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CONTRATO DE COMISSÃO

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CONTRATO DE COMISSÃO 
O contrato de comissão forma-se por um comitente (a pessoa que contrata) vinculado a um 
comissário (contratado) para que se concretize um negócio. É de se ressaltar que o negócio 
será feito EM NOME DO COMISSÁRIO (PESSOA CONTRATADA PELO COMITENTE), de modo que 
a terceira pessoa não sabe e não precisa saber que há um comitente por trás da comissão. 
Portanto, de forma mais sintética, temos que contrato de comissão é um negócio jurídico 
bilateral que tem por objeto a aquisição ou a alienação de bens, pelo comissário, em seu 
próprio nome, à conta do comitente. Está regulado nos arts. 693 e seguintes do Código Civil 
Este contrato é visto corriqueiramente na bolsa de valores mobiliários. 
Havendo um acordo pelo qual o comitente assume a responsabilidade do negócio, é a forma 
pela qual os comerciantes negociavam sem que os aristocratas proibidos de negociar 
participassem de forma ativa. 
As custas estão ao encargo do comitente. Baseia-se em usos e costumes, uma vez que estes 
são elementos mutáveis com o passar do tempo e com o desenvolvimento das formas de 
negociação. Portanto, é dever do comissário efetuar o negócio conforme as instruções do 
comitente, caso não haja, este se valerá dos costumes tidos na prática negocial das 
circunstâncias na qual se encontra no momento. Existe aqui a obrigação da diligência e do 
cuidado. 
Além disso, há a obrigação de prestar contas ao comitente acerca do estabelecido, bem como 
a indenização de prejuízos decorrentes da guarda dos bens. É obrigação usual do comissário 
fazer o seguro desses bens. 
Por fim, como derradeira obrigação, deve haver comunicação acerca de eventuais avarias no 
bem. 
Por sua vez, é obrigação do comitente o pagamento da comissão, bem como a honra do 
contrato, entregando o produto, não prejudicando a imagem do comissário ante o mercado. 
Além disso, é obrigação do comitente pagar todas as despesas da operação: frete, embalagem, 
impostos, etc. O comissário simplesmente presta o serviço. 
A extinção do contrato, se feita sem justa causa, gera direito de indenização ao comissário 
pelo comitente. Havendo justa causa, o comissário tem direito a receber todas as comissões 
pendentes. 
Clausula del cretere: A cláusula del credere afasta a irresponsabilidade presumida do 
comissário, prevista no art. 697 do Código Civil, tornando-o responsável perante o comitente 
do cumprimento da obrigação assumida e descumprida pelo terceiro. 
O contrato de agência está previsto no código civil, é o agente responsabilizando pela 
promoção de negócios ao agenciado, é o agente promovendo o negócio para a seguinte 
execução do agenciado. Este contrato existe em vários âmbitos, principalmente na área 
artística e literária, uma vez que o agente negocia preço, prazo e demais condições para a 
devida execução do agenciado. É o agente fazendo uso de seu renome no mercado para lançar 
serviços de seu agenciado. 
Quando a agência se dá em compra e venda mercantis, o agente assume o nome de 
REPRESENTANTE COMERCIAL: diferencia-se da distribuição, que se trata do trabalho de 
logística e não de divulgação, como ocorre naqueles. Portanto, o ponto de diferença reside na 
qualidade de conhecimento do produto ante os consumidores. Enquanto o contrato de 
agência é o vínculo pelo qual agenciados procuram agentes com a finalidade de promover seus 
serviços ou produtos; e, por sua vez, o contrato de distribuição é uma p/arte com produtos tão 
conhecidos que é dificultoso distribuir seus produtos pelo excesso de demandas. 
O CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL ESTÁ PREVISTO NA LEI 4886/65 
Este contrato caracteriza-se por não estabelecer vínculo empregatício e, portanto, não ser 
dotado de subordinação e sim de instruções advindas do representado e passadas ao 
representante para que haja a melhor negociação em conformidade com a atividade do 
representado. A atividade do RC só faz sentido se for não eventual e, portanto, corriqueira, 
uma vez que deve haver habitualidade na representação. 
Tal estrutura de contrato acaba por gerar certas obrigações ao representante: 
- Agir de forma diligente 
- Tirar pedido, uma vez que, na visitação, o representante apresenta o produto na finalidade 
de que haverá encomenda por parte do potencial consumidor. 
O representante, cumprindo as obrigações, atinge o objetivo de angariar clientela, podendo 
gerar ao representante um ganho significativo ao mesmo tempo que gera ao representado um 
ganho maior ainda. 
EXPORTADOR DE FRANGO PARA O ORIENTE MÉDIO: houve um representante do RS, que fez 
uso de seu nome no oriente médio garantindo aos consumidores daquela região que o frango 
advindo do estado gaúcho seguia todos os protocolos sanitários e religiosos, hoje, há 
condições específicas na importação de frango para o oriente médio. O resultado disso é o 
Brasil ser o 2º maior exportador de frango ao oriente médio. Tal fato garante a importância do 
reconhecimento do representante comercial. 
Assim, é obrigação do representante informar sobre o mercado. 
Chama-se contrato de colaboração, uma vez que o ganho de um é o ganho do outro, portanto, 
deve haver uma comunhão de esforços, seja para qualidade do produto, seja pela informação 
despejada aos interessados. 
Dito isso, uma das obrigações do representante é o sigilo acerca do produto, bem como o 
custeio da estrutura da representação. 
Prestação de contas. 
Dentre as obrigações do representado, estão contidas: 
O pagamento da remuneração, seja fixa ou variável. 
Um acordo de representação comercial exclusivo é celebrado quando as partes concordam 
que o representado não nomeará outros representantes (ou seja, concorrentes) no território 
do contratado, nem buscará ativamente a própria venda. 
Findo o contrato, o representante tem direito a receber pedidos feitos e não pagos.

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