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A Educação de Paulo Freire

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De acordo com Brandão (2005), poucas vezes, no Brasil, um método de
alfabetização provocou tantas discussões por várias décadas depois de
sua criação. A proposta, diante do trabalho da educação popular, foi
imaginada como um instrumento contra a educação bancária. Uma nova
forma de ensinar e aprender. 
4 O LEGADO DE PAULO FREIRE - EDUCAÇÃO BANCÁRIA X EDUCAÇÃO
PROBLEMATIZADORA
Em meio à descontinuidade e fragilidade do poder público, a Educação de
Jovens e Adultos toma maior fôlego na política educacional brasileira no final
da década de 1940, com o grande avanço da industrialização, as exigências
da elite e as pressões sociais dos movimentos em defesa da educação das
massas. Nesse tempo já se observavam experiências representativas
apoiadas pelo Estado, pelas organizações sociais e pela Igreja Católica.
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Freire, por volta de 1950, ao realizar um estudo sobre a sociedade brasileira,
qualificou-a de fechada. Uma sociedade em que grande parte da população
parecia domesticada, alienada, reduzida ao silêncio, incapaz de tomar
decisões ou apresentar uma postura mais crítica. Assim, Freire propôs uma
educação enquanto prática democrática da liberdade, fundamentada no
diálogo e na formação de um julgamento. (BERTRAND, 1998)
A partir da realidade concreta, idealizou a possibilidade de uma educação
transformadora, emancipatória e humanizadora. Segundo Vale (2005), Freire
assumiu o risco de lutar contra diferentes formas de opressão e de
degradação da dignidade humana. Freire (1986) argumentava que antes a
educação era realizada de forma autoritária. Os professores, até mesmo
diante da leitura de um texto oferecido aos alunos, não propiciavam o
desvelamento daquilo que se encontrava oculto, à sombra da realidade. Para
Freire, a alfabetização entendida como ato criador, ato político,
problematizador, permite a leitura do mundo e da realidade transformada em
palavra.
A educação deveria sensibilizar o estudante para seu papel de agente social.
(BERTRAND, 1998). Segundo Freire (1986), na Educação Bancária os alunos
se tornavam depositários dos conteúdos transmitidos a eles, pois a prática
bancária implicava em uma espécie de anestesia, que acaba por inibir o
poder criador dos educandos. Já a educação problematizadora, de caráter
autenticamente reflexivo, implica num constante ato de desvelamento da
realidade.
Para Freire, a educação se torna “libertadora na medida em que incentiva a
reflexão e a ação consciente e criativa das classes oprimidas em relação ao
seu próprio processo de libertação”. (FREIRE, 1986, p. 20) Suas reflexões
anunciavam um debate que hoje em dia ainda se faz presente: o conflito das
culturas face aos problemas que devem ser superados quando se pensa na
possibilidade de uma qualidade de vida melhor e, simultaneamente, a
necessidade de formar pessoas para uma cultura crítica. (BERTRAND, 1998).
Quem participou com Paulo Freire da proposta de trabalho?
Agentes de Pastoral, professores, padres, médicos, religiosas, estudantes,
agentes da base: lavradores(as), lavadeiras, migrantes subempregados,
pedreiros, entre outros. Apoiavam e ajudavam no esforço popular de se
organizarem comunitariamente. Desempenhavam ações de serviço à
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organização de grupos e movimentos nas comunidades, através de
mutirões. A participação envolvia presença, criação de espaços de
reflexão da ação popular, troca de conhecimentos e informações
necessárias ao povo. (BRANDÃO, 2005, p. 61)
Saiba mais: O trabalho idealizado por Paulo Freire contou com grande
participação dos Movimentos Populares. O que entendemos por
Movimento Popular?
De acordo com Brandão (2005, p. 57), Movimentos Populares podem
ser entendidos como todas as formas de mobilização e organização de
pessoas das classes populares diretamente vinculadas ao processo
produtivo, tanto na cidade quanto no campo. Os Movimentos Populares
também são lugares de educação política do povo.
Podem ser considerados movimentos populares as associações de
bairros da periferia, os clubes de mães, os grupos de loteamentos
clandestinos, as comunidades de base, os grupos organizados em
função da luta pela terra e outras formas de organização. Também é
parte do Movimento Popular o Movimento Sindical, que, pela sua
natureza, possui um caráter de classe definido por determinada
categoria profissional.
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