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Atividade 4 - Direito Penal III. (crimes patrimoniais) - GABARITO

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
NÚCLEO PEDAGÓGICO DE RONDONÓPOLIS
BACHARELADO EM DIREITO
DIREITO PENAL III
PROF. FRITZ LOEWENTHAL NETO
ATIVIDADE 3
GABARITO
ATIVIDADE 4
CRIMES PATRIMONIAIS: DISPOSIÇÕES GERAIS
FURTO
1. Alfredo, 35 anos, desesperado para pagar sua dívida de cartão de crédito, sorrateiramente subtrai considerável quantia em dinheiro que sua mãe, de 59 anos, guardava no colchão de casa.
Nesse caso, pode-se afirmar que Alfredo
a) é isento de pena, diante da escusa absolutória por ter praticado o crime em prejuízo de ascendente.
b) responderá por crime de roubo qualificado.
c) responderá por crime de extorsão.
d) não cometeu crime por ter agido em exercício regular de direito.
e) responderá por crime de furto.
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003)
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
2. Juliana, 29 anos, sorrateiramente subtraiu considerável quantia em dinheiro de seu pai, Afrânio, 62 anos, para adquirir um carro seminovo com o qual sonhava.
Nesse caso, é correto afirmar que Juliana
a) praticou conduta atípica, pois é herdeira de seu pai.
b) é isenta de pena, visto que praticou crime de furto em prejuízo de seu ascendente.
c) não é isenta de pena.
d) não cometeu crime por ter agido em exercício regular de direito.
e) praticou crime impossível, visto que foi em prejuízo de seu pai.
Julia não é isenta de pena, visto que muito embora a vítima seja ascendente, ela possui idade igual ou superior a 60 anos de idade, portanto, conforme comportamento anterior, não se aplica a escusa absolutória.
3. João arrombou a loja onde trabalha, e que pertence à sua mãe de 60 anos de idade, levando mercadorias avaliadas em milhares de reais.
Na situação hipotética apresentada, pode-se afirmar que João
a) praticou furto com rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
b) cometeu a infração penal de dano qualificado com prejuízo considerável para a vítima.
c) responderá por furto de coisa comum por sua condição de herdeiro necessário.
d) não responderá por crime contra o patrimônio, visto ser amparado por isenção de pena.
e) responderá pelo crime de apropriação indébita com aumento de pena em razão do emprego que exercia.
Em razão da idade da mãe, não se aplicarão as escusas. Trata-se de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo que não é inerente ao objeto do furto.
4. João, de 30 anos, em concurso com a amiga Maria, de 25 anos, cometem apropriação indébita contra o pai de João, de 50 anos. Os três moram na mesma casa.
É correto afirmar que João
a) e Maria são isentos de pena.
b) é isento de pena e Maria somente será processada mediante representação.
c) e Maria somente serão processados mediante representação.
d) é isento de pena, mas a Maria não socorre semelhante benefício.
e) somente será processado mediante representação e Maria é isenta de pena.
João faz jus a escusa absolutória contida no art. 181 CP.
No entanto, Maria, como se trata de amiga de João, no caso em apreço de concurso de agentes, sendo estranha que participa do crime, não haverá a isenção de pena e a ação penal é pública incondicionada. 
5. Nos termos preconizados pelo Código Penal, em relação às escusas absolutórias, estará isento de pena
a) Pedro, co-autor de um crime de furto qualificado juntamente com seu amigo Italo, praticado contra o genitor deste último.
b) Rodrigo, que invade a chácara de sua família e comete um crime de roubo contra seus ascendentes, subtraindo bens que guarneciam o imóvel.
c) Paulo, que pratica um crime de furto contra empresa de seu tio.
d) Micaela, que pratica um crime de estelionato contra seu filho, utilizando os documentos pessoais e cartão de crédito deste para fazer compras em estabelecimentos comerciais de uma determinada cidade.
e) Flávia, que pratica crime de apropriação indébita contra o seu avô de 70 anos de idade.
a) Não de aplica a escusa ao estranho que participa do crime, art. 183, II.
b) Não se aplica a escusa se o crime é de roubo, art. 183, I.
c) Não há isenção de pena do art. 181, somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo do tio, Art. 182, III. Ainda, é preciso que haja coabitação.
d) É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo de ascendente, Art. 181, II. O estelionato modifica apenas a regra da ação penal pública que no caso de estelionato é condicionada a representação, salvo as exceções previstas no art. 171.
e) Incorreta - Não se aplica a escusa se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, Art 183, III. 
Para a consumação do crime de furto ou roubo, não há necessidade de que haja posse mansa e pacífica do bem subtraído, com o agente, tampouco há necessidade de que o bem saia da esfera de vigilância da vítima, bastando, para tanto, que haja inversão da posse, ainda que em curto espaço do tempo. É o que preconiza a teoria da apprehensio ou amotio, amplamente adotada pela jurisprudência pátria.
7. Com relação ao crime de furto, assinale a alternativa correta.
a) O abuso de confiança é ínsito à natureza de toda subtração sem violência.
b) O crime é qualificado se a coisa furtada é destruída ou deteriora-se durante a subtração.
c) Equipara-se à coisa móvel qualquer energia que tenha valor econômico, exceto a elétrica.
d) Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode aplicar o perdão judicial.
e) Quando o furto é de coisa comum, não é punível a subtração de coisa fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
a) O abuso de confiança é uma das qualificadoras do crime de furto.
b) Será qualificado se houver emprego de explosivo. Se após a subtração houve a destruição do bem, o agente responderá apenas por furto, e não por furto em concurso com o dano, já que esse último passa a ser absorvido pelo delito de furto.
c) § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
d) Trata-se do furto privilegiado, porém não há extinção da punibilidade, poderá o juiz: Substituir a pena de reclusão pela de detenção diminuí-la de 1/3 a 2/3, ou aplicar somente a pena de multa.
e) § 2º – Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
Obs.: Furto de Coisa Comum é crime PRÓPRIO.
8. Ainda que se trate de furto qualificado, se os bens subtraídos forem de pequeno valor e os agentes, primários, poderá o juiz substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la ou aplicar somente a pena de multa.
C) Certo
E) Errado
Trata-se de furto privilegiado: art. 155, §2º CP. Lembrando que é necessário que a qualificadora seja de ordem objetiva.
Súmula 511 STJ:" é possível o reconhecimento do privilégio previsto no §2º do art. 155 CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva"
A qualificadora do concurso de agentes é de ordem objetiva, portanto, presentes os demais requisitos, é possível a aplicação do benefício.
9. Pedro, que já foi condenado por roubo em 2003, com a correlata pena extinta em 2011, foi denunciado, em 2017, pela prática de um novo crime. Na denúncia, lhe foi imputada a subtração, mediante rompimento de obstáculo, de coisa alheia móvel avaliada em R$ 1.000,00, pertencente ao seu genitor Fabiano, que possuía 60 anos de idade. Na data do crime dessa nova denúncia, o salário-mínimo era de R$ 937,00. A sentença será prolatada em 2021, quando o salário-mínimo é de R$ 1.100,00.
Diante dessa situação hipotética e considerando a legislação aplicávele o entendimento dos Tribunais Superiores, assinale a alternativa correta.
a) O Magistrado não deverá condenar Pedro, eis que presente uma escusa absolutória.
B) O Magistrado deverá condenar Pedro e afastar a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no artigo 155, §2º, do Código Penal (furto privilegiado), eis que a qualificadora do rompimento de obstáculo não permite a aplicação do privilégio.
c) O Magistrado deverá condenar Pedro e afastar a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no artigo 155, §2º, do Código Penal (furto privilegiado), eis que ele não possui bons antecedentes.
d) O Magistrado deverá condenar Pedro e aplicar a causa de diminuição de pena prevista no artigo 155, §2º, do Código Penal (furto privilegiado).
e) O Magistrado deverá condenar Pedro e afastar a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no artigo 155, §2º, do Código Penal (furto privilegiado), eis que a coisa subtraída não possui pequeno valor.
A ERRADO: Considerando que seu genitor é idoso (possui 60 anos de idade) não se aplica o beneficia da escusa absolutória prevista no art. 181, II, CP. CP:
B ERRADO: De acordo com a jurisprudência, é possível o reconhecimento do privilégio mesmo nos casos de furto qualificado, desde que, presentes os demais requisitos, a qualificadora seja de ordem objetiva, como no caso. De fato, Pedro não é considerado mais reincidente, pois, nos termos do art. 64, I, CP, extrapolou o prazo de 05 anos entre a data da extinção da pena referente ao crime praticado anteriormente (roubo) e a infração penal sob julgamento. Nada obstante, de acordo com a jurisprudência, a res furtiva não é considerada de pequeno valor porque superior ao valor do salário mínimo à época dos fatos.
Súmula 511-STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
C ERRADO: O Magistrado deverá condenar Pedro e afastar a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no artigo 155, §2º, do Código Penal (furto privilegiado), não porque ele não possui bons antecedentes, mas porque o valor da res furtiva suplantava o valor do salário mínimo à época dos fatos.
D ERRADO: O Magistrado deverá condenar Pedro, não aplicando a causa de diminuição de pena prevista no artigo 155, §2º, do Código Penal (furto privilegiado), conforme mencionado nos demais comentários.
E CERTO: O Magistrado deverá condenar Pedro e afastar a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no artigo 155, §2º, do Código Penal (furto privilegiado), eis que a coisa subtraída não possui pequeno valor.
Isso porque, a orientação majoritária nos Tribunais é a de que, para fins de configuração do crime de furto privilegiado, coisa de pequeno valor é aquela que não ultrapassa um salário mínimo ao tempo da conduta. De fato, o salário-mínimo na data do fato era R$ 937,00, tendo Pedro subtraído coisa alheia móvel avaliada em R$ 1.000,00.
“Em relação à figura do furto privilegiado, o art. 155, § 2º, do Código Penal impõe a aplicação do benefício penal na hipótese de adimplemento dos requisitos legais da primariedade e do pequeno valor do bem furtado, assim considerado aquele inferior ao salário mínimo ao tempo do fato. Trata-se, em verdade, de direito subjetivo do réu, não configurando mera faculdade do julgador a sua concessão, embora o dispositivo legal empregue o verbo ‘poder’” (HC 583.023/SC, j. 04/08/2020).
10. Durante o período de repouso noturno, Pedro cometeu o crime de furto de um veículo que estava guardado na garagem da casa da família Silva. No decorrer das investigações, foi possível constatar que Pedro era primário e que, pela análise das imagens das câmeras de segurança instaladas no jardim da residência, havia movimentação dentro da casa, ou seja, membros da família Silva estavam acordados dentro da residência.
A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) É irrelevante o fato de as vítimas estarem ou não dormindo no momento do crime, bastando que o furto tenha sido praticado à noite, durante o repouso noturno, para caracterizar a causa de aumento de pena.
b) Apesar de o crime ter sido cometido durante o horário de repouso noturno, não deve ser aplicada a causa de aumento de pena, pois havia pessoas acordadas dentro da residência.
c) Ainda que Pedro tenha rompido obstáculo para adentrar a casa, o furto não poderá ser considerado qualificado, pois o referido fato é elementar do crime de furto.
d) O fato de Pedro ser primário é, por si só, suficiente para que o juiz substitua a pena de reclusão pela de detenção ou aplique apenas a pena de multa.
e) Caso Pedro tivesse se utilizado de escalada para cometer o crime, tal qualificadora só poderia ser reconhecida mediante prova pericial.
11. Segundo a orientação que prevalece no Superior Tribunal de Justiça, o crime de furto praticado
a) com destruição ou rompimento de obstáculo configura a forma qualificada do delito, ainda que o dano recaia sobre o próprio objeto da subtração.
b) com abuso de confiança permite o reconhecimento do privilégio desde que o réu seja primário e de pequeno valor o bem furtado.
c) no interior de residência durante o repouso noturno configura a forma qualificada do delito, salvo se ela estiver desabitada.
d) mediante ligação clandestina de água de concessionária de serviço público é insuficiente para a incidência da qualificadora da fraude.
e) com duas qualificadoras admite que uma delas seja utilizada para qualificar o delito e a outra para exasperar a pena-base.
Segundo a orientação que prevalece no Superior Tribunal de Justiça, o crime de furto praticado:
A) com destruição ou rompimento de obstáculo configura a forma qualificada do delito, ainda que o dano recaia sobre o próprio objeto da subtração. ERRADA.
A Jurisprudência do STJ entende que se o obstáculo for inerente a res furtiva não se aplica a qualificadora do art. 155 §4º, I do CP. Vejamos: “A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que não incide a qualificadora prevista no art. 155, § 4º, inciso I, do Estatuto Repressivo, quando praticado o arrombamento de veículo objetivando a sua própria subtração, tal como ocorreu na hipótese dos autos.” (STJ – AgRg no REsp 1654823 / RS –Julgado em 14/09/2017).
B) com abuso de confiança permite o reconhecimento do privilégio desde que o réu seja primário e de pequeno valor o bem furtado. ERRADA
SÚMULA n. 511 do STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
Art. 155, § 4º. A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I – com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; (ordem objetiva)
II – com abuso de confiança (ordem subjetiva), ou mediante fraude (ordem subjetiva*), escalada ou destreza; (ordem objetiva)
III – com emprego de chave falsa; (ordem objetiva)
IV – mediante concurso de duas ou mais pessoas. (ordem objetiva).
C) no interior de residência durante o repouso noturno configura a forma qualificada do delito, salvo se ela estiver desabitada. ERRADA
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. (FURTO CIRCUNSTANCIADO OU MAJORADO)
D) mediante ligação clandestina de água de concessionária de serviço público é insuficiente para a incidência da qualificadora da fraude. ERRADA
*mediante fraude (ordem subjetiva) de acordo com os julgados mais recentes do STJ. Vejamos: A qualificadora do emprego de fraude possui natureza subjetiva e, por essa razão, por demonstrar maior gravidade da conduta, torna incompatível o reconhecimento da figura privilegiada do furto. (AgRg no REsp 1841048/MS, julgado em 10/12/2019. 5ª Turma)
12.Armando, usuário contumaz de maconha, ao perceber que seu dinheiro havia acabado e que seu desejo pelo uso do entorpecente estava aumentando, resolveu quebrar o vidro de um automóvel estacionado na rua, sob uma árvore, para subtrair o rádio nele existente com a finalidade de vendê-lo para comprar maconha. Assim o fez então. O veículo, no entanto, teve seu alarme disparado com a quebra do vidro por Armando e dois policiais militares que, coincidentemente, faziam patrulhamento de rotina e passavam pelo local, tiveram a atenção despertada em virtude do disparo do alarme e conseguiram, assim, deter Armando já com o rádio em suas mãos e fora do automóvel.
De acordo com o enunciado, é correto afirmar, no que tange à conduta de Armando, que ele
a) responderá por crime de furto simples, na sua forma consumada.
b) responderá por crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, na sua forma consumada.
c) responderá por crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo, na sua forma tentada.
d) responderá por crime de furto simples, na sua forma tentada.
e) responderá por crime de dano simples, na sua forma consumada.
13. Visando furtar uma residência, um indivíduo pulou o muro que a circunda e a invadiu. Antes de levar consigo os bens que já tinha separado na residência, ele ouviu o barulho de pessoas na calçada, que estavam suspeitando da ocorrência de algo errado na residência, motivo pelo qual fugiu do local, para não ser capturado.
Nessa situação hipotética, a conduta do indivíduo
a) configura furto qualificado tentado.
b) não configura nenhum crime, em razão da desistência voluntária.
c) configura furto simples tentado.
d) configura violação de domicílio na forma consumada.
e) configura furto simples tentado em concurso com a violação de domicílio na forma consumada.
O enunciado da questão traz situação na qual o agente efetivamente pulou o muro da residência a fim de furtar os objetos do local, o que só não foi possível por circunstâncias alheias à sua vontade (ouviu barulhos na calçada e fugiu para não ser preso), o que configura furto qualificado pelo rompimento de obstáculo à subtração da coisa, porém, tentado haja vista não ter efetivamente conseguido levar consigo os objetos do local. Não se trata de desistência voluntária, pois nesta o agente desiste de prosseguir na execução, por razões inerentes à sua vontade, ou seja, livre de coação. Não precisa ser espontânea, bastando que seja voluntária. Também não se trata arrependimento posterior, pois neste o agente pratica todos os atos executórios suficientes à consumação do crime. No entanto, antes que a consumação ocorra, por meio de providências aptas, ele voluntariamente impede a ocorrência do resultado naturalístico. Tampouco trata-se de violação de domicílio, haja vista que a intenção do agente é o dolo de furtar objetos, o que configura a conduta específica do artigo 155 do CP e absorve o delito da violação do domicílio (crime fim absorve o crime meio). F: Mege.
Visando furtar uma residência (dolo de furto), um indivíduo pulou o muro (qualificadora da escalada no furto) que a circunda e a invadiu (a violação [crime meio] foi absorvida pelo início do ato executório do furto [crime fim]). Antes de levar consigo os bens que já tinha separado na residência (ainda não inverteu a posse, então está na tentativa), ele ouviu o barulho de pessoas na calçada (circunstância alheia que impede o crime), que estavam suspeitando da ocorrência de algo errado na residência, motivo pelo qual fugiu do local (ele não desistiu voluntariamente; foi involuntariamente), para não ser capturado.
Agora, se ele está dentro do lote e Deus toca no coração dele, o fazendo desistir voluntariamente, daí sim seria violação de domicílio.
Só lembrando que o STJ e STF adotam a teoria da inversão da posse (de fato) ou apprehensio ou amotio, para dar como consumado o crime. Não importa se ele estava com a coisa por breve espaço de tempo e foi perseguido (como acontece muito em mercado, quando deixam o cara andar alguns metros depois da porta de saída e o capturam). E também não importa se a posse foi mansa/ pacifica, estando o furto consumado quando o cara pega o objeto, a segurança observa e já corre pra cima dele, com alarde e tudo mais e ele dispara, mas é pego.
14. Acerca dos crimes de furto, é correto afirmar:
a) a jurisprudência do STF e STJ fixou orientação no sentido de que a consumação do crime de furto ocorre com a inversão da posse, sendo imprescindível a posse mansa e pacífica.
b) os requisitos legais para o reconhecimento do furto privilegiado são a primariedade e os bons antecedentes do agente, além do pequeno valor da coisa furtada.
c) o conflito aparente de normas entre o delito de violação de domicílio cometido como meio para a consecução de um crime de furto resolve-se pelo princípio da especialidade (consunção), punindo-se somente o furto.
d) o furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum, em sua forma tentada, não é considerado crime hediondo.
e) coisas abandonadas (res derelicta) ou não pertencentes a ninguém (res nullius) não podem ser objeto material do crime de furto.
B) ERRADA. Os requisitos legais para o reconhecimento do furto privilegiado são a primariedade e os bons antecedentes do agente, além do pequeno valor da coisa furtada.
Art. 155, parágrafo 2º, do CP. Referido artigo não prevê bons antecedentes como pressuposto p/ furto privilegiado.
Vale lembrar que o “pequeno valor” é entendido como “aquele que não ultrapassa a importância de uma salário mínimo” – RT 657/323). Rogério Sanches, 2021, página 584.
Plus: Súmula nº 511 do STJ: “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no parágrafo 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva”
Prof. Fritz Loewenthal Neto
Contato: Fritz.neto@unemat.br

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