir que ninguém 
chegasse antes de nós e levasse os livros embora. 
Cheguei antes de meu pai e tentei carregar a 
primeira sacola de livros. Não consegui movimentá-la, 
estava muito pesada. Meu pai chegou, e só então no-
tei que ele tinha demorado mais porque trazia outras 
duas sacolas. Enchemos as duas sacolas menores com 
o máximo de livros que cabiam, e voltamos para casa. 
Precisamos fazer mais de seis viagens. 
71
Após algum tempo movimentando os livros, o 
dono da casa saiu ao portão para verificar o que esta-
va acontecendo. Meu primeiro pensamento foi: “Será 
que ele vai querer tudo de volta?”. Para a minha sur-
presa, ele sorriu, dizendo: 
– Espero que estes livros tenham bom uso. Eu 
estou reformando minha casa e não tenho mais espa-
ço para eles.
Meu pai continuou conversando e agradecen-
do-o enquanto eu enchia mais sacolas e continuava 
fazendo o transporte dos livros. Após alguns minutos, 
o trabalho havia terminado. 
A sala da minha casa estava repleta de livros. Meu 
corpo doía, mas eu não me importava. Eu estava feliz 
porque eu tinha algo para estudar. Passei a noite fa-
zendo a contagem dos livros e dividindo-os por temas. 
Eram, no total, mais de quatrocentos e cinquenta livros. 
72
SEJA O MELHOR QUE VOCÊ 
PODE SER 
Carny foi uma das pessoas mais inteligentes 
que eu já conheci. Além disso, seu ritmo de traba-
lho era totalmente diferente dos quais eu já havia vis-
to. Em nosso laboratório, os projetos eram divididos 
de forma individual, portanto cada pessoa desenvol-
via sozinha uma tecnologia única. Porém, na prática, 
era muito comum trabalharmos em vários projetos 
simultaneamente.
Em um determinado momento, construíamos 
um barco autônomo. Por ser um projeto grande, mui-
tos engenheiros da equipe nos auxiliavam. A monta-
gem estava quase concluída, parafusávamos as caixas 
à prova d’água que protegiam os componentes elétri-
cos. Para mim, isso seria um trabalho fácil e simples: 
pegar uma chave de fenda, parafusos e começar a 
parafusar. Porém, isso se tornou muito mais complexo 
do que eu imaginava. Carny ficou parado por vários 
minutos olhando fixamente para a caixa. Ele estava 
pensando e analisando cada um dos componentes. 
Foi então que ele pegou uma lista que havia feito pre-
viamente. Nesta lista estavam inclusos detalhadamen-
te todos os itens e conexões que deveriam ter sido 
feitos. Delicada e minuciosamente, ele conferiu cada 
parte daquele veículo. Depois de finalizar a análise, ele 
me explicou:
– Não adianta fazer algo com pressa. Este é um 
barco que irá trabalhar na vida real, em ambientes re-
73
ais. Um dia ele estará trabalhando no meio do oceano. 
Como eu poderei consertar algum defeito se algum 
erro acontecer em campo? Um parafuso mal apertado 
pode fazer com que este barco afunde e todo traba-
lho que desenvolvemos por anos estará perdido. Te-
ríamos que começar a construir outro do início. Por 
isso, após cada fase de trabalho concluído, eu tiro o 
tempo que for necessário para fazer análises erevi-
sar cada componente. Se for identificado algo fora dos 
conformes, haverá tempo de ser corrigido antes de 
um eventual acidente. 
Ele continuou:
– O projeto é dividido em etapas, por isso é im-
portante fazer uma análise para tentar achar possíveis 
erros a cada etapa. É muito melhor achar um defeito 
enquanto o projeto ainda está em construção, no la-
boratório. Caso algum defeito seja identificado fora do 
laboratório em testes práticos, que estes preferencial-
mente sejam encontrados antes dele ser colocado no 
oceano. Por fim, caso seja identificado algum proble-
ma, que seja antes do barco afundar.
Essa é uma lição valiosíssima que devemos utilizar 
em todas as áreas de 
nossas vidas. Sempre 
que algo for feito, faça-
-o com a confiança de 
que não haverá retra-
balhos. É comum, por 
exemplo, não darmos 
atenção aos pequenos 
“Sempre que algo 
for feito, faça-o com 
a confiança 
de que não haverá 
retrabalhos.”
74
componentes, como o aperto de um parafuso. Porém, 
os efeitos dessa atitude podem ser catastróficos. Atra-
vés de um parafuso mal apertado, a pressão exercida 
pela água no barco aumentaria de forma a exigir um 
esforço maior do que o calculado. A fadiga do compo-
nente poderia resultar em um vazamento, e o barco 
afundaria, causando um acidente e ferindo pessoas.
Simples ou complexas, as tarefas não podem 
ser feitas de qualquer jeito. Toda análise precisa ser 
concluída sem pressa e com muito foco, sendo de-
terminada a encontrar e solucionar todos os erros e 
defeitos existentes.
A partir de hoje, tudo o que você fizer, faça com 
atenção e zelo, mesmo sendo algo simples e que apa-
rentemente não ofereça riscos ou problemas. Com o 
tempo, as pessoas notarão este diferencial. Sempre 
que fizer o seu trabalho com zelo e qualidade, terá 
destaque dentre os outros. 
Lembre-se que começar um projeto, um traba-
lho ou uma simples tarefa da forma correta fará com 
que todas as outras etapas fiquem mais fáceis.
Utilize o tempo que precisar, e em seguida dê o 
seu melhor para cada ação. Tome suas atitudes com 
calma, atenção e zelo. 
FAÇA TUDO BEM-FEITO
Uma das lições que meu pai me ensinou quando 
eu era criança era que quando eu fizesse algo, o mais 
75
simples que fosse, eu deveria fazer com o maior em-
penho possível. Esta foi uma habilidade que demorei 
anos para aprender. Fazer para os outros, como você 
gostaria que fosse feito para você, não é algo fácil, 
mas é extremamente necessário. 
Quando falamos do meio profissional, é preciso 
lembrar que muitos serviços não são feitos para você 
mesmo, por isso, os seus próprios padrões não po-
dem ser seguidos. 
Um sapateiro conserta sapatos para ganhar o 
seu sustento, porém o principal foco de seu traba-
lho é a satisfação de seu cliente com o novo sapato. 
Da mesma forma, um médico trabalha para a recupe-
ração dos pacientes e um engenheiro dedica-se aos 
seus projetos pensando em como beneficiará o seu 
cliente. Não se pode inverter os valores e acreditar 
que você será bem-sucedido antes de fazer um tra-
balho bem-feito.
Todas as outras recompensas, como o dinhei-
ro, reconhecimento e o próprio sucesso são conse-
quências de um trabalho feito com muito esforço e 
dedicação. 
Dedique-se o quanto puder, pois numa corrida 
raramente se lembrarão do segundo colocado, mes-
mo que a distância entre o primeiro e o segundo te-
nha sido milimétrica. 
A autoconfiança é o melhor combustível que 
nossa mente precisa. A confiança se adquire com 
dedicação e esmero.
76
TENHA UMA REDE DE CONTATOS
Vamos falar agora sobre uma das ferramen-
tas mais importantes para uma pessoa de sucesso: o 
networking. Você ainda não sabe o que é networking? 
Bom, eu lhe explicarei. 
O networking é a habilidade de desenvol-
ver, manter e ampliar suas redes de contato. Sabe 
aquele seu conhecido que nunca se esforçou tanto 
nos estudos e nem teve grande destaque em suas 
experiências profissionais, mas conseguiu aquele em-
prego que todos invejavam? Sabe qual foi o segredo 
dele? Ele tinha um bom networking! 
Imagine esta situação: O presidente de uma em-
presa multimilionária está procurando um novo dire-
tor para uma nova filial que ele está abrindo. Quem 
você acha que ele irá procurar primeiro, os seus ami-
gos e contatos ou abrir o processo para empresas de 
recrutamentos? 
As melhores vagas vão para os amigos, co-
nhecidos e indicados. Afinal, se este presidente já co-
nhece alguém capaz, por que ele iria abrir o proces-
so para desconhecidos que ele ainda nem conhece? 
Desta forma, o processo seletivo é sempre o último 
método de contratação.
Este é o poder de uma rede de relacionamentos 
bem construída e orquestrada através da confiança e 
credibilidade. Para desenvolvê-la, irei demonstrar al-
gumas importantes dicas que eu utilizei durante mi-
nha carreira.
77
NÃO ALMOCE SOZINHO
Exatamente! Siga esta dica ao pé da letra. Não 
desperdice seu horário de almoço sozinho. Utilize 
este tempo para interagir com seus colegas de ser-
viço. Quando for convidado para almoçar fora, não 
rejeite. Principalmente em suas primeiras semanas 
em um novo trabalho ou escola. Essa é uma opor-
tunidade de criar vínculos, logo, não tenha medo 
de investir em suas amizades. Sabe aquele coquetel 
com a empresa inteira ou aquela festa de final do 
ano? Vá!
APROVEITE BEM AS 
REDES SOCIAIS
A Internet é a maior ferramenta existente para 
a troca de informações no mundo. Utilizar as re-
des sociais através dela é uma excelente estratégia 
para manter e ampliar sua rede de contatos. Nos 
últimos anos muitas redes sociais têm sido criadas, 
deste modo, é necessário primeiramente escolher 
a mais adequada para os tipos de contatos que 
você quer construir. Aproveitá-las com sabedoria 
e maturidade trará um convívio saudável em seu 
networking.
78
DEIXE SEUS PROBLEMAS 
EM CASA
Não importa os problemas que você está vi-
venciando, deixe-os para trás quando sair e fechar 
o portão da sua casa. O ambiente profissional e es-
colar não é lugar para assuntos pessoais. Decepções 
amorosas, fofocas, iras, desavenças, etc. não são te-
mas para serem abordados num ambiente de trabalho. 
Isso mostrará imaturidade em diferenciar seus assun-
tos pessoais dos profissionais. Mantenha sua compos-
tura. Lembre-se que as pessoas sempre estarão lhe 
observando e julgando.
79
MANTENHA UM RELACIONA-
MENTO PESSOAL MADURO
Descobrir a medida ideal entre o relacionamen-
to pessoal e profissional é um desafio, porém é algo 
essencial a ser feito. Ser amigável, receptivo e sociá-
vel são qualidades imprescindíveis para toda pessoa 
de sucesso. Abrir-se de forma madura para amizades 
favorece vínculos mais poderosos do que os criados 
em seu trabalho. 
É importante manter a boa impressão em to-
dos os lugares que passar. Sorria e ofereça ajuda às 
pessoas que estão à sua volta. Um dia, essas ações 
retornarão. Isso aumentará o nível de confiança entre 
as pessoas de seu networking. 
Dê lugar aos pontos fortes ao invés dos fracos. 
Saiba elogiar quando alguém fizer um bom trabalho. 
Não se intimide com o sucesso de outras pessoas, 
elogie-as e estimule-as. 
Nunca reclame! Esse tipo de 
atitude demonstra a sua ima-
turidade em administrar 
problemas pessoais e 
profissionais. Geralmen-
te esse tipo de atitude 
faz com que as pessoas 
sejam descartadas por 
uma equipe de recursos 
humanos ou por um po-
tencial contato profissional. O 
“Dê lugar aos 
pontos
fortes ao invés
dos fracos” 
80
motivo é que pessoas que reclamaram das instituições 
pelas quais passaram, também reclamarão da próxima 
empresa ou escola.
Não tenha medo de assumir seus erros. Por me-
lhor que alguém seja em algo, o ser humano não é 
perfeito o suficiente para ser isento de erros. Portan-
to, errar é algo que acontecerá constantemente em 
sua carreira. O modo como você encara essa reali-
dade refletirá no seu caráter e personalidade como 
bom líder. Deixar o orgulho de lado para reconhecer 
os próprios erros é uma qualidade imprescindível 
para o homem de sucesso. Mais importante

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