Buscar

tratamento de olheiras


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

PROCEDIMENTOS 
EM ESTÉTICA 
FACIAL 
Aline Andressa Matiello
Tratamentos para olheiras
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Classificar a hipercromia orbital.
  Reconhecer os protocolos para tratamento da olheira melânica.
  Descrever os protocolos para tratamento da olheira vascular.
Introdução
As olheiras são definidas como disfunções estéticas dermatológicas que 
acometem a área dos olhos, gerando o escurecimento dessa região — 
mais especificamente, levam ao surgimento de manchas mais escuras 
em torno dos olhos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, 2017).
Consequentemente, as olheiras representam incômodos estéticos que 
repercutem negativamente na aparência e na autoestima das pessoas, 
principalmente porque trazem consigo um aspecto de cansaço e tristeza 
que pode afetar negativamente a imagem pessoal. Por isso, mesmo 
sendo uma disfunção que não traz danos ao organismo, deve ser tratada, 
considerando o acometimento emocional que pode causar.
Neste capítulo, você vai conhecer o mecanismo fisiopatológico de forma-
ção das olheiras, entendendo os mecanismos pelos quais elas surgem. Além 
disso, vai ver como avaliar os diferentes tipos de olheiras existentes, os motivos 
pelos quais elas surgem e como se apresentam. Para isso, vai conhecer as 
principais modalidades terapêuticas estéticas disponíveis para tratamento 
das olheiras, incluindo recursos cosméticos, manuais e de eletroterapia. 
1 A área dos olhos e as olheiras
A área dos olhos (Figura 1) compreende o globo ocular, a pálpebra superior, a 
pálpebra inferior, sobrancelhas, porção orbitária, cílios e os cantos laterais e mediais 
do olho. Os olhos fi cam alojados em uma estrutura óssea que lhes garante proteção 
e toda a região ao seu redor é envolta por tecidos especializados na proteção ocular. 
Figura 1. Área dos olhos.
Fonte: Adaptada de Serg Zastavkin/Shutterstock.com.
Essa área tem algumas características anatômicas que merecem destaque, 
como, por exemplo, o fato de que a pele dessa região é mais fina que o restante 
do corpo, tendo aproximadamente 0,5 mm de espessura, enquanto outras áreas 
de pele da face possuem uma espessura média de 2 mm (RIBEIRO, 2010).
As pálpebras possuem, além de uma pele mais fina, uma pele mais elástica, 
que permite um movimento suave sobre os músculos da região ocular. Essa 
característica da espessura da pele na região das pálpebras faz com que os vasos 
sanguíneos da região fiquem mais evidentes quando comparados ao restante 
do rosto. Vale ressaltar que a pele das pálpebras, além dessas características, 
possui maior pigmentação que o restante da pele da face, também de maneira 
natural (DANTAS, 2013). Contudo, algumas disfunções dermatológicas podem 
alterar a anatomia e fisiologia dessa região, gerando o aparecimento de sinais 
e sintomas inestéticos, como, por exemplo, bolsas, rugas e olheiras. 
A área dos olhos tem grande importância estética, uma vez que revela 
muito sobre saúde, idade e estado momentâneo da pessoa. Por isso, é essencial 
conhecer as principais disfunções que acometem essa região e as modalidades 
Tratamentos para olheiras2
de tratamentos disponíveis, de modo a melhorar o padrão da disfunção estética 
apresentada e, com isso, proporcionar uma melhor aparência facial. 
Dentre as disfunções dermatológicas mais prevalentes que acometem a área dos 
olhos, estão as olheiras. Também chamadas de hipercromia periorbital ou hiper-
pigmentação periorbitária, as olheiras são disfunções dermatológicas que geram 
alterações na coloração da região orbicular do olho, caracterizadas pelo aparecimento 
de manchas ao redor dos olhos, chamadas de máculas hipercromias, homogêneas, 
com acometimento bilateral e simétrico (NUNES, SIMÃO, KUPLICK, 2013). 
A partir de confirmação da literatura da área, sabe-se que, mesmo tendo 
padrão de acometimento bilateral e simétrico, as olheiras podem apresentar 
graus de gravidade diferentes entre um olho e outro (OLIVEIRA; PAIVA, 
2016). Nessa situação, um olho pode estar mais comprometido do que o outro 
e pode, ainda, haver diferenças de pigmentação nas áreas afetadas, afetando 
as pálpebras superiores, inferiores, ambas ou, ainda, estendendo-se para a 
região glabelar e para a área superior do nariz.
A Figura 2, a seguir, mostra um quadro de diferentes níveis de gravidade 
desse tipo de hiperpigmentação facial.
 Figura 2. Olheiras de diferentes gravidades.
Fonte: Artemida-psy/Shutterstock.com.
As olheiras também podem ser chamadas de hiperpigmentação das pálpe-
bras, círculos escuros abaixo dos olhos, círculos escuros ao redor dos olhos, 
hipercromia cutânea idiopática da região orbital, hiperpigmentação infraorbital 
ou círculos escuros infraorbitais (DANTAS, 2013).
Segundo Das (2018), as hiperpigmentações são disfunções dermatológicas 
que acontecem por alterações no processo de coloração da pele. Nesses casos, o 
pigmento que dá cor à pele, chamado de melanina, encontra-se mal distribuído 
na pele e de maneira aumentada, causando o escurecimento localizado da pele. 
3Tratamentos para olheiras
Essa produção de melanina aumentada e desigual ocorre em resposta à 
estimulação das células que sintetizam melanina, os melanócitos. A estimulação 
dessas células pode ser feita por inúmeras condições, consideradas causas 
das olheiras e que resultam no surgimento de hipercromias, que são manchas 
localizadas na pele, de cor mais escura que a pele normal do paciente.
Quanto ao acometimento, esse tipo de hiperpigmentação tende a ser queixa mais 
frequente de mulheres e mais prevalente em pacientes de pele, cabelos e olhos mais 
escuros. Em relação à idade, as olheiras podem acometer todas as faixas etárias, 
mas são mais prevalentes à medida que os pacientes envelhecem (DANTAS, 2013).
Em relação à etiologia, as olheiras possuem mecanismo multicausal, e 
vários fatores atuam direta ou indiretamente no surgimento ou na piora da 
disfunção. Esses fatores podem ser intrínsecos, relacionados a fatores internos 
do organismo, ou extrínsecos, relacionados a fatores externos. Dentre os 
fatores intrínsecos mais conhecidos, destacam-se etnia, fatores hormonais e o 
processo de envelhecimento. Dentre os fatores extrínsecos, cita-se a radiação 
ultravioleta, o estilo e hábitos de vida. Em relação à etnia, há algumas mais 
predispostas ao aparecimento de olheiras, como árabes e indianos, que pos-
suem uma maior tendência a concentrar melanina na área dos olhos (NUNES; 
SIMÃO; KUPLICK, 2013). 
Os hormônios têm um papel primordial na integridade e na qualidade da 
pele. Modificações hormonais mais intensas, como na puberdade, na gestação 
e na menopausa, podem agravar quadros de olheiras (NUNES; SIMÃO; KU-
PLICK, 2013). Alterações circulatórias, locais ou sistêmicas, também podem 
gerar o surgimento de quadros de congestão, hiperemia e outras alterações 
circulatórias na área dos olhos. O envelhecimento, por causar alterações nos 
tecidos da pele, favorece tanto o aparecimento hipercromias quanto a flacidez, 
contribuindo para o quadro de olheiras (OLIVEIRA; PAIVA, 2016).
Já os hábitos de vida, que estão relacionados a fatores extrínsecos, podem 
ser facilmente modificados e corrigidos para a melhora do quadro de olheiras. 
Segundo Dantas (2013), privação do sono, tabagismo, exposição solar excessiva, 
estresse emocional, exaustão física e consumo excessivo de café parecem estar 
ligados ao surgimento de olheiras. 
Tratamentos para olheiras4
Nesse contexto, as olheiras são influenciadas tanto por fatores intrínsecos 
quanto extrínsecos e levam ao surgimento de edema e vasodilatação local e à 
redução de componentes de sustentação importantes da pele, gerando flacidez local.
Considerando que as olheiras podem ser influenciadas por uma série de fatores, intrín-
secos e extrínsecos, é essencial que o profissional de estética, antes de realizar o plano 
de tratamento, faça uma avaliação detalhada do cliente e questione os principais fatores 
que podem estar relacionados aodesenvolvimento ou a piora do quadro das olheiras. 
Segundo Araújo e Ferreira (2018), a avaliação das olheiras deve contemplar o histórico 
familiar do paciente, a presença de alergias (rinite alérgica ou dermatite de contato), 
doenças associadas, uso de medicamentos e hábitos de vida como etilismo, tabagismo, 
sono, dentre outros fatores que possam estar envolvidos na fisiopatologia das olheiras.
Em relação ao efeito causal principal, as olheiras são classificadas clini-
camente em três tipos: olheiras melânicas, vasculares e mistas. Contudo, vale 
ressaltar que, na maioria dos casos, há prevalência tanto de características 
das olheiras melânicas quanto de características de olheiras vasculares, o que 
caracteriza olheiras de componente misto.
Olheiras melânicas 
Neste tipo de olheiras, a fi siopatologia está relacionada à deposição excessiva 
de pigmento de melanina na área dos olhos, promovendo o escurecimento da 
região (QUEZADA GAÓN; ROMERO, 2014). Nesse caso, há uma deposição 
dérmica de melanina além do esperado, o que é uma das principais causas 
de olheiras. Quanto à apresentação clínica, esse tipo de olheiras costuma ter 
coloração amarronzada e aparece mais evidente na região infraorbital (Figura 
3) (DANTAS, 2013).
5Tratamentos para olheiras
Figura 3. Fisiopatologia da hiperpigmentação que acontece nas olheiras melânicas. 
Fonte: Adaptado de Sruilk/Shutterstock.com. 
Em relação à fisiopatologia das olheiras melânicas, os melanócitos, células 
responsáveis pela produção de melanina, são os principais envolvidos. Acredita-
-se que os melanócitos possuam células de “memória” e, em condições em que 
são estimulados por radiação solar, medicamentos ou outros fatores, aumentam 
sua atividade. Com isso, geram maior síntese de melanina, que fica depositada 
na região, causando a hiperpigmentação (ARAÚJO; FERREIRA, 2018).
As olheiras melânicas são mais frequentes em pessoas adultas e com 
fototipos de pele mais elevados. Entretanto, podem acometer pessoas de pele 
mais clara também, geralmente de maior idade. Esse tipo de olheiras está 
relacionado com fatores causais congênitos (primários) ou ambientais (se-
cundários) (DANTAS, 2013).
As causas congênitas estão relacionadas aos fatores étnicos, sendo olhei-
ras mais prevalente em algumas raças. Além disso, das causas congênitas, 
as olheiras melânicas podem surgir em virtude de outros fatores primários, 
relacionados, nesse caso, ao envelhecimento fisiológico da pele. As causas 
ambientais, secundárias, referem-se a exposição solar excessiva, tabagismo, 
etilismo, distúrbios de sono, reações alérgicas, uso de determinados me-
dicamentos e algumas alterações hormonais e nutricionais que atuam no 
desenvolvimento ou na piora de olheiras com padrão melânico.
No geral, esses fatores envolvidos no desenvolvimento de olheiras melânicas 
agem especificamente no processo de síntese de melanina na pele. Em condições 
fisiológicas, os melanócitos, presentes na pele, geram a produção de melanina a 
partir de um processo chamado de melanogênese (MARIEB; HOEHN, 2009), 
em que a melanina é sintetizada pelos melanócitos e armazenada no formato de 
Tratamentos para olheiras6
grânulos para, posteriormente, ser distribuída a outras células de pele chamadas 
de queratinócitos. À medida que as células da pele se renovam, os queratinócitos, 
repletos de grânulos de melanina, são direcionados de maneira homogênea à 
superfície da pele, dando-lhe cor de maneira regular (MARIEB; HOEHN, 2009).
 Entretanto, esse processo fisiológico se encontra alterado no caso das olheiras 
porque os fatores causais estimulam a produção de melanina pelos melanócitos 
e, desse modo, uma maior quantidade desse pigmento chega até a superfície 
da pele, de maneira não homogênea, dando o aspecto de coloração mais escura 
em algumas áreas, que, no caso das olheiras, é ao redor da cavidade ocular.
A Figura 4 mostra inicialmente o processo de formação da cor da pele que 
acontece fisiologicamente (Figura 4a) e o processo de formação da cor da pele 
no caso das olheiras — é possível visualizar, na Figura 4b, que os grânulos de 
melanina se encontram aumentados na superfície da pele. 
Figura 4. Fisiopatologia da hiperpigmentação que acontece nas olheiras melânicas. 
Fonte: Adaptada de Mosterpiece/Shutterstock.com.
Percebe-se também que, além da produção aumentada de melanina nas 
células mais profunda da pele, no caso das olheiras (Figura 4b), existe uma 
concentração aumentada também desse pigmento na superfície da pele, dando 
a coloração escura para a pele da região infraorbitária principalmente.
Olheiras vasculares 
Este tipo de olheira é determinado geneticamente e está relacionado a uma 
herança familiar autossômica dominante. O escurecimento da área dos olhos, 
neste caso, é causado por características especifi cas da pele do paciente nessa 
região, como uma pele excessivamente delgada, com aspecto translúcido, o 
que favorece a visualização dos vasos sanguíneos e músculos localizados 
logo abaixo da pele. 
7Tratamentos para olheiras
Além disso, algumas pessoas, por questões genéticas, possuem um maior nú-
mero de vasos sanguíneos na região da pálpebra inferior. Como a pele da pálpebra 
é extremamente fina, é possível enxergar parte desses vasos por transparência 
(FLORIANI, 2020). Nas olheiras vasculares, observa-se, geralmente, um quadro 
associado de eritema difuso à visualização de pontos de vasos sanguíneos ou à 
visualização de uma rede vascular difusa (QUEZADA GAÓN; ROMERO, 2014).
Em relação ao surgimento dos sintomas, costumam aparecer mais precoce-
mente, ainda na fase de infância ou na adolescência, ao contrário das olheiras 
melânicas, que costumam aparecer à medida que se envelhece. Quanto ao 
padrão, nas olheiras vasculares, não se percebe mudança na cor da pele da 
área dos olhos, como acontece nas olheiras melânicas. Nesse caso, as olheiras 
se formam em virtude do escurecimento da pálpebra, causado pela maior 
visualização dos vasos sanguíneos locais, e as olheiras costumam ter uma 
coloração azul/púrpura/rosa (ARAÚJO; FERREIRA, 2018). 
As olheiras vasculares podem, ou não, estar associadas à presença de 
edema. A Figura 5, a seguir, mostra um padrão de olheiras vasculares em 
que é possível identificar um quadro leve de eritema infraorbital e edema.
Figura 5. Olheiras vasculares. 
Fonte: Sylvie Bouchard/Shutterstock.com.
Nas olheiras vasculares, os vasos, que podem ser visualizados, em geral, 
encontram-se mais fragilizados. O fluxo de sangue na região costuma ser mais 
lento e, com isso, pode haver escape de células do sistema sanguíneo, carre-
gadas de hemoglobina, para fora dos vasos (FLORIANI, 2020). Essas células, 
chamadas de eritrócitos, ao ficarem armazenadas fora dos vasos sanguíneos, 
são naturalmente destruídas pelo organismo. A lise (quebra) dessas células 
promove a liberação de moléculas de hemoglobina que se encontram dentro das 
Tratamentos para olheiras8
células e geram a liberação de uma outra substância, chamada de hemossiderina 
(ARAÚJO; FERREIRA, 2018). A hemossiderina é uma substância que serve 
como pigmento férrico, com uma tonalidade parda, que fica depositada na área 
de lise dos eritrócitos e em áreas adjacentes (RIBEIRO, 2010). Desse modo, 
as olheiras vasculares além de serem causadas pela simples visualização dos 
vasos sanguíneos, são acentuadas pela deposição de hemossiderina.
Em relação às causas, a vascularização neste tipo de olheiras é mais intensa e 
está presente principalmente em pessoas de etnias que apresentem essa tendên-
cia, como descendentes de árabes, turcos, hindus e ibéricos (DANTAS, 2013).
 Além disso, vale ressaltar que qualquer estímulo que cause dilatação dos 
vasos sanguíneos e predisponha a formação de hemossiderina, acaba piorando 
o quadro das olheiras. Hábitos de vida como etilismo e condições clínicas 
como menstruação são exemplos de fatores que desencadeiam a vasodilatação 
local e, com isso, maior extravasamento de sangue. 
Olheiras mistas 
As olheiras defi nidas comomistas são as mais comuns, segundo a Sociedade 
Brasileira de Dermatologia (2020), e resultam da combinação de fatores me-
lânicos e de fatores vasculares em um mesmo paciente (QUEZADA GAÓN; 
ROMERO, 2014). Vale ressaltar que essa classifi cação do tipo de olheiras é 
extremamente útil para o profi ssional de estética, considerando que a aborda-
gem terapêutica deverá atender o tipo de olheira apresentado pelo paciente. 
Na atualidade, há muitas terapias voltadas para atenuar as olheiras e, 
por isso, torna-se essencial reconhecer as principais estruturas e alterações 
que fazem parte da patogênese de cada um dos tipos de olheiras, de modo a 
escolher a melhor opção terapêutica.
Em relação ao prognóstico de tratamento das olheiras, sabe-se que as 
olheiras do tipo melânicas são mais sensíveis aos tratamentos propostos, 
enquanto as olheiras vasculares, por apresentarem um componente hereditário 
envolvido na maioria dos casos, são menos sensíveis aos tratamentos propostos 
(ARAÚJO; FERREIRA, 2018).
2 Tratamentos estéticos das olheiras melânicas
Como a fi siopatologia das olheiras melânicas está relacionada ao excesso de 
pigmento de melanina depositado na área dos olhos, os tratamentos aconse-
lhados devem atuar exatamente sobre o metabolismo desse pigmento. Nesse 
9Tratamentos para olheiras
caso, pode-se atuar desde na fase inicial da síntese de melanina até na sua 
deposição nas camadas mais superfi ciais da pele. Por isso, são vastamente 
empregados ativos cosméticos com propriedades despigmentantes, de modo 
a promover o clareamento da pele. Além disso, podem ser utilizadas outras 
modalidades, como a realização de peelings químicos, peelings mecânicos e 
recursos de eletroterapia, como a carboxiterapia. 
Ativos cosméticos 
Em relação aos cosméticos empregados no tratamento de olheiras melânicas, 
são utilizados cosméticos que tenham em sua composição ativos despigmen-
tantes cujo objetivo é promover um clareamento da pele da região por meio 
da redução da hiperpigmentação tecidual. 
Contudo, vale ressaltar que esses cosméticos utilizados no tratamento de 
olheiras devem ser desenvolvidos especificamente para essa região, consi-
derando que essa área se apresenta com maior sensibilidade e, por isso, as 
formulações cosméticas devem levar em conta essa característica (VANZIN, 
CAMARGO, 2011).
Segundo Ribeiro (2010), esses ativos podem agir a partir de diferentes 
mecanismos no tratamento das hipercromias, como as olheiras, promovendo 
a redução da pigmentação. Dentre os mecanismos de ação, pode-se citar:
  inibição da tirosinase, enzima essencial para a síntese de melanina;
  redução da quantidade de melanócitos ativos;
  dispersão ou absorção de melanina da camada mais superficial da pele;
  redução da camada córnea da epiderme, promovendo uma esfoliação 
intensa para reduzir a concentração de melanina local;
  promoção de ação antioxidante, evitando a formação ou piora de manhas 
escuras por ação dos radicais livres.
Considerando esses mecanismos de ação dos ativos cosméticos, veja, a 
seguir, alguns dos que podem ser empregados no tratamento de olheiras.
  Ácido kójico: age com ação despigmentante pela inibição primariamente 
da tirosinase. 
  Ácido fítico: tem ação semelhante ao ácido kójico, é indicado com 
efeitos semelhantes ao da hidroquinona, mas com efeitos adversos 
menos intensos (RIBEIRO, 2010).
Tratamentos para olheiras10
  Ácido linoleico e linolênico (vitamina F): amplamente utilizados 
para reduzir a síntese de melanina pelos melanócitos, além de acelerar 
a renovação celular da epiderme e promover remoção da melanina 
acumulada (RIBEIRO, 2010).
  Alfa hidroxiácidos: os ácidos glicólico, láctico, málico e mandélico 
são utilizados com ação despigmentante (RIBEIRO, 2010). Em geral, 
atuam como agentes esfoliantes da epiderme, removendo a camada mais 
externa da epiderme e, com isso, o excesso de melanina acumulado nos 
queratinócitos velhos. 
  Arbutin: trata-se de um ativo cujo efeito clareador se assemelha à ação 
da hidroquinona, mas com menos efeitos irritativos na pele (RIBEIRO, 
2010).
  Flavonoides: incluem um gama de ativos cosméticos que agem de 
maneira antioxidante, além de inibirem a tirosinase e, desse modo, 
reduzirem a quantidade de melanina formada (RIBEIRO, 2010).
  Extrato de alcaçuz: age como despigmentante (NUNES; SIMÃO; 
KUPLICK, 2013).
  Extrato de uva ursi: apresenta ação inibidora da tirosinase, além 
de degradar a melanina existente na pele, provocando modificações 
estruturais nas membranas das organelas dos melanócito (NUNES; 
SIMÃO; KUPLICK, 2013).
  Licorice: é utilizado de modo a gerar a dispersão da melanina da epi-
derme (RIBEIRO, 2010).
  Melawhite: age como clareador e despigmentante por inibir a tirosinase, 
diminuindo a formação de melanina (NUNES; SIMÃO; KUPLICK, 
2013).
  Silicato de alumínio: age na absorção dos grânulos de melanina exis-
tentes na epiderme.
  Soja: possui atividade antioxidante, além de reduzir a quantidade de 
grânulos de melanina que chegam à superfície da pele (COSTA, 2012). 
  Vitamina C (ácido ascórbico): atua evitando a formação de radicais 
livres envolvidos nos processos de hipercromias, tendo ação antioxidante 
(RIBEIRO, 2010).
Além desses, outros ativos podem ser empregados no tratamento de olheiras 
melânicas, desde que atuem por meio dos mecanismos de despigmentação. 
11Tratamentos para olheiras
Vale lembrar que os ativos cosméticos podem estar presentes em formulações cos-
méticas de maneiras associadas, potencializando os efeitos do produto. Além disso, 
podem ser encontrados em produtos cosméticos de diferentes formas de apresentação. 
Exemplos de formas de apresentação são cremes, loções, sabonete, géis, dentre outras, 
de acordo com a finalidade de uso (CHAVEZ; DOREA; PINHEIRO, 2018).
Peeling químico
O uso isolado ou combinado de muitos dos ativos cosméticos utilizados na 
modalidade de peeling promoverão uma esfoliação da pele, de natureza quí-
mica. Para isso, são utilizados cosméticos com pH baixo, ácidos, de modo 
promover os efeitos terapêuticos.
Nesses casos, a esfoliação promovida pelos peelings químicos busca remover 
parte das células localizadas na epiderme e, com isso, reduzir a concentração 
de grânulos de melanina que se encontram dentro das células dessa camada 
da pele, dispersando a melanina e, com isso, facilitando a despigmentação 
das olheiras melânicas.
Em relação ao mecanismo de ação, são utilizados ativos cosméticos especí-
ficos, com pH ácidos, ou seja, menores que 6 na escala de mensuração do pH, 
valores de pHs mais baixos que a pele. Esses ativos interagem quimicamente 
com a pele por meio de reações químicas que causam níveis variados de lesões 
na pele, conforme sua propriedade, seu pH e sua concentração, reduzindo a 
adesão entre as células da camada mais externa da epiderme e facilitando a 
remoção dessas células em seguida (SMALL, 2014). 
Por isso, quando aplicados, esses ativos podem promover uma descamação 
da pele, que pode ser de graus variados. Quando aplicados aos casos de olheiras, 
os peelings químicos têm como objetivo remover a melanina que se encontra 
presente no estrato córneo e na epiderme, no interior dos queratinócitos. 
Os ativos cosméticos mais utilizados nos peelings para tratar as olheiras 
são ácido tricloroacético, ácido salicílico, ácido glicólico, ácido lático, e ácido 
mandélico (OLIVEIRA; PAIVA, 2016).
A concentração de cada um dos peelings depende do ativo utilizado e 
também do nível de profundidade do peeling. Por exemplo, o ácido tricloro-
acético, bastante utilizado no tratamento de olheiras, pode ser utilizado em 
uma concentração de 10% quando o objetivo é um peeling muito superficial. 
Tratamentos para olheiras12
O ácido glicólico, também bastante comum no tratamento de hiperpigmenta-
ções, é utilizado em concentrações de 30% para peelings muito superficiais, 
assim como o ácido salicílico, que também é utilizado nessa concentração 
(YOKOMIZO et al., 2013). 
A aplicação corretafaz com que um novo tecido seja formado na região, 
mais saudável e com uma distribuição de grânulos de melanina menor e mais 
homogênea. 
A realização de peelings químicos é contraindicada em pacientes com presença de lesões 
de herpes ou outros processos infecciosos. Além disso, se a área de tratamento estiver 
irritada ou lesionada, o tratamento também é contraindicado (BORGES; SCORZA, 2016).
Microdermoabrasão
Trata-se de um método de esfoliação mecânica da pele com equipamentos 
específi cos que geram a microdermoabrasão, como o peeling de cristal ou o 
peeling de diamante.
No uso da microdermoabrasão pelo peeling de cristal, o equipamento pro-
duz uma pressão positiva sobre a pele, a qual jateia microcristais sobre a pele, 
gerando erosão da camada mais externa da epiderme, ao mesmo tempo que 
utiliza a pressão negativa para sugar restos celulares e microcristais residuais 
de volta para um reservatório no interior do equipamento (BORGES; SCORZA, 
2016). Na microdermoabrasão pelo peeling de diamante, o equipamento utiliza 
apenas uma pressão negativa, associada a uma lixa diamantada, que serve de 
superfície abrasiva. Nesse tipo de microdermoabrasão, durante a movimentação 
da manopla sobre a pele, a pele é sugada pela pressão negativa em direção à 
superfície abrasiva, gerando a esfoliação (BORGES; SCORZA, 2016). 
Em ambas as modalidades de microdermoabrasão, os objetivos de trata-
mento são os mesmos: gerar uma esfoliação mecânica da pele, removendo a 
camada mais externa da epiderme e, com isso, induzindo uma maior taxa de 
renovação celular. Além disso, dispersa a melanina que se encontra acumulada 
na região, auxiliando no tratamento de olheiras melânicas. 
A Figura 6, a seguir, mostra a aplicação da microdermoabrasão com peeling 
de diamante.
13Tratamentos para olheiras
Figura 6. Microdermoabrasão com peeling de diamante no tratamento de olheiras melânicas.
Fonte: Elenavolf/Shutterstock.com.
Em relação à profundidade, a esfoliação mecânica promovida pela mi-
crodermoabrasão pode causar níveis de abrasão de diferentes profundidades 
de acordo com a pressão utilizada, com a velocidade de movimentação da 
manopla com o tempo e número de vezes que a manopla é deslizada sobre 
uma região (NUNES; SIMÃO; KUPLICK, 2013).
Carboxiterapia
Essa modalidade terapêutica se caracteriza pela administração do gás carbônico 
(CO2) de forma terapêutica no plano subcutâneo através do uso de agulha. A 
aplicação desse gás promove um descolamento da pele da região com afasta-
mento dos tecidos, que passam a ser ocupados pelo gás. Esse deslocamento 
induz um trauma físico por meio do trauma imposto pela agulha associado 
ao efeito circulatório e de oxigenação a partir do efeito Bohr que o gás pro-
porciona, sufi cientes para induzir uma cascata de eventos que culminam no 
resultado que se almeja no tecido (BORGES, 2010).
Tais condições são favoráveis ao desenvolvimento de processo de cica-
trização, e esse processo induz a síntese de um novo tecido na região, com 
novas fibras de colágeno e elastina, que melhoram a sustentação da pele 
(OLIVEIRA; PAIVA, 2016).
Nesse caso, a carboxiterapia, considerando esse mecanismo de ação, pode 
ser indicada para tratamento de olheiras que cursem com flacidez de pele. Ao 
aumentar-se o tônus da pele e reduzir a flacidez, reduz-se também a sobra que 
Tratamentos para olheiras14
a pele faz sobre a região ocular e, com isso, diminui-se o padrão das olheiras 
melânicas, principalmente, que são mais comuns em pacientes de maior idade. 
3 Tratamento de olheiras vasculares 
Como nesse tipo de olheiras a fi siopatologia está relacionada a um maior acúmulo 
de edema e a circulação sanguínea se encontra alterada, os tratamentos propostos 
devem, sobretudo, melhorar a circulação local e a nutrição tecidual, reduzindo 
edema e evitando a estase venosa (DANTAS, 2013). Os tratamentos nos casos de 
olheiras vasculares são destinados a amenizar a visualização dos vasos. Por isso, 
podem ser empregados tratamentos estéticos que atuem sobre os vasos sanguíneos, 
como o caso dos ativos cosméticos que atuem sobre as estruturas vasculares. 
Além disso, podem ser empregados nesses casos tratamentos estéticos manuais, 
como a drenagem linfática, para que promova melhora da circulação local, reduzindo 
o edema e, desse modo, atuando sobre a fisiopatologia das olheiras vasculares.
Ativos cosméticos
Os ativos cosméticos destinados ao tratamento de olheiras do tipo vascular de-
vem atuar, principalmente, sobre os vasos sanguíneos e linfáticos, melhorando 
a circulação local, fortalecendo a parede dos vasos sanguíneos, aumentando a 
resistência e reduzindo a fragilidade capilar (RIBEIRO, 2010). Também podem 
agir diminuindo o edema local e regularizando a permeabilidade vascular, 
impedindo que células sejam perdidas do interior do vaso e que possam causar 
deposito de hemossiderina, por exemplo.
A seguir, são apresentados alguns ativos com essas finalidades e o meca-
nismo de ação promovido — além desses ativos, outros ativos que estimulem 
a circulação sanguínea e reduzam o edema local podem ser aplicados no 
tratamento de olheira vasculares.
  Argilas: são ativos minerais utilizados na área da estética para nutrir, 
hidratar, reconstituir, desintoxicar, revitalizar, equilibrar os tecidos. 
São compostas por complexos de minerais e água e, por isso, pos-
suem propriedades terapêuticas relacionadas à ação facilitadora de 
trocas calóricas, líquidas e iônicas. A composição mineral varia entre 
as diversas cores de argila disponíveis no mercado de cosméticos. Em 
15Tratamentos para olheiras
relação à aplicação, podem ser utilizadas como agentes esfoliantes ou 
como máscaras, promovendo ações de limpeza, esfoliação, peeling 
físico, ação adstringente, hidratante, tensora, antioxidante, nutritiva, 
tonificante, revitalizante e ativadora da circulação, além da ação clare-
adora (MILREU, 2013). Em relação às cores de argila mais utilizadas 
no tratamento de olheiras, a argila branca é a que promove maior efeito 
clareador. Contudo, outras argilas também podem ser empregadas para 
melhorar o tônus da pele na região dos olhos, a circulação, promovendo 
ação antioxidante, prevenindo sinais do envelhecimento, dentre outras 
finalidades.
  Cafeisiliane C®: complexo de ativos com cafeína em sua composição 
que atua melhorando a circulação local (RIBEIRO, 2010).
  Castanha da Índia: atua reduzindo a fragilidade capilar e regulando a 
permeabilidade dos vasos sanguíneos. Além disso, promove aumento 
do tônus vascular, efeito de proteção dos vasos sanguíneos e, ainda, 
reduz a quantidade de edema formado (RIBEIRO, 2010).
  Chá verde: aumenta a resistência e o tônus venoso, tem efeito na melhora 
da circulação sanguínea e, por isso, é eficaz no tratamento de olheiras 
vasculares (NUNES; SIMÃO; KUPLICK, 2013).
  Extrato de hera: regula a circulação sanguínea nos pequenos vasos 
(NUNES; SIMÃO; KUPLICK, 2013).
  Eyeliss®: atua melhorando a circulação linfática. 
  Ginkgo biloba: possui uma serie de flavonoides na sua composição e, 
por isso, é capaz de estabilizar a permeabilidade vascular e melhorar o 
fluxo de sangue no local (RIBEIRO, 2010). 
  Haloxil®: atua sobre a microcirculação, fortalece a pele e reduz a fra-
gilidade vascular na área dos olhos (RIBEIRO, 2010).
  Ruscus: é um ativo que atua na redução do edema (RIBEIRO, 2010).
  Vitamina K: atua sobre o mecanismo de homeostasia, evitando a perda 
de células de dentro dos vasos sanguíneos (RIBEIRO, 2010). 
Peelings químicos 
Os peelings químicos também podem ser benéfi cos no tratamento de olheiras 
vasculares. Dentre eles, indica-se o uso de ativos cosméticos como: ácido 
Tratamentos para olheiras16
tricloroacético, ácido salicílico, ácido glicólico, ácido lático e ácido mandélico 
(OLIVEIRA; PAIVA, 2016). 
No caso do tratamento de olheiras vasculares, Souza et al. (2013) sugerem 
o uso do ácido tioglicólico, já que esse ácido tem capacidade de quelar o ferro 
presente na hemossiderina e, com isso, evitaro acúmulo de pigmento dessa 
substância na área dos olhos.
Drenagem linfática manual (DLM)
Considerando que as olheiras vasculares apresentam redução da circulação 
sanguínea local, é esperado, também, que apresentem estase linfática e edema. 
Nesse sentido, pode-se indicar como modalidade de tratamento o uso da DLM, 
de modo a prevenir ou tratar o edema da área dos olhos.
A DLM atua drenando o excesso de líquido acumulado na região por 
meio de movimentos lentos, fluidos e no sentido das vias linfáticas (NUNES; 
SIMÃO; KUPLICK, 2013).
Para o tratamento de olheiras, é importante realizar a técnica em toda a 
área facial, seguindo obrigatoriamente o sentido das vias linfáticas, conforme 
a mostra a Figura 7, a seguir. 
Figura 7. Sentido da drenagem linfatica facial no tratamento das olheiras.
Fonte: Alla Bagrina/Shutterstock.com.
17Tratamentos para olheiras
Tratamento de olheiras mistas
As olheiras mistas apresentam características combinadas e, normalmente, 
exigem também tratamentos combinados. Por isso, para tratamento dessas olheiras, 
devem ser utilizados os recursos estéticos citados anteriormente e, ainda, outros 
recursos que atuam nos dois tipos de olheira, como os que você confere a seguir.
  Radiofrequência: consiste na aplicação de energia eletromagnética, que, ao 
chegar aos tecidos, promove agitação das moléculas de água e geração de 
calor (RODRIGUES; PETRI, 2019). A radiofrequência eleva a temperatura tecidual, 
que gera aumento no metabolismo e melhora da irrigação e nutrição. 
  Laser infravermelho: atua no tratamento de olheiras por induzir a eliminação 
das toxinas, ativar o sistema linfático e, com isso, proporcionar melhor oxigena-
ção dos tecidos e aumentar a microcirculação local, que se encontra afetada. 
  Diodo emissor de luz (LED): emissão de luz por diodos que transforma energia 
elétrica em radiação visível. Sua aplicação se dá pela ação de diferentes com-
primentos de onda, com cores especificas (VIEIRA; SILVA; DEVILLA, 2018). Para 
olheiras, indica-se a terapia com comprimentos de onda azul, que estimula o 
metabolismo celular, melhora a microcirculação sanguínea local e age sobre o 
metabolismo da produção de melanina, auxiliando no clareamento de manchas 
hipercromias. 
  Luz intensa pulsada (IPL): fototerapia cuja energia luminosa age sobre os tecidos 
com finalidade terapêutica. Assim como o LED, a IPL varia os comprimentos de 
onda de acordo com a finalidade terapêutica. Para tratamento de hipercromias, 
incluindo olheiras, orienta-se o uso de comprimentos de onda na faixa de 520 
nm a 1200 nm (VIEIRA; SILVA; DEVILLA, 2018). 
  Microcorrentes: recurso de eletroterapia, de baixa intensidade, baixa amperagem 
e baixa frequência que possibilita um tratamento sem dor. Quando aplicada 
aos tecidos, a microcorrente melhora a microcirculação sanguínea e linfática 
e promove melhora da regeneração tecidual (NUNES; SIMÃO; KUPLICK, 2013). 
  Iontoforese: uma corrente elétrica contínua é aplicada aos tecidos em associação 
com ativos cosméticos específicos. Permite que o ativo cosmético utilizado 
permeie de maneira mais efetiva na pele e atinja tecidos mais profundos e 
de modo mais rápido — contudo, é muito importante tomar cuidado com 
os ajustes, especialmente da intensidade da corrente, por ser uma corrente 
polarizada, podendo causar queimaduras químicas se mal empregada. 
Vale destacar que os recursos citados na terapêutica das olheiras devem 
ser utilizados de maneira associada, considerando que os efeitos terapêuticos 
podem ser potencializados quando mais de um recurso é empregado. Nesse 
caso, em uma mesma sessão de tratamento, o profissional pode fazer uso de 
recursos cosméticos, de eletroterapia, de fototerapia e, ainda, de terapia manual.
Tratamentos para olheiras18
Também vale destacar que todo tratamento deve ser complementado com 
cuidados dermoestéticos no ambiente domiciliar. No caso das olheiras, esses 
cuidados dermoestéticos se relacionam com o uso de ativos cosméticos indi-
cados pelo profissional de estética no ambiente domiciliar e, ainda, cuidados 
relacionados ao uso de filtro solar durante o tratamento, evitando piora do 
quadro das olheiras.
O tratamento das olheiras pode trazer resultados satisfatórios ao paciente, 
mas, para garantir os resultados esperados, é necessário que o profissional 
realize uma correta avaliação do cliente e de sua condição inestética de modo 
a elaborar um plano de tratamento adequado. 
Além disso, todo tratamento de olheiras deve ser associado a orientações 
acerca de fatores causais, de modo que, se possível, o paciente possa modificar 
hábitos de vida que estejam relacionados ao surgimento ou à piora do quadro 
de olheiras, garantindo, desse modo, um atendimento integral, efetivo e, 
sobretudo, seguro.
Em relação à proteção solar, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (2020) orienta que se faça 
utilização de protetores solares com filtros UVA e UBB associados e com fator de proteção 
solar mínimo de 30, garantindo, assim, uma proteção adequada à radiação solar. 
ARAÚJO, J. A.; FERREIRA, L. A. Hiperpigmentação periorbital. Psicologia e Saúde em 
Debate, v. 4, n. 3, dez. 2018. Disponível em : http://www.psicodebate.dpgpsifpm.com.
br/index.php/periodico/article/view/V4N3A6/257 . Acesso em: 10 maio 2020.
BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 
2. ed. São Paulo: Phorte, 2010.
BORGES, F. S.; SCORZA, F. A. Terapêutica em estética: conceitos e técnicas. São Paulo: 
Phorte, 2016.
CHÁVEZ, C X. B.; DOREA, J. S.; PINHEIRO, R. C. S. P. Utilização do peeling químico no 
tratamento de hipercromias ou hiperpigmentação facial. Journal of Specialist, [S. l.], v. 1, 
n. 4, apr. 2019. Disponível em: http://journalofspecialist.com/jos/index.php/jos/article/
view/121 Acesso em: 13 maio 2020.
19Tratamentos para olheiras
COSTA, A. Tratado internacional de cosmecêuticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2012.
DANTAS, L. D. P. Análise de padrões dermatoscópicos em pacientes com hiperpigmentação 
periocular. 2013. 87 f. Tese (Doutorado) - Curso de Pós-graduação em Medicina, Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://www.
lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/86415/000910129.pdf?sequence=1&isAllowed=y. 
Acesso em: 10 maio 2020.
DAS, S. Hiperpigmentação. In: MANUAL MSD. [S. l.: s. n.], 2018. Disponível em: https://
www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/dist%C3%BArbios-de-
-pigmenta%C3%A7%C3%A3o/hiperpigmenta%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 10 
maio 2020. 
FLORIANI, J. Olheiras. In: JULIANA FLORIANI. Balneário Camboriú: [S. n.], 2020. Disponível 
em: https://julianafloriani.site.med.br/index.asp?PageName=olheiras. Acesso em: 10 
maio 2020.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
MILREU, P. G. A. Cosmetologia. São Paulo: Pearson, 2013.
NUNES, L. F.; SIMON, A. B.; KUPLICH, M. M. D. Abordagens estéticas não invasivas para 
a hiperpigmentação orbital. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, v. 2, n. 2, 2013. 
Disponível em: http://45.238.172.12/index.php/ries/article/view/166/175. Acesso em: 
10 maio 2020.
OLIVEIRA, G. A.; PAIVA, A. R. Causas e tratamento da hipercromia periorbital. Revista 
da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v. 18, n. 3, 2016. Disponível em: https://
revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/23330/pdf. Acesso em: 10 maio 2020.
QUEZADA GAÓN, N.; ROMERO, W. Dermatoscopia na hiperpigmentação periorbital: 
uma ajuda no diagnóstico do tipo clínico. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 6, n. 2, 
2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/2655/265531454009.pdf. Acesso 
em: 10 maio 2020.
RIBEIRO, C. J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
RODRIGUES, P. A.; PETRI, T. C. Eletroterapia facial e corporal avançada. Porto Alegre: 
SAGAH, 2018. 
SMALL, R. Guia prático de peelings químicos microdermoabrasão e produtos tópicos. Rio 
de Janeiro: Di Livros, 2014.
Tratamentos para olheiras20
Os linkspara sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA. Como prevenir. Rio de Janeiro: SBD, 2017. 
Disponível em: http://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/noticias/como-prevenir/. 
Acesso em: 10 maio 2020.
SOUZA, D. C. M. et al. Comparação entre ácido tioglicólico 2.5%, hidroquinona 2%, 
haloxyl 2% e peeling de ácido glicólico 10% no tratamento da hiperpigmentação 
periorbital. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 5, n. 1, 2013. Disponível em: http://www.
surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/250/Comparacao-entre-acido-tioglicolico-2-
-5---hidroquinona-2---haloxyl-2--e-peeling-de-acido-glicolico-10--no-tratamento-
-da-hiperpigmentacao-periorbital. Acesso em: 10 maio 2020.
VANZIN, S. B.; CAMARGO, C. P. Entendendo cosmeceuticos: diagnósticos e tratamentos. 
2. ed. São Paulo: Santos, 2011.
VIEIRA, P. F.; SILVA, R. M.; DEVILLA, M. H. Radiofrequência x led na despigmentação su-
borbital vascular: uma revisão bibliográfica. 13 f. Monografia (Especialização) - Curso de 
Pós-graduação em Estética e Bem-estar, Universidade Federal do Sul de Santa Catarina, 
2018. Disponível em: https://riuni.unisul.br/handle/12345/5453. Acesso em: 10 maio 2020.
YOKOMIZO, V. M. F. et al. Peelings químicos: revisão e aplicação prática. Surgical & 
Cosmetic Dermatology, v. 5, n. 1, 2013. Disponível em: http://www.surgicalcosmetic.
org.br/detalhe-artigo/253/Peelings-quimicos--revisao-e-aplicacao-pratica. Acesso 
em: 10 maio 2020.
21Tratamentos para olheiras