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AR COMPRIMIDO: ESPECIFICAÇÕES E MÉTODOS DE MONITORAMENTO Carolina AndradeNovembro, 2006 COMPRESSORES Qualidade do ar comprimido • Depende dos detalhes de construção de cada tipo de compressor • Qualidade do ar atmosférico captado para a compressão Ar Comprimido com maior ou menor nível de contaminação SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE ESPECIFICAÇÕES 1 mg/m3 0.5 mg/m30,3 mg/m35 mg/m3 0.1 mg/m3Óleos e partículas sólidas -40 oC -11 oC-11 oC+4 oC (+39 oF) - 45oC, medida a atmosfera ambiente Ponto de Orvalho ---2.5 ppm2 ppmNOx ---5 ppm1 ppmDióxido de Enxofre 900 ppm500 ppm500 ppm≤ 500 ppm500 ppmDiòxido de Carbono 10 ppm5 ppm15 ppm≤ 10 ppm5 ppmMonóxido de Carbono --Sem odorSem odor-Odor NOVA ZELÂNDIA NZS 5813 INGLATERRA BS4275 ALEMANHA EN12021 DIN 3188 ESTADOS UNIDOS NFPA BRASIL NBR 12188PARÂMETRO NFPA 99C, Gas and Vacuum Systems, 2002 Métodos para determinação de contaminantes • Ponto de orvalho: ISO 8573.3 • Valores totais para óleo: ISO 8573.2 e ISO 8573.5 • Determinação de microrganismos: ISO 8573.7 Não detectável, <0.5 Não detectável, <0.5 Não detectável, <0.5 2.5 ppmNOx Não detectávelNão detectávelNão detectávelSem odorOdor -10 °C-40 °C+2 °C+4 °CPonto de orvalho Não detectávelNão detectávelNão detectável0Água condensada 0.040.050.081 mg/m3Particulados 4 ppm4 ppm4 ppm25 ppmHidrocarbonetos totais (metano) 1Não detectável, <1 1 ppm10 ppmMonóxido de Carbono Não detectável, <1Não detectável, <1 500 ppm500 ppmDióxido de Carbono Compressor IIICompressor IICompressor ILimitesParâmetros Parâmetros físico-químicos EUA Brown, 2002Brown, 2002 Parâmetros fisico-químicos BRASIL -25 °C (~900 ppm de água)NDPonto de orvalho AusenteAusenteOdor 0.1 ppm< 0.1 ppmNOx 388 ppm256 ppmCO2 < 0.3 ppm< 0.3 ppmCO 2.1 ppm2.7 ppm Conteúdo de hidrocarbonetos totais 20.90%21.30%O2 III Compressor Parâmetro SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE Excesso de condensado na rede de distribuição saindo pelo posto de consumo de ar UMIDADE UMIDADE Danos aos equipamentos Acelera corrosão dos circuitos internos Danifica diafragmas de borracha Associada ao pó de grafite danifica cilindros dos sistemas pneumáticos e eletro-válvulas Excesso => danifica circuitos eletrônicos (curtos-circuitos e muitas vezes a necessidade de troca total) SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE Condições de baixa pureza e alta umidade da rede de ar comprimido Biofilme associado ao pó de grafite FiltrosFiltros Fluxôm etro Fluxôm etro UMIDADE • Contaminante do ar comprimido • Causa danos aos componentes internos dos equipamentos • Permite formação de biofilmes nas partes internas do pulmão de armazenamento e no interior das redes de distribuição Aço Bactérias SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE AR COMPRIMIDO Ar comprimido industrial: limpeza e acionamento de equipamentos (compressor convencional) Ar comprimido medicinal: utilizado para fins terapêuticos. Isento de óleo e de água, desodorizado em filtros especiais e gerado por compressor com selo d’água, de membrana ou de pistão com lubrificação a seco. Ar comprimido sintético: obtido a partir da mistura de oxigênio (21%) e nitrogênio líquido (79%), utilizado para fins terapêuticos, com especificações de pureza compatíveis para uso medicinal. Fonte: RDC 50/03Fonte: RDC 50/03 Ubiqüidade dos microrganismos Microrganismos em gases Todos os tipos de microrganismos Células vegetativas Esporos de bactérias anaeróbicas e aeróbicas Esporos de fungos “Número de MO em gases deve ser muito baixo" Microrganismos: Crescimento Água➙em gases: ausente Nutrientes ➙em gases: ausentes(?) Temperatura Microrganismos: Sobrevivência SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE Células vegetativas Água Temperatura moderada Esporos bacterianos Sem água Vários anos > 10.000 anos Tolerância à pressão Exposição a 1013-6080 bar (25oC, 10 min) Bactérias Gram- negativas (3040 bar) Campylobacter jejuni Escherichia coli Pseudomonas aeruginosa Salmonella typhimurium Yersinia enterocolitica Leveduras (4053 bar) Candida utilis Saccharomyces cerevisiae Bactérias Gram- positivas (6060 bar) Staphylococcus aureus Streptococcus faecalis Micrococcus sp. Esporos (não inativados mesmo a 6080 bar) Bacillus cereus, Clostridium sporogenes Tolerância à pressão Pressão de trabalho no compressor é de 7- 8 bar SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE É pouco provável que somente o efeito da pressão possa inativar os microrganismos Tolerância ao cisalhamento • Cisalhamento no compressor: devido a trocas na pressão causadas pelas trocas de volume • Cisalhamento nas válvulas: correlacionado com a geometria interna das válvulas e com as condições de operação SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE É pouco provável que a pressão dos compressores possa inativar os microrganismos por cisalhamento Métodos para Análises de Ar Comprimido • Métodos para coletar amostras de gas: filtração borbulhamento através de um líquido impactação em superfície (mais comum) SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE Métodos para coleta de amostras Amostragem seca - filtração (Método Camnea): 1m3 gas através de um filtro Contagem total (fluorescência) Contagem de viáveis (placa) Endotoxinas Amostragem úmida - borbulhamento (Método Nycomed): 1m3 gas em água peptonada Contagem de viáveis (placa) SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE LIMITES DE DETECÇÃO Método Camnea: Contagem de viáveis: 50-150 UFC/m3 Carga biológica total: 5300 cel/ m3 Endotoxina: 0,09 EU/ m3 Método Nycomed: Contagem de viáveis: 2 UFC/m3 SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE EIGA – Associação Européia de Gases Industriais • Métodos para determinar a contaminação microbiológica em vários gases • Diferentes fontes de contaminação e possível modo de prevenção • Ar comprimido; dióxido de carbono; óxido nitroso; oxigênio; nitrogênio SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE Estudo de Biocontaminação Cilindros de CO2 para laparoscopia Método utilizado: Camnea • Amostragem através de um filtro de todo o conteúdo do cilindro • Carga biológica total 2.2*107 /m3 • Contagem de viáveis Não encontrado • Endotoxinas < 0.1 UI/mL Fonte: EIGA – Associação Européia de Gases Industriais Biocontaminantes em amostras de ar comprimido Amostras coletadas após 100 m de tubulação Óleo pode servir como nutriente para microrganismos Recém instaladoComentários -??Endotoxinas EU/m3 150-400--Número total de viáveis UFC/m3 16.000-31.00052005200Carga BiológicaTotal Células/m3 Compressor isento de óleo e água Compressor lubrificado com óleo Compressor lubrificado com água Resultados Fonte: EIGA – Associação Européia de Gases IndustriaisBiocontaminantes em amostras de água Água deionisadaÁgua deinoisadaComentários > 0,24 e < 3> 3 e < 30Endotoxinas EU/m3 1235Número total de viáveis UFC/m3 470.000340.000Carga BiológicaTotal Células/m3 Após compressor lubrificado com água Antes do compressor lubrificado com água Resultados Fonte: EIGA – Associação Européia de Gases Industriais AMOSTRAGEM MICROBIOLÓGICA Pressão de amostragem Pressão de amostragem até 7 baraté 7 bar Fluxo de ~1 mFluxo de ~1 m33/min/min Câmara de amostragem Câmara de amostragem autoclavávelautoclavável Calibração do fluxoCalibração do fluxo Sem necessidade de Sem necessidade de redutor de pressãoredutor de pressão Composição: Aço 316 LComposição: Aço 316 L Biocontaminantes NDBacillus mycoidesMicrococcus luteusRede I Aspergillus niger Staphylococcus sp. Staphylococcus scuri Micrococcus luteus Bacillus coagulans Bacillus mycoides Bastonetes Gram Negativos Compressor FungosBactériasLocal SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADECAROLINA ANDRADE CONTAMINAÇÃO COM MICRORGANISMOS Procedimentos e medidas de prevenção e controle para produtos de grau farmacêutico não estéreis classifica o ar medicinal como um produto da categoria 2 PRODUTO CATEGORIA 2 PhEur. Um produto da categoria 2 é um produto não estéril com os seguintes limites: < 100 ufc/m3 gas livre de microrganismos patogênicos (> 50 ufc/m3 gas) < 0,5 EU/m3 gas COMENTÁRIOS GERAIS Ar comprimido não é um produto estéril Um método para determinação do número de microrganismos deve ser utilizado Contaminação com óleo mesmo em quantidades residuais pode resultar em danos em lotes ou produtos Contaminações podem resultar em custos elevados devido a paralisações e descontaminações SENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIASENAI-RJ DIRETORIA DE TECNOLOGIA CAROLINA ANDRADExCAROLINA ANDRADEx