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1 
 PATOLOGIA CLÍNICA II - 6º PERÍODO - 2º SEMESTRE/2015 
CASOS CLÍNICOS 
 
CASO CLÍNICO 1 
 
Criança de 7 anos, sexo masculino, natural e residente em Belo Horizonte 
Informante: mãe 
HMA/HP: Criança, com diagnóstico de anemia falciforme, é acompanhada em Serviço de Hematologia desde os 
sete meses de idade. Nos últimos dois anos vem mantendo a concentração de hemoglobina em torno de 8,0 g/dL e a 
contagem de reticulócitos em torno de 12% (níveis ambulatoriais), tendo sido internado por 4 vezes nesse período 
devido a infecções pulmonares e a episódios dolorosos. Faz uso contínuo de ácido fólico. A mãe traz a criança ao 
Pronto-Atendimento porque, na última semana, notou piora da doença com aumento da palidez e cansaço aos 
mínimos esforços (especialmente nos últimos 2 dias). Relata ainda febre ocasional. Vacinação em dia. 
Resultado da eletroforese de hemoglobina feita para o diagnóstico mostrou: HbS = 88%, HbF = 10%, HbA2 = 2% 
HF: Pais e irmão de 2 anos de idade saudáveis. Tia materna com anemia falciforme. 
Exame físico: 
 
TA = 37,0C Peso = 22 Kg Altura = 120 cm 
PA = 80/50 mmHg FC = 120 bpm 
Estado geral regular, palidez cutâneo-mucosa acentuada (+++/4+), hidratado, afebril, acianótico, ictérico (+/4), 
linfonodos não palpáveis. 
COONG: hiperemia de orofaringe, otoscopia sem alterações. 
AR: eupnéico, murmúrio vesicular fisiológico. Ausência de ruídos adventícios. 
ACV: bulhas rítmicas, taquicárdicas. 
AD: fígado palpável a 1,5 cm do rebordo costal direito e baço não palpável. 
AGU: presença de fimose. 
 
Hipótese diagnóstica: 
Exames complementares: 
Hemograma 
Hemácias = 1.800.000/mm
3
 Hemoglobina = 5,0 g/dL Hematócrito = 15% 
V.C.M. = 83,3 fL HCM = 27,7 pg CHCM. = 33,3 g/dL RDW = 17% 
Leucócitos = 9.000/mm
3 
 Neut. seg.= 40% Linf = 48% Mon = 3% Eos = 2% Baso = 1% Linf atípicos = 6% 
- Plaquetas = 150.000/mm
3
 
Poiquilocitose (+++/4+) com presença de hemácias falciformes e hemácias em alvo. 
Contagem de reticulócitos = 0,1% 
BT (soro) = 4,0 mg/dL BD = 0,3 mg/dL BI = 3,7 mg/dL 
Pesquisa de anticorpos séricos anti-eritrovírus (parvovírus B19) (ELISA) 
IgM: positivo IgG: negativo 
ORIENTAÇÕES PARA DISCUSSÃO COM A TURMA: 
- Fisiopatologia da anemia falciforme. 
- Exames indicados para o diagnóstico da doença. 
- Justifique a reticulocitopenia detectada no exame feito pela criança. 
- Qual é a sua principal hipótese diagnóstica para esse caso? 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
CASO CLÍNICO 2 
 
 
HMA/HP: Criança, sexo feminino, 2 meses de idade é trazida pelos pais ao ambulatório de Pediatria porque, apesar 
de já terem recebido orientações, estão extremamente preocupados com o resultado do teste do pezinho que 
mostrou: 
 
HEMOGLOBINOPATIAS – TRIAGEM NEONATAL 
Resultado: evidenciada a presença das hemoglobinas F, A e S 
Obs: sugerimos reavaliação em 6 meses 
Valor de referência: ausência de hemoglobina anômala 
Método: cromatografia líquida de alta resolução (HPLC). 
 
Os pais relatam que a criança está bem e alimentando-se exclusivamente com leite materno. Fezes de aparência 
normal, urina sem alterações. Acorda uma ou duas vezes à noite para ser amamentada. Vacinação em dia. Peso ao 
nascimento: 3 Kg. Estatura ao nascimento: 50 cm 
 
HF: pais hígidos, não tem irmãos. Tia materna tem diagnóstico de anemia falciforme. 
 
Exame físico: 
 
Peso = 4,4 Kg Estatura = 55 cm TA = 36,8C 
 
Criança em bom estado geral, corada, anictérica, acianótica, hidratada, afebril, linfonodos não palpáveis. 
COONG: sem alterações. 
ACV: BNRNF. 
AR: MVF, sem ruídos adventícios. 
AD: fígado e baço não palpáveis. 
AGU: genitália feminina sem alterações visíveis. 
 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA DISCUSSÃO COM A TURMA: 
 
- Como você interpreta o resultado da HPLC? 
- São necessários outros exames para o esclarecimento do diagnóstico? Se sim, que exames você solicitaria? 
- Porque o Serviço de Triagem neonatal sugeriu a reavaliação em 6 meses? 
- Qual a fisiopatologia da anemia falciforme? 
- Como é feito o diagnóstico de anemia falciforme? 
- Que resultados são esperados no hemograma dessa criança? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
CASO CLÍNICO 3 
 
CMA, 7 anos de idade, sexo feminino, natural e residente em Belo Horizonte 
Informante: mãe 
QP e HMA: Criança é trazida ao Serviço de Pronto Atendimento devido à dor intensa no ouvido e febre. Mãe relata 
que a criança iniciou com coriza, cefaléia e hiporexia há cerca de uma semana e há 3 dias vem queixando de dor 
forte no ouvido direito acompanhada de febre e icterícia. Apresentou 2 episódios de vômito. Sem outras queixas. 
HP: Mãe relata que a criança apresenta, desde o nascimento, episódios de icterícia e que quando tem alguma 
infecção (ouvido, garganta) fica “fraca” e, às vezes, bastante ictérica e pálida. Já fez uso de sulfato ferroso. 
Atualmente não está em uso de medicação. Vacinação em dia. 
HF: Irmã de 5 anos de idade também têm episódios de icterícia, geralmente acompanhados de palidez e cansaço. 
 
Exame físico: 
Peso = 21 kg Altura = 116 cm PA = 95/60 mmHg FC = 110 bpm TA = 38,5ºC 
Criança hidratada, acianótica, hipocorada (+/4+), ictérica (+/4+), linfonodos cervicais palpáveis lado direito (2 cm 
diâmetro em média), móveis e dolorosos 
COONG: membrana timpânica opacificada e abaulada à D. 
ACV: Bulhas rítmicas e normofonéticas. 
AR: Eupneica, murmúrio vesicular fisiológico. Ausência de ruídos adventícios. 
AD: Fígado palpável a 2 cm do RCD, liso e indolor e baço palpável a 4 cm do RCE, indolor 
 
Hipótese diagnóstica: 
Exames Complementares: 
Hemograma 
Hemácias = 3.300.000/mm
3
 Hemoglobina = 10,0 g/dL Hematócrito = 27% 
VCM = 82 fLl HCM = 30 pg CHCM = 37 g/dL RDW = 15% 
Leucócitos = 20.000/mm
3 
 Neut. Bast = 8% Neut seg = 70% Linf = 19% Mon = 03% Eos = 0% Baso = 0% 
- Plaquetas = 300.000/mm
3 
Policromatofilia, poiquilocitose (+++/4+) com presença de microesferócitos e hemácias em alvo. Presença de 
granulações tóxicas no citoplasma de neutrófilos. Vistos 5 eritroblastos em 100 leucócitos contados. Contagem de 
reticulócitos = 11% 
Bilirrubina Total (soro) = 4,0 mg/dL BD = 0,2 mg/dL BI = 3,8 mg/dL 
Dosagem de haptoglobina (soro) = 10 mg/dL (VR: 20-160) 
Dosagem de LDH (soro) = 600 U/L (VR: 240-480) 
Eletroforese de hemoglobina = HbA1 = 96,5% HbA2 = 2,5% HbF = 1% 
Teste de Coombs direto = negativo 
Curva de fragilidade osmótica = aumento da fragilidade osmótica 
 
ORIENTAÇÕES PARA DISCUSSÃO COM A TURMA: 
- Hipóteses diagnósticas. 
- Fisiopatologia da hipótese principal e exames laboratoriais necessários para o diagnóstico. 
- Como é feita a curva de fragilidade osmótica? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
CASO CLÍNICO 4 
 
 
AM, 28 anos, sexo feminino, natural e residente em Caeté, MG. 
 
QP e HMA: Paciente encaminhada com diagnóstico de anemia resistente ao tratamento com sulfato ferroso (600 
mg/dia há 4 meses). Sem queixas. G1P1A0, parto normal sem intercorrências. Nega menorragia. Não faz uso de 
outras medicações além da citada. 
HP: Relata que durante a gestação ficou “um pouco anêmica” tendo feito uso de sulfato ferroso e ácido fólico. 
Nega doenças ou cirurgias prévias. 
 
HF: Pais saudáveis. Irmã apresenta anemia leve sem diagnóstico etiológico. Marido saudável. Filho de 3 anos de 
idade saudável. 
 
Exame físico: 
PA = l20/80 mmHg FC = 90 bpm TA = 36,5ºC 
Bom estado geral, hidratada, mucosas hipocoradas (+/++++), anictérica, acianótica, sem edemas. 
AR: eupneica, murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios. 
ACV: bulhas normorítmicas e normofonéticas. 
AD: abdome normotenso, fígado não palpável, baço palpável sob reborda costal. 
 
Hipótese diagnóstica: 
Exames laboratoriais: 
Hemograma 
Hemácias = 5.000.000/mm
3
 Hemoglobina = 10,5 g/dL Hematócrito = 33% 
VCM = 66 fLHCM = 21 pg CHCM = 31,8% RDW = 13% 
Leucócitos = 5.000/mm
3
 Neut seg = 60% Linf = 32% Mon = 06% Eos = 01% Bas = 1% - 
Plaquetas = 250.000/mm
3
 
Hemácias microcíticas (3+/4+), hipocrômicas (+/4+). Poiquilocitose com presença de numerosas hemácias em 
alvo. - Reticulócitos = 3% 
 
Bilirrubina total = 2,1 mg/dL (VR < 1,2) BD = 0,1 mg/dL (VR < 0,4) BI = 2,0 mg/dL (VR < 0,8) 
Dosagem de LDH sérica = 550 U/L (VR: 240 a 480 U/L) 
Ferro sérico (colorimétrico) = 100 ug/dL Capacidade Total de Ligação do Ferro (colorimétrico) = 
300 ug/dL 
Ferritina sérica (quimioluminescência) = 50 ng/mL 
Eletroforese de hemoglobina (técnica: cromatografia líquida de alta resolução – HPLC) 
Hemoglobina A1 = 93% - Hemoglobina A2 = 5,5% - Hemoglobina F = 1,5% - Hemoglobina S = 0 
 
ORIENTAÇÕES PARA DISCUSSÃO COM A TURMA: 
 
- Diagnóstico e fisiopatologia da doença. 
 
- Por que, provavelmente, foi receitado sulfato ferroso? Há indicação? 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
CASO CLÍNICO 5 
 
EAC, 55 anos de idade, sexo masculino, natural e residente em Belo Horizonte, MG 
 
QP e HMA: Paciente procura atendimento médico, por insistência da esposa, com relato de palidez, anorexia, 
fadiga e dificuldade de concentração, sintomas que se tornaram mais intensos nos últimos 3 meses. Relata também 
emagrecimento. É alcoolista, ingerindo cerca de 400 a 500 mL de aguardente por dia há mais de 20 anos. 
 
HP: Interrogado conta que sua alimentação tem sido irregular, com baixa ingestão de folhas e legumes. Fuma 20 
cigarros/dia desde os 15 anos de idade. Nega cirurgia prévia. Internado anteriormente devido à pneumonia (sic). 
 
HF: Pais falecidos. Esposa e 2 filhas saudáveis. 
 
HS: É motorista de ônibus, mas, no último ano, não tem conseguido manter-se no emprego. 
 
Exame físico 
 
PA = l40/90 mmHg FC = 110 bpm TA = 36,5ºC 
Estado geral regular, hipocorado (+++/4+), ictérico (+/4+), acianótico. Linfonodos palpáveis em região cervical, 
móveis e pouco dolorosos, sem sinais flogísticos e de consistência habitual, variando de 0,5 a 1 cm de diâmetro. 
AR: eupnéico, murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios. 
ACV: bulhas taquicárdicas e normofonéticas. 
AD: Fígado palpável a 2 cm da RCD, liso e indolor. Baço não palpável. 
 
Hipótese diagnóstica 
 
Exames laboratoriais 
 
Hemograma 
Hb = 7,7 g/dL Ht = 24% Hm = 2.000.000/mm³ 
VCM = 120,0 fL HCM = 38,5 pg CHCM = 32.1 g/dL RDW = 17% 
 
Leucócitos = 3.000/mm
3 
 Neut. seg = 60% Linf = 30% Mon = 5% Eos = 3% Bas = 2% 
Plaquetas=80.000/mm³ 
 
Anisocitose (+/4+), macrocitose (+++/4+). Presença de macro-ovalócitos, hemácias em alvo, corpúsculos de 
Howel-Jolly e neutrófilos hiperssegmentados. 
 
Contagem de reticulócitos = 2% 
 
BT = 3,5 mg/dL (0,2-1,0) BD = 0,7 mg/dL (0,1-0,4) BI = 2,8 mg/dL (0,1-0,6) 
 
AST = 80 U/L (5-50) ALT = 70 U/L (2-40) γ-GT = 120 U/L (0-30) 
 
FA = 80 U/L (7-45) LDH = 1500 U/L (240-480) 
 
Vitamina B12 = 400 pg/mL (200-900) Ácido fólico sérico = 1,0 ng/mL (3,0-17) 
 6 
CASO CLÍNICO 6 
 
MCA, 60 anos de idade, sexo feminino, natural e residente em Nova Lima, MG 
 
QP e HMA: paciente queixa-se de parestesia em mãos e pés, perda de memória, irritabilidade e dificuldade de 
concentração há aproximadamente 6 meses, sintomas que se tornaram mais intensos no último mês. Relata ainda 
maior cansaço para exercer suas atividades habituais. Nega febre e emagrecimento. Hábito intestinal preservado, 
sem queixas urinárias. Interrogada quanto à alimentação, relata ser vegana, não ingere nenhum produto de origem 
animal há aproximadamente 14 anos. Nega reposição medicamentosa de vitaminas, nega etilismo e tabagismo. 
 
Exame físico: 
 
PA = l30/85 mmHg FC = 100 bpm TA = 36,5ºC 
 
Estado geral preservado, hipocorada (++/4+), ictérica (+/4+), acianótica. Linfonodos não palpáveis. Diminuição de 
reflexos tendinosos profundos, déficit de sensibilidade vibratória com preservação de sensibilidade tátil e dolorosa. 
AR: eupnéica, murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios. 
ACV: bulhas normorítmicas e normofonéticas. 
AD: Fígado e baço, não palpáveis. 
 
Hipótese diagnóstica: 
 
Exames laboratoriais: 
 
Hemograma 
Hb = 9,0 g/dL Ht = 28% Hm = 2.500.000/mm³ 
VCM = 112,0 fL HCM = 36 pg CHCM = 32.2 g/dL RDW = 18% 
 
Leucócitos = 4.800/mm
3
 Neut. seg:= 58% Linf = 32% Mon = 4% Eos = 4% Bas = 2% 
 
Plaquetas = 160.000/mm³ 
 
Anisocitose (+/4+), macrocitose (+++/4+). Presença de macro-ovalócitos e neutrófilos hipersegmentados. 
 
Contagem de reticulócitos = 1,5% 
 
BT = 3,5 mg/dL BD = 0,4 mg/dL BI = 3,1 mg/dL 
 
LDH = 850 U/L (240 a 480 U/L) 
 
Vitamina B12 = 200 pg/mL (200-900) Ácido fólico sérico = 14 ng/mL (3,0-17) 
 
Homocisteína sérica = 35 μmol/L (5-15) 
 
Anticorpo anti-fator intrínseco - negativo Anticorpo anti-célula parietal - negativo 
 
 7 
CASO CLÍNICO 7 
 
JJA, 72 anos de idade, sexo feminino, natural e residente em Belo Horizonte. 
 
QP e HMA: paciente queixa-se de astenia e dispnéia aos esforços com piora progressiva nos últimos 2 meses. 
Acha que está muito pálida e com os olhos amarelados. Nega febre ou emagrecimento. Sem alterações de hábito 
intestinal. Sem queixas urinárias. Faz uso contínuo de omeprazol há cerca de 4 anos, sem controle médico, devido à 
queimação retroesternal. 
HP: Nega doenças graves, internações ou cirurgias anteriores. Fumante há 40 anos cerca de 20 cigarros/dia. Nega 
etilismo. 
HF: Pais falecidos. Marido e 2 filhos saudáveis. 
 
Exame físico: 
 
PA = l40/90 mmHg FC = 100 bpm TA = 36,5ºC 
 
Estado geral preservado, hidratada, hipocorada (+++/4+), ictérica (+/4+), acianótica. Linfonodos não palpáveis. 
COONG: língua com superfície lisa, avermelhada e brilhante. 
AR: eupnéica, murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios. 
ACV: bulhas normorítmicas e normofonéticas. 
AD: Fígado e baço, não palpáveis. 
 
Hipótese diagnóstica 
 
Exames laboratoriais 
 
Hemograma 
Hb = 6,2 g/dL Ht = 20% Hm = 1.700.000/mm³ 
VCM = 117 fL HCM = 37,6 pg CHCM = 32 g/dL RDW = 18% 
 
Leucócitos = 3.000/mm
3
 Neut. seg = 62% Linf = 29% Mon = 6% Eos = 2% Bas = 1% 
 
Plaquetas = 120.000/mm³ 
 
Anisocitose (+/4+), macrocitose (+++/4+) com macro-ovalócitos. Hipersegmentação de neutrófilos. 
 
Contagem de reticulócitos = 1,2% 
 
BT = 4,0 mg/dL BD = 0,4 mg/dL BI = 3,6 mg/dL 
 
LDH = 850 U/L (240 a 480) 
 
Dosagem de vitamina B12 sérica = 210 pg/mL (200-900) 
 
Dosagem de ácido fólico sérico = 16 ng/mL (3,0-17) 
 
Dosagem de homocisteína sérica = 37 μmol/L (5-15) 
 
Anticorpo anti-fator intrínseco – negativo Anticorpo anti-célula parietal - negativo 
 
 8 
CASO CLÍNICO 8 
 
Paciente de 30 anos de idade, sexo feminino, apresenta fadiga, palpitações e desânimo para realizar as atividades 
diárias. Relata que há aproximadamente três meses apresenta dormência em membros inferiores. História pregressa 
de cirurgia, há seis anos, devido a acidente automobilístico, quando foi submetida à ressecção de parte do intestino 
(sic). Como se encontrava hipocorada ao exame físico, exames laboratoriais foram solicitados: 
Hemácias = 2.800.000/mm
3
; VCM = 122 fL; leucócitos = 4.400/mm
3
, plaquetas = 250.000/ mm
3
 
Contagem de reticulócitos = 1,0% 
 
Impressão diagnóstica: 
 
Exames laboratoriais: 
 
Dosagem de vitamina B12 sérica = 180 pg/mL (200-900) 
 
Dosagem de ácido fólico sérico = 15 ng/mL (3,0-17) 
 
Dosagem de homocisteína sérica = 28 μmol/L (5-15) 
 
Dosagem de ácido metil-malônico sérico: 7 µmol/L ( ≤ 0,5 µmol/L) 
 
 9 
CASO CLÍNICO 9 
 
Paciente do sexo feminino, 41 anos de idade foi encaminhada por seu dentista para a cirurgia de cabeça e pescoço. 
Sua queixa principalera dificuldade para comer determinados tipos de alimentos, principalmente banana e tomate 
por causa da sensação de queimação e, presença de diversas lesões avermelhadas na cavidade oral localizadas na 
língua. Nos últimos dois anos e meio sua dieta tem sido estritamente vegetariana. Nega consumo de leite, queijo, 
peixe ou carne nesse período. Nega uso de medicamentos. Nega história de atopias. Ao exame clinico, palidez 
cutâneo-mucosa e secura labial. A paciente relata ainda distúrbio de paladar (é incapaz de sentir o aroma das 
frutas). Cansaço após atividades diárias simples, parestesias de face, distúrbios da memória. Cavidade oral: 
glossite, atrofia das papilas linguais, numerosas áreas de enantema, no dorso e bordas laterais da língua e na 
mucosa oral. A mucosa sobre as lesões parecia atrófica, ausência de ulcerações. 
 
 
Exames laboratoriais 
 
Hemograma 
Hb = 7,2 g/dL Ht = 23,4% Hm = 1.630.000/mm³ 
VCM = 144 fL RDW = 25% 
 
Concentração de vitamina B12 sérica = 150 pg/mL (200-900) 
 
Concentração de ácido fólico sérico = 7.7 ng/mL (3,0-17) 
 
 
Glossite antes do tratamento 
 
 
 
 
Mucosa oral depois do tratamento 
 10 
 
 11 
CASO CLÍNICO 10 
 
Paciente do sexo masculino, 41 anos de idade, procurou atendimento médico para avaliação de rotina. Sem queixas. 
Relata ganho de peso nos últimos cinco anos (cerca de 8 Kg) e vida sedentária. Bebe aproximadamente 10 doses de 
uísque por semana. Nega tabagismo. Irmão com história de infarto agudo do miocárdio aos 48 anos de idade. Nega 
uso de medicamentos. 
 
Exame físico 
 
Altura: 1,75 m Peso: 85 kg Circunferência abdominal = 101 cm 
 
FC: 85 bpm PA: 160 x105 mmHg 
 
Restante do exame sem alterações de importância clínica. 
 
 
Exames laboratoriais 
 
Glicemia de jejum = 118 mg/dL 
 
Triglicérides = 280 mg/dL Colesterol total = 260 mg/dL HDL = 35 mg/dL 
 
Teste de tolerância oral à glicose: 
Glicemia de jejum = 111 mg/dL 
Glicemia 2 horas após 75g de Dextrosol = 180 mg/dL 
 
 
Discussão 
 
1) Classificação do paciente do ponto de vista do metabolismo de carboidratos. 
 
2) Classificação do paciente do ponto de vista do perfil lipídico. 
 
3) Definir os riscos associados, tendo como base as respostas aos itens 1 e 2. 
 
5) Apresentar as recomendações padronizadas para a realização da dosagem de glicose após dextrosol. 
 
 12 
CASO CLÍNICO 11 
 
Homem, 56 anos de idade, assintomático, com diagnóstico de hipertensão arterial há 1 ano, comparece para 
consulta clínica. Faz uso de enalapril 20 mg BID. 
História familiar: positiva para DM tipo 2. 
História pregressa: nega tabagismo, etilista social 
 
EXAME FÍSICO: 
Peso: 80 kg altura: 1,60 m IMC: 31,25 (peso/altura) 
PA: 130/80 mmHg FC: 87 bpm FR: 20 irpm 
Paciente BEG, corado, hidratado, anictérico, acianótico. Ausência de linfadenomegalias. 
ACV - BNRNF em 2T, sem sopros. Pulsos radiais e pediosos cheios, rítmicos e simétricos. 
AR - Tórax simétrico, expansibilidade preservada. Sons respiratórios normais, sem ruídos adventícios. 
AD - Abdomen globoso, indolor à palpação superficial e profunda. Sem visceromegalias. 
 
O médico que o atendeu solicita exames e no retorno avalia os seguintes resultados: 
Glicemia jejum: 180 mg/dL (VR ≤ 99 mg/dL) 
Creatinina sérica: 1,5 mg/dL (VR homens < 1,2 mg/dL; mulheres <1,1 mg/dL) 
 
Perfil lipídico: 
Colesterol Total:...280mg/dL 
 HDL:....40mg/dL 
 LDL:....210mg/dL 
 VLDL:....30mg/dL 
Triglicérides:..........150mg/dL 
 
Urina rotina 
 
Caracteres Gerais: 
Cor: amarelo escuro 
(VR: Amarelo citrino) 
Aspecto: ligeiramente 
turvo (VR: límpido) 
pH: 6,0 
(VR: 4,5 – 7,5) 
Densidade: 1.020 
(VR: 1.005 – 1.030) 
Elementos Anormais: VR Sedimentoscopia VR 
Proteínas: negativa 
Glicose: negativa 
Corpos cetônicos: negativa 
Sangue: negativa 
Nitrito: negativa 
Leucócitos: negativa 
Bilirrubina: negativa 
Urobilinogênio: negativa 
(negativa) 
(negativa) 
(negativa) 
(negativa) 
(negativa) 
(negativa) 
(negativa) 
(negativa) 
Leucócitos: 3 p/c 
Hemácias: 2 p/c 
Células epiteliais raras 
Cilindros: hialinos:1 p/c 
Cristais: ausentes 
Flora: escassa 
(0 – 5 p/c 400X) 
(0 – 2 p/c 400X) 
(≤ 1 p/c 400X) 
(0 – 2 hialinos p/c 
100X) 
(ausentes) 
(ausente) 
 
 
 
Discussão: 
 
1-Faça o cálculo da estimativa da TFG baseando-se na equação MDRD, disponível em:
 http://nephron.org/mdrd_gfr_si 
(VR - TFG: acima de 60 mL/min/1,73m
2
)
 
 
2-Quais exames você julga necessários para melhor definição do quadro clínico desse paciente? Justifique.
 
 
http://nephron.org/mdrd_gfr_si
 13 
CASO CLÍNICO 12 
 
Paciente de 36 anos de idade, sexo feminino, descendente de famíla siciliana, com histórioa familiar de diabetes do 
tipo 2, procura assistência médica, cuidados primários, com história de obesidade e hipertensão arterial. Ao exame 
físico não foram detectadas alterações importantes. Glicemia de jejum: 124 mg/dL, observada na última consulta. 
Sua pressão arrterial foi de 140/80 mmHg. Relata que se sente cansada e ocasionalmente levanta à noite para 
urinar. Hemoglobina A1C foi solicitada em duas ocasiões diferentes. O método laboratorial empregado foi 
imunoensaio. Os dois resultados mostraram que a HbA1C estava dentro dos valores de referência (5,3% e 5.4%, 
respectivamente). A paciente foi informada dos resultados pelo médico que afirmou que ela não tinha diabetes, mas 
solicitou seu retorno depois de três meses para controle. A paciente retornou à consulta quatro meses depois e nessa 
ocasião a glicemia de jejum foi de 146 mg/dL. O resultado do teste de tolerância à glicose (glicemia após ingestão 
de 75 g de glicose) foi de 220 mg/dL, resultados consistentes com o diagnóstico de diabetes. Foi solicitada então 
uma nova dosagem de HbA1C usando como metodologia (cromatografia de troca iônica, cujo valor foi de 16,7%). 
Com base nos achados do cromatograma o médico assistente solicitou uma eletroforese de hemoglobina que 
mostrou um padrão Hemoglobina S reduzida, compatível com o diagnóstico de talassemia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
CASO CLÍNICO 13 
 
HMA: Trata-se de LMS, l8 anos de idade, feoderma, solteira, estudante, natural de Piranga, MG e procedente de 
BH, internada na Santa Casa de BH em dezembro de 2012. 
A paciente relatava edema de mãos e punhos e dor nos punhos, simétrica, apresentando remissões e exacerbações e 
acompanhada de febre não termometrada. Os primeiros sintomas haviam surgido há cerca de 9 meses da data da 
internação e foram seguidos de edema de MMII e dor e tumefação de joelhos e tornozelos. Relatava ainda, no 
mesmo período, urina escura e "espumosa", queda de cabelos, além de anemia documentada laboratorialmente 
(SIC) e tratada com Noripurun (sulfato ferroso) e Citoneurin (B12). Sem outros sintomas além dos citados na HMA 
HP: ndn 
HF: mãe diabética tipo II. Tem uma tia materna com artrite reumatóide grave. 
 
Exame físico 
Paciente em bom estado geral, hidratada, hipocorada (++/4+), acianótica, ictérica (++/4+), boa perfusão 
capilar, febril (38,2ºC). 
AR: Eupneica. MVF sem ruídos adventícios 
ACV: FC 120 bpm, PA 120 x 70 mmHg 
Pulsos periféricos de amplitude e formas normais; BNRNF em 2 tempos. 
AD:Abdome plano, peristáltico, normotenso. 
AL: Edema de MMII, depressível, (2 +/ 4+). Tumefação de articulação de ambos os joelhos e tornozelo D, com 
calor e hiperemia. 
 
HD: lúpus eritematoso sistêmico? 
 
 
Exames complementares 
 
Material sangue 
 
Hemograma 
 Hb 9,0 g/dL Leucócitos: 7.300/mm
3 
 Hm 3 300 000/mm
3 
 bastonetes: 3% 
 Ht 28% segmentados: 62% 
 VCM 84,8 fL eosinófilos: 1% 
 HCM: 27,2 pg basófilos: 0% 
 CHCM 32,1 g/dL monócitos: 1% 
 linfócitos: 33% 
 Plaquetas: 136.000/mm3 
Presença de policromatofilia e hemácias em alvo 
 
Contagem de reticulócitos= 7% (0,5-1,5%) 
Uréia = 44mg/dL (até 36 mg/dL) 
Creatinina = 1,2 mg/dL (até 1,2 mg/dL) 
 
Estimativa da Taxa de Filtração Glomerular = 59 mL/min/1.73 m
2
 
 
Colesterol total: 392 mg/dL Triglicérides: 330mg/dL 
Proteínas totais = 5,2 g/dl (VR 6-8g/dL) Albumina = 2,0 g/dL (VR 3,5-5) Globulinas=3,2 /dL 
Proteína C Reativa (turbidimetria) = 2,3 mg/L (< 10 mg/L) VHS: 115 mm (1 hora) (até 20 mm) 
 
 15 
 
VDRL = não reativo 
FAN Hep-2 (IFI) = positivo até título 1/640, padrão nuclear homogêneo (valor de corte 1/80) 
 
Material urina (jato médio)- Exame de urina rotina 
Características Gerais: 
Volume enviado 20mL Cor amarelo citrino Aspecto turvo 
pH 5,0 Densidade: 1025 
 
Elementos anormais: 
 Albumina +++ 
 Hemoglobina + + + 
 Cetona 0 
 Glicose 0 
 Pigmentos Biliares 0 
 Nitrito negativo 
 
Sedimentoscopia: 
 Piócitos: raros 
 Hemácias: 45 p/c 
 Cristais: urato amorfo + 
 Cilindros hialinos, epiteliais, granulosos, graxos, hemáticos e céreos; corpos graxos ovalados; 
 Flora bacteriana escassa 
 
 
Material urina de 24 h 
Proteinúria de 24 horas: 3,8 g/24h 
 
Exames realizados após análise dos primeiros resultados: 
 
Material sangue 
Bilirrubinas T= 4,0 g/dL Direta: 0,8 g/dL Indireta: 3,2 g/dL 
Anti DNA (IFI): positivo até título 1/160 (Valor de corte 1/10) 
Teste de Coombs direto: positivo 
 
Resultado do exame histológico de biopsia renal: quadro morfológico de glomerulopatia proliferativa mesangial de 
padrão compatível c/ LES. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
CASO CLÍNICO 14 
 
Paciente: M.C., masculino, 32 anos, leucoderma, casado, procedente de Felixlândia, MG. 
Data: 01/10/2008 
H.M.A.: Paciente com relato de desânimo, irritação há aproximadamente 01 semana. Queixa-se também de prurido 
intenso, generalizado. 
Relata colúria e acolia fecal. Nega algúria ou disúria. Relata, ainda, dor no hipocôndrio direito que é discreta e 
ocasional. 
Exame Físico: Paciente hipocorado (+/4+), hidratado e ictérico (4+/4+). 
 A.C.V.: P.A.: 120 x 80 mmHg; F.C.: 80 bpm 
 Bulhas normorrítmicas e normofonéticas. Sem B3. Sem sopros 
A.R.: Murmúrio vesicular fisiológico. Sem ruídos adventícios. 
A.D.:Abdome discretamente doloroso à palpação profunda. Sem evidências de ascite. Hepatomegalia discreta sob 
o rebordo costal direito. 
 
Hipótese diagnóstica: 
 
 
Exames complementares: 
 
Bilirrubina total: 13,5 mg/DL BD: 9,8 mg/dL 
AST: 1900 UI/L ALT: 2700 UI/L FA: 72 UI/L γ-GT: 5 UI/L 
 
Pesquisa de anticorpos: 
Anti-HAV, IgM (MEIA): positivo 
Anti-HAV (MEIA): positivo 
Anti-HBc, IgM (quimiluminescência): negativo 
Anti-HBc (quimiluminescência): negativo 
Anti-HBsAg, (quimiluminescência): negativo 
Anti-HCV (MEIA): negativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
CASO CLÍNICO 15 
 
Identificação: V.F.R., masculino, 33 anos, leucoderma, casado, frentista, procedente de Belo Horizonte. 
Data: 19/04/07 
História: Paciente com queixa de estar “amarelo” há mais ou menos duas semanas, desanimado, com febre não 
termometrada, hiporexia, náuseas, vômitos, além de apresentar dor abdominal difusa de leve intensidade. Nega 
transfusões sanguíneas e uso de drogas injetáveis. 
 
Exame Físico: Paciente hidratado, hipocorado +/4+, acianótico. Icterícia 4+ /4+. Ausência de linfadenomegalias. 
Afebril. 
A.R.: Eupnéico. Murmúrio vesicular fisiológico. 
A.C.V. Bulhas normorrítmicas e normofonéticas. 
 F.C.: 80 bpm. P.A. 110/75 mmHg. 
Abdome: Fígado palpável a 3 cm da R.C.D. e a 5cm AX, doloroso à palpação superficial. Baço palpável, sob o 
rebordo costal esquerda. 
 
Resultados de exames 
 
20/04/2007 
 
Bilirrubina total = 10,5 mg/dL BD = 6,8 mg/dL 
AST = 900 UI/L ALT = 1799 UI/L 
FA = 195 UI/L γ-GT = 120 UI/L 
 
HbsAg (quimiluminescência): positivo 
Anti-HBc (quimiluminescência): positivo 
Anti-HBc IgM (quimiluminescência): positivo 
Anti-HBs (quimiluminescência): negativo 
Anti-HAV (MEIA): negativo 
 
09/06/2007 
HbeAg (MEIA): positivo 
Anti-Hbe(MEIA): negativo 
 
19/09/2007 
HBsAg: negativo 
HBeAg negativo 
Anti-HBc: positivo 
Anti-HBc IgM negativo 
Anti-HBe: positivo 
Anti-HBs:positivo > 1000 mUI/mL (> 10 mUI/mL traduz proteção) 
 
 
 
 18 
CASO CLÍNICO 16 
 
Paciente: A.R.S., feminino, 56 anos, leucoderma, viúva, do lar, natural de Nova Lima e procedente de Belo 
Horizonte. 
Data: 05/02/2013 
H.M.A.: Há 01 ano, a paciente apresentou episódio de icterícia, com desaparecimento natural e espontâneo. 
Atualmente é assintomática, mas tem níveis séricos de transaminases persistentemente elevados. É diabética e 
hipertensa; faz uso regular de medicamentos para controle. 
Exame Físico: Paciente lúcida e ativa. Corada, hidratada, anictérica e acianótica e sem edemas periféricos. 
Eupnéica e afebril. 
P.A. = 190 x 110 mmHg; F.C. = 100 bpm 
Sem visceromegalia abdominal 
 
Exames complementares 
 
9/3/2003 
 
AST/TGO = 102 U/L (5-50) ALT/TGP = l42 U/L (2-40) 
GamaGT = 176 U/L (0-30) FA = l92 UI/ L (7-45) 
Bilirrubina total = 1,8 mg/dL (0,2-l,0) BD = l,2 mg/dL (0,1-0,4) BI = 0,6 mg/dL (0,1-0,6) 
 
HbsAg (ELISA): positivo 
Anti-HBs (ELISA): negativo 
HbeAg (ELISA): positivo 
Anti-Hbe (ELISA): negativo 
 
Exames anteriores trazidos pela paciente 
 
08/05/2012: HbsAg (ELFA): positivo 
 HbeAg (ELFA): positivo 
 Anti-Hbe (ELFA): negativo 
 
17/10/2012: HbeAg (ELFA): positivo 
 Anti-Hbe (ELFA): negativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
CASO CLÍNICO 17 
 
Paciente: I.S.T., masculino, 45 anos, leucoderma, casado, aposentado, natural de Barra do Cuité-MG e procedente 
de B.H. 
Data: 11/06/09 
História Clínica: Paciente admitido no H.C com quadro de hemorragia digestiva alta (hematêmese e melena) e 
ascite volumosa. Há relato de ter recebido uma transfusão sanguínea após grave acidente há mais ou menos 20 
anos. Nega etilismo e tabagismo. 
 
Exame físico 
Paciente lúcido e cooperativo. Mucosas hipocoradas (2+/4+), acianótico e ictérico. Taquidispnéia leve-moderada. 
Afebril. 
 
ACV: P.A: 140 x 80 mmHg. Bulhas normorrítmicas e normofonéticas. 
AR: Murmúrio Vesicular e frêmito tóraco-vocal diminuídos nas bases pulmonares. 
AD: Abdome distendido com cicatriz umbilical plana. Sinal de piparote positivo. Ascite volumosa. 
 
Exames complementares 
 
Esofagogastroduodenoscopia - varizes de grande e médio calibres localizadas no esôfago e fundo gástrico, com 
sinais de sangramento recente. Cicatriz antiga de úlcera duodenal. 
 
Sorologia para hepatites: 
Anti-HAV (MEIA): negativo 
HbsAg (ELISA): negativo 
HbeAg (ELISA): negativo 
Anti-HBs (ELISA): negativo 
Anti-HBc (ELISA): negativo 
Anti-HCV (quimiluminescência): positivo: 95,0 (valor de corte = 1,0) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
CASO clínico 18 
 
Criança de 60 dias de vida examinada em no PA com quadro de febre alta (39,5ºC) e crise convulsiva. 
Ao nascimento pesava 2.840 g. O parto foi normal, sem complicações e testes laboratoriais não foram 
solicitados na ocasião. A mãe de 22 anos de idade informa não ter feito pré-natal e não sabe informar 
quem é o pai da criança. Durante a gravidez teve um episódio de “alergia” de pele que desapareceu 
sem tratamento (sic). A criança apresentava estado ruim, palidez cutâneo-mucosa, fontanela tensa, 
hepatoesplenomegalia, extremidades frias, pulsos filiformes, baixa perfusão periférica, mioclonias e 
retenção urinária. A criança foi intubada e ventilada, recebeu suporte cardio-respiratório, 
antibioticoterapia e anti-convulsivantes. 
 
Exames laboratoriais 
Hemograma: hemoglobina de 9 g/dL 
leucóctios de 26.0000/mm3; bastonetes 8%; segmentados, 69%; 
linfócitos, 20% e monócitos, 3% plaquetas, 429.000/mm3. 
LCR: eritrócitos, 10 mm3, leucócitos 18 mm3, com predominância de linfomonócitos, proteinorraquia com 
78 mg/dL; pesquisa de fungos e bactérias: negativa. 
V.D.R.L. no LCR, não reativoTestes sorológicos: 
VDRL, reativo 128, FTA-ABs, positivo. 
Testes para demais TORCHS: não reativos. 
Hemocultura, negativa. 
Tomografia computatorizada de crânio mostrou extensas áreas de hipodensas localizadas 
bifrontalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Caso clínico 19 
 
Paciente do sexo feminino, 31 anos de idade atendida em um hospital geral com queixas de depressão 
e insônia. Apesar do tratamento com antidepressivos os sintomas persistiram. Cinco meses mais tarde, 
a paciente apresentou um episódio de confusão mental e agitação quando foi internada em um hospital 
psiquiátrico necessitando de duas semanas de tratamento com neurolépticos. Posteriormente, sofreu 
depressão grave e ansiedade acompanhadas de agitação quando foi atendida no serviço de psiquiatria 
de um hospital geral. Apesar do tratamento com neurolépticos, não houve melhora do quadro e a 
paciente foi admitida no referido hospital. 
À admissão, estava alerta e a memória preservada. Durante a internação apresentou distúrbios 
psiquiátricos incluindo ansiedade, depressão, irritabilidade e agitação além de alterações da 
personalidade como infantilidade e anorexia. Pupilas isocóricas e reagiam prontamente à luz (exame 
negativo para pupilas de Argill-Robertson). Nenhuma outra anormalidade além de disartria foi 
observada ao exame neurológico ou exame físico. 
 
Exames laboratoriais 
V.D.R.L.: soro reativo: 64 FTA-Abs: reativo 
 
LCR 
V.D.R.L. LCR: Reativo 
Contagem de células: 8/mm3; predomínio de células mononucleares 
Proteínas: 62 mg/dL 
HP ndn. A época de aquisição da infecção não pôde ser determinada por que a paciente tinha tido 
vários parceiros sexuais aos 18 anos de idade e nenhum exame anterior para sífilis havia sido feito. Foi 
medicada com penicilina G 24 milhões de unidades por dia por 14 dias. Durante o curso do tratamento 
seus sintomas psiquiátricos e distúrbios do comportamento melhoraram e a dose de neurolépticos foi 
diminuída. Recebeu alta hospitalar depois de três semanas. Três meses após a alta hospitalar a 
paciente estava completamente recuperada dos sintomas psiquiátricos e tinha um novo emprego. As 
alterações do LCR haviam melhorado (2 cel;/mm3 e proteína: 45 mg/dL). VDRL no soro: 1:16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
PERFIS SOROLÓGICOS DE TOXOPLASMOSE 
 
CASO A: 
 
 V.S.N., 10 anos, apresentou-se no Posto de Saúde com quadro de febre há 3 dias, linfadenomegalia generalizada, 
diminuição do apetite e mal estar. Solicitou-se ao laboratório: Hemograma: leucócitos 13.000/uL, presença de 
linfocitose (60%) com linfócitos atípicos 
Sorologia para CMV: IgG positivo 43 UI/mL – MEIA 
 IgM negativo – MEIA 
Sorologia para Toxoplasmose: IgG negativo (MEIA) valor de corte = 3 UI/mL 
 IgM positivo 0.600 – (MEIA) valor de corte = 0,50 
 
Sorologia para EBV IgG (ELISA): negativo 
 IgM (ELISA): negativo 
 
 
 
CASO B: 
M.S.C, 30 anos, gestante 22 semanas, G2,p2,AO, em propedêutica de pré-natal. 
Sorologia anterior desconhecida. 
Toxoplasmose: IgG positivo 63 UI/mL (MEIA) 
 IgM negativo – (MEIA) 
 
 
 
 
 
 
 
CASO C: 
A.N., 26 anos, gestação 14 semanas, em propedêutica de pré-natal. Sorologia anterior para toxoplasmose IgG e 
IgM negativos 
Toxoplasmose: IgG negativo 
 IgM positivo 0,80 - (MEIA) 
Sorologia 15 dias após, realizada com pareamento de amostras: 
IgG: positivo 45 UI/mL 
IgM positivo 5,0 (MEIA) 
 * Valores obtidos na 1ª amostra: IgG negativo, IgM positivo 0,79 
 23 
 
Caso D: 
R.P, 32 anos, gestação 16 semanas, em propedêutica de pré-natal. 
Toxoplasmose IgG: positivo 380 UI/mL 
 IgM positivo 0,60 (MEIA) 
 
 
IgG (IFI): positivo 1/1024 
IgM (IFI): negativo 
 
Avidez de IgG (ELFA) 88% 
Interpretação 
<30% - compatível com infecção nos últimos 3 - 4 meses 
30-60%- indeterminado 
> 60%- sugere infecção ocorrida há mais de 4 meses 
 
 
Caso E: 
T.C.J. 37 anos, gestação 28 semanas, primeira visita ao pré-natal. Não traz exames anteriores 
Toxoplasmose IgG: positivo 200 UI/ml – MEIA 
 IgM positivo 0.75 – MEIA 
IFI IgG: positivo 1/8192 
IFI IgM: negativo 
Avidez de IgG (ELFA): 75% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
VALORES DE REFERÊNCIA 
 
ADULTOS 
Parâmetro Sexo masculino Sexo feminino Parâmetro 
Hemácias (10
6
/ µL) 4.3 - 5.7 3.8 - 5.1 Leucócitos (10
3
/µL) 4 – 11% 
Hemoglobina (g/dl) 13.5 - 17.5 12 - 16 Neutrófilos (10
3
/µL) 1.8 – 7.8% 
Hematócrito (%) 39 - 49 35 - 45 bastonetes (10
3
/µL ) 0.0 – 0.7% 
VCM (fL) 80 - 100 80 - 100 segmentados (10
3
/µL) 1.8 – 7.1% 
HCM (pg) 26 - 34 26 - 34 Linfócitos (10
3
/µL) 1.0 – 4.5% 
CHCM (g/dL) 31 - 36 31 - 36 Monócitos (10
3
/µL) 0.2 – 1.0% 
RDW (%) 12 - 15 12 - 15 Eosinófilos (10
3
/µL) 0.02 – 0.60% 
Plaquetas (10
3
/µL) 150-450 Basófilos (10
3
/µL) 0.02 – 0.20% 
Reticulócitos 0,5 a 1,5% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMC Situação 
abaixo de 17 Muito abaixo do peso 
Entre 17 e 18,49 Abaixo do peso 
Entre 18,5 e 24,99 Peso normal 
Entre 25 e 29,99 Acima do peso 
Entre 30 e 34,99 Obesidade I 
Entre 35 e 39,99 Obesidade II (severa) 
Acima de 40 Obesidade III (mórbida)

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