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A apraxia de fala na infância

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A apraxia de fala na infância (AFI) é um 
distúrbio/transtorno neurológico que afeta 
a produção dos sons da fala, no qual a 
precisão e a consistência dos movimentos 
relacionados com a fala estão alteradas, 
tudo isso na ausência de déficits 
neuromusculares; 
 Estima-se que uma a cada mil crianças 
são diagnosticadas com apraxia de fala; 
 Mais encontrada em meninos; 
 Na apraxia de fala (AFI) há um 
comprometimento no planejamento e/ou 
programação dos parâmetros necessários 
para a sequência de movimentos, o que 
leva a erros nos sons da fala e prosódia; 
 As crianças não vão conseguir planejar 
voluntariamente a sequência de 
movimentos musculares necessários para 
a produção da fala; 
 
EM CRIANÇAS SEM AFI 
Para que uma criança comece a falar, 
ela precisa ordenar os fonemas e as 
sílabas a partir de uma sequência de 
movimentos motores coordenados pelos 
órgãos fonoarticulatórios, ou seja, o 
cérebro ordena a esses órgãos o tempo 
do movimento para que as palavras 
sejam produzidas com precisão e clareza. 
 As crianças com AFI tem um raciocínio 
preservado e pensam no que querem 
dizer, mas não conseguem converter em 
palavras; 
 Em crianças pequenas, alguns sinais de 
alerta podem ser: 
a) Bebês silenciosos que não brincam, 
balbuciam pouco, não balbuciam ou 
com balbucio pouco diversificado; 
b) Poucas tentativas de imitar sons ou 
palavras; 
c) Resistem a tentativa de fala; 
d) Primeiras palavras atrasadas 
(surgem por volta dos 19 meses e 4 
anos); 
e) Vocabulário limitado para a idade; 
f) Audição normal; 
g) Frases com dois vocábulos (surgem 
entre 33 meses e 7 anos); 
h) Pouca inteligibilidade quando falam; 
i) Usam expressões faciais, gestos, sons 
não verbais, vocábulos isolados, 
frases sociais como intenção 
comunicativa; 
j) Apresentam um lento progresso nas 
intervenções terapêuticas; 
 Segundo a ASHA, há três características 
que são específicas na dificuldade de 
planejamento e programação da 
sequência de movimentos da fala: 
1. Produções inconsistentes de vogais 
e consoantes a cada vez a criança 
fala sílabas e palavras (repetições 
inconsistentes); 
 
 
 
2. Presença de acentuação inadequada 
em palavras (lexical) e frases 
(frasal), afetando a entonação e o 
ritmo da fala; 
 -Fala robótica; 
3. Pausas inadequadas entre os sons e 
as palavras, levando a lentidão ou 
interrupção da fala; 
 -Dificuldade na coordenação de 
movimentos; 
 -Dificuldade de coordenação do 
vozeamento dos fonemas; 
 Em crianças mais velhas podem ser 
observadas: 
a) Dificuldade com o sequenciamento 
de sons; 
b) Sons produzidos corretamente em 
algumas sequências podem ser 
produzidos errados em outras; 
c) Padrões de erros atípicos; 
d) Podem apresentar dificuldade em 
olhar no olho; 
e) Apresentam problemas motores 
orais como sopro fraco, dificuldade 
de fazer movimentos como encher 
as bochechas de ar, mexer a língua 
em diferentes direções ou então 
movimentam a língua de maneira 
alterada; 
f) Apontam hipersensibilidade na 
região oral, têm dificuldade para 
mastigar alimentos com certas 
consistências, texturas ou mostram 
problema para escovar os dentes; 
g) Quando ficam distraídas na 
hora da alimentação, demoram 
ou esquecem a comida na boca; 
h) A presentam uma coordenação 
motora global afetada. São crianças 
desorganizadas, desajeitadas na 
forma de andar, correr ou pular. E 
ainda têm problema na 
coordenação motora fina; 
 É comum também crianças com AFI 
tatearem ou buscarem o ponto 
articulatório dos fonemas; 
 Apresentam erros vocálicos; 
 Também há presença de problemas 
educacionais; 
 
DIAGNÓSTICO 
 Histórico do paciente; 
 Anamnese com a família; 
 Avaliação da linguagem oral nos níveis 
de vocabulário, fonologia, gramática, uso 
funcional da comunicação e 
características discursivas; 
 Avaliação dos aspectos fonético-
fonológicos; 
 Avaliação da maturidade simbólica 
(brincadeira); 
 Avaliação de motricidade orofacial; 
 Avaliação das práxis orais e verbais; 
 Avaliação da postura relacionada com a 
alimentação (mastigação, consistências, 
hábitos alimentares); 
 O exame motor de fala ou a avaliação 
de habilidades motoras da fala observa a 
fisiologia e estrutura, além da precisão e 
consistências dos movimentos; 
capacidade de variar taxa e/ou 
intensidade e/ou tensão muscular; 
 
 
V 
 capacidade da criança de produzir 
segmentos fonéticos em diferentes 
contextos e com diferentes tipos de 
pistas; capacidade de sequenciar 
segmentos e sílabas em diferentes alvos, 
com aumento gradual da complexidade 
dos alvos; 
 CBCL (avaliação comportamental): 
a) impulsivo(a) ou age sem pensar, 
desatento(a), desastrado(a); 
agitação psicomotora; 
b) quieto(a), gosta de estar 
sozinho(a), tímido(a), irritado(a); 
c) dificuldade em manter contato 
visual, 
d) parece não ouvir, 
e) comportamentos não-funcionais 
INTERVENÇÃO 
 Alguns autores recomendam exercícios 
de praxia não verbal, tônus, mobilidade e 
coordenação oromiofacial; 
 Importante fazer uso de feedbacks, 
pistas multissensoriais (visuais, verbais, 
táteis ou gestuais), comunicação 
alternativa ou complementar para 
crianças não verbais; 
 Prompt (Prompts for Reestructuring Oral 
Muscular Phonetic Targets) 
 DTTC (Dynamic Temporal and Tactile 
Cueing); 
 ReST (Rapid Syllable Transtions) 
 Multigestos; 
 Método das boquinhas; 
 
 
ORIENTAÇÃO AOS PAIS 
 Os pais podem ajudar: 
a) Intervindo precocemente: se 
perceber algum sinal de atraso de 
fala, já procurar um fonoaudiólogo; 
b) Estudando: procurar conhecimento 
acerca do assunto e procurar 
profissionais capacitados; 
c) Sendo paciente e amável: não 
desrespeite e nem desista da 
criança, procure entender o quanto 
é difícil para ela não conseguir 
expressar seus pensamentos e se 
comunicar; 
d) Buscando apoio: procure outras 
famílias que passam por essa 
situação; 
e) Tratando a criança de acordo com 
a idade que ela tem: não se deve 
tratar a criança como mais nova 
por ela não falar, pois crianças 
com apraxia de fala têm boa 
compreensão; 
f) Falando face a face: fique da 
altura da criança se fale olhando 
para o rosto dela; 
g) Falando de forma objetiva: fale 
devagar, use palavras claras e 
frases curtas; 
h) Participando do processo 
terapêutico: a família deve estar 
sempre ajudando e potencializando 
a terapia;

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