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04/04/2023 FUNDAMENTOS DE PRÓTESE FIXA Profa. Me. Bianca Figueiredo Mestre em Ciências Odontológicas ANAMNESE Identificação Queixa principal Histórico odontológico Hábitos de higiene bucal Hábitos alimentares Hábitos parafuncionais (Bruxismo) Histórico médico Tipo de paciente EXAME FÍSICO EXAME EXTRABUCAL Suporte labial Simetria e formato facial • Equilíbrio harmônico • Determinação do formato do rosto - ovoide, triangular ou quadrado - orientação para estabelecer a forma dos dentes do paciente Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO Fonte: Pegoraro, 2013. 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME EXTRABUCAL Dimensão vertical • Os dentes em oclusão determinam a posição de dimensão vertical de oclusão (DVO). A dimensão vertical de repouso (DVR) é a posição da mandíbula em que os dentes não apresentam contatos com os antagonistas A DIFERENÇA ENTRE A DVR E A DVO DETERMINA O ESPAÇO FUNCIONAL LIVRE (EFL), QUE TEM APROXIMADAMENTE 3MM EXAME FÍSICO EXAME EXTRABUCAL A ausência dos dentes posteriores e\ou desgastes severos nos dentes podem causar a diminuição da DVO Como consequência, ocorre a redução do terço inferior da face, projeção do mento, intrusão dos lábios e aprofundamento dos sulcos nasogenianos, acúmulo de saliva nas comissuras e alteração da fonética Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO Fonte: Pegoraro, 2013. EXAME FÍSICO EXAME EXTRABUCAL Aumento da DVO causado por tratamento restaurador inadequado Face alongada e dificuldade durante a mastigação, fonação e deglutição Casos graves pode causar estiramento anormal das fibras musculares Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 EXAME FÍSICO Fonte: Pegoraro, 2013. EXAME FÍSICO Com o restabelecimento da DVO, podemos evitar a presença desses problemas, recuperar a harmonia facial e promover espaço interoclusal para a restauração dos dentes posteriores Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME EXTRABUCAL Análise do sorriso • Tipos de sorrisos: alto, médio e baixo • Quantidade de tecido gengival que fica exposto durante a fala e no sorriso • Coincidência da linha média • Arquitetura gengival Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME EXTRABUCAL Avaliação da musculatura e das ATMs • Não é ideal que o paciente apresente sinais e sintomas de DTM • Pacientes com dores frequentes de cabeça, no pescoço ou nos ombros • Determinar a origem da dor EXAME FÍSICO 04/04/2023 EXAME EXTRABUCAL Avaliação da musculatura e das ATMs • Exame com apalpação • Músculos: masseter, temporal, pterigóideo medial, trapézio, esternocleidomastóideo EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO Fonte: Shillingburg, 2012. EXAME FÍSICO Fonte: Shillingburg, 2012. EXAME EXTRABUCAL Avaliação da musculatura e das ATMs • Avaliação das ATMs: presença de estalidos, crepitação ou limitação nos movimentos de abertura, fechamento e lateralidade • Presença de dor ou disfunção nas ATMs ou nos músculos nas regiões de cabeça e pescoço, o paciente deve passar por um avaliação mais detalhada, antes do tratamento restaurador EXAME FÍSICO 04/04/2023 EXAME FÍSICO Fonte: Shillingburg, 2012. EXAME FÍSICO Fonte: Shillingburg, 2012. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL • Detalhado e abrangente • Inspecionar e palpar • Examinar a presença de lesões preexistentes • Neoplasias, lesões herpéticas, aftas, infecções fúngica, entre outras EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Dentes • Presença de manchas e alteração de cor • Tamanho e forma das coroas • Número e posição de dentes presentes • Presença de vitalidade pulpar • Qualidade das restaurações e próteses presentes • Problemas relacionados à perda de estrutura dental 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Perda de estrutura dental CÁRIE • Causa a dissolução dos tecidos mineralizados pela ação de ácidos produzidos e concentrados na placa bacteriana • Principal causa biológica de falhas em PPF • Grupos de risco: explicações claras, conscientização e motivação Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO Sempre que um dente for selecionado para ser pilar de uma PPF, a análise criteriosa da presença de cáries e restaurações é fundamental Fonte: Pegoraro, 2013. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Perda de estrutura dental EROSÃO • Perda progressiva da estrutura dentária causada por substâncias ácidas não produzidas por bactérias e que podem ser de origem intrínsecas ou extrínsecas • Extrínseca: dieta ácida\Exposição crônica a ambientes com pH ácido • Intrínsecas: ácidos de origem endógena (Ex: Refluxo gastroesofágico, bulimia) Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Perda de estrutura dental ABRASÃO • Perda da estrutura dentária proveniente da fricção de objetos sobre os dentes • Escovação de forma incorreta, hábito de morder objetos Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Perda de estrutura dental ATRIÇÃO • É o desgaste causado por contatos oclusais anormais entre dentes antagonistas • O desgaste ocorre inicialmente no canino • Placas oclusais lisas estabilizadoras Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Perda de estrutura dental ABFRAÇÃO • Lesão cervical de origem traumática, com forma de cunha e com bordas nítidas • Sobrecarga oclusal (?) \ origem multifatorial Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Perda de estrutura dental FRATURA DENTAL • Traumatismo • Pode estra associada ao enfraquecimento e à perda de estrutura dentária Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Altura da coroa clínica, inclinação e números de dentes pilares Aspectos importantes para a determinação do planejamento Avaliação da vitalidade pulpar Exame que deve ser feito nos dentes que serão pilares de PPF Observar a resposta pulpar por meio de agentes externos (gelo) 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação de PPFs existentes • Cumprem as funções mastigatórias, fonéticas e estéticas • Existem problemas biológicos? (Cárie, doença periodontal, lesão periapical) • Existem problemas relacionados com aspectos mecânicos? (Fratura da cerâmica) EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação de PPFs existentes • Se problemas forem detectados, estes podem ser resolvidos de maneira que a PPF possa continuar em função? • A decisão de trocar a prótese deve ser de responsabilidade do paciente • O profissional deve informar as vantagens\desvantagens e custos\benefícios EXAME FÍSICO Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Análise Oclusal • A oclusão é definida como as relações intermaxilares estáticas e dinâmicas que ocorrem entre as superfícies oclusais dentárias e as demais estruturas do sistema estomatognático • Avaliação da oclusão, observando a presença de sinais e sintomas de trauma oclusal – Tratar antes de iniciar o tratamento reabilitador 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Análise Oclusal • Tratamento – por meio da oclusão – ajuste oclusal na posição de relação cêntrica • Ausência de SSTO – manutenção da relação oclusal existente – preservando a máxima intercuspidação habitual (MIH) EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares estáticas • Máxima intercuspidação habitual (MHI) Posição maxilomandibular em que ocorre o maior número de contato entre os dentes superiores e inferiores Independente da posição condilar Guiada pelos contatos dentários e pelo mecanismo de percepção neurológica do ligamento periodontal Fonte: Pegoraro 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares estáticas • Relação cêntrica (RC) Posição maxilomandibular em que os côndilos estão centralizados nas fossas mandibulares Posição estritamente relacionada a posição condilar Localizada mais para posterior em relação à MIH EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares estáticas • Relação cêntrica (RC) Existem um ou mais contatos dentários localizados predominantemente na região posterior – contatos prematuros – fisiológicos Dependendo da extensãoda PPF e do comprometimento da estabilidade oclusal entre os dentes remanescentes, a RC deve ser empregada como posição de tratamento Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares estáticas • Oclusão de relação cêntrica (ORC) Coincidência entre as posições MIH e RC Posição de trabalho empregada em casos de reabilitação oral, quando não existe estabilidade oclusal entre os dentes remanescentes EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares dinâmicas Os contatos oclusais nos dentes posteriores devem ser direcionados o mais próximo possível de seu longo eixo para manter a homeostasia das estruturas periodontais Devem ocorrer contatos bilaterais, homogêneos e simultâneos para que as forças mastigatórias sejam distribuídas entre o maior número de dentes EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares dinâmicas Oclusão funcional normal Cúspides de contenção cêntrica Fossas e cristas marginais Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares dinâmicas Movimentos de lateralidade e protrusão A mandíbula é movimentada pelo guia anterior Movimento que as faces incisais dos dentes anteriores inferiores realizam na concavidade palatina dos dentes anteriores superiores 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares dinâmicas Movimentos de lateralidade Os caninos devem exercer a função de guia canino ou ter a participação parcial ou total dos dentes posteriores (função em grupo) EXAME FÍSICO Fonte: Pegoraro, 2014. O lado para o qual a mandíbula se movimenta é chamado de lado de trabalho, e o lado oposto recebe o nome de lado de balanceio FUNÇÃO DE GRUPO EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Relações intermaxilares dinâmicas Movimentos de protusão As bordas incisais dos incisivos inferiores devem deslizar na concavidade palatina dos incisivos centrais superiores Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Plano oclusal, curva de Spee e curva de Wilson A curva de Spee, no plano sagital, é uma curvatura anatômica Curva anteroposterior formada pelas pontas das cúspides dos caninos inferiores e das cúspides vestibulares dos dentes posteriores até o último molar Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Plano oclusal, curva de Spee e curva de Wilson A curva de Wilson, no plano frontal, é uma curvatura no sentido lateral Passa pelas cúspides vestibulares e linguais dos dentes posteriores Essas duas curvaturas são importantes na função, na desoclusão e na estética Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Plano oclusal, curva de Spee e curva de Wilson O plano oclusal é uma superfície imaginária que envolve as bordas incisais e as pontas de cúspides Esse plano é importante quando há a necessidade de restaurar toda a oclusão Referência estética \ Esse plano é alterado em situações em que ocorre migração dentária Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Exame periodontal O periodonto é constituído por tecidos de proteção (gengiva e mucosa alveolar) e de sustentação (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) do dente Parâmetros clínicos mais importantes a serem avaliados no exame periodontal Largura e espessura da gengiva queratinizada, profundidade de sondagem, distâncias biológicas, nível de inserção clínica, índice de placa bacteriana, índice de sangramento gengival, recessão gengival e mobilidade dentária EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Largura e espessura da gengiva queratinizada Uma faixa de mucosa queratinizada de 5 mm seria desejável para manutenção da homeostasia do periodonto em áreas com términos de próteses subgengivais Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Profundidade de sondagem O sulco gengival clínico normal (até 3 mm) Utilização da sonda periodontal milimetrada Inserção no sulco gengival/bolsa periodontal, com força controlada, em seis sítios por dente - mesial, centro e distal nas superfícies vestibular e palatina (ou lingual) - e deve ser realizado em todos os dentes. A sonda deve ser inserida paralelamente ao longo eixo do dente, sendo Inserida e removida em cada ponto, detectando as áreas mais profundas Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Distâncias biológicas O epitélio juncional e a inserção conjuntiva são considerados distâncias biológicas e devem ser preservados intactos Em casos de preparo subgengival, o ideal é que este não exceda o limite de 0,5 mm dentro do sulco gengival, para manter a saúde do periodonto Invasão das distâncias biológicas: o organismo responde com inflamaçao gengival 3 mm da crista óssea ao término da restauração Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Nível de inserção clínica Índice de placa Índice de sangramento gengival Recessão gengival Fonte: Pegoraro, 2014. Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Mobilidade dentária Pequena mobilidade no interior do alvéolo \ Movimento é fisiológico \amplitude de 0,1 a 0,4 mm A mobilidade além desse limite pode ser decorrente da perda de suporte ósseo ou de trauma oclusal 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Mobilidade dentária Grau I - o movimento do dente é de até 1 mm no sentido horizontal Grau II - a amplitude é maior do que 1 mm no sentido horizontal Grau III - há também movimento de intrusão, além do movimento horizontal Apreensão do dente entre dois instrumentos metálicos ou entre um instrumento metálico e o dedo Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação do espaço edêntulo A extrusão de dentes antagonistas pode comprometer o espaço interoclusal, e a inclinação dos dentes adjacentes pode diminuir o espaço no sentido mesiodistal Em áreas extensas, deve-se avaliar também a indicação de PPF sobre dentes e implantes ou mesmo a colocação de prótese parcial removível Idealmente, o espaço edêntulo não deve ter extensão maior do que a correspondente a dois pônticos Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação Radiográfica Radiografias panorâmicas: Possibilitam uma avaliação geral dos reparos anatômicos importantes, como fossa nasal, seio maxilar, canal mandibular, forame mentoniano, nível de reabsorção óssea, presença de patologias ósseas e raízes residuais Radiografias periapicais e interproximais Visão mais detalhada das áreas de Interesse Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação Radiográfica Radiografias periapicais Proporção coroa-raiz em relação de inserção óssea A proporção ideal é 2:3, sendo o mínimo aceitável de 1:1 Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação Radiográfica Radiografias periapicais • Configuração e inclinação das raízes • Presença de lesões periapicais • Qualidade do tratamento endodôntico • Dimensão de núcleos • Reabsorções internas e externas Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação Radiográfica Radiografias periapicais • Trincas e fraturas • Espessamento do ligamento periodontal • Bolsa óssea Fonte: Pegoraro, 2014. EXAME FÍSICO EXAME INTRABUCAL Avaliação Radiográfica Radiografias interproximais • Diagnóstico de cárie • Altura da crista óssea Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF Condição financeira e disponibilidade de tempo do paciente Dificuldade do tratamento Grau de desconforto causado pelo tratamento Previsibilidade estética Qualidade do periodonto de inserção dos dentes Presença de parafunção Estado geral de saúde Interesse do paciente 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF A PPF pode ser cimentada sobre dentes naturais e parafusada ou cimentada sobre Implantes que atuam como pilares para suportar uma PPF É constituída de pelo menos dois dentes ou implantes, normalmente posicionados nas extremidadesdo espaço edêntulo, chamados de retentores, os quais suportam um ou mais dentes colocados entre eles, denominados pônticos A união dos pônticos às coroas (retentores) é rígida e provida por meio de uma liga metálica empregada na fundição (PPF metalocerâmica) ou por uma cerâmica de alta resistência (PPF de cerâmica pura) PLANEJAMENTO EM PPF O pôntico pode estar localizado na extremidade da PPF, unido a dois retentores (prótese em cantiléver) A porcentagem de sobrevivência de PPFs sobre dentes ou implantes, é semelhante para ambos após cinco anos Objetivos principais: restabelecimento correto das funções mastigatória, fonética e estética PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF Após a realização dos exames clínicos e radiográficos e a montagem dos modelos de estudo em articulador, é feito o planejamento da prótese Se a decisão foi pela colocação de uma PPF, é preciso determinar o número de dentes pilares que serão envolvidos na prótese Deve-se avaliar a força (F) que incide na região do pôntico em relação à resistência oferecida pelo dente pilar (R) PLANEJAMENTO EM PPF LEI DE ANTE Considera que a área total da raiz inserida no osso deve ser igual ou maior do que a área da raiz correspondente ao dente que será reposto pelo pôntico Se o valor de inserção periodontal dos pônticos for maior do que o valor de inserção dos dentes suporte, a prótese não poderá ser feita Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF LEI DE ANTE Fo nt e: Pe go ra ro , 2 01 4. PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF Deve-se considerar alguns aspectos: Extensão do espaço edêntulo Qualidade dos dentes pilares Forma da raiz Posição do dente no arco Nível de inserção óssea Coroa clínica com largura e altura suficientes para manter a prótese cimentada ao longo do tempo Inserção óssea da raiz como uma relação de 2:1 em relação à coroa clínica. É aceitável uma relação de 1:1, desde que os dentes não apresentem mobilidade PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERIODONTO NORMAL E PREPAROS COM ALTURA MAIOR DO QUE A LARGURA Situação ideal: • 2 dentes pilares e 1 pôntico Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERIODONTO NORMAL E PREPAROS COM ALTURA MAIOR DO QUE A LARGURA Situações possíveis: • 2 dentes pilares para 2 pônticos na região posterior • 2 dentes pilares para 4 pônticos na região anterior Fonte: Pegoraro, 2014. 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERIODONTO NORMAL E PREPAROS COM ALTURA MAIOR DO QUE A LARGURA Situação arriscada: • 2 dentes pilares para 3 ou mais pônticos Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF A possibilidade de falhas em uma PPF com 2 dentes pilares para 3 ou mais pônticos são mecânicas, sendo a descimentaçao a principal delas As superfícies preparadas devem apresentar características mecânicas favoráveis (altura >largura) que propiciem retenção friccional à PPF e ajuste correto da oclusão com contatos uniformes nos dentes posteriores e guia anterior efetivo PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERIODONTO NORMAL E PREPAROS COM ALTURA MAIOR DO QUE A LARGURA PPF em cantiléver • Deve-se usar somente um cantiléver unido em dois retentores, e nunca usar cantiléver com área oclusal de molar PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERIODONTO NORMAL E PREPAROS COM ALTURA MENOR OU IGUAL À LARGURA • Dentes pilares não apresentam características mecânicas adequadas para suportarem a PPF em posição • Obtenção de retenção adicionais nos preparos por meio da confecção de canaletas nas faces axiais, especialmente nas faces proximais • Mais eficientes devido à sua atuação contra as forças obliquas que se formam durante a mastigação, evitando movimento de rotação e deslocamento da PPF 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERIODONTO NORMAL E PREPAROS COM ALTURA MENOR OU IGUAL À LARGURA • As canaletas devem ser paralelas às faces axiais dos dentes pilares • Sem a possibilidade de se obter meios adicionais de retenção, deve-se pensar em outro tipo de prótese Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERDA DE INSERÇÃO ÓSSEA • No planejamento de PPFs em dentes nessa situação, deve-se buscar a estabilização dos dentes pilares • Estende-se a PPF em direção a outros dentes pilares localizados em outros planos e que apresentem um sentido de movimentação diferente dos outros dentes pilares PLANEJAMENTO EM PPF INDICAÇÃO DE PPF DENTES PILARES COM PERDA DE INSERÇÃO ÓSSEA • A união dos dentes pilares em vários planos forma um polígono de estabilização (polígono de Roy) • Em caso de dúvida se a PPF deve se estender em direção ao canino, a tomada de decisão deve ser feita após a instalação da prótese provisória e após a análise da progressão da mobilidade Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF MONTAGEM DOS MODELOS DE ESTUDO EM ARTICULADOR FINALIDADE: AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS OCLUSAIS • Diferenças entres as posições de relação cêntrica (RC) e máxima intercuspidação habitual (MIH) • Inclinação dos dentes pilares • Avaliação do tamanho das coroas clinicas • Necessidade futura de aumento de coroa 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF MONTAGEM DOS MODELOS DE ESTUDO EM ARTICULADOR FINALIDADE: AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS OCLUSAIS • Presença de contatos dentários nas movimentações excursivas da mandíbula para os lados de trabalho, não trabalho e protrusão • Avaliação das curvas de Spee e de Wilson • Alterações no plano oclusal • Eliminação de interferências oclusais entre as posições de RC e MIH • Extensão do espaço protético PLANEJAMENTO EM PPF MONTAGEM DOS MODELOS DE ESTUDO EM ARTICULADOR FINALIDADE: REALIZAÇÃO DO ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO • Avaliar a extensão do desgaste em dentes extruídos e a possível necessidade de tratamento endodôntico prévio em função da grande quantidade de desgaste necessária para corrigir o plano oclusal • Avaliar o plano oclusal , as curvas de Spee e de Wilson e o guia anterior • Estudar aspectos relacionados com a estética • Apresentar possíveis alternativas de tratamentos ao paciente • Confeccionar as coroas provisórias PLANEJAMENTO EM PPF MONTAGEM DOS MODELOS DE ESTUDO EM ARTICULADOR Fo nt e: Pe go ra ro , 2 01 4. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA ETAPA DO TRATAMENTO PROTÉTICO QUE CONSISTE EM: • Reduzir a estrutura coronal por meio de desgastes seletivos de esmalte e dentina • Na quantidade e na forma predeterminadas • Com o objetivo de criar espaço para o material restaurador • Viabilizando a reabilitação da estética, da forma e da função de uma ou mais coroas dentárias 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA • Os preparos podem ser parciais ou totais • A forma do preparo deve propiciar características mecânicas e estéticas ao material empregado (liga metálica e/ou cerâmica) • Um preparo devem apresentar características que garantam retenção e estabilidade à prótese PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO DENTÁRIO (MECÂNICOS) O preparo deve apresentar quatro requisitos: • Retenção • Estabilidade • Rigidez estrutural • Integridade marginal PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA RETENÇÃO: • É obtida pelo contato das paredes internas da coroa com as superfícies do dente preparado • Depende da altura, da largura e da conexidade das paredes do preparo • Quanto maior a área de contato entre a superfície preparada e a prótese, maior será a retenção • Quanto mais paralelas forem essas paredes, mais retentivo será o preparo Paredes muito paralelas dificultam o assentamento da prótese PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA RETENÇÃO: • Deve-se levar em conta a anatomia do dente que será preparado,pois a inclinação de cada terço do dente é diferente • As paredes axiais devem apresentar duas inclinações: a 1ª inclinação na metade inferior e a 2ª inclinação na metade superior • Preparar as faces axiais com uma única inclinação leva as paredes axiais a apresentar ângulos maiores que 10º 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA RETENÇÃO: • Em PPFs, deve-se buscar uma forma de paralelismo entre as faces axiais dos preparos dos dentes pilares, com o objetivo de obter um eixo de inserção único, fundamental para o correto assentamento da prótese Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF A análise do paralelismo entre as paredes axiais dos preparos é feita em um modelo de gesso dos dentes preparados A uma distância aproximada de 30 cm, com um dos olhos abertos, procurando visualizar todos os términos dos preparos Se uma ou mais áreas não podem ser observadas, é porque existem áreas retentivas Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA ESTABILIDADE • A forma do preparo deve prover resistência e estabilidade para minimizar a ação das forças oblíquas que incidem sobre a prótese e que podem causar sua rotação e deslocamento • A altura e a angulação das paredes axiais do preparo são essenciais para impedir o deslocamento da prótese 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA ESTABILIDADE • Altura do preparo: igual ou superior à sua largura. Dentes com largura maior do que a altura são mais suscetíveis à rotação da prótese • Angulação das paredes do preparo: quanto menor a angulação das paredes axiais do preparo, maior é a estabilidade da prótese PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA ESTABILIDADE Fonte: Pegoraro, 2014. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA RIGIDEZ ESTRUTURAL • É dependente do tipo do material da prótese, do tipo de término e da quantidade de desgaste dentário • A quantidade de desgaste do preparo deve ser suficiente para acomodar adequadamente a espessura do material restaurador selecionado (liga metálica e/ou cerâmica) • Essa redução deve ser específica para cada material PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA INTEGRIDADE MARGINAL • O término gengival deve ser nítido, para ser facilmente reproduzido na moldagem, e deve apresentar espessura suficiente para acomodar a coroa sem sobrecontorno • Quanto mais bem adaptada estiver a coroa, menor será a espessura da linha de cimento e a possibilidade de adesão da placa nessa área. Também será menor a possibilidade de recidiva de cárie, principal causa biológica de fracassos em PPF 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA LOCALIZAÇÃO DO TÉRMINO CERVICAL Pode estar localizado em três níveis em relação à margem gengival: • Supragengival: está indicado em regiões não estéticas e sua localização deve ser de aproximadamente 2 mm acima da margem gengival PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA LOCALIZAÇÃO DO TÉRMINO CERVICAL Pode estar localizado em três níveis em relação à margem gengival: • No nível da gengiva marginal: posicionar o término ao nível gengival não é recomendado, pois é a região que mais acumula placa. Pode ocorrer recidiva de cárie, inflamação gengival, recessão gengival e exposição da cinta metálica, nos casos de próteses metalocerâmicas PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA LOCALIZAÇÃO DO TÉRMINO CERVICAL Pode estar localizado em três níveis em relação à margem gengival: • Subgengival: o término deve ser localizado 0,5 mm no interior do sulco gengival para se obter melhor estética - por esconder a interface entre a restauração e o dente preparado no interior do sulco - aumenta a retenção em preparos de dentes com coroa curta e também preservar a homeostasia da área PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA TIPOS DE TÉRMINO CERVICAL • O término cervical dos preparos pode apresentar diferentes configurações, de acordo com o material a ser empregado para a confecção da coroa OMBRO OU DEGRAU ARREDONDADO O ângulo entre as paredes gengival e axial do preparo é de aproximadamente 90°, mantendo arredondada a intersecção entre essas duas paredes para evitar a formação de tensões na cerâmica nessa área Fonte: Pegoraro, 2013. 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA OMBRO OU DEGRAU ARREDONDADO • Contraindicado em dentes com coroa clínica curta • É importante para proporcionar uma espessura uniforme e suficiente à cerâmica nessa região, para resistir aos esforços mastigatórios e reduzir a possibilidade de fratura Fonte: Pegoraro, 2013. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA OMBRO OU DEGRAU BISELADO • E um tipo de término em que ocorre a formação de um ângulo de aproximadamente 90° entre a parede axial e a cervical, com biselamento da aresta cavossuperficial • Indicado para as coroas metalocerâmicas Fonte: Pegoraro, 2013. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA OMBRO OU DEGRAU BISELADO • O bisel deverá apresentar uma inclinação mínima de 45° • Função de acomodar, sem sobrecontorno, o metal e a cerâmica nas coroas metalocerâmicas • Realizado exclusivamente nas faces em que a estética for indispensável Fonte: Pegoraro, 2013. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA CHANFRADO • Permite uma espessura adequada para as facetas estéticas de cerâmica ou resina e seus respectivos suportes metálicos • Indicado para a confecção de coroas metalocerâmicas • Indicado também para coroas metaloplásticas • Realizado apenas nas faces envolvidas esteticamente Fonte: Pegoraro, 2013. 04/04/2023 PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA CHANFRETE • Deve apresentar espessura suficiente para acomodar o metal • É indicado para coroa total metálica • Indicado como término cervical nas faces lingual e linguoproximal das coroas metaloplásticas e metalocerâmica Fonte: Pegoraro, 2013. PLANEJAMENTO EM PPF PREPARO DE DENTES COM FINALIDADE PROTÉTICA CHANFRETE • Dentes com tratamento periodontal ou recessão gengival • Aumento acentuado da coroa clínica • Podem receber esse tipo de término cervical • Maior conservação da estrutura dentária • Estética prejudicada Fonte: Pegoraro, 2013. PLANEJAMENTO EM PPF Outros fatores podem modificar a configuração do término cervical Presença de cáries ou de restaurações subgengivais Uma coroa metalocerâmica deveria apresentar término em chanfrado na face vestibular e na metade das faces vestibuloproximais Na presença de restauração ou de cárie subgengival, poderá obter somente um término em degrau biselado, para evitar aprofundamento subgengival Fonte: Pegoraro, 2013. PLANEJAMENTO EM PPF Realização de desgastes adequados e suficientes para permitir uma espessura correta dos materiais utilizados na confecção da prótese Desgastes insuficientes: alterações de cor, formato e resistência da coroa Desgastes excessivos: deixar uma camada muito fina de dentina, insuficiente para proteger o órgão pulpar, ou mesmo levar à exposição pulpar Atentar-se para o calor produzido durante o preparo pela utilização de pontas diamantadas e turbina de alta rotação, que pode provocar danos à polpa 04/04/2023 Manutenção da integridade do periodonto preservando suas distâncias biológicas O término do preparo deve estar localizado no início do sulco gengival (aproximadamente 0,5 mm), preservando assim o epitélio juncional e a inserção conjutiva Invasão das DB: resposta inflamatória que poderá resultar na formação de bolsa periodontal com hiperplasia gengival e/ou reabsorção óssea PLANEJAMENTO EM PPF Fonte:Pegoraro, 2014. REFERÊNCIAS BASE Pegoraro, LF Fundamentos de Prótese Fixa. São Paulo/SP - Brasil: Artes Médicas, 2014 Pegararo, LF Prótese Fixa: Bases para o Planejamento em Reabilitação Oral. São Paulo/SP - Brasil: Artes Médicas, 2013 Schillimburg, HT Fundamentos de Prótese Fixa. Chicago - USA: Quintesence, 2012
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