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16/12/2021 16:40 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
GERENCIAL
AULA 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Furtado C. Francisco
16/12/2021 16:40 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/15
Conversa inicial
Olá, caro(a) aluno(a)! Nesta aula, vamos estudar a forma como os sistemas de informação na
atualidade disponibilizam os dados e informações de que precisamos para nossas atividades e para
as tomadas de decisão.
Trata-se dos bancos de dados. Aliás, um termo que praticamente caiu no uso popular, desde
que a tecnologia da informação se inseriu definitivamente como uma ferramenta de trabalho e
também de uso pessoal, com a abertura da internet comercial, nos anos 1990. Muitas pessoas até
mesmo chamam os sistemas de informação de banco de dados.
Pelo termo banco de dados, você já deve concluir que se trata de um repositório de dados,
usados pelos sistemas de informação. É isso mesmo, são lugares onde os dados são guardados, a fim
de serem usados pelos sistemas de informação. Estes seriam inúteis sem os bancos de dados, e vice-
versa.
Então, vamos entender nesta aula os aspectos principais dos bancos de dados. Veremos que se
trata de um software. Mas um software, digamos, especial. Isso porque ele se acopla a outros
softwares, os próprios sistemas de informação.
E como todo software, vamos conhecer seus padrões, seus tipos, a linguagem básica que
utilizam e alguns outros aspectos técnicos dos softwares de bancos de dados.
Ao final, vamos estudar sobre a implantação de sistemas de informação e por que uma boa
implantação depende de uma boa arquitetura de banco de dados. A ligação entre a parte técnica e a
questão gerencial.
Convidamos você a nos acompanhar em mais uma aula e desejando sempre um ótimo estudo!
CONTEXTUALIZANDO
É bem possível que você conheça – ou até mesmo trabalhe ou já tenha trabalhado – em
empresas pequenas ou médias que não tinham sistemas de informação mais elaborados. O
gerenciamento das informações é feito sobretudo por meio de planilhas eletrônicas, em geral o MS-
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Excel ou no máximo com sistemas de banco de dados simples, como o MS-Access, principalmente as
informações financeiras.
Um dos objetivos permanentes de toda empresa é crescer. Quando esse crescimento começa a
acontecer, a gestão de informações com planilhas passa a se tornar mais difícil. A velha história de
que “é arcaico, mas funciona” começa gradualmente a perder sentido com o crescimento da
organização. Intuitivamente, todos começam a perceber que as planilhas já não são suficientes.
Todavia, não é apenas na fase de crescimento que a falta de sistemas de informação mais
robustos pode ser prejudicial à empresa. Existem outros fatores que contribuem para a perda de
eficácia organizacional, quando se trabalha apenas com planilhas, em qualquer estágio da
organização.
Quais seriam esses fatores? Ao seu ver, essa etapa de gestão de informação via planilhas poderia
ser eliminada da empresa, mesmo nas menores? E como isso poderia ser feito, quais as ações
necessárias?
Reflita e pesquise sobre esse assunto!
TEMA 1 – BANCO DE DADOS E SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO
DE DADOS
Importante entendermos que, quando falamos em bancos de dados, podemos nos referir ao
próprio banco de dados ou aos seus sistemas gerenciadores. Dois conceitos diferentes.
Portanto, vamos iniciar com o mais básico deles, o banco de dados.
1.1 BANCO DE DADOS
De acordo com O’Brien (2004, p.136), um banco de dados é “um conjunto integrado de
elementos de dados relacionados logicamente”. Já para Rezende e Abreu (2000, p. 209), banco de
dados “é uma coleção de dados organizada como num arquivo convencional”. Estes autores vão um
pouco além, afirmando que o banco de dados armazena e manuseia os dados a fim de que sejam
transformados em informação.
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Vemos que as duas definições são complementares, elas nos informam que os dados de um
banco de dados são relacionados, de uma forma lógica, como se fosse um arquivo organizado.
Repare que eles enfatizam os termos relação, lógica e organização.
De acordo com Eleutério (2015, p. 80), “um sistema de informação dedica a maior parte do seu
processamento ao armazenamento e à recuperação de dados”. Assim, o banco de dados deve
manter as informações seguras e consistentes. O banco de dados é, enfim, o “coração” de um
sistema de informação gerencial. Podemos comparar um BD com elementos da nossa vida cotidiana:
um fichário médico, uma agenda telefônica, um sumário de um livro. São todas coleções organizadas
de dados.
E como é, basicamente, a comunicação do sistema de informação com o banco de dados? Essa
conversa se dá por meio de uma linguagem especial de computação: o SQL – Structured Query
Language, em português linguagem estruturada de consultas. Os softwares se utilizam desta
linguagem para consultar, incluir, alterar ou excluir dados no banco. Quando um usuário do SIG faz
uma destas operações sobre um dado, o sistema envia uma requisição (consulta, inclusão, alteração
ou exclusão) em linguagem SQL ao banco de dados e este faz um processamento interno chamado
transação de dados. O resultado dessa transação é enviado ao SIG, que então a exibe ao usuário. Essa
operação é visualizada na figura a seguir.
Figura 1 – Interação do software com o banco de dados
Fonte: Eleutério, 2015, p. 80.
Saiba mais
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/15
Veja no vídeo a seguir uma explicação contextualizada do funcionamento de um banco de
dados. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fWa0WYUHPr8>. Acesso em: 29 mai.
2020.
Mas ainda há mais um elemento nesse cenário: o SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de
Dados. Vamos conhecer.
1.2 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS
Vimos que os sistemas de informação acessam os dados de um BD para suas operações e os
manuseiam. Mas há um elemento intermediário: o SGBD, o Sistema Gerenciador de Banco de
Dados.
Mas qual a diferença entre ele e o SGBD e qual sua função? Podemos dizer que o banco de
dados são tabelas que contêm os dados. Quase um elemento “estático”. O SGBD é um software que
gerencia, como seu nome diz, esse acesso do sistema de informação ao banco de dados. Ele tem por
função garantir que o banco fique íntegro e não tenha erros nos dados. Entre suas funções principais
estão:
Controle de redundância: evita que haja duplicatas de dados no banco; por exemplo, duas
pessoas com o mesmo CPF.
Compartilhamento de dados: gerencia o acesso de mais de um usuário ao mesmo dado;
exemplo: bloqueia um assento do avião no momento de compra da passagem, para evitar que
duas pessoas comprem um mesmo assento.
Controle de acesso: gerencia quem pode acessar um dado e o nível de acesso; por exemplo,
dados de vendas só podem ser vistos por funcionários da área financeira e seus superiores.
Restrição de integridade: deve garantir os formatos dos dados no banco; por exemplo, o campo
de salário da tabela de funcionários deve gravar apenas números com duas casas decimais
Saiba mais
Veja no link a seguir os SGBD principais no mercado e algumas de suas características.
Disponível <http://nerdotech.com/5-melhores-bancos-de-dados-da-atualidade/>. Acesso em:
29 mai. 2020.
https://www.youtube.com/watch?v=fWa0WYUHPr8
http://nerdotech.com/5-melhores-bancos-de-dados-da-atualidade/
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TEMA 2 – TIPOS DE BANCOS DE DADOS
Os bancos de dados possuem uma arquitetura para organizar seus dados e a relação entre eles.
Veremos ainda nesta aula o mais usual, o modelo relacional. Mas existem outros tipos usados ainda
em muitas empresas. Importante entender essas arquiteturas. Vamos ver quais são.
2.1 HIERÁRQUICO
Uma das formas mais antigas de bancos de dados, ainda usada emcomputadores de grande
porte. A estrutura de dados é em árvore, os dados são acessados do “pai” para os “filhos”. Para se
conhecer um dado, deve-se navegar dos seus antecessores até chegar no dado desejado. Por
exemplo, os dados de um funcionário são acessados somente se acessarmos seu departamento e
setor antes. Veja outro exemplo de banco hierárquico, na figura a seguir:
Figura 2 – Exemplo de estrutura de banco de dados hierárquico
O exemplo acima é de um banco hipotético de estoque de uma loja de roupas. Para cada
registro-pai (calça, camiseta, camisa), existe um registro-filho (os tamanhos, P, M e G). A principal
desvantagem desse modelo é que se o sistema precisa acessar todas as roupas de tamanho M, por
exemplo, deve percorrer todos os registros-pai de M. Caso queira fazer uma alteração nos tamanhos,
deve percorrer toda a estrutura. Há redundância de informações.
2.2 REDE
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Parecido com os bancos hierárquicos, no entanto, parece mais com uma teia de aranha do que
uma hierarquia de registros. Surgiram para resolver a desvantagem de acesso dos bancos
hierárquicos. Os dados-filhos são chamados de membros e os dados-pai de proprietários. Diferente
do tipo hierárquico, um filho pode ter mais de um pai. Também usado em computadores de grande
porte, surgiu na década de 1970. Vejamos um exemplo do estoque de roupas, agora em rede:
Figura 3 – Exemplo de estrutura de banco de dados em rede
Nesse modelo, repare que cada registro-filho é independente, podendo se ligar a qualquer
registro-pai. Isso evita a redundância de informações. Assim, é preciso existir “ponteiros” que fazem a
ligação entre os registros.
2.3 BANCO DE DADOS NÃO-RELACIONAL
Surgido no final dos anos 1990, na esteira da popularização da internet. Seu conceito é de não
ter um relacionamento muito rígido entre as tabelas de dados (como os bancos relacionais) e assim
ser mais rápido. Também trabalha com dados de vários tipos: imagens, tabelas, sons. Muito usado em
sistemas de buscas (Google) e redes sociais. O mais conhecido desses bancos é o NoSql.
Saiba mais
Conheça o funcionamento dos bancos de dados do Facebook, a maior rede social do
mundo. Disponível em: <https://tecnoblog.net/154119/facebook-webscalesql-versao-mysql-bas
es-de-dados-grandes/>. Acesso em: 29 mai. 2020.
No entanto, o tipo mais usado em sistemas de informação é o modelo relacional, nosso assunto
a seguir.
https://tecnoblog.net/154119/facebook-webscalesql-versao-mysql-bases-de-dados-grandes/
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TEMA 3 – BANCOS DE DADOS RELACIONAIS
Os bancos relacionais são os mais utilizados em sistemas de informação. Ele é assim chamado
porque os dados estão armazenados em tabelas que se relacionam usando campos comuns entre
elas (chamados de campos-chaves).
Eles são bem mais flexíveis que os outros tipos que vimos acima, mais fáceis de manter e mais
estáveis.
A estrutura de um banco de dados relacional é parecida com uma tabela de Excel. Imagine uma
planilha de clientes, em que cada linha representa um cliente e cada coluna representa os dados dos
clientes, como CPF, nome, data de nascimento e assim por diante. A estrutura de uma tabela de
clientes em um banco relacional é bem similar, apenas que no banco de dados, cada cliente é
chamado de registro ou tupla e cada coluna de atributo ou campo.
Vamos entender como funcionam esses elementos.
3.1 CAMPOS-CHAVE
Veja a figura abaixo, que representa um banco de dados de um sistema de informação que trata
de pedidos:
Figura 4 – Relacionamento um para vários entre as tabelas clientes e pedidos
Fonte: Batistti [S. d.].
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Em um banco de dados tipo relacional, os dados são armazenados em tabelas. Na figura acima,
existem duas tabelas, clientes e pedidos. Cada uma guarda informações destas duas entidades.
Repare que existem campos em cada tabela para guardar as informações. O sistema de informação
se comunica com o SGBD, que faz a manipulação dos dados nestas tabelas. Por meio da interface do
sistema, um usuário pode criar, alterar, consultar ou excluir registros de clientes ou pedidos
(dependendo do nível de acesso do usuário, definido quando o sistema é construído).
Observe também que existem dois campos em negrito, são os campos-chaves. Estes campos
guardam informação que identificam um único cliente ou pedido no banco de dados. No caso, só
pode haver um cliente cujo campo CodigoDoCliente seja 1 e um único pedido cujo campo
NumeroDoPedido seja, digamos, 100. Essa integridade e suas regras são garantidas pelo SGBD, na
sua construção. Os campos-chaves também são chamados de chaves primárias.
3.2 RELACIONAMENTO ENTRE TABELAS
Por fim, repare que há uma linha conectando as duas tabelas. Essa linha define o
relacionamento entre tais tabelas, ou seja, banco de dados entende que cliente se relaciona com
pedido (e é isso mesmo no mundo real). Note também que tem o número 1 no lado da tabela do
cliente e o símbolo de infinito no lado da tabela de pedidos. Essa notação quer dizer que “um ciente
pode ter uma quantidade infinita de pedidos” e “um pedido se refere a somente um cliente”
(novamente reproduz as regras do mundo real).
Quem define esses desenhos, regras e relacionamentos? Na construção de um sistema, o
analista de sistemas ou negócios levanta essas regras com os usuários. Depois passa para os analistas
de banco de dados e programadores. Estes implementam o desenho do banco (suas tabelas, campos
e relacionamentos) no SGBD e no desenvolvimento do próprio sistema, que deve reproduzir aquilo
que existe no mundo real e no contexto de negócios da organização.
Saiba mais
Veja no artigo a seguir os demais tipos de relacionamentos entre tabelas de bancos de
dados. Disponível em: <https://www.diegomacedo.com.br/relacionamentos-em-um-banco-de-d
ados/>. Acesso em: 29 mai. 2020.
https://www.diegomacedo.com.br/relacionamentos-em-um-banco-de-dados/
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TEMA 4 – SQL – CONSULTANDO DADOS
Já mencionamos aqui sobre a linguagem SQL – Structured Query Language (linguagem
estruturada de consulta). Esta linguagem foi criada pela IBM na década de 1970, e sua flexibilidade e
facilidade de uso a tornaram um padrão para os SGBD e sistemas de informação; todos os SGBD
relacionais usam esse padrão, com algumas pequenas adaptações conforme o SGBD.
Como toda linguagem de programação, ela é estruturada em comandos. Os principais
comandos do SQL são:
Select (selecionar): seleciona um registro de uma tabela com base em um campo, por exemplo:
Select * from CLIENTE where ‘CPF’ = ‘199.736.540-56’; ao fazer esse comando, o BD retornará o
cliente que tenha o CPF acima.
Insert (inserção): usado para criar um registro em uma tabela do banco de dados.
Update (atualizar): este comando altera um registro em um banco de dados.
Delete (excluir): comando que exclui um registro do banco, deve ser usado com cuidado para
não deletar todos os registros de uma tabela.
Claro que existem vários outros comandos no SQL, para os mais diversos fins. Os comandos
acima são os principais. É uma linguagem bastante poderosa, com muitos recursos.
E como os sistemas de informação usam a linguagem SQL? É uma tarefa para os
desenvolvedores. Mas, em resumo, ao construir um sistema eles usam duas linguagens: a linguagem
do sistema, que implementa os controles de tela, fluxos de ações, contas aritméticas e regras de
negócio; e o SQL, em pontos onde é necessário a interação do sistema com o SGBD e o BD. Assim, se
abrirmos um código-fonte de um sistema, veremos comandos dessas duas linguagens. Dessa forma,
é transparente para os usuários, o SQL é executado dentro do SI, sem que ele perceba.
É possível mexer no banco de dados “pulando” o sistema? Sim, os SGBD possuem interfaces
pelas quais é possível usar a linguagem SQL diretamenteno banco, sem considerar qualquer sistema.
Mas é uma prerrogativa somente para os profissionais de TI, que devem se valer disso apenas em
situações bem específicas. Isso porque nesses casos estão lidando com os dados usados pelos
colaboradores da empresa para suas atividades. Curiosidade: as linguagens de programação mais
comuns para sistemas, hoje em dia, são o C++, o Java e o PhP; há outras também populares como o
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Python e o Go; e ainda há as linguagens de interface (que lidam com os controles de tela), como o
JavaScript, Angular e o HTML, de construção de páginas web.
TEMA 5 – IMPORTÂNCIA DO BANCO DE DADOS
Hoje em dia, os sistemas de informação estão por toda parte, sendo a base para praticamente
todas as atividades, na empresa e mesmo em nossa vida pessoal. No trabalho, as pessoas das áreas
administrativas têm em sua mesa um computador e acessam os mais diversos sistemas de
informação. Mesmo nas áreas operacionais é comum que os profissionais acessem as informações
por meio de computadores, tablets e celulares.
A internet deixou todo esse cenário ainda mais exponencial. Todos os dias os sites de busca
processam bilhões de buscas e para dar a resposta têm de ter bancos de dados enormes, ligados a
sistemas com altíssimo poder de processamento.
A IoT (Internet Of Things – internet das coisas) já é uma realidade, fazendo com que objetos
estejam conectados à web, enviando e recebendo informações, portanto usando algum tipo de
sistema de informação. A quantidade de dados e transações tende a ser gigantesca.
Assim, os bancos de dados são submetidos à enormes cargas de processamento. Muitos
usuários acessando estes dados ao mesmo tempo requerem que os SGBD usem eficiente mecanismo
de gestão de concorrência de acesso (abordamos isso antes, nos exemplos de compra de passagem
de avião). Existem sistemas 24x7, isto é, não podem parar e ter erros, como sistemas de controle
aéreo, de lojas virtuais e de usinas de energia.
Dessa forma a construção do banco de dados deve levar em conta alguns fatores importantes,
vamos entendê-los.
5.1 MODELAGEM DE DADOS
O início da construção de um banco de dados começa com a modelagem de dados. Essa
modelagem é um desenho do banco, na qual se determina como os dados são armazenados, quais
os campos de cada tabela, suas chaves, que relacionamento deverá haver entre as tabelas e outros
aspectos.
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Aqui a ideia é de projeto, de desenho mesmo. Antes de implementar o banco fisicamente. Pois
um projeto bem-feito reduz muito a possibilidade de problemas quando o sistema começar a sua
operação.
Curiosidade: o trabalho de modelagem de dados é normalmente feito por um profissional
chamado database administrator ou DBA (administrador do banco de dados); ele levanta as
informações necessárias ao sistema, quais as consultas mais frequentes e os relatórios necessários.
Um dos resultados do trabalho de modelagem, é o desenho do banco ou o modelo de dados.
Veja a seguir um exemplo:
Figura 4 – Modelo de dados
Usamos acima o mesmo exemplo do banco de dados de roupas que vimos antes, só que agora
num banco de dados relacional. Repare que há uma tabela apenas para tamanhos de roupas – onde
se cadastram os tipos P, M e G (e outros tantos que se queira) e outra para tipo de roupa – camisas,
calças, sapatos, vestidos etc. E uma tabela que liga as duas, onde há as chaves das tabelas de
tamanho e roupas, além do fornecedor e da marca. Assim, se eu quiser saber quais as marcas e os
fornecedores de “camisas – P”, tenho de pesquisar apenas nessa tabela, filtrando pelos códigos de
tamanho P, pelo código que indica os tipos de roupa camisas (estes dados vem das suas respectivas
tabelas) e verei quais os fornecedores e marcas deste tipo de roupa e tamanho. Bem mais rápido e
intuitivo que os demais modelos de bancos (rede e hierárquico). Não à toa, o modelo relacional se
tornou um padrão para bancos de dados.
5.2 ASPECTOS A CONSIDERAR NA MODELAGEM DE DADOS
O trabalho de modelagem de dados – o desenho do banco – é conduzido pelo analista de
sistemas ou de banco de dados, em conjunto com os usuários do sistema. Nesse trabalho, os
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analistas traduzem os requisitos dos usuários no desenho (ou modelo do banco), vistos nos exemplos
acima. Os principais aspectos a levar em conta nesse trabalho são:
Quais informações serão tratadas? Isso determina as tabelas e campos das tabelas.
Que campos serão os campos-chaves?
Quais campos de cada tabela serão de preenchimento obrigatório e quais serão opcionais?
Exemplo: em uma tabela de clientes, o nome é de preenchimento obrigatório, já um campo de
observações, não.
Quais os relacionamentos entre as tabelas? Por exemplo, em um sistema de RH, a tabela de
departamentos tem relacionamento com a tabela de funcionários, de um-para-n, isto é, um
departamento pode ter de um até n funcionários.
Qual a quantidade de n em alguns relacionamentos um-para-n? Em alguns casos, pode ser
infinito. Em outros, pode haver um limite, por exemplo, uma pessoa pode cadastrar até dois
dependentes (sistema de RH ou de um clube).
Repare que são levantamentos que procuram entender as regras de negócio da organização.
Cada empresa ou ramo de atividade tem as suas peculiaridades. O sistema de informação sempre
deve respeitar essas regras, de modo que o banco de dados represente as situações do mundo real.
Depois de feitos esses levantamentos e desenhado o modelo do banco de dados, os
desenvolvedores e analistas vão implementar esses requisitos no banco de dados e nos sistemas. Eles
irão usar recursos técnicos que privilegiem não apenas o atendimento dessas regras, mas elementos
como estabilidade do sistema (sistema o máximo tempo possível no ar), escalabilidade (arquitetura
que permita crescimento de volume de dados e novas regras), facilidade de manutenção, além de
mecanismos de segurança e integridade do banco de dados.
TROCANDO IDEIAS
É comum que em projetos de sistemas existam pressões por parte dos usuários para que o
sistema seja implantado no tempo mais rápido possível. Em certos casos essa pressão vem da alta
gestão da empresa, sendo contraditória com as boas práticas de projetos e planejamento.
Você já vivenciou uma situação desse tipo? Se sim, comente os efeitos e outros aspectos que
observou.
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Emita sua opinião e debata com seus colegas no fórum de seu ambiente virtual!
NA PRÁTICA
Uma cadeia de lojas de departamentos decidiu desenvolver internamente uma plataforma de e-
commerce para sua nova loja virtual. Lembrando que a plataforma é essencialmente o sistema de
informações na internet responsável pela exibição de produtos, permitindo que visitantes que
acessem esse site comprem online tais itens. O sistema deve ser de tal forma que:
Exiba os produtos divididos em categorias (departamentos)
Ao clicar sobre um produto na lista de um departamento, é aberta uma página de informações
detalhadas desse produto
O visitante possa incluir produtos em um “carrinho de compras virtual”
O visitante possa acessar uma página de check-out, a partir da qual ele possa escolher um frete
– baseado em seu preço e prazo de envio – um meio de pagamento e fechar o pedido.
Para fazer compras, os visitantes devem se cadastrar no sistema da loja virtual.
Baseado nestas informações, pense como seria a modelagem de dados para esse sistema e qual
seria o tipo de banco de dados mais adequado. Faça um rascunho do desenho deste banco, com as
tabelas e campos necessários, bem como os relacionamentos entre elas.
FINALIZANDO
Caro aluno, nessa aula tratamos de um elemento fundamental para os sistemas de informação
atuais, que são todos informatizados: os bancos de dados.
Pudemos ter uma visão de como os dados são armazenadose gerenciados usando a tecnologia,
assim como a diferença entre banco de dados (os dados propriamente ditos) e o sistema gerenciador
de banco de dados (SGBD, que controla o acesso do sistema de informação ao banco de dados).
Vimos também que existem vários tipos – ou arquiteturas - de bancos de dados: hierárquico,
rede, relacional e NoSql, sendo que o mais usado em sistemas de informação é o modelo relacional,
que como o nome sugere, baseia-se em tabelas relacionadas entre si.
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Na sequência, entendemos um pouco da linguagem SQL – Structured Query Language
(linguagem estruturada de consulta), que é o padrão de consulta em bancos de dados relacionais e
como essa linguagem é usada pelos sistemas de informação.
E, por fim, vimos a importância dos bancos de dados no mundo atual, que é baseado em dados
e informações presentes no meio digital. Estudamos a modelagem de dados e porque ela é uma
etapa importante na concepção de sistemas de informação eficientes.
Esperamos que tenha gostado. E até nossa próxima aula!
REFERÊNCIAS
BATTISTI, J. O modelo relacional de dados - parte 2. Julio Battisti. [s. d.]. Disponível em:
<https://www.juliobattisti.com.br/artigos/office/modelorelacional_p2.asp>. Acesso em: 29 mai. 2020.
ELEUTÉRIO, M. A. M. Sistemas de informações gerenciais na atualidade. Curitiba: InterSaberes,
2015.
O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. São Paulo:
Saraiva, 2004.
REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação
empresariais: o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. São
Paulo: Atlas, 2000.

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