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• Processo inflamatório agudo ou crônico que ocorre nos espaços medulares podendo atingir superfície cortical do osso e periósteo; • Na maioria dos casos, resulta em uma destruição lícita expansiva do osso envolvido, com supuração e sequestro ósseo • No osso viável, percebemos a presença de osteócitos no interior das lacunas; • Na Osteomielite, o osso, devido ao processo inflamatório, entra em necrose – gerando ausência de osteócitos no interior das lacunas. • Mandíbula (menos vascularizada) possui maior predisposição a osteomielite PATOGÊNESE • Infecção odontogênica • Fratura dos maxilares - suscetibilidade a osteomielite • Infecção no periodonto CONDIÇÕES PREDISPONENTES • A osteomielite em indivíduos saudáveis dificilmente se instala • Indivíduos com fatores predisponentes possuem maior chance de desenvolver • Doenças sistêmicas (diabetes), Imunodepressão (imunidade inata ou infecções como HIV), Doenças ósseas malignas (mieloma múltiplo), Tabagismo e etilismo crônico • Displasia cemento-óssea florida, osteopetrose (hiper mineralização do osso) CLASSIFICAÇÃO • Supurativa - infecção bacteriana, supuração e sequestro ósseo - se destaca do osso sadio o Aguda o Crônica • Esclerosante o Esclerosante difusa o Esclerosante focal o Periostite proliferativa - espessamento do osso-área radiopaca Infecção odontogênica (cárie, trauma, processo químico, etc) Necrose pulpar Infecção por microorganismos Processo inflamatório na região periapical OSTEOMIELITE SUPURATIVA AGUDA • Por ser aguda, acontece de forma rápida • Alguns sinais e sintomas são: exsudato dentro do osso, dor, febre, leucocitose, linfadenopatia, aumento de volume (tumefação do tecido mole da área afetada) • 75% são homens • Tratamento: antibioticoterapia - amoxicilina, cefalexina, clindamicina ] Características Descrição Clínicas Sequestros ósseos - fragmento do osso necrótico que se destacou do osso vital. Invólucros - fragmento do osso necrótico circundado por novo osso vital e osso morto. Radiográficas Área radiolúcida mal definida; Sequestro ósseo - áreas radiopacas delimitado por área radiolúcida Histológicas Presença de infiltrado inflamatório agudo, ausência de osteócitos nas lacunas, reabsorção óssea, colônias bacterianas, sequestros ósseos em destacamento - entre eles, exsudato purulento nos espaços medulares. Bordas indentadas em "saca abocado" - reabsorção óssea OSTEOMIELITE SUPURATIVA CRÔNICA • Lento, gradual, fase de melhora (tecido de granulação – formado por fibroblastos, vasos sanguíneos, tecido conjuntivo e células inflamatórias crônicas), fase de piora (intensa reabsorção) • Evolução da osteomielite aguda ou manifestação primária o No caso da evolução da osteomielite aguda, há um processo de chegada de células característica de uma inflamação crônica (linfócitos, plasmócitos), além da formação do tecido de granulação – com a intenção de substituir a área óssea perdida. o É menos comum que a manifestação primária já seja crônica. • Períodos de exacerbação/melhora - progressão lenta o No período de piora, notam-se os sinais cardinais característicos da inflamação aguda (dor, tumor, rubor, calor, etc) • Tratamento: o difícil resposta medicamentosa - nem sempre fácil pois o agente infeccioso pode ficar inoculado no tecido granulação - em alguns casos, o oral deve se substituído por IV o intervenção cirúrgica obrigatória com remoção do osso infectado Característica Descrição Clínicas Dor, aumento de volume, fístula (secreção purulenta no interior dos espaços medulares que consegue exteriorizar em cavidade oral) Radiográficas Área radiolúcida mal definida com áreas radiopacas centrais (nos períodos de melhora há formação de tecido de granulação e até de formação óssea, com reparo ósseo) Histológicas Áreas de necrose (reabsorção), tecido de granulação (neovaso, tentativa de reparo), infiltrado inflamatório crônico. Predominância de células mononucleadas (linfócitos e plasmócitos). Há reabsorção de superfície, pela atividade dos osteoclastos, porém há também atividade osteoblástica, mostrando processo de síntese de matriz osteoide. (Devido aos períodos de melhora e piora) OSTEOMILELITE ESCLEROSANTE DIFUSA • Área de esclerose óssea difusa associada a sítios de infecção crônica o Periodontite, pericoronarite, inflamação periapical • Infecção adjacente invade osso medular → rompe cortical → expansão • Resposta do osso com esclerose, com formação óssea, diminuindo os espaços medulares. • Tratamento: Características Descrição Clínicas Radiográficas Inicialmente temos a perda óssea, que posteriormente é substituída por uma fase de esclerose. Portanto, uma fase radiolúcida com focos radiopacos, até um estágio mais avançado onde é predominantemente radiopaca. Sempre observamos esse processo associado a uma região de suporte dentário. Histológicas Trabéculas ósseas escleróticas, pouco tecido medular (este está sendo ocupado pelo tecido ósseo formado em demasia devido à esclerose), linhas de reversão proeminentes, bordas osteoblasticas (intensa síntese óssea), não se mistura com processo inflamatório adjacente (não há presença de células inflamatórias). OSTEOMIELITE ESCLEROSANTE FOCAL • Vem de um processo inflamatório associado a dente com pulpite ou necrose pulpar, porque está associada ao ápice dentário, é focal no ápice (focal no periápice) • Osteíte condensante • Predomínio de áreas de esclerose. • Área de esclerose óssea associado ao dente com pulpite ou necrose. • Para diferenciar a pulpite de necrose deve-se fazer o teste de vitalidade pulpar. • Tratamento: resolução do foco infeccioso (endodontia), tratamento endodôntico, exodontia. Cicatriz óssea: lesão persistente (área de esclerose permanece pós traatamento) Características Descrição Clínicas Crianças e adultos jovens, área de molares e pré-molares inferiores, assintomático Radiográficas Área radiopaca associada ao ápice de um dente com espessamento do ligamento periodontal ou lesão apical. Ausência de borda radiolúcida. Histológicas Trabéculas ósseas escleróticas, medula fibrosa Diagnóstico diferencial Osteíte condensante Região posterior de mandíbula Dente: pulpite ou necrose Displasia cemento-óssea periapical Região anterior de mandíbula Dente: vital OSTEOMIELITE COM PERIOSTITE PROLIFERATIVA • Reação do periósteo (tecido conjuntivo que reveste tecido ósseo; auxilia vascularização) • Causa -> Inflamação o A causa vai ser a presença de uma inflamação, de origem diversa, que leva o periósteo a responder com hiperplasia. • Periostite ossificante/ osteomielite de Garré • Reação periosteal a presença de inflamação • Doença inflamatória periapical, osteomielite, fraturas, infecções periodontais • Tratamento com remoção do foco infeccioso, com extração ou tratamento endodôntico. Características Descrição Clínicas Crianças; pré e molar inferior; cárie extensa; tumefação endurecida (assimetria ou aumento de volume); FÍSTULA EXTRABUCAL Radiográficas Aspecto radiográfico em casca de cebola – laminações radiopacas paralelas e ra Histológicas Fileiras paralelas de osso reativo e altamente celularizado.Trábeculas ósseas neoformadas. Diagnóstico diferencial Osteossarcoma aspecto radiografico semelhante devido ao afetamento do periosteo Sarcoma de Ewing
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