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Nome: keilla Barbosa de O. Nicacio Curso: Pedagogia Polo: Magé Matrícula:22212080490 “Fichamento: texto 1 “O papel da herança e do meio na determinação do desenvolvimento”. Jesús Palacios “A polêmica sobre o papel que a herança e o meio ambiente desempenham na determinação do desenvolvimento começou a ser interessante quando deixou de ser apresentada em termos taxativos e exclusivistas. Enquanto por um lado estavam os inatistas defendendo urna prefiguração do desenvolvimento psicológico nos genes, por outro andavam os ambientalistas refutando toda ideia de determinação genética e reivindicando para o ambiente todo o peso da determinação, a polêmica era simplesmente estéril. Tampouco foi muito frutífera a etapa caracterizada pelo dualismo, quando se discutia que porcentagem da conduta ou do desenvolvimento devia-se à herança e que porcentagem ao ambiente. Já que existe um consenso em aceitar que nosso comportamento e desenvolvimento são influenciados e determinados tanto por aspectos genéticos quanto por aspectos ambientais, o problema fundamental reside em conhecer corno eles se relacionam entre si, e em estabelecer se há momentos do desenvolvimento ou conteúdos evolutivos em que, na interação entre o elemento herdado e o adquirido no contato com o meio, um ou outro aspecto desempenham um papel mais ou menos determinante. Trata-se da afirmação segundo a qual a distinção entre o inato e o adquirido é em certo sentido urna falsa distinção quando a observamos à luz da evolução da espécie. O que é inato nas crianças de nossa espécie atualmente, assim o é porque foi adquirido em algum momento da filogênese, ocorrendo provavelmente que essa aquisição foi tão importante que acabou ficando gravada nos genes da espécie. Por outro lado, um determinado indivíduo adquire algo por ter instrumentos inatos para realizar a aquisição. Os conteúdos fechados o são na medida em que não são alteráveis em consequência da experiência individual; são conteúdos que nos definem corno espécie e que somente sofrem alterações no nível da espécie em consequência de processos filogenéticos extremamente longos. Nossas características morfológicas. Nosso calendário maturativo, a puberdade transforma o corpo infantil em corpo adulto; o envelhecimento pressupõe uma deterioração de certas funções biológicas, etc. são próprios de nossa espécie e não podem ser diferentes nos indivíduos normais, nos representantes típicos da espécie humana que constituem a grande maioria das pessoas”. “Os componentes abertos de nosso código genético estão menos relacionados a conteúdos concretos e mais a possibilidades de aquisição e desenvolvimento”. “A parte fechada do código estabelece além disso um certo calendário maturativo: por mais que se tente, uma criança de dois meses não consegue produzir linguagem articulada capaz de transmitir conteúdos socialmente significativos. A partir do momento em que as bases maturativas estão prontas, a aquisição da linguagem fica a cargo da interação da criança com seu meio social”. “Podemos, pois, afirmar que os processos psicológicos são possibilitados pelos genes que nos definem como membros da espécie, sendo limitados por um determinado calendário maturativo 1 Nome: keilla Barbosa de O. Nicacio Curso: Pedagogia Polo: Magé Matrícula:22212080490 que determina o momento em que certas aquisições são possíveis, e são finalmente determinados em sua realização pelas interações da pessoa com seu meio”. “Para levar estas reflexões um passo adiante é necessário introduzir o conceito de canalização (McCall, 1981). Com ele faz-se referência ao fato de que os seres humanos são mais semelhantes entre si quanto menores forem”. “Como demonstraram as investigações transculturais em que se compara o desenvolvimento psicológico de crianças que cresceram em contextos notoriamente muito diferentes, enquanto que os bebês são muito semelhantes em seu calendário de desenvolvimento psicológico em diferentes culturas, à medida que nos afastamos da primeira infância, as diferenças introduzidas pela cultura vão aumentando progressivamente. Isto significa, fazendo uma relação com a discussão anterior, que os primeiros estágios de nosso desenvolvimento encontram-se mais encerrados em nosso código genético que os posteriores, ao menos no que se refere aos aspectos maturativos”. “Todas as crianças normais que crescem em um meio no qual há um mínimo de estimulação linguística, estão em condições de pronunciar suas primeiras palavras em torno do primeiro ano; naturalmente, o conteúdo da linguagem. Todas as crianças normais, que crescem em um meio humano minimamente normal, têm condições de estabelecer relações de apego em torno dos cinco ou seis meses, embora naturalmente a qualidade das relações de apego, sua intensidade e variedade não seja algo canalizado. Tanto no apego, quanto na linguagem ou em qualquer outro aspecto psicológico que se considere, a importância da educação é crucial desde o princípio da vida da criança”. “Se tomarmos os quatro grandes períodos em que se costuma dividir o ciclo vital humano (infância, adolescência, idade adulta e senilidade), até não muito tempo existia um tópico para cada um deles: supunha-se que as experiências ocorridas na infância tinham um efeito determinante e configurador de todo o desenvolvimento posterior, que a adolescência é uma época de mudanças drásticas e grandes mutações psicológicas, que a idade adulta significa estabilidade e ausência de mudanças importantes e que a velhice é sinônimo de deterioração dos processos psicológicos e de progressiva diminuição das diferenças entre as pessoas (Palacios, 1984c)”. “De maneira colateral, o que isto coloca em questão até certo ponto é a antiga noção dos períodos críticos, que afirmava que determinadas aprendizagens, para serem eficazes, tinham que acontecer em uma época evolutiva determinada, porque caso isso não ocorresse, ou não aconteceriam mais ou aconteceriam em meio a dificuldades de aquisição muito maiores. Embora sem dúvida existam momentos muito adequados para a realização de determinadas aquisições, momentos relacionados a possibilidades que o calendário maturativo vai abrindo e nos quais a maior parte das crianças realizam as respectivas aquisições, provavelmente seja razoável pensar que as crianças conservam ao longo de sua infância (e também nos anos que se seguem) uma considerável capacidade de transformação”. 2 Nome: keilla Barbosa de O. Nicacio Curso: Pedagogia Polo: Magé Matrícula:22212080490 Fichamento II ‘’ Sobre o que é o homem e como construí-lo: utilizam o mesmo manual educadores e psicólogos?” Amélia Alvarez & Pablo Del Río “Ainda que a teoria de Vygotsky esteja hoje conhecendo uma rápida difusão na psicologia ocidental, após quase meio século de censura em seu próprio país de origem, e que constitua um dos paradigmas que maior atração exercem na psicologia e na educação, não é este o lugar para fazer uma síntese e um juízo de valor, mesmo que breve, da teoria geral. Este capítulo limitar-se- á à transmissão de algumas ideias organizadas sobre um dos dispositivos teóricos e práticos mais importantes desta teoria, no campo da psicologia da educação e da instrução: o conceito de Zona de Desenvolvimento Potencial ou Zona de Desenvolvimento Próximo. Somente como via de aproximação, referir-nos-emos a outros conceitos indispensáveis para acercar-se do conceito de ZDP, como possam ser os conceitos de atividade, o de mediação ou o de interiorização.” “Efetivamente, para Vygotsky, o fato humano não está garantido por nossa herança genética, por nossa” certidão de nascimento", senão que a origem do homem a passagem do antropóide ao homem, tanto como a passagem da criança ao adulto produz-se graças à atividade conjunta e é perpetuada e garantida atravésdo processo social da educação, tomada está em sentido amplo e não somente segundo os modelos escolares da história mais recente.” “Das capacidades animais às humanas, através da evolução: as funções psicológicas superiores”. “Como ponte entre as ciências humanas, a psicologia veio tratando no último século de encontrar uma solução única para a dupla polaridade, ou alternativa, entre a faceta biológica e a cultural, que é a de dar uma resposta que seja válida ao mesmo tempo nos dois níveis: material ou ”natural” e mental ou “humano” (o que, em psicologia, chamou-se genericamente de nível das funções superiores). Na realidade, oposições mal integradas nas ciências humanas, como as que ocorrem entre conduta-pensamento, ação-representação ou emoção-razão, condicionaram o aparecimento das teorias psicológicas sobre o homem, o desenvolvimento e a aprendizagem”. “Vygotsky (1983) será o primeiro a falar sobre a evolução cultural do homem e sobre o desenvolvimento cultural da criança, o que o leva a afirmar (p. 10) que “não se escreveu ainda a história da evolução cultural da criança”. Mesmo que tenha transcorrido mais de meio século, esta afirmação continua sendo uma tarefa pendente”. “As funções psicológicas superiores são fruto, para Vygotsky, do desenvolvimento cultural e não do biológico. Ele trata de manifestá-las e de desvelar suas características, investigando o que ele denomina "condutas vestigiais": condutas primitivas, características dos primórdios da espécie, que ainda podemos encontrar na conduta do homem atual. Uma destas condutas investigadas por Vygotsky pode servir-nos para explicar o grande passo que, sem sair das leis biopsicológicas da conduta animal, permitem ao homem superá-la, em um complexo funcional diferente”. 3 Nome: keilla Barbosa de O. Nicacio Curso: Pedagogia Polo: Magé Matrícula:22212080490 “Vygotsky parte de um modelo sequencial e limitado do funcionamento psíquico, que é o modelo da reflexologia e do condutismo, onde se analisam séries lineares com um estímulo (E), que levam a uma resposta (R), que provoca outro estímulo (E), e assim indefinidamente: E que chegam sequencialmente do contexto, Vygotsky passa, com os mesmos materiais, a construir um modelo em que o homem controla E e R ativamente, impondo-lhes sua vontade e criando um sistema complexo”. “A conduta vestigial, que se serve de nós em uma corda, como um mecanismo externo de memória, oferece a Vygotsky o material concreto para o seu raciocínio.” "no ato instrumental, o homem domina-se a si mesmo a partir de fora, através de instrumentos psicológicos" (1982, p. 106). “, Vygotsky encontra algumas das características específicas das funções psicológicas humanas ou superiores: • permitem superar o condicionamento do meio e possibilitam a reversibilidade de estímulos e respostas de maneira indefinida; • supõem o uso de intermediários externos -que ele denominará instrumentos psicológicos, entre eles, o signo; • implicam um processo de mediação, utilizando certas estratégias, ou por meio de determinados instrumentos psicológicos que, em lugar de pretender como objetivo modificar o meio físico, como os utensílios eficientes - o machado, a enxada ou a roda -, tratam de modificar a nós mesmos, alterando diretamente nossa mente e nosso funcionamento psíquico”. “Deste modo, os processos psicológicos naturais são reestruturados, com a aparição dos superiores e passam a ser controlados por eles: surge uma atenção consciente e mediada, uma memória voluntária e mediada (eu gero os próprios estímulos que atenderei ), uma inteligência representacional, etc.” “Este processo de formação das funções psicológicas superiores dar-se-á, segundo Vygotsky, através da atividade prática e instrumental, porém não individual, mas em interação ou em cooperação social. A transmissão destas funções, dos adultos que já as possuem para os novos indivíduos em desenvolvimento, é produzida mediante a atividade ou inter-atividade entre a criança e os outros - adultos ou companheiros de diversas idades e na Zona de Desenvolvimento Próximo. Com toda propriedade, podemos denominar este processo como educação, e é justamente o procedimento pelo qual a espécie humana conseguiu vencer ou modificar qualitativamente as leis biológicas da evolução ‘’, ‘’acrescenta-se um novo tipo de memória: a memória cultural e social, transmissível de indivíduo para indivíduo e, deste modo, generalizável para a espécie, por via externa, com enorme rapidez. Os biólogos atuais dão por terminado ou por muito estabilizado o processo de evolução biogenética interna no homem, de modo que os especialistas das ciências humanas e a sociedade em geral devem agora esforçar-se por investigar, compreender e, em última análise, ocupar-se disso, através da educação e construção cultural da evolução da espécie’’. 4 Nome: keilla Barbosa de O. Nicacio Curso: Pedagogia Polo: Magé Matrícula:22212080490 Resenha O presente assunto é de grande interesse em revelar o comportamento e conduta humana, e é importante destacar a busca pela investigação da evolução e desenvolvimento humano. Através das pesquisas da biogenética e da psicogênese, ambos entraram em um discussão dobre a capacidade da evolução das funções psicológicas. Onde a psicologia através de uma teoria aponta o processo que conseguiu vencer as investigação entre a biogenetica. “O papel da herança e do meio na determinação do desenvolvimento”. e “sobre o que é o homem e como constituí-lo: utilizam o mesmo manual educadores e psicológicos?”. Dois textos colateral, ambos os textos têm como objeto de estudo do comportamento do ser humano, o primeiro texto, fala sobre a polêmica da genética e da filogenética, o estudo do desenvolvimento do comportamento humano adquirido, o meio cultural é herdado e se aprende com a experiência, os aspectos genéticos e os aspectos ambientais se relacionam entre si. Havia um problema relacionado em estabelecer qual o papel de uma do (desenvolvimento) e qual o papel da outra (evolução) é uma completa a outra. A psicologia evolutiva, estuda a transformação do indivíduo em várias etapas da vida, e também suas características. Os processos de mudanças se distingue. O cérebro código fechado onde ocorre a linguagem, quando ocorre a maturação da criança, ocorre também a aquisição da linguagem, com isso e através da interação com seu meio social ela adquire a linguagem quanto mais estímulo maior riqueza léxico semântico, dependendo, do desenvolvimento podendo se tornar até trilíngue. Quando a base maturativo esta pronta, ela adquire a linguagem. Como o conteúdo concreto, cada ser humano é único e carrega consigo, sua cultura sua particularidade genética. O desenvolvimento psicológico vai se desenvolvendo a medida que evoluímos progressivamente. Todo ser humano normativo, precisa ser cuidado por alguém durante a primeira infância, todos os bebês normativos, precisam de um mínimo de estímulo linguístico. Ambos os textos falam dos estímulos, um fala sobre estimulo recompensa e outro fala sobre estimulo resposta. O efeito genético sobre o comportamento humano, pode ser obtido de diferentes maneiras e aspectos: intelectuais, emocional e social. Os componentes abertos de nosso código genético estão menos relacionados a conteúdos concretos e a mais possibilidade de aquisição e desenvolvimento. O segundo texto, trata-se de uma teoria e pratica para a aprendizagem e desenvolvimento. O processo biológico de desenvolvimento dos indivíduos desde a fecundação do óvulo até a maturidade, ainda, baseada na incorporação dos mecanismos e mediadores que cada cultura oferece, a capacidade real de desenvolvimento do indivíduo, de realizar tarefas de forma autônoma caracterizam-se desenvolvimento já consolidado, ainda que a teoria refere-se no 5 Nome: keilla Barbosa de O. Nicacio Curso: Pedagogia Polo: MagéMatrícula:22212080490 campo da educação, com alguns conceitos indispensáveis de mediação de interação, mediação e interiorização são indispensáveis para o desenvolvimento funcional, a progressão, a consciência o pensamento, a memória, a percepção, a linguagem são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento e evolução da especie humana. Essas operações ou funções psíquicas, são produtos de mecanismos cultural, historicamente desenvolvido. cada cultura tem ferramentas derivadas próprias de especificações. Os aspectos cognitivos, e sua função psíquica superior que nós caracterizam como seres humanos. A linguagem é a ferramenta principal. o uso de instrumentos, facilita a interação com o meio social, o signo por sua vez o uso da linguagem. O papel da psicologia da educação é descrita como disciplina ponte pois é uma disciplina tanto psicológica quanto educativa. O papel Sociologia da educação, no sistema educacional atua de uma forma de reflexão autônoma e permanente. Ela tem como objetivo o estudo do comportamento humano em função do meio. Ambos estão interligados a interação entre a mente e o comportamento, ambos depende um do outro para uma própria compreensão. Ambos resultam da investigação do mesmo objeto de pesquisa o ser humano. E contribui para nortear as ações tomadas o ensino escolar. Baseado na individualidade de cada indivíduo. Referencias “O papel da herança e do meio na determinação do desenvolvimento”. “1 Excerto de: PALACIOS, Jesús (1995[1993]) Introdução à psicologia evolutiva: História, conceitos básicos e metodologia. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológicos e educação. Vol1. Psicologia Evolutiva. Pp. 18-21. Tradução portuguesa: Porto Alegre: Artes Médicas. “ ‘’ Sobre o que é o homem e como construí-lo: utilizam o mesmo manual educadores e psicólogos?” “2 Excerto de: ALVAREZ, Amelia; del Río, Pablo (1995[1993]) Educação e desenvolvimento: A teoria de Vygotsky e a zona de desenvolvimento próximo. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológicos e educação. Vol.2. Psicologia da Educação. Pp. 79-83. Tradução portuguesa: Porto Alegre: Artes Médicas.” 6
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