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Aspectos Teóricos e Técnicos do Jornalismo

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Aspectos Teóricos e 
Técnicos do Jornalismo
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Manuel Carlos Chaparro
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Conceitos Introdutórios
• Introdução;
• Jornalismo, que Bicho é Esse?;
• Jornalismo, Objeto Abstrato;
• Difusão instantânea, Novo Poder do Jornalismo;
• A Lógica e a Energia do “Conflito”.
 · Oferecer ensinamentos para uma introdução ao jornalismo intelec-
tualmente consistente.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Conceitos Introdutórios
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Conceitos Introdutórios
Introdução
Agradeço aos deuses da vida a oportunidade de partilhar 
ideias com você, que decidiu estudar jornalismo neste curso 
de ensino à distância. E para que a parceria dê certo, devo 
começar por me apresentar.
Sou Manuel Carlos Chaparro, jornalista e professor de 
jornalismo.
Na foto, os cabelos brancos sinalizam a longa estrada 
profissional e acadêmica já percorrida, itinerário que pode 
ser sintetizado em 10 palavras: Figura 1
Desde 1957, jornalismo é o meu objeto preferencial de estudo e trabalho.
Figura 2
casperlibero.edu.br Figura 3
As imagens comprovam a minha opção vital pelo jornalismo, mas são imagens 
que remetem ao passado. E o que me interessa é o futuro. Sou um octogenário 
movido a projetos, não a saudades. E no futuro que vislumbro e desejo, o projeto 
prioritário continuará a ser estudar, experimentar, debater e ensinar jornalismo.
Por isso e para isso aqui estou.
Esta disciplina nos propiciará a oportunidade de estudar aspectos teóricos e 
técnicos do jornalismo. Já que assim é, proponho que comecemos as nossas con-
versas com uma pergunta apontada para o miolo da questão:
Jornalismo, que bicho é esse?
8
9
Para justificar o inusitado tom da pergunta, recorro à analogia com uma história 
em que foi protagonista o repórter José Hamilton Ribeiro, um dos três mais pre-
miados jornalistas brasileiros.
José Hamilton Ribeiro: https://goo.gl/U2kFxY
Ex
pl
or
A história foi-me contada como verdadeira e a repasso sem retoques.
Faz alguns anos, escalado para dar conta de uma reportagem educativa sobre 
saúde dentária, José Hamilton procurou um especialista qualificado. Marcou a en-
trevista e, na hora combinada, deu início à conversa com uma pergunta de agres-
siva objetividade: “Doutor, o que é o dente?”
O entrevistado ficou perplexo, jamais imaginara ter de responder a uma pergun-
ta como essa – afinal, todos sabemos o que é o dente; ou imaginamos saber, por-
que temos dentes. E também porque as experiências práticas do viver nos ensinam 
para que servem e como usá-los.
Ainda assim, provavelmente não saberíamos oferecer boa resposta se a pergunta 
fosse feita a qualquer de nós: O que é o dente?
Apesar de todos sabermos onde se localizam e para que servem os dentes, é 
provável que poucos conseguissem explicar o dente como “uma estrutura minerali-
zada” fixada nos maxilares para a ação da mastigação. E duvido ainda que alguém 
ousasse sugerir que entre as funções importantes dos dentes está a de auxiliar na 
articulação e na clareza das sonoridades da fala.
Na verdade, a experiência da mastigação dá-nos direito à convicção de sabermos 
para que serve o dente; porém, para o descrever, e para o explicar, não basta o 
saber prático da experiência.
O mesmo acontece com uma infinidade de temas e coisas de alguma complexi-
dade que, tal como o dente, fazem parte das rotinas e necessidades da nossa sobre-
vivência diária. Três exemplos de pergunta que só com informação especializada 
saberíamos responder satisfatoriamente: O que é o olho? O que é uma floresta? 
O que é o pão?
E se a pergunta fosse aquela já feita, e que ouso repetir, agora com vigor visual 
de intertítulo:
9
UNIDADE Conceitos Introdutórios
Jornalismo, que Bicho é Esse?
A pergunta é clara, mas a questão, complexa, e exigirá abordagem por partes.
Comecemos, então, enxergando em nós próprios as relações que mantemos 
com o jornalismo, que não são poucas.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
Todos lemos jornais impressos em papel ou apresentados em telas de compu-
tador, assistimos a telejornais, ouvimos noticiários radiofônicos. E como leitores, 
internautas, radiouvintes e telespectadores, somos usuários assíduos do jornalismo. 
Aliás, cada vez mais assíduos e mais intensamente usuários.
Portanto, como destinatários e usuários da informação e da análise jornalísticas, 
somos partícipes interessados do processo. Mais do que isso: somos, sim, protago-
nistas indispensáveis ao jornalismo.
Talvez jamais tenhamos pensado nisso, mas a verdade é que, sem a participação 
dos públicos destinatários, isto é, sem a nossa participação de cidadãos no uso do 
direito à informação, a notícia não cumpriria função – mesmo que impressa em 
papel ou editada para meios eletrônicos.
Por quê?
Porque notícia que não é lida, assistida ou ouvida, nada transforma.
E se nada transforma, é apenas um conteúdo inútil.
Sem meias palavras, ouso até dizer: o texto, qualquer texto, só existe de-
pois de lido.
Quem, como você, quer ser jornalista e, como jornalista, profissional do texto, 
jamais poderá esquecer que o sucesso de qualquer mensagem escrita só se concretiza 
quando a ação da leitura completa a ação da escritura.
10
11
Chegou, portanto, o momento de lhe dizer que o poder transformador da me-
diação jornalística não está no texto impresso em papel, nem no texto falado 
diante de microfones e câmeras; o poder transformador da notícia está na sua efe-
tiva DIFUSÃO. Isto é, no seu espalhamento social, envolvendo, simultaneamente, 
públicos interessados que lhe deem audiência e efeitos imediatos.
Ou seja: sem a participação ativa dos sujeitos sociais da recepção, simplesmente 
não existe jornalismo. E os sujeitos da recepção somos nós – leitores, telespectadores, 
radiouvintes, internautas etc.
Se preferir, isso pode ser dito de maneira ainda mais objetiva:
O jornal pode até existir, mas, sem leitores, é 
apenas um pedaço de papel borrado de tinta.
Você concorda com essa assertiva? Discorda?
Pense no assunto. E, para ajudar na reflexão, acrescento três perguntas:
1. Para que serve um jornalimpresso se não for lido?
2. Que transformações poderá produzir um telejornal, um noticioso radiofô-
nico ou um site jornalístico sem audiência?
3. Ainda que com bom conteúdo, que interferência terá na discussão pública 
qualquer editorial que ninguém lê?
São questões complexas, eu sei. Questões que podem gerar dúvidas. 
E se as perguntas gerarem dúvidas, ainda bem. Estamos no início do curso.
É um bom momento para ter dúvidas. Sabe por quê? Porque, como escreveu René 
Descartes1, na dúvida está o caminho para o conhecimento.
Para iluminar caminhos que levem ao conhecimento, devemos ter olhos bem 
abertos para evidências incontestáveis, quando e se elas existem. Eu te proponho, 
como incontestável, o seguinte cenário de evidências, recortado do mundo real do 
qual fazemos e somos parte: assim como o sucesso do jornalismo depende de nós, 
leitores, telespectadores, radiouvintes e/ou internautas destinatários da notícia, 
também nós dependemos do jornalismo para nos movimentarmos, vivermos e 
convivermos, nos ambientes e nas circunstâncias da vida real.
Pense comigo:
• Sem o suprimento contínuo da informação e da análise jornalísticas, como 
poderíamos nós (quer como pessoas, cidadãos, estudantes ou profissionais) 
fazer escolhas, definir rumos, assumir decisões, participar de conversas e ava-
liar criticamente os contextos em que nos movimentamos, no mundo novo da 
civilização digital?
1 No século XVII, mais precisamente em 1637, quando publicou o seu livro O Discurso do Método, o filósofo René 
Descartes, pai do racionalismo, ensinou à humanidade que a dúvida é a manifestação mais importante da nossa 
capacidade de pensar. Eternizou esse saber numa das mais repetidas frases da História da Cultura, que na tradução 
do latim atravessou tempos e mundos como cogito ergo sum, ou seja, penso, logo existo.
11
UNIDADE Conceitos Introdutórios
• Sem a confiabilidade e a eficácia da mediação jornalística, como poderiam os 
grupos democraticamente organizados espalharem ao mundo as suas próprias 
notícias, ideias, lutas e reivindicações? 
• Em resumo: sem o livre acesso à notícia, para o direito fundamental de DIZER 
e/ou SABER, e sem o debate crítico da atualidade, em que mundo habitaría-
mos? E de que maneiro nele viveríamos, como seres humanos inteligentes e 
cidadãos com direitos e deveres?
Por isso, em seu artigo 19, a Declaração Universal dos Direitos Humanos2, 
proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a 10 de dezembro de 1948, 
garante a todo indivíduo o direito à liberdade de opinião e de expressão. E esse é 
o direito de cuja amplitude faz parte a liberdade de cada indivíduo afirmar e manter 
as suas próprias opiniões, bem como o direito de receber e difundir informações e 
ideias por qualquer meio de expressão.
Vale a pena ler e reler o texto do Artigo19 da Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos.
Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, este 
direito implica a liberdade de manter as suas próprias opiniões sem inter-
ferência e de procurar, receber e difundir informações e ideias por qual-
quer meio de expressão independentemente das fronteiras.)
Sem o jornalismo livre, legalmente protegido e independente, o Artigo 19 da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos seria apenas uma frustrante utopia.
Jornalismo, Objeto Abstrato
Chegou, pois, o momento de aprofundarmos a reflexão sobre a questão essencial:
O que vem a ser o jornalismo? Que objeto é esse?
Eu, e provavelmente você, imaginamos saber o que é jornalismo; no mínimo, 
sabemos que jornalismo é a atividade profissional dos jornalistas.
Alguns pensarão que jornalismo é o noticiário apresentado por jornais e telejor-
nais; talvez até haja quem pense que jornalismo é o jornal, ou o conjunto dos meios 
e conteúdos jornalísticos; ou seja, os produtos concretos, palpáveis, descartáveis da 
difusão jornalística.
Jornais... Revistas... Telejornais... Portais e sites noticiosos... Noticiários 
radiofônicos... Fotografias... Notícias... Reportagens... Artigos... Entrevistas...
2 Disponível em: <www.onu.org.br/img/2014/09/DUDH.pdf>.
12
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Figura 7
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images
Estará aí o jornalismo?
Sim, o jornalismo está nos produtos concretos, palpáveis, descartáveis da difusão 
jornalística, porque são formas e meios de contínua socialização de conteúdo do 
relato e da análise da atualidade. Mas asseguro que jornalismo não é algo assim tão 
simples, nem tão objetivo. Nem tão material.
Pense um pouco no assunto. Traga para a reflexão os saberes da vossa própria 
experiência de usuário do jornalismo. Organize mentalmente as ideias sobre a 
questão e compare o que pensam com a minha opinião, que é esta:
• Na sua totalidade, em suas complexidades e como linguagem da civilização 
digital, o jornalismo vai bem além das materialidades que dele fazem parte. 
Na sua totalidade, e em suas complexidades, jornalismo é, neste nosso 
mundo globalizado, um objeto abstrato com enorme e crescente potencial de 
interferência na vida de pessoas e instituições.
Na abstração do jornalismo está o seu poder transformador, e descreveremos e 
analisaremos como isso acontece.
Por ser linguagem eficaz, confiável, sedutora e extraordinariamente criativa 
de relato e comentário dos acontecimentos da atualidade, o jornalismo tem uso 
social cada vez mais intenso, para o dizer e o agir dos sujeitos sociais organizados 
– governos e instituições governamentais; partidos e empresas; e uma infinidade de 
instituições não governamentais (culturais, empresariais, profissionais, ambientais, 
científicas, recreativas, religiosas, artísticas etc.) que têm o que dizer e sabem dizer. 
São sujeitos falantes, discursivos, que agem quando dizem; e que dizem quando 
agem. Sempre em função de algum interesse, particular ou público, ou seja, em 
cenários e lógicas de conflitos – políticos, econômicos, financeiros, ideológicos, 
morais, éticos, jurídicos, religiosos etc.
13
UNIDADE Conceitos Introdutórios
Exercício de Autoaprendizagem (1)
Em busca de evidências cognitivas que nos ajudem a consolidar conceitos defini-
dores de jornalismo em tempos de globalização, vamos ao nosso primeiro exercí-
cio didático de autoaprendizagem.
Peço a você que entre responsavelmente no exercício, desenvolvendo-o em 
seis momentos:
1. Localize e acione o link de acesso a algum dos principais jornais diários 
brasileiros. Baixe a edição do dia;
2. Amplie a primeira página. Aí estão as “chamadas” que compõem o re-
sumo noticioso dos fatos considerados, pelos editores do jornal, como os 
mais importantes do dia;
3. Leia em voz alta todos os títulos da primeira página. A apreensão acústica 
do texto ajudará os mecanismos da cognição a captar e a processar os 
valores semânticos de cada palavra;
4. Escolha, entre os títulos lidos, as três notícias que mais lhe interessaram. 
Leia os respectivos textos que expandem e sustentam a síntese oferecida 
por cada um dos títulos;
5. Retorne ao texto do conteúdo da aula e releia os dois parágrafos anteriores 
à interrupção, a seguir transcritos (em itálico):
“Por ser linguagem eficaz, confiável, sedutora e extraordinariamente 
criativa de relato e comentário dos acontecimentos da atualidade, o 
jornalismo tem uso social cada vez mais intenso, para o dizer e o agir 
dos sujeitos sociais organizados – governos e instituições governamentais; 
partidos e empresas; e uma infinidade de instituições não governamentais 
(culturais, empresariais, profissionais, ambientais, científicas, recreativas, 
religiosas, artísticas etc.) que têm o que dizer e sabem dizer.
São sujeitos falantes, discursivos, que agem quando dizem; e que dizem 
quando agem. Sempre em função de algum interesse, particular ou 
público, ou seja, em cenários e lógicas de conflitos – políticos, econômicos, 
financeiros, ideológicos, morais, éticos, jurídicos, religiosos etc.”.
6. Faça o cruzamento entre as ideias propostas nesses dois parágrafos e o 
recorte de “jornalismo real” que você analisouna leitura da capa de jornal 
do dia escolhido. Avalie as convergências e as divergências entre as ideias 
propostas pelo professor nos dois parágrafos relidos e os significados que 
você captou e decifrou nos conteúdos e nas formas do “jornalismo real”. 
Concluído o exercício, organize as ideias e assuma as convicções que dele colheu 
para a compreensão do problema (Jornalismo, que objeto é esse?).
Feito isso, retorne aqui, a este texto que dá seguimento à aula. E decida, intelec-
tualmente, isto é, com base na compreensão construída no exercício, se concorda 
ou não com a seguinte conclusão:
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• Como linguagem socializadora de conteúdos de interesse coletivo, e como es-
paço público dos mais relevantes conflitos que movem o mundo, o jornalismo é 
cada vez mais parte essencial dos processos políticos, sociais, econômicos, cien-
tíficos e culturais que alteram, desorganizam e/ou reorganizam continuamente 
as relações de poder e os ordenamentos sociais nas comunidades humanas.
Difusão instantânea, Novo Poder 
do Jornalismo
O potencial transformador do jornalismo está naquilo que o teórico alemão Otto 
Groth conceituou como difusão.3
São quatro as derivações sinonímicas que a tradução do termo original (em ale-
mão, verbreitung) carrega para usos na língua portuguesa: divulgação, difusão, 
publicidade e propagação. Opta-se aqui pelo termo difusão, por ser aquele que, 
na aplicação ao jornalismo, melhor traduz o sentido que as teorias de Otto Groth 
atribuem ao conceito. Assim, entenda-se por difusão a caraterística constante do 
processo jornalístico que possibilita a qualquer um, portanto a todos os interessa-
dos, o acesso simultâneo às mesmas informações.
Os tambores tribais e os arautos medievais foram formas primitivas de difusão. 
Agora, temos os satélites e tudo o que deles deriva ou para eles converge. As atu-
ais tecnologias de difusão criaram um mundo novo, porque asseguram à notícia a 
rapidez da simultaneidade, com efeitos imediatos em abrangência planetária.
Com as tecnologias da difusão universal e em tempo real, desapareceu o 
intervalo entre o acontecimento e a notícia. Com isso, ficaram velhos os conceitos 
que atribuíam às redações o poder de definir o quê, como e quando noticiar.
Martinez Albertos, por exemplo, produziu, de forma precisa, diria até magistral, 
a síntese conceitual desse jornalismo amarrado ao passado pelas decorrências 
socioculturais da atual revolução tecnológica. Na década de 1970, na primeira 
fase dos seus estudos sobre gêneros jornalísticos, Martinez Albertos desenvolveu 
ideias para a definição de notícia – ideias que mais tarde assim resumiu, na edição 
revisada do seu livro mais influente:4
Notícia é o relato de um fato verdadeiro, inédito e atual, de interesse geral, 
que se comunica a um público que pode ser considerado massivo, uma 
vez que haja sido recolhido, interpretado e valorado pelos sujeitos promo-
tores que controlam o meio utilizado para a difusão (ALBERTOS, 1992).
3 Sobre as teorias de jornalismo de Otto Groth, ver: FIDALGO, António. Jornalismo Online segundo o modelo 
de Otto Groth. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/fidalgo-groth-jornalismo-online.pdf>. O jornalista e 
pesquisador Otto Groth (1875-1965) foi um dos mais importantes nomes da chamada “Ciência dos Jornais”.
4 ALBERTOS, Martinez. Curso General de Redacción Periodística. Madrid: Editorial Paraninfo, 1992.
15
UNIDADE Conceitos Introdutórios
As ideias de Martinez Albertos influenciaram estudiosos do mundo inteiro (eu 
me incluo entre esses). E Albertos nos dizia, com a definição acima transcrita, que 
não havia nem haveria notícia produzida fora das redações e sem a autoria dos 
jornalistas que nelas trabalhavam.
Nove anos depois da edição do seu livro, a 11 de setembro de 2001, correu o mun-
do, em tempo real, a imagem de um avião sob controle terrorista, no exato momento 
da colisão com a segunda das chamadas “torres gêmeas” atingidas, em Nova Iorque.
Era o ápice do ataque ao World Trade Center. A primeira torre, já em chamas, 
fora atingida momentos antes por outro dos quatro aviões sequestrados para a 
mais espetacular ação terrorista da História política.
Em artigo disponível no meu blog,5 descrevo e comento assim o espetacular 
acontecimento.
Esse primeiro avião, que a televisão não mostrou, teve, porém, importân-
cia decisiva na estratégia comunicacional do acontecimento. Na função 
de irresistível pré-pauta, atraiu as redes mundiais de televisão ao local 
dos fatos. E quando o segundo avião surgiu em mergulho de colisão, já 
lá estavam dezenas de câmeras, no papel de olhos do mundo. Em mãos 
profissionais, captaram e difundiram, em instantaneidade planetária, ima-
gens e sons do ataque no exato momento em que as coisas ocorriam. As-
sim, sem intermediações narrativas, as tecnologias de difusão transferiam, 
para a imaterialidade da Rede, o desenrolar material do conflito.
A notícia, âmago do acontecimento, soltava-se dele. Ganhava sentidos e 
poderes de ação discursiva devastadora. E nos fluxos da instantaneidade 
acima das circunstâncias de tempo e lugar, globalizou efeitos que de ime-
diato mudaram o mundo.
Acrescentando a seguinte reflexão:
Ao tornarem possível a eliminação do intervalo entre o acontecimento e a 
notícia (ou seja, entre a materialidade dos fatos noticiáveis e a sua difusão 
jornalística em tempo real), as tecnologias da globalização transformaram a 
Notícia na mais poderosa arma de intervenção no mundo real das pessoas.
A difusão planetária dos acontecimentos no momento em que materialmente 
ocorrem criou a possibilidade de audiências universais, no tempo e na velocidade 
da instantaneidade. E pelas redes abstratas da globalização, a ação jornalística 
difunde a energia transformadora da informação e do conhecimento.
No texto já citado, lembro que, no mundo novo, a notícia evadiu-se das redações 
tradicionais. Instalou-se no âmago dos acontecimentos jornalisticamente relevantes. 
E da materialidade dos acontecimentos se liberta quando, na globalizada difusão 
instantânea, passa a ser expressão discursiva do agir institucional, nos conflitos que 
reelaboram a atualidade.
5 Disponível em: <https://goo.gl/aM9hvq>.
16
17
No plano das teorias e nos cenários das novas realidades do jornalismo, a gran-
de novidade é esta: a difusão jornalística em tempo real e com alcance planetário 
aglutina o “acontecer” e o “difundir”. Isso se dá porque a notícia se tornou o âma-
go do acontecimento.
Com a divulgação em temo real do “acontecer”, a notícia liberta-se da materialidade 
dos fatos e, em difusão globalizada, espalha ao mundo a significação do conteúdo 
discursivo do acontecimento.
A Lógica e a Energia do “Confl ito”
Ao possibilitar a fusão do “acontecer” e do “difundir” numa só ação comunica-
cional, o poder tecnológico produziu uma enorme perturbação conceitual e técnica 
nos modos de entender e fazer jornalismo porque viabilizou um “todo acional”, 
que amplia extraordinariamente as possibilidades de os sujeitos sociais agirem e 
interagirem em espaços alargados pela ausência de limites. 
Com as novas tecnologias, o jornalismo potencializou a eficácia e os poderes de 
linguagem e espaço público dos conflitos que movem o mundo das pessoas e das 
instituições. E para lidarmos lucidamente com o conceito de “conflito”, convém 
esclarecer que, nesta aula e nesta disciplina, o uso do termo está conectado ao 
amplo significado que a filosofia lhe atribui, sendo este: conflito é a relação que 
se estabelece entre dois poderes ou dois princípios que atuam sobre o mesmo 
objeto como determinantes opostos.
O termo ganha especificidades quando aplicado a áreas definidas e a situações 
diferentes, onde podem surgir conflitos de ideias, emoções, tendências, preferências, 
gostos – ou disputas por mercados, lucros, dinheiro, prestígio, espaços, poder, 
mentes, cargos, votos, verbas, entre tantos outros.
Ainda em favor da clareza das ideias, e antes de seguirmos adiante, vamos 
também esclarecer o sentido que aqui se atribuiaos termos linguagem e espaço 
público, aos quais se vincula a palavra conflito.
Ao conceito e à explicação do que seja o “Espaço Público dos Conflitos”, 
dedicaremos integralmente a aula em vídeo que encerrará esta Unidade 1. Já 
quanto à questão da linguagem, reconheço não ser fácil optar por uma definição 
suficiente, tantas são as alternativas que a polissemia da palavra oferece. Para 
fugir às herméticas digressões teóricas nos dicionários especializados do ramo, 
proponho que fiquemos com a segurança verbal e o poder de síntese dos filólogos 
do Instituto Antônio Houaiss, responsáveis pelo Dicionário Houaiss de Língua 
Portuguesa: “Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicação de ideias, 
pela associação de signos e sinais”.
Pondo temperos de aplicabilidade à abrangência da definição, podemos dizer 
que linguagem é qualquer meio sistemático e complexo de comunicação, com 
17
UNIDADE Conceitos Introdutórios
alguma carga de características próprias, pelo qual a espécie humana pensa, 
diz, age e interage. Pelo uso inteligente da linguagem, as pessoas expressas sua 
capacidade nata de atribuir significação ao que por algum código dizem, para 
agir e interagir socialmente, em ambientes e circunstâncias reais.
O jornalismo é um bom exemplo de linguagem com características particulares. 
Características que lhe dão extraordinária aptidão para narrar, analisar e debater os 
fatos e as falas da atualidade que, em cenários de conflitos, interferem ou podem 
interferir nas relações e nas estruturas sociais. Pela sua importância e o seu poder 
de linguagem viabilizadora de transformações no “agora” das pessoas e instituições, 
o jornalismo está obrigatoriamente vinculado ao dever da veracidade e aos valores 
éticos e civilizacionais das sociedades a que serve.
***
Exercício de Autoaprendizagem (2)
Chegou o momento de encararmos o nosso segundo exercício didático de auto-
aprendizagem, que se desdobrará em quatro momentos:
1. Vamos à leitura de um jornal do dia, mas diferente daquele escolhido no 
exercício anterior. Fixe a atenção no conteúdo da capa;
2. Leiam com atenção todos os títulos e textos da primeira página, com foco 
no seguinte objetivo: verificar se é ou não verdade que, na agenda jor-
nalística, o que se noticia são ações decididas e coordenadas pelo saber 
estratégico dos sujeitos sociais organizados, em função de objetivos 
que pressupõem confrontos e acordos;
3. Com base na leitura feita, avalie se concorda com as ideias do seguinte texto: 
as ações decisivas são discursivas. Qualquer estudo de desconstrução 
comparada dos noticiários do mundo atual, nos meios eletrônicos ou 
impressos, revelará que os acontecimentos da atualidade não valem 
pelo que são, mas pelo que significam. Em cada notícia, reportagem, 
entrevista ou artigo, há sempre uma significação preponderante, que 
dá rumos, organização e objetivos ao relato ou à análise dos fatos. 
A preponderância pode estar, por exemplo, em uma significação 
econômica ou política. Ou ideológica. Ou moral. Ou ética. Ou social. Ou 
filosófica. Ou religiosa. Qualquer que seja a significação preponderante, 
ela será o viés que produzirá discussões e reações, das quais resultarão 
novos fatos, novas falas e novos desdobramentos do conflito em jogo, 
para novos relatos e comentários jornalísticos.
4. Tenha à mão um caderno, para nele escrever algo que tenha aprendido 
nesse exercício.
***
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No fenômeno da globalização, a energia inteligente da transformação está nos 
processos e nas ações do noticiar. Essa é a mais importante característica de um 
mundo movido pelos efeitos imediatos da informação em tempo real.
Apesar disso, alguns ainda pensam que o jornalismo faz o relato do efémero. 
Como argumento, lembram que o jornal de ontem é jogado fora, torna-se apenas 
papel, lixo, pois as notícias o são enquanto conservam o revestimento da novidade. 
E por acreditarem que o jornalismo se nutre do efêmero, pensam alguns que aí está 
a sua fragilidade, para não dizer inutilidade.
Os “pedagogos” do efêmero esquecem que, tanto nas concretudes do mundo 
biológico quanto na transitoriedade das verdades científicas, é da efemeridade das 
sementes que novos seres e novos saberes brotam. Por isso digo que na dialética 
da efemeridade está a importância e a beleza do jornalismo.
Para aclarar os rumos da conversa sobre a questão da efemeridade, trago a 
esta aula ideias que há anos divulgo por um dos meus livros, de 2001, Linguagem 
dos Conflitos.6
Em primeiro lugar, é necessário dizer que o jornalismo não se nutre do efémero. 
Nutre-se do acontecimento, que tem em si a natureza do efémero, porque, como 
coisa concreta, ao acontecer e ao esgotar-se no seu tempo e no seu espaço físico, 
torna-se imediatamente passado.
Mas o acontecimento que nutre o relato e o comentário jornalístico, e que ao 
jornalismo interessa, não se define como aquilo que simplesmente acontece. Para o 
jornalismo, acontecimento noticiável é aquele que, ao ocorrer e ao ser socialmente 
revelado no espaço e pela linguagem da mediação jornalística, produz, ou pode 
produzir, alterações significativas na realidade presente das pessoas e dos entes 
sociais organizados (agrupamentos humanos e instituições).
Embora de avaliação subjetiva, a relevância jornalística dos acontecimentos é 
proporcional ao seu potencial de interferência no mundo real e presente das pesso-
as - desorganizando-o ou reorganizando-o. Quanto maior for esse potencial, maior 
será o destaque a ser dado à Notícia.
Vocês devem ter sentido isso nos exercícios feitos. E devem ter sentido a evidên-
cia de que os acontecimentos que interessam ao jornalismo não passam em vão. 
Graças às técnicas jornalísticas de os valorar, narrar e difundir, geram novas ações e 
novos fatos, na contínua reelaboração dos modos de ser e viver dos agrupamentos 
humanos. E essa é a maneira de entendermos o jornalismo como processo.
Esse assunto será também tratado na aula em vídeo que encerrará a primeira 
unidade desta disciplina. E para que tanto o conteúdo escrito quanto a aula em 
vídeo se integrem num todo coerente e consistente, peço a vossa atenção para os 
últimos parágrafos deste conteúdo escrito.
***
6 Sobre a questão da Efemeridade, ler: CHAPARRO, Manuel Carlos. Linguagem dos Conflitos. Coimbra: Minerva 
Coimbra, 2001. p. 41-42. 
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UNIDADE Conceitos Introdutórios
De conflitos se nutre a narração jornalística, no papel que lhe cabe de relatar, 
analisar e debater os confrontos da vida real que organizam, desorganizam e 
reorganizam as relações humanas e as estruturas sociais. Por isso, Kientz (1973) 
escreveu: “O conflito está no coração da notícia”7.
Talvez fosse mais correto dizer que no conflito está a essência da vida. Da vida 
humana. E da vida cultural e institucionalmente organizada, no espaço das relações 
sociais. Desse contexto, faz parte o jornalismo, para dos conflitos dar conta, pelo 
relato e pelo comentário.
 Por causa da importância dos conflitos que lhe cabe narrar e analisar, tudo 
o que no jornalismo se relata deve ter o predicado de ser verdadeiro, crível. São 
conflitos decisivos para a vida real de pessoas e instituições, em sociedades orga-
nizadas. Conflitos que exigem do jornalismo fidelidade à sua característica cultural-
mente mais relevante: a de ser uma linguagem asseverativa, socialmente confiável, 
que oferece à sociedade, como garantia do relato veraz, o distanciamento criativo 
da independência e o balizamento das razões éticas.
Por isso garanto a você: vale a pena lutar pelo objetivo de ser jornalista.
7 KEINTZ, Albert. Comunicação de Massa – Análise de Conteúdo. Rio de Janeiro: Eldorado, 1973.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Pragmática do Jornalismo – Buscas Práticas para uma Teoria da Ação Jornalística
CHAPARRO, Manuel Carlos, Pragmática do Jornalismo - buscas práticas para uma 
teoria da ação jornalística, 3ª edição, São Paulo, Summus, 2007.
O Adiantado da Hora - A InfluênciaAmericana sobre o Jornalismo Brasileiro
LlNS DA SILVA, Carlos Eduardo, O adiantado da hora - a influência americana sobre 
o jornalismo brasileiro, São Paulo, Summus, 1991.
Dimensões Pragmáticas do Sentido
RODRIGUES, Adriano Duarte, Dimensões pragmáticas do sentido, Lisboa, Cosm os, 1996.
Os Actos de Fala
SEARLE, John R., Os actos de fala, Coimbra, Almedina, 1981.
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UNIDADE Conceitos Introdutórios
Referências
ALBERTOS, José Luiz Martinez, Curso general de redacción periodística, 
MTadrid, Paraninfo,1992.
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BELAU, Angel Faus, La ciencia periodística de Oito Groth. Navarra, 
Universidade de Navarra, 1966.
BRANDÃO, Helena H. Nagamine, Introdução à análise do discurso, Campinas, 
Unicamp,1994.
CASASÚS, Josep Maria, lniciación a Ia periodística, Barcelona, Teide, 1988.
CHAPARRO, Manuel Carlos, Pragmática do Jornalismo - buscas práticas para 
uma teoria da ação jornalística, 3ª edição, São Paulo, Summus, 2007.
CHAPARRO, Manuel Carlos, Sotaques d’Aquém e d’Além mar – Travessias 
para uma nova teoria de gêneros jornalísticos, São Paulo, Summus, 2008.
COIMBRA, Oswaldo, O texto da reportagem impressa - um curso sobre sua 
estrutura, São Paulo, Ática, 1993.
DUCROT, Oswald, O Dizer e o Dito, Campinas, Pontes, 1987.
ECO, Humberto, Conceito de texto, São Paulo, Edusp, 1984.
ECO, Humberto, Interpretação e superinterpretação, São Paulo, Martins Fontes, 1993.
KIENTZ, Albert, Comunicação de massa - análise de conteúdo, Rio de Janeiro, 
Eldorado, 1973. 
LAGE, Nilson, Linguagem jornalística, São Paulo, Ática, 1985.
LlNS DA SILVA, Carlos Eduardo, O adiantado da hora - a influência americana 
sobre o jornalismo brasileiro, São Paulo, Summus, 1991.
LlNS DA SILVA, Mil dias - os bastidores da revolução de um grande jornal, 
São Paulo, Trajetória Cultural, 1988.
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Vozes, 1973.
MEDINA, Cremilda, Entrevista, o diálogo possível, São Paulo, Ática, 1986.
RICOEUR, Paul, O discurso da acção, Lisboa, Edições 70, 1988.
RODRIGUES, Adriano Duarte, Dimensões pragmáticas do sentido, Lisboa, 
Cosmos, 1996. 
SEARLE, John R., Os actos de fala, Coimbra, Almedina, 1981.
SODRÉ, Nelson Werneck, A história da imprensa no Brasil, Rio de Janeiro, 
Civilização Brasileira, 1966.
VERON, Eliseo, A produção do sentido, São Paulo, CuItrix/Edusp, 1980.
VERON, Eliseo, Construir el acontecimiento, Buenos Aires, Gedisa, 1983.
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