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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 
PRIVADO
Aula 3
Prof. Antonio Luiz Arquetti Faraco Júnior
PERSONALIDADE JURÍDICO-INTERNACIONAL
2
Personalidade jurídico-internacional
É a capacidade para ser destinatário das 
normas e princípios de Direito Internacional, ou 
seja, para ser titular de direitos e deveres 
internacionais.
Para ser sujeito de Direito Internacional é preciso gozar 
de direitos e deveres no plano internacional, bem 
como ter capacidade para exercê-los.
SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL
Estado
Organizações 
Internacionais
Indivíduo Santa Sé
Microestados
Comitê 
Internacional 
da Cruz 
Vermelha
ONG’s
Insurgentes e 
beligerantes
3
DIREITO INTERNACIONAL CLÁSSICO
ESTADO
Direito Internacional surge com o objetivo de harmonizar e 
regular as relações entre os Estados soberanos.
4
LEMBRE-SE
Estado é tido como o sujeito originário e o primeiro grande 
problema que impulsiona o desenvolvimento do Direito 
Internacional é a questão da soberania.
A soberania era vista como um poder absoluto do Estado, que não podia ser relativizado. 
Quando os Estados passaram a se relacionar internacionalmente, surge uma necessidade 
social: conseguir um relacionamento pacífico mínimo entre os Estados. 
A necessidade que se tinha era a de limitar o uso do poder de guerra, evitar grandes 
destruições e criar mecanismos pacíficos de relação entre os Estados soberanos. Este era o 
maior objetivo do Direito Internacional, por isto o seu desenvolvimento está intrinsicamente 
ligado ao desenvolvimento do Estado nacional. Desta forma, o Estado foi o primeiro sujeito 
de Direito Internacional, e durante algum tempo permaneceu sendo o único.
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
5
É uma associação formal e permanente de Estados, 
possui personalidade e capacidade jurídica 
internacional. 
A personalidade jurídica das organizações internacionais é distinta da 
dos Estados fundadores. Elas possuem seus próprios órgãos, estatuto e 
sede.
CONCEITO
Surgiram no século XIX da necessidade de 
promover a cooperação internacional, sendo 
consequência do desenvolvimento do Direito 
Internacional. 
Os Estados possuem personalidade jurídica-internacional 
originária, e as organizações possuem uma personalidade 
decorrente, pois são criadas por eles, adquirindo a 
personalidade no ato da sua criação.
Podem ser criadas com uma 
finalidade específica, ou geral, 
podem ser duradouras ou 
temporárias, universais ou regionais.
EXEMPLOS DE ORGANIZAÇÕES 
INTERNACIONAIS
FMI e Banco Mundial surgiram durante a II Guerra Mundial em decorrência 
da Conferência Financeira e Monetária das Nações Unidas em Bretton
Woods, New Hampshire, julho de 1944, como parte de um esforço conjunto 
para financiar a reconstrução da Europa após a devastação provocada 
pela guerra, e para salvar o mundo de depressões econômicas futuras.
Banco Mundial 
(missão):
• Reconstrução e 
promoção do 
desenvolvimento.
FMI (missão):
• Assegurar a 
estabilidade 
econômica 
global.
ONU (missão):
• Assegurar a 
estabilidade 
política global.
6
INDIVÍDUO
Parte da doutrina, mais tradicional, entende que o indivíduo 
não possui personalidade jurídica internacional, logo não 
pode ser considerado como um sujeito, mas tão somente 
como um destinatário das normas internacionais.
7
Outra parte da doutrina entende que os indivíduos devem ser 
reconhecidos como sujeitos de Direito Internacional, em razão da 
crescente preocupação com a proteção da pessoa humana, o que faz 
com que o indivíduo seja portador de direitos e obrigações 
internacionais, e em alguns casos possua até mesmo a capacidade de 
fazer valer tais direitos perante algumas entidades internacionais.
O tema não é pacífico, mas indica um novo rumo que o Direito Internacional vem tomando no 
sentido da proteção da pessoa humana e que está cada vez mais solidificado com a criação 
dos diversos sistemas regionais de proteção dos Direitos Humanos, como o Sistema 
Interamericano e o Europeu.
IMPORTANTE
INDIVÍDUO
“O indivíduo se torna sujeito de Direito Internacional, como 
pessoa singular, ao ultrapassar o quadro do Direito interno e a 
projetar-se ora em direitos, ora em deveres e outras adstrições 
efetiváveis perante instâncias internacionais”.
8
“Negar a personalidade jurídica do indivíduo no plano 
internacional seria desumanizar o Direito Internacional, o que 
estaria na contramão do atual desenvolvimento deste ramo 
jurídico. Não se pode falar na garantia dos Direitos Humanos 
pela Ordem Internacional se o homem não é reconhecido 
como sujeito de Direito Internacional.”
Celso Renato Duvivier de Albuquerque Mello (1937-2005) 
Jorge Manuel Moura Loureiro de Miranda (1941 - )
INDIVÍDUO
A ONU possui um sistema de proteção dos Direitos Humanos no 
âmbito de toda a sociedade internacional. 
9
A ONU tem firmado diversas declarações e convenções específicas 
para a proteção desses Direitos:
▪ Convenção sobre os direitos das pessoas deficientes (2007);
▪ Convenção para a eliminação de todas as formas de 
discriminação racial (1965);
▪ Convenção para a eliminação de todas as formas de 
discriminação contra a mulher (1980).
O Conselho de Direitos Humanos é o órgão da ONU para tratar do assunto. 
Ela acompanha a produção de relatórios anuais sobre a violação de 
Direitos do Homem pelos Estados, bem como recebe petições contendo 
denúncias de cidadãos que entendam ter seus direitos violados.
SAIBA 
QUE ...
SANTA SÉ
Corresponde a jurisdição eclesiástica da Igreja 
Católica, sendo uma entidade soberana independente. 
Sua finalidade é administrar a Igreja Católica no mundo, 
ou seja, é a cúpula da Igreja Católica no mundo.
É distinta do Vaticano. 
As relações e acordos diplomáticos (Concordatas) com 
outros estados soberanos são com ela estabelecidos. 
Integra muitas organizações internacionais. 
10
MICROESTADOS
Possuem personalidade jurídica de Direito Internacional.
11
Algumas de suas competências, por exemplo, a emissão de 
moedas e a segurança do território nacional, são transferidas 
para outros Estados com os quais possuem uma relação mais 
próxima ou são seus vizinhos. 
São dotados de soberania, porém têm 
hipossuficiência em alguns aspectos, por isso 
recorrem a países vizinhos para supri-la. 
Exemplos: Malta, Andorra, Mônaco, San Marino, Liechtenstein, Luxemburgo, 
Bahrein, Singapura, Brunei, Tuvalu, Fiji, Samoa, São Tomé e Príncipe, Cabo 
Verde, Trinidad e Tobago, Bahamas, Granada, dentre outros.
COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ 
VERMELHA
Fundada em 1863, possui a missão de promover assistência 
humanitária a todos os feridos de guerra e vítimas de conflitos 
armados ou violentos, promovendo as leis que protegem as 
vítimas da guerra. 
12
É uma organização independente, seu mandato e poder 
decorrem da Convenção de Genebra, que lhe atribuiu um 
estatuto específico, conferindo-lhe inclusive poder de 
intervenção no âmbito internacional.
É financiada, sobretudo, por doações 
voluntárias dos governos e das Sociedades 
Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente 
Vermelho.
CURIOSIDADE
ORGANIZAÇÕES NÃO 
GOVERNAMENTAIS (ONG’S)
São pessoas jurídicas não governamentais de âmbito internacional, criadas 
por particulares, não possuindo qualquer relação com o Estado ou Governo. 
13
Em regra, criadas para algum fim específico como a proteção dos direitos 
humanos, proteção e defesa do meio ambiente, entre outros. Alguns 
exemplos bastante conhecidos são Greenpeace e Anistia Internacional.
São verdadeiros representantes da sociedade e exercem alguma pressão 
sobre os entes estatais. Destinam-se a suprir as lacunas deixadas pela 
atuação estatal no que toca à resolução de conflitos sociais, ambientais, 
econômicos etc.
ATENÇÃO!
Grande parte da doutrina não as considera como 
sujeitos de Direito Internacional Público.
Ainda que não possam efetivamente atuar como sujeitos no cenário 
internacional, nem celebrar tratados, algumas ONG’s, em razão da sua 
importância mundial, exercem forte influênciasobre os entes estatais, 
auxiliando na tomada de decisões e até mesmo na celebração de 
tratados.
Greenpeace, 
auxiliou 
diretamente, em 
aliança com 
França e 
Austrália, na 
redação do 
Protocolo de 
Madri, de 1991, 
tratado 
internacional 
celebrado para 
proteção do 
meio ambiente 
da Antártica. 
BELIGERANTES
As principais consequências do reconhecimento de beligerância incluem:
▪ A obrigação dos beligerantes de observar as normas aplicáveis aos conflitos armados;
▪ A possibilidade de que firmem tratados com Estados neutros; 
▪ O ente estatal onde atue o beligerante fica isento de eventual responsabilização 
internacional pelos atos deste;
▪ Outros Estados ficam obrigados a observar os deveres inerentes à neutralidade.
14
Grupos que utilizam a luta armada para fins políticos. 
Quando mostram força suficiente para exercer poderes similares ao do Estado, inclusive 
controlando partes do território do Estado, a sociedade internacional pode reconhecer 
sua condição de beligerantes, atribuindo-lhes status de Estado, inclusive para submetê-
los aos tratados sobre guerra.
Exemplo: Confederados da Guerra de Secessão dos EUA (1861-1865). 
INSURGENTES
15
São grupos que se revoltam contra governos, mas cujas ações não assumem 
a proporção da beligerância, como no caso de ações localizadas e de 
revoltas de guarnições militares, e cujo status de insurgência é reconhecido 
por outros Estados. 
A maioria desses grupos que surgem visam a tomada do 
poder, mas não chegam a constituir uma guerra civil. 
Em regra, o reconhecimento do caráter de 
insurgente exime o Estado onde ocorre o 
movimento de responder 
internacionalmente pelos atos dos 
revoltosos e impõe, a todos os lados 
envolvidos em uma revolta, a obrigação de 
respeitar as normas internacionais de 
caráter humanitário.
Os direitos e deveres dos insurgentes 
dependem do que lhes é atribuído pelos 
Estados que os reconhecem. 
O reconhecimento de insurgência é ato 
discricionário, dentro do qual são 
estabelecidos seus efeitos, que normalmente 
não estão pré-definidos no Direito 
Internacional e que, portanto, dependem do 
ente estatal que a reconhece.

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