Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Cuidados pré-concepcionais; Diagnóstico precoce da gestação; Avaliação pré-natal inicial; Consultas de acompanhamento até parto e pós-parto; Biológicos: o Idade materna < 16 ou > 35 anos; o Peso inicial <50 kg; o Estatura <150 cm; o História familiar de doenças hereditárias; Clínicos: hipertensão; nefropatia; diabetes; EST (efemeridade sexualmente transmissível); cardiopatia; Ambientais: saneamento básico inexistente ou inadequado; estilo de vida não saudável; Comportamentais: fumo; etilismo; uso de drogas ilícitas; atividade em trabalho braçal exaustivo; sedentarismo; Relacionados à assistência à saúde: má qualidade da assistência; cobertura insuficiente ao pré-natal; falta de integração interinstitucional; Socioculturais: baixa escolaridade; gestantes solteiras; adolescência e não aceitação da gravidez; Econômico: baixa renda; Obstétricos: história de infertilidade; gravidez anterior com qualquer intercorrência, incluindo distocia e/ou cicatriz uterina prévia; Condições atuais: pré-natal ausente ou tardio; hemorragia anteparto; gestação múltipla; HAS; rupreme (ruptura prematura de membranas); aloimunização; gestação prolongada; restrição de crescimento fetal; polidrâmnio; anemia; apresentação anômala; Alto risco! Maior frequência de pré-natal inadequado; RCIU ou baixo peso; PE; Anemia; Prematuridade; Abandono escolar; Rede de apoio; Distúrbio psicológico; Pelo menos uma; Anamnese completa do casal (e familiar); Exame físico geral (PA; peso, IMC); Exame ginecológico (incluindo CP); LAC: uma medida da glicemia de jejum (para detectar e corrigir eventual hiperglicemia); um hemograma (para detectar uma anemia não percebida); Rastreamento sorológico: HIV; sífilis; antígenos e anticorpos da hepatite B; Paciente HIV + ➝ rastrear hepatite C HbA1c para diaéticas Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Ácido fólico ➝ no mínimo 30 dias antes, até 12 semanas de gestação; o 0,4 mg/dia VO; o 4 mg/dia ➝ paciente alto risco (DM, defeitos de fechamento do tubo neural prévio); Metilfolato ➝ forma ativa do ácido fólico** Sintomas de presunção: Náuseas e vômitos no 1º trimestre; Aumento do volume e da sensibilidade nas mamas; Polaciúria e nictúria; Percepção de movimentos fetais pela paciente; Mudanças no apetite (desejos alimentares); Fadiga, tontura, sialorreia, distensão abdominal e constipação, dispneia, congestão nasal, cãibras, lombalgia; Sinais de presunção: Atraso menstrual de 10 a 14 dias ou amenorreia secundária; Congestão mamária e mastalgia, pigmentação das aréolas e surgimento dos tubérculos de Montgomery, aparecimento de colostro, rede venosa visível; Alterações na vulva e na vagina ➝ coloração violácea vaginal, cervical e vulvar; Alterações no muco cervical ➝ maior quantidade de muco e ausência de cristalização com padrão arboriforme; Alterações cutâneas ➝ estrias, hiperpigmentação da face; cloasma e linha nigra; Sinais de probabilidade: Alterações no formato e consistência do útero; o Flexão do corpo sobre o colo uterino no toque bimanual ➝ Sinal de Hegar; o Preenchimento do fundo do saco vaginal pelo útero ➝ Sinal de Nobile-Budin; Colo amolecido ➝ pode gerar sangramento pós relação; Aumento do volume abdominal; Sinais de certeza: Ausculta de BCF; Sinal de Puzos ➝ rechaço fetal intrauterino ao toque; Percepção de movimentos fetais pelo examinador; Laboratorial: B-hCG urinário ou sérico; o Produzida pelo trofoblasto ➝ positivo 8-9 dias após a ovulação; o Os níveis de B-hCG crescem exponencialmente nas primeiras semanas, atingindo um pico de 150.000 mUI/mL em torno de 8-10 semanas, depois tendem a cair e mantem-se estáveis a partir de 20 semanas; ** Teste de farmácia ➝ falso-negativo quando níveis de B-hCG muito baixos; ** Náuseas no início da gestação são relacionadas aos altos níveis de B-hCG; Saco gestacional ➝ 4-5 semanas; Vesícula vitelínica ➝ 5-6 semanas; o Se não estiver presente até 6 semanas, investigar anembrionismo ➝ repetir o exame em 3 dias aproximadamente; BCF ➝ a partir de 6 semanas; DUM: o IG incorreta entre 11-42%; o Ciclos irregulares; o Uso de anticoncepcional; US: o 7-10 semanas (erro de ± 3 dias); o 10-14 semanas (erro de ± 5 dias); o 14-20 semanas (erro ± 7 dias); o Terceiro trimestre (erro 3-4 semanas); AU (altura uterina); DPP ➝ regra de Naegele: o Soma 7 ao primeiro dia da DUM e subtrai 3 ao mês da DUM; Objetivo: Avaliar bem-estar materno-fetal. Comparar IG com AU; Cuidado obstétrico continuado com exames periódicos; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 1ª consulta: Anamnese e exame físico completos; Aspectos epidemiológicos, doenças familiares; Triagem para comorbidades, uso de drogas, risco de violência doméstica, planejamento familiar, etc; Estado emocional da paciente; * <14 anos ➝ sempre notificar como abuso sexual, mesmo que haja consentimento da gestante; Rotina de alto ou baixo risco; MS: pelo menos 6 consultas (1 no 1º; 2 no 2º e 3 no 3º trimestre); Estimular atividade física (se possível) e cuidados alimentares; o Evitar alimentos crus, lavar bem legumes e verdura; consumo de água filtrada; Carteira pré-natal; Orientações de trabalho de parto, parto e hospitais; Pele e anexos: estrias; linha nigra; Sistema musculoesquelético: dores lombares; dores hipogástricas; cãibras; Sistema digestório: náuseas e vômitos; sialorreia; pirose; constipação; Sistema circulatório e endócrino: síncope e tonturas; varizes e edema em MMII; hemorroidas Sistema urogenital: polaciúria; leucorreia; Faixa de normalidade; Ausência de ganho de peso ou pouco ganho pode indicar crescimento fetal insuficiente; Ganho de peso repentino (700g ou mais) em uma semana pode inferir edema e deve-se rastrear PE; Ganho de 300g/sem 2º trimestre; 400 g/sem 3º trimestre (máximo); Suplementação vitamínica rotineira não é recomendada se a paciente tiver alimentação saudável; o Atenção: gestação múltipla; uso de drogas, vegetarianas ou veganas, epiléticas e hemoglobinopatias; Suplementação de ferro elementar: 30-40mg/dia a partir de 20 semanas; o Mesmo em quem não tem déficit; o Se anemia ferropriva ➝ 40-120 mg/dia; o Piora constipação Rastreio em todas as consultas; Paciente sentada, sem blusa apertada; Obesas ➝ esfigmo adequado ou cálculo de ajuste; HAS ➝ PAS ≥ 140 e PAD ≥ 90; o Duas medidas com intervalo de 6h; Até a 6ª semana ➝ não ocorre alteração do tamanho uterino; 8ª semana ➝ útero corresponde ao dobro do tamanho normal; 10ª semana ➝ 3x o tamanho habitual; 12ª semana ➝ ocupa toda a pelve, sendo palpável na sínfise púbica; 16ª semana ➝ encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; 20ª semana ➝ situa-se na cicatriz umbilical; A partir da 20ª semana ➝ relação aproximada entre as semanas de gestação e a medida da AU (30 semanas ➝ 30 cm); Figura 1 - Estrias gravídicas e Linha Nigra. Figura 2 - Tubérculos de Montgomery. Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 o Quanto mais próximo do término da gestação, menos fiel é a correspondência ➝ feto se encaixa, e altura uterina decai; TODAS as consultas ➝ 110-160 bpm; A partir de 6 semanas com US; A partir de 10-11 semanas com Doppler; A partir de 20 semanas com estetoscópio de Pinard; ** Paciente com sobrepeso ➝ BCF a partir de 14 semanas no máximo ** Paciente com IMC normal ➝ BCF a partir de 12 semanas no máximo; Hemograma ➝ aumento de hemáciase do volume plasmático ➝ hemodiluição; o OMS: Hb <11 g/dL ou Ht <33% ➝ anemia; Tipagem sanguínea e fator Rh; Coombs indireto ➝ evitar aloimunização; Glicemia jejum; o TTG 75g; EQU e UCA; Sorologias ➝ VDRL, HIV, HbsAg, Anti-HBs, toxoplasmose IgG e IgM; Rubéola ➝ não há recomendação pelo MS; Estreptococo do grupo B ➝ TPPT (trabalho de parto prematuro); TSH ➝ controverso; Rastreamento para doença falciforme: o População afrodescendente; o Rastreamento universal não justificado, porém MS recomenda no BR; Avaliação da secreção vaginal: o Rastreio de vulvovaginites e alterações da flora vaginal; o Preventivo de colo uterino; Ao menos um durante o PN ➝ 1º trimestre; USTV + TN (translucência nucal) ➝1º trimestre; Morfológico ➝ 2º trimestre; Ecocardiograma fetal; Não há indicação para realização de rotina de US Doppler ou de ecocardiografia fetal em gestantes com baixo risco para pré-eclâmpsia, para RCF e para cardiopatias fetais; ** USG ➝ SUS fornece apenas um ➝ sempre optar pelo morfológico no 1º tri; SUS não fornece transvaginal; Imunizações prévias à gestação são transmitidas ao feto e conferem proteção até os 15 meses; o Transmitidas também pelo leite materno; Gripe A e sazonal ➝ qualquer fase da gestação ➝ grupo de risco; o Lactante e gestante; Hepatite B ➝ esquema de 3 doses (0-1-6m); o Iniciando a partir do primeiro trimestre e podendo estender-se até após o parto; dT: o Nenhuma dose antes de engravidar ➝ tomar duas doses de dupla adulto, com intervalo de no mínimo 30 dias e complementar com a dTpa; o Uma dose da dT antes da gestação ➝ reforçar o esquema com mais uma dose da dT após a 20ª semana; o dT aplicada nos últimos 5 anos ➝ não há necessidade de imunizar; dTpa ➝ deve ser feita independentemente da dose de dT ➝ 27º a 36º semanas de gestação; Pneumococcus, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenza e a antirábica podem ser feitas; Febre amarela está CONTRAINDICADA, mas deve ser individualizado quando o risco for muito alto; HPV ➝ contraindicada; Vacinas atenuadas (bactérias ou vírus enfraquecidos) ➝ CONTRAINDICADAS pelo risco de contaminação ao feto ➝ bacilo Calmette- Guérin (BCG), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela e febre amarela; Vacinas inativadas ➝ hepatite A e meningocócica conjugada ➝ não apresentam riscos para a gestante e para o feto; porém, devem ser aplicadas preferencialmente fora do período gestacional; Covid ➝ Pfizer; Estimulado quando não houver contraindicação; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Evitar os que possam causa quedas ou trauma abdominal; 30 min/dia ➝ 5-7 dias na semana; Exercícios aeróbicos melhoram a capacidade cardiopulmonar e física, aumentam o bem-estar e reduzem riscos de comorbidades; melhora a imagem corporal; Previne excesso de ganho de peso e reduz risco de DM, pré-eclâmpsia e cesarianas; Vitaminas com risco potencial para o feto: A, B6, C e D; o Doses diárias de vitamina A entre 10.000 a 50.000 UI estão associadas a malformações semelhantes às produzidas pela isotretinoína; Não está indicada a dosagem rotineira de vitamina D em gestantes; o Exposição adequada ao sol e ingestão dietética NÃO medicamentosa de doses não superiores a 5µg/dia durante a gravidez são ideais para a saúde materna, fetal e infantil; o Suplementação medicamentosa em gestantes com dosagem supostamente baixa (< 20 µ g/mL) é controversa; Reposição de ômega 3 ➝ uso de suplementação com ômega 3 durante a gravidez e o aleitamento é controverso; o Orienta-se que as gestantes que não consomem peixes busquem outras fontes de ômega 3 para alcançar a dose diária de 200 mg; Reposição de iodo ➝ deficiência significativa de iodo durante a gestação está associada com hipotireoidismo fetal, distúrbios neurológicos e aumento da mortalidade neonatal e infantil; o Não há recomendação no Brasil para suplementação rotineira nas gestantes, uma vez que a carência de iodo é muito rara; Ingestão de polifenóis ou compostos fenólicos ➝ hortaliças, frutas, cereais, chás, erva-mate, café, cacau, vinho, suco de frutas e soja; o Associação entre a ingesta de polifenóis pelas gestantes e alterações hemodinâmica fetais ➝ constrição do ducto arterioso; o Se ingeridos dentro de quantidades habituais, os alimentos ricos nessa substância são seguros para a gestante e para o feto; *Laqueadura ➝ permitido fazer no momento do parto; >21 anos ou 2 filhos nascidos vivos; não obrigatório a permissão/consentimento do cônjuge;
Compartilhar