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TEMA 02 - Responsabilidade Social nas Organizações

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DEFINIÇÃO 
Responsabilidade Social. Organizações. Responsabilidade Social Corporativa. 
Desenvolvimento sustentável. 
PROPÓSITO 
Apresentar o crescente debate sobre a Responsabilidade Social nas 
organizações, bem como sua relação com o desenvolvimento sustentável. 
OBJETIVOS 
MÓDULO 1 
Descrever a evolução da Responsabilidade Social Empresarial no contexto do 
desenvolvimento sustentável 
MÓDULO 2 
Reconhecer a importância da Responsabilidade Social Corporativa no futuro 
das organizações 
INTRODUÇÃO 
A Responsabilidade Social Empresarial é uma pauta que vem sendo cada vez 
mais debatida. Diferentes visões e transformações sociais, como a maior 
preocupação com questões ambientais e sociais, fizeram com que a pauta se 
expandisse, abrigasse novos tópicos e se consolidasse. 
Junto à Responsabilidade Social Empresarial, há todo o debate sobre o 
desenvolvimento sustentável. Dessa forma, apresentaremos a estreita relação 
entre esses conceitos ao longo do primeiro módulo. 
Em um segundo momento, traremos para o centro de nosso debate a 
Responsabilidade Social Corporativa, tendo em vista o futuro das 
organizações. Ressaltaremos os diferentes aspectos desse conceito e de que 
maneira ele pode afetar as práticas das organizações, de modo a garantir um 
desenvolvimento sustentável e responsável. 
MÓDULO 1 
 
Descrever a evolução da Responsabilidade Social Empresarial junto ao 
debate sobre o desenvolvimento sustentável 
EVOLUÇÃO DA 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
EMPRESARIAL 
Nas últimas décadas, o desenvolvimento sustentável vem sendo bastante 
debatido. Entre as pautas em evidência nesta temática, destacamos a 
importância de uma atuação responsável por parte das empresas, que 
exercem um papel de influência na sociedade e são decisivas para que 
tenhamos comunidades mais sustentáveis. 
A fim de discutir sobre a relevância da Responsabilidade Social nas 
organizações, precisamos entender esse conceito. Para isso, começaremos o 
estudo a partir da evolução deste debate ao longo das décadas. 
 
Fonte: Pixabay 
A discussão sobre Responsabilidade Social das empresas – também chamada 
de Responsabilidade Social Corporativa – vem ganhando relevância junto à 
discussão sobre desenvolvimento sustentável, o qual também será abordado 
neste módulo. 
DIFERENTES VISÕES SOBRE 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
EMPRESARIAL 
Do início até meados do século XX, a Responsabilidade Social Empresarial 
(RSE) estava associada apenas à obrigação de produzir bens e serviços, gerar 
lucros, criar empregos e fornecer segurança no ambiente de trabalho. Neste 
período, a literatura relatava certa preocupação com a ética pessoal na 
condução dos negócios, focando nos dilemas morais dos executivos. 
Desse modo, tratava-se de promover a aplicação dos princípios éticos 
tradicionais nas empresas, tais como confiança, honestidade, integridade e 
senso de justiça. Percebemos, então, que a responsabilidade ética tinha como 
foco o indivíduo – neste caso, os gestores das empresas –, e não a empresa 
como um todo (KREITLON, 2004). 
BOWEN (1953) FOI O PRIMEIRO A 
TENTAR TEORIZAR A RELAÇÃO ENTRE 
CORPORAÇÕES E SOCIEDADE. O 
PESQUISADOR NORTE-AMERICANO 
CONSIDERAVA AS EMPRESAS COMO 
IMPORTANTES CENTROS DE PODER E 
DE INFLUÊNCIA SOBRE O MEIO EM QUE 
ESTIVESSEM INSERIDAS. CABERIA AOS 
DENOMINADOS “HOMENS DE 
NEGÓCIO” ASSUMIR POSTURAS 
ÉTICAS CONDIZENTES COM OS 
VALORES MORAIS E AS EXPECTATIVAS 
DA SOCIEDADE. 
Embora Bowen (1953) tenha tratado o tema de forma singular, ele faz 
referências ao “homem de negócios”, assim como a literatura dos anos 1950 
sobre Responsabilidade Social Corporativa de modo geral. Nas décadas 
seguintes, a RSC passa a ser conferida às empresas, a partir da transição da 
racionalidade do indivíduo para a racionalidade da organização (CARMO, 
2015). 
A partir da década de 1970, surgiram novos estudos relativos à 
Responsabilidade Social Empresarial. 
A discussão da época se dividia em duas principais correntes que serão 
explicadas ao longo do conteúdo: 
 
Defendia a primazia dos interesses dos acionistas como objetivo final das 
organizações. 
 
 
Considerava que as empresas deveriam identificar e incorporar as expectativas 
e necessidades de todos os grupos de interesse das organizações. 
Assista ao vídeo e entenda a visão geral e histórica sobre a evolução do 
pensamento de stockholders e stakeholders. 
 
Vejamos, a seguir, os esquemas de representação da Responsabilidade Social 
Empresarial, de acordo com as duas visões apresentadas: 
 
A autora 
Visão dos stockholders 
Neste esquema, a empresa está vinculada aos stockholders (sócios e 
acionistas), e deve priorizá-los, mantendo a busca por maximização dos 
retornos financeiros. 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
 
Fonte: FREEMAN, 2000. 
Visão dos stakeholders 
á neste esquema, apresenta-se a RSE pela visão dos stakeholders. Assim, a 
empresa está ligada aos stockholders, mas também a outros atores da 
sociedade em que está inserida, como gestores, credores, fornecedores, 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
funcionários, clientes, comunidade local e governo. Nessa visão, a ideia básica 
da RSC é que empresas e sociedade são entidades interligadas, e não 
distintas. 
Podemos ilustrar algumas das relações apresentadas: 
 
Fonte: Tumisu/pixabay 
FUNCIONÁRIOS 
Têm seus empregos e esperam salários e benefícios em troca de seu trabalho. 
Os fornecedores ofertam o suprimento de matérias-primas, contribuindo para a 
determinação da qualidade e do preço final dos produtos. 
 
Fonte: RonaldCandonga/pixabay 
ORGANIZAÇÃO 
É cliente de seu fornecedor e também seu stakeholder. 
 
 
 
Fonte: Preis_King/pixabay 
CONSUMIDORES 
Trocam recursos com a organização, recebendo produtos ou serviços e 
fornecendo recurso monetário. 
 
 
 
Fonte: 889520/pixabay 
COMUNIDADE LOCAL 
Garante à organização o direito de construir instalações em troca de taxas e 
contribuições, e a organização deve atentar-se para atenuar ou não 
gerar externalidades negativas (MACHADO FILHO, 2006). 
 
EXTERNALIDADES 
Conceito econômico que trata de custos ou benefícios que a atividade de um 
agente econômico (como consumidor ou firma) imputa a um terceiro 
involuntariamente. O exemplo comum é o custo que um fumante imputa a um 
não fumante quando estão em um mesmo ambiente (comunidade), como 
poluição sonora e do ar. 
javascript:void(0)
Conclui-se, então, que a corrente da visão dos stakeholders se baseia na ideia 
de que o saldo final da atividade de determinada organização empresarial deve 
levar em consideração os retornos que otimizam os resultados de todos 
os stakeholders envolvidos, e não apenas os resultados dos acionistas. 
Jensen (2000) propôs um novo foco baseado na convergência das visões 
de stockholders e stakeholders, sendo denominado enlightened stakeholder 
theory. Neste, as empresas devem ter objetivos claros de criação de valor – 
parâmetro básico que deve guiar as ações dos gestores. Dessa maneira, o 
objetivo clássico final da empresa de obter lucros continua vigente. 
Contudo, para atender a esse propósito, a empresa leva cada vez mais em 
consideração a preocupação com o conjunto de stakeholders. Assim, essa 
contribuição teórica traz pontos de convergência das correntes anteriormente 
expostas (MACHADO FILHO, 2006). 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
EMPRESARIAL E BUSCA PELO 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
Junto ao avanço do debate sobre a Responsabilidade Social Empresarial, a 
problemática ambiental também ganhava força e foi tema de conferências 
internacionais. 
Entre estas, destacamos a Conferência de Estocolmo de 1972, que 
estabeleceu uma declaração, assegurando que o desenvolvimento fosse 
compatível com a necessidade de proteger e melhorando o meio ambiente 
para benefício da população. Assim, uma de suas principais contribuições foi 
reconhecer a dimensão ambiental como uma dascondicionantes do 
crescimento econômico. 
COMENTÁRIO 
Eventos como a Conferência de Estocolmo aproximaram o conteúdo da 
Responsabilidade Social Empresarial das questões ambientais, razão pela qual 
as abordagens atuais sobre RSE trazem a questão ambiental como um dos 
temas tratados na gestão organizacional. Afinal, foram evidenciados aspectos 
prejudiciais da atividade empresarial sobre a qualidade do ambiente, tanto no 
contexto interno quanto externo à organização. 
Desse modo, intensificou-se a pressão social para que as empresas não 
permanecessem mais inertes aos problemas socioambientais provocados por 
suas atividades e respondessem aos que se sentissem prejudicados (CARMO, 
2015). 
 
Fonte: umutavci/pixabay 
Para que possamos compreender o papel da Responsabilidade Social 
Corporativa na busca pelo desenvolvimento sustentável, vejamos como este 
último pode ser definido. 
Entre muitas definições, é comumente utilizado o conceito de desenvolvimento 
sustentável apresentado no Relatório Brundtland. 
Em 1983, em uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas 
(ONU), foi estabelecida uma comissão especial que disponibilizaria um relatório 
sobre o meio ambiente e a problemática global para o ano 2000 e anos 
posteriores, incluindo estratégias propostas para o desenvolvimento 
sustentável. 
Essa comissão foi nomeada como Comissão Mundial para o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (CMMAD) e dela resultou o documento intitulado Nosso 
Futuro Comum (1987), conhecido como Relatório Brundtland – visto que a 
CMMAD era presidida por Gro Harlem Brundtland. 
GRO HARLEM BRUNDTLAND 
Primeira-ministra da Noruega na época, junto a Mansour Khalid, então ministro 
das Relações Exteriores do Sudão. 
Esse relatório apresentou uma das definições mais difundidas sobre 
desenvolvimento sustentável: 
“[...] O DESENVOLVIMENTO QUE SATISFAZ 
AS NECESSIDADES PRESENTES, SEM 
COMPROMETER A CAPACIDADE DAS 
GERAÇÕES FUTURAS DE SUPRIR SUAS 
PRÓPRIAS NECESSIDADES.” 
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(BRUNDTLAND, 1987) 
São destacados ainda três componentes fundamentais para o desenvolvimento 
sustentável: 
 Proteção ambiental; 
 Crescimento econômico; 
 Equidade social. 
Esses três componentes podem ser apresentados como as dimensões da 
sustentabilidade: econômica, social e ambiental. 
Entre as várias definições de Responsabilidade Social Empresarial que hoje 
buscam se estabelecer como gerais e consensuais, podemos citar a formulada 
pelo Banco Mundial, ao aconselhar governos de países em desenvolvimento 
sobre o papel das políticas públicas no estímulo à RSE: 
“RSE É O COMPROMISSO EMPRESARIAL DE 
CONTRIBUIR PARA O DESENVOLVIMENTO 
ECONÔMICO SUSTENTÁVEL, TRABALHANDO 
EM CONJUNTO COM OS EMPREGADOS, 
SUAS FAMÍLIAS, A COMUNIDADE LOCAL E A 
SOCIEDADE EM GERAL PARA MELHORAR 
SUA QUALIDADE DE VIDA, DE MANEIRA QUE 
SEJAM BOAS TANTO PARA AS EMPRESAS 
QUANTO PARA O DESENVOLVIMENTO.” 
(BANCO MUNDIAL, 2002) 
A fim de entendermos o papel das empresas na contribuição para o 
desenvolvimento sustentável hoje, vejamos os objetivos estabelecidos 
recentemente. 
Em 2015, os 193 Estados-membros das Nações Unidas concordaram em um 
plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as 
pessoas alcancem a paz e a prosperidade. O plano ficou conhecido como a 
Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a qual contém o conjunto 
de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas como 
desdobramentos desses objetivos. 
Os ODS reconhecem que os países ao redor do mundo enfrentam desafios 
universais que exigem investimento e colaboração de governos, cidadãos e 
empresas. Nenhum indivíduo, nenhuma organização e nenhum país é capaz 
de atingir os ODS agindo isoladamente. Por isso, é preciso uma forte 
colaboração nesse sentido. 
Assim, a conduta social das empresas deve levar em consideração tais 
objetivos. São eles: 
 
Fonte: itamaraty.gov.br 
Governos, empresas privadas e sociedade civil devem contribuir 
conjuntamente para que se possa caminhar em direção ao desenvolvimento 
sustentável. Dessa forma, com as diferentes esferas da sociedade agindo de 
maneira integrada, os resultados podem ser mais significativos. 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. ESTUDAMOS A EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE 
SOCIAL EMPRESARIAL E SUAS DIFERENTES CORRENTES. 
SOBRE A VISÃO DOS STAKEHOLDERS, PODEMOS 
AFIRMAR QUE: 
Os gestores têm a atribuição ética de respeitar os direitos de todos os agentes 
afetados pela empresa e promover seu bem-estar. 
Os gestores devem preocupar-se exclusivamente com o interesse dos 
acionistas. 
Os gestores devem priorizar as questões ambientais na tomada de decisão. 
Os gestores devem preocupar-se, especialmente, com os funcionários da 
empresa, visto que eles têm um papel fundamental para seu bom 
funcionamento. 
2. FRIEDMAN (1970) AFIRMAVA QUE A RESPONSABILIDADE 
SOCIAL EMPRESARIAL: 
Deve levar em consideração o interesse de todos os agentes envolvidos e 
afetados pela empresa. 
Consiste em aumentar os próprios lucros da empresa. 
Não deveria ser promovida. 
Ressalta a necessidade de acompanhamento, por parte das empresas, das 
metas para o desenvolvimento sustentável. 
GABARITO 
1. Estudamos a evolução da Responsabilidade Social Empresarial e suas 
diferentes correntes. Sobre a visão dos stakeholders, podemos afirmar 
que: 
A alternativa "A " está correta. 
 
 
A corrente baseada na visão dos stakeholders defende que as atividades 
empresariais estão inseridas nas sociedades. Portanto, os gestores têm o 
dever de respeitar e promover todos os afetados pela empresa, como 
funcionários, fornecedores, clientes, consumidores, investidores, comunidades, 
governos etc. 
2. Friedman (1970) afirmava que a Responsabilidade Social Empresarial: 
A alternativa "B " está correta. 
 
 
Para Friedman (1970), os gestores deveriam atuar somente com o objetivo de 
aumentar os lucros dos acionistas e cotistas da empresa, não se 
responsabilizando por outros agentes afetados por ela. 
MÓDULO 2 
 
Reconhecer a importância da Responsabilidade Social Corporativa 
no futuro das organizações 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
CORPORATIVA E FUTURO DAS 
ORGANIZAÇÕES 
No módulo anterior, vimos a evolução do conceito de Responsabilidade Social 
Empresarial, o qual ganhou importância e entrou nas organizações como forma 
de conduzir os negócios. 
Hoje, a Responsabilidade Social Corporativa deve ser vista como prática para 
gerenciar a empresa como um todo, de maneira integrada a seu processo 
produtivo e à gestão, e não como atitude tomada de modo desarticulado. 
Assim, a empresa passou a levar em consideração a questão social na sua 
organização. 
 
Fonte: thommas68/pixabay 
DIFERENTES ASPECTOS DA 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
CORPORATIVA 
A estratégia da empresa deve levar em consideração os impactos do negócio 
em toda sua rede de relacionamentos, como sócios e acionistas, funcionários, 
fornecedores, consumidores, comunidade e governo. 
 
Fonte: nattanan23/pixabay 
O conceito de Responsabilidade Social seria, então, uma forma de gestão da 
empresa, que vai além dos compromissos legais e compulsórios relacionados à 
legislação trabalhista, tributária, ambiental ou social, e da postura de fazer 
caridade ou filantropia. Esse conceito estaria dentro de sua estratégia de 
sustentabilidade de longo prazo, que permitiria obter lucros. 
Além disso, a empresa deveria dar devido tratamento às consequências de sua 
atividade, destinando parte da riqueza adicional produzida ao desenvolvimento 
de comunidades vinculadas, direta ou indiretamente, a seus objetivos de 
negócio (QUILICI, 2006). Ainda que demande recursos, a prática da 
Responsabilidade Social Corporativa não deve ser vista como um custo 
adicional, pois também é uma forma de obter ganhos concretos. 
GANHOS CONCRETOS 
Como exemplos desses ganhos, podemos citar: 
 Criação de um bom clima organizacional; 
 Estímulos internospara inovações nos processos produtivos; 
 Melhoria da visão por parte da comunidade em que a empresa está inserida. 
Muitas vezes, confundimos Responsabilidade Social com “ações sociais” de 
cunho filantrópico. Isso distorce a essência do que se espera de uma conduta 
socialmente responsável das empresas. 
 
Embora não exista uma definição unânime aceita para o termo 
Responsabilidade Social Corporativa, de acordo com o Business for Social 
Responsibility (BSR), a expressão se refere às decisões de negócios tomadas 
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
com base em valores éticos que incorporem as dimensões legais, o respeito 
pelas pessoas, pelas comunidades e pelo meio ambiente. 
BUSINESS FOR SOCIAL 
RESPONSIBILITY (BSR) 
Entidade sem fins lucrativos na área de Responsabilidade Social e 
sustentabilidade. 
O BSR sustenta que o conceito de empresa socialmente responsável se 
aplicará àquelas que atuem no ambiente de negócios, de forma que atinjam ou 
excedam as expectativas éticas, leais e comerciais do ambiente social no qual 
estão inseridas (MACHADO FILHO, 2006). 
Carroll (1979) propõe uma abordagem na qual a Responsabilidade Social seria 
subdividida em quatro dimensões. São elas: 
 
Fonte: geralt/pixabay 
RESPONSABILIDADE ECONÔMICA 
Envolve as obrigações da empresa em ser produtiva e rentável. Antes de tudo, 
a organização é a unidade econômica básica de nossa sociedade. Assim, a 
Responsabilidade Social da empresa é econômica por natureza. 
 
Fonte: 7515461/pixabay 
RESPONSABILIDADE LEGAL 
Corresponde às expectativas, por parte da sociedade, de que as empresas 
cumpram suas obrigações de acordo com o arcabouço legal existente naquela 
localidade. 
 
 
Fonte: geralt/pixabay 
RESPONSABILIDADE ÉTICA 
Refere-se às empresas que, dentro do contexto em que se inserem, tenham 
um comportamento apropriado de acordo com as expectativas existentes entre 
os agentes da sociedade. 
 
 
Fonte: geralt/pixabay 
RESPONSABILIDADE DISCRICIONÁRIA OU 
FILANTRÓPICA 
Reflete o desejo comum de que as empresas estejam ativamente envolvidas 
na melhoria do ambiente social. Esta dimensão da Responsabilidade Social 
atua, portanto, além das funções básicas tradicionalmente esperadas da 
atividade empresarial e pode ser considerada uma extensão da dimensão 
ética. 
Vejamos a pirâmide que apresenta as subdivisões da Responsabilidade Social: 
Dimensões da Responsabilidade Social 
Fonte: CARROLL, 1979. 
Apesar de podermos apresentar a responsabilidade em quatro subdivisões, 
essas dimensões revelam linhas tênues de segmentação que estão, muitas 
vezes, sobrepostas (MACHADO FILHO, 2006). 
Quando tratamos da Responsabilidade Social, devemos abordar a 
Norma ISO 26000, que determina diretrizes nessa área. Criada em 1º de 
novembro de 2010, em Genebra, esta foi a primeira norma internacional de 
Responsabilidade Social Organizacional. 
ISO 
javascript:void(0)
Organização Internacional de Normalização, cujo objetivo é criar normas que 
promovam boas práticas de gestão nas empresas. 
A ISO 26000 É UMA NORMA DE 
DIRETRIZES QUE FUNCIONA COMO UM 
GUIA DE PROMOÇÃO DE BOAS 
PRÁTICAS DE GESTÃO NAS 
EMPRESAS, SEM O PROPÓSITO DE 
CERTIFICAÇÃO. PODE SER APLICADA A 
TODOS OS TIPOS E PORTES DE 
ORGANIZAÇÕES (PEQUENAS, MÉDIAS 
E GRANDES) E DE TODOS OS SETORES 
(GOVERNO, ORGANIZAÇÕES NÃO 
GOVERNAMENTAIS E EMPRESAS 
PRIVADAS). 
De acordo com a Norma ISO 26000, a Responsabilidade Social é a 
responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e 
atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento 
ético e transparente. 
Esse comportamento ético e transparente deve (BRASIL, 2020): 
 Contribuir para o desenvolvimento sustentável, incluindo a saúde e o bem-
estar da sociedade; 
 Levar em consideração as expectativas das partes interessadas; 
 Estar em conformidade com a legislação aplicável; 
 Ser consistente com as normas internacionais de comportamento; 
 Estar integrado a toda a organização; 
 Ser praticado nas relações organizacionais. 
A ISO 26000 destaca, ainda, sete princípios da Responsabilidade Social 
Empresarial (BRASIL, 2020) que correspondem a conceitos gerais que as 
empresas devem levar em conta. São eles: 
 
Fonte: Free-Photos/pixabay 
ACCOUNTABILITY 
Ato de responsabilizar-se pelas consequências de suas ações e decisões, 
respondendo por seus impactos na sociedade, na economia e no meio 
ambiente, prestando contas aos órgãos de governança e às demais partes 
interessadas, bem como declarando seus erros e as medidas cabíveis para 
remediá-los. 
 
Fonte: PhotoMIX-Company/pixabay 
TRANSPARÊNCIA 
Fornecer às partes interessadas, de forma acessível, clara, compreensível e 
em prazos adequados, todas as informações sobre os fatos que possam afetá-
las. 
 
Fonte: geralt/pixabay 
COMPORTAMENTO ÉTICO 
Agir de modo aceito como correto pela sociedade (com base nos valores da 
honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza) e de 
forma consistente com as normas internacionais de comportamento. 
 
Fonte: succo/pixabay 
RESPEITO PELOS INTERESSES 
DOS STAKEHOLDERS 
Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou dos grupos que 
são partícipes nas atividades da organização ou que por ela possam ser 
afetados. 
 
Fonte: qimono/pixabay 
RESPEITO PELO ESTADO DE DIREITO 
O ponto de partida da Responsabilidade Social é cumprir integralmente as leis 
do local onde está operando. 
 
Fonte: qimono/pixabay 
RESPEITO PELAS NORMAS INTERNACIONAIS 
DE COMPORTAMENTO 
Adotar prescrições de tratados e acordos internacionais favoráveis à 
Responsabilidade Social, mesmo que não haja obrigação legal. 
 
Fonte: vait_mcright/pixabay 
DIREITOS HUMANOS 
Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando 
para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente. 
A ISO 26000 também determina sete temas centrais para a Responsabilidade 
Social nas organizações, que representam aspectos práticos que as 
empresas devem buscar implementar ativamente. São eles: 
GOVERNANÇA ORGANIZACIONAL 
Trata de processos e estruturas de tomada de decisão, delegação de poder e 
controle. O tema é algo sobre o qual a organização deve agir e uma forma de 
incorporar os princípios e as práticas da Responsabilidade social a sua forma 
de atuação cotidiana. 
DIREITOS HUMANOS 
Referem-se à resolução de queixas, combate à discriminação e proteção de 
grupos vulneráveis, direito civis e políticos, direitos econômicos, sociais e 
culturais, princípios e direitos fundamentais do trabalho. 
PRÁTICAS TRABALHISTAS 
Referem-se tanto ao emprego direto quanto ao terceirizado e ao trabalho 
autônomo. Incluem emprego e relações de trabalho, condições laborais e 
proteção social, diálogo social, saúde e segurança no trabalho, 
desenvolvimento humano e treinamento no local de trabalho. 
MEIO AMBIENTE 
Inclui prevenção da poluição, uso sustentável de recursos, mitigação e 
adaptação às mudanças climáticas, proteção do meio ambiente e da 
biodiversidade, e restauração de habitats naturais. 
PRÁTICAS LEAIS DE OPERAÇÃO 
Compreendem práticas anticorrupção, envolvimento político responsável, 
concorrência leal, promoção da Responsabilidade Social na cadeia de valor e 
respeito aos direitos de propriedade. 
DIREITOS DOS CONSUMIDORES 
Incluem marketing leal, informações não tendenciosas e práticas contratuais 
justas, proteção à saúde e à segurança do consumidor, consumo sustentável, 
atendimento e suporte ao consumidor, bem como solução de reclamações e 
controvérsias, proteção e privacidade dos dados do consumidor, acesso a 
serviços essenciais e educação, e conscientização. 
ENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE 
Refere-se ao envolvimento da comunidade, à educação e à cultura, à geração 
de emprego e à capacitação, ao desenvolvimento tecnológico e ao acesso a 
tecnologias, à geraçãode riqueza e renda, à saúde e investimento social. 
ATENÇÃO 
As organizações devem tratar de todos os temas centrais apresentados, porém 
não necessariamente de todas as questões a eles relacionadas. Cada empresa 
deve analisar, junto com seus stakeholders, a relevância das questões e dos 
subtemas para sua organização e priorizar suas ações (BRASIL, 2020). 
Desse modo, a ISO 26000 é um instrumento importante para promover a RSE 
em empresas de todos os portes e segmentos. A fim de gerar incentivos à 
Responsabilidade Social Empresarial, a norma trata de diversos temas 
fundamentais para a gestão ética e transparente. 
REPUTAÇÃO CORPORATIVA E 
FUTURO DAS ORGANIZAÇÕES 
Ao longo deste estudo, tratamos muito da importância da Responsabilidade 
Social. Em um cenário de crescente preocupação com o desenvolvimento 
sustentável, a reputação corporativa ganha destaque. 
Em síntese, a reputação é o produto de um processo competitivo, no qual a 
empresa sinaliza suas características distintas para o público (interno e 
externo), o que resulta em seu status moral e socioeconômico. 
Com a forte concorrência, em muitas situações, o fator determinante para a 
sobrevivência das empresas pode depender do desenvolvimento e da 
sustentação de uma reputação favorável. 
REPUTAÇÃO CORPORATIVA 
Reação afetiva ou emocional (positiva ou negativa) de clientes, investidores, 
fornecedores, empregados e do público em geral diante do nome da empresa. 
javascript:void(0)
 
Fonte: jorono e Mediamodifier /pixabay 
Atualmente, diante da maior facilidade tecnológica e mercadológica de 
replicação de práticas e condutas, o fator de diferenciação para obtenção de 
vantagens competitivas passa a ser, em grande medida, a percepção do 
público sobre a reputação da empresa. 
A preocupação dos empresários decorre da crescente exposição das empresas 
à opinião pública, pela mídia em geral e pelos veículos de comunicação, que 
transmitem informações aos locais mais remotos em tempo real, ajudando 
tanto a disseminar uma boa reputação quanto a destruí-la em um curto 
período. O empresário que desconsiderar o papel da reputação em um 
mercado exigente poderá cometer erros irreparáveis com consequências 
graves para sua empresa (MACHADO FILHO, 2006). 
Diversos autores têm sugerido que o capital social reputacional da firma 
pode ter efeito nas vendas, revelando a premissa de que este capital afeta seu 
valor de mercado em razão da publicidade. Os consumidores, funcionários e 
fornecedores tendem a punir firmas que adotam práticas socialmente 
irresponsáveis. 
CAPITAL SOCIAL REPUTACIONAL 
Derivado do conceito de reputação corporativa, é aquela porção do valor de 
mercado da empresa que pode ser atribuída à percepção da firma como uma 
corporação de boa conduta no mercado. 
Em contrapartida, os investidores são mais propensos a confiar seus recursos 
em empresas que desfrutem de boa reputação, em função dos menores riscos 
percebidos e das maiores oportunidades potenciais de negócios. 
O efeito positivo da boa reputação social também pode ser obtido por meio da 
confiança dos investidores de que consumidores preferirão comprar bens e 
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serviços de bons empregadores, refletindo a estimativa do efeito que a 
reputação da empresa no mercado de trabalho é capaz de ter nas vendas. 
Em outras palavras, é possível que as ações que aprimorem a imagem pública 
de uma corporação tragam mudanças positivas e aumentem a demanda por 
produtos dessa corporação. 
UMA REPUTAÇÃO FAVORÁVEL PODE 
REVELAR, AOS CONSUMIDORES, A 
QUALIDADE DOS PRODUTOS E 
SERVIÇOS DA EMPRESA, PERMITINDO 
QUE TENHAM PREÇOS 
DIFERENCIADOS. ALÉM DISSO, A BOA 
REPUTAÇÃO ELEVA A AUTOESTIMA 
DOS FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA, O 
QUE SE PODE TRADUZIR EM MAIOR 
PRODUTIVIDADE. 
Tais ações sociais então inseridas na visão teórica dos stakeholders de que as 
empresas têm responsabilidades sociais com um amplo conjunto de agentes, 
que podem se beneficiar de ações sociais promovidas por organizações 
(MACHADO FILHO, 2006). 
A tabela a seguir mostra um resumo de algumas oportunidades de ganhos e 
minimização de riscos de acordo com o stakeholder envolvido, a partir de 
ações de Responsabilidade Social: 
Stakeholder 
envolvido 
Oportunidades Minimização de 
riscos 
Comunidade Criação de legitimidade Má aceitação e conflitos 
Mídia Cobertura favorável Cobertura desfavorável 
Stakeholder 
envolvido 
Oportunidades Minimização de 
riscos 
Ativistas Colaboração/imagem favorável Boicote 
Investidores Geração de valor Fuga de investidores 
Funcionários Aumento do comprometimento Má conduta 
Consumidores Fidelização Má aceitação e boicotes 
Agentes reguladores Ação legal favorável Ação legal desfavorável 
Parceiros comerciais Colaboração Defecção 
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
Efeitos de ações de Responsabilidade Social na reputação da empresa 
Adaptado de: MACHADO FILHO, 2006. 
Assim, observamos que a construção de uma reputação, a partir de uma 
conduta socialmente responsável, tem efeitos positivos com 
diferentes stakeholders, trazendo benefícios às empresas que adotam esse 
comportamento. 
Como já mencionamos, de acordo com o Relatório Brundtland (1987), o 
desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades da 
sociedade no presente sem comprometer a habilidade das gerações futuras em 
atender a suas próprias necessidades. 
No módulo anterior, apresentamos três componentes fundamentais para o 
desenvolvimento sustentável: proteção ambiental, equidade social e 
crescimento econômico. 
Aqui, também dividiremos a conduta socialmente responsável das empresas 
em três faces, de acordo com os três componentes do desenvolvimento 
sustentável. Essas faces trazem diferentes benefícios para a empresa, como 
veremos a seguir. 
A primeira face da conduta socialmente responsável trata da gestão 
corporativa preocupada com o meio ambiente, na qual é realizado um 
esforço pelas empresas para reduzir seus impactos ambientais. Esta 
preocupação deve estar inserida no cotidiano da empresa, seja ao evitar 
desperdícios, economizar energia e recursos naturais, ou preocupar-se com a 
poluição gerada. 
Do ponto de vista ambiental, legal e até ético, a empresa deve ter consciência 
e reduzir sua pegada ecológica no planeta. 
 
Fonte: geralt/pixabay 
Contudo, devemos atentar, também, aos benefícios que a integridade 
ambiental da empresa pode gerar para além da melhoria de sua reputação. Por 
meio da avaliação contínua de sua conduta diária, a empresa consegue 
identificar ineficiências e melhorar seus processos. Com uma empresa mais 
eficiente, pode-se gerar economias, seja gastando menos matéria-prima na 
produção, seja gerando menos lixo e desperdício. 
Logo, uma melhor gestão corporativa do meio ambiente permite que a 
organização reduza seus custos, de processos, produtos ou custos fixos 
organizacionais, que, no final, representam um aumento na margem de lucro e 
na erformance organizacional, garantindo melhor desenvolvimento sustentável 
corporativo (ZUQUETTO, 2019). 
A segunda face da conduta socialmente responsável trata da igualdade 
social por meio da Responsabilidade Social Corporativa, que leva em 
consideração todas as partes interessadas (stakeholders) nas atividades da 
organização. 
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Fonte: Free-Photos/pixabay 
A Responsabilidade Social Corporativa demanda que a empresa abrace a 
expectativa das partes interessadas nos níveis econômico, legal, ético e 
discricionário, apresentados por Carroll (1979), e envolve três processos 
(ZUQUETTO, 2019): 
AVALIAÇÃO DO AMBIENTE 
Permite que a organização identifique questões sociais, econômicas e 
ambientais e que responda a elas. Por meio da gestão das partes interessadas, 
a empresa responde aos indivíduos dentro e fora da organização. 
GESTÃO DAS PARTES INTERESSADAS 
Permite que a empresa desenvolva bons relacionamentos, osquais devem 
contribuir com o bom desempenho das atividades. Empresas que não 
compreendem as demandas dos stakeholders podem perder a oportunidade de 
desenvolver bons relacionamentos e prejudicar sua própria imagem por não 
estarem abertas a dialogar. 
GESTÃO DAS QUESTÕES SOCIAIS 
Envolve as decisões de, por exemplo, não empregar crianças, não usar 
trabalho escravo, não fabricar produtos ilícitos e não se envolver com parceiros 
sem ética. 
A terceira face da conduta socialmente responsável trata da prosperidade 
econômica por meio da criação de valor. Empresas criam valor com base 
nos bens e serviços que produzem. Uma organização pode aumentar seu valor 
por meio de melhorias de eficiência e de qualidade de seus bens e serviços, 
impactando sua imagem com seus clientes e ampliando seus lucros. 
 
Fonte: viganhajdari/pixabay 
De forma resumida, na gestão corporativa preocupada com o meio 
ambiente, a empresa está preocupada com sua pegada ambiental e, com isso, 
melhora sua eficiência, obtendo como resultado menores custos, menos gasto 
e desperdício, e, consequentemente, maior margem de lucro. 
Já na face da equidade social, uma empresa que se preocupa com as demais 
partes envolvidas age com ética e compromete as partes interessadas, sejam 
clientes, fornecedores, sejam governo, sociedade e funcionários. Além disso, 
pode promover a melhoria de seus processos, produtos e serviços, bem como 
beneficiar sua imagem com clientes e com a comunidade na qual está inserida. 
Por fim, quanto à prosperidade econômica que envolve a criação de valor, 
uma empresa deve criar valor para ela e para os outros. Aquela que busca 
apenas criar valor para si mesma, e não melhorar, não inovar, não criar valor 
para o cliente, corre o risco de se tornar irrelevante no mercado. A empresa 
deve buscar um equilíbrio e criar valor para todas as partes interessadas que 
podem impactar em suas operações atuais e futuras (ZUQUETTO, 2019) 
Neste vídeo, você verá um exemplo de empresa ética em relação à 
sustentabilidade social. 
 
PARTES INTERESSADAS 
É necessário compreender quem são as partes interessadas, que são 
representadas por: 
 Acionistas – que ganham com o crescimento da empresa 
 Funcionários – que recebem salários e benefícios 
 Clientes – que compram e usam os produtos e serviços da empresa 
 Sociedade – que sofre os impactos positivos e negativos das atividades da 
empresa 
 Governo – que ganha com os impostos gerados pelas atividades diretas e 
indiretas da organização 
 Fornecedores – que são pagos por produtos e serviços oferecidos à 
empresa 
 Outros stakeholders – que podem ser influenciados pelas atividades da 
organização 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. QUAL É A FINALIDADE DA NORMA ISO 26000 PARA A 
RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS ORGANIZAÇÕES? 
Gerar diretrizes sobre o comportamento social das empresas. 
Obrigar empresas a seguirem suas diretrizes, de modo a garantir a 
Responsabilidade Social Empresarial. 
Gerar incentivos e diretrizes à Responsabilidade Social Empresarial, tratando 
de diversos temas fundamentais para a gestão ética e transparente. 
Gerar incentivos à Responsabilidade Social Empresarial, tratando apenas de 
temas ambientais. 
2. A CONDUTA SOCIALMENTE RESPONSÁVEL É DIVIDIDA 
EM TRÊS FACES QUE ESTÃO RELACIONADAS AOS 
COMPONENTES FUNDAMENTAIS DO DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL. SÃO ELAS: 
 
I. GESTÃO CORPORATIVA PREOCUPADA COM O MEIO 
AMBIENTE; 
II. EQUIDADE SOCIAL; 
III. PROSPERIDADE ECONÔMICA POR MEIO DA CRIAÇÃO 
DE VALOR. 
 
COM QUAIS ASPECTOS DESSES COMPONENTES ESTÃO 
ASSOCIADAS À PRIMEIRA, À SEGUNDA E À TERCEIRA 
FACES, RESPECTIVAMENTE? 
I - Redução da poluição, II - Respeito, III - Criação de valor para a empresa. 
I - Reflorestamento, II - Ética, III - Criação de valor para todas as partes. 
I - Pegada ambiental, II - Ética, III - Criação de valor para os outros 
I - Pegada ambiental, II - Ética, III - Criação de valor para todas as partes. 
GABARITO 
1. Qual é a finalidade da Norma ISO 26000 para a Responsabilidade Social 
nas organizações? 
A alternativa "C " está correta. 
 
 
A Norma ISO 26000 visa à criação de incentivos para que as empresas tenham 
como base ações que respeitem a Responsabilidade Social. A criação da 
norma permite avaliar diretrizes que norteiam esse processo e criam 
indicadores para que as empresas possam progredir para uma maior 
responsabilidade. 
2. A conduta socialmente responsável é dividida em três faces que estão 
relacionadas aos componentes fundamentais do desenvolvimento 
sustentável. São elas: 
 
I. Gestão corporativa preocupada com o meio ambiente; 
II. Equidade social; 
III. Prosperidade econômica por meio da criação de valor. 
 
Com quais aspectos desses componentes estão associadas à primeira, à 
segunda e à terceira faces, respectivamente? 
A alternativa "D " está correta. 
 
 
Os três pilares fundamentais da conduta socialmente responsável associada ao 
desenvolvimento sustentável são: pegada ambiental, ética e criação de valor 
para todas as partes. Isso significa que a conduta empresarial esperada deve 
se preocupar com a redução de sua pegada ambiental a partir da diminuição 
de desperdícios e da implementação de práticas sustentáveis. Além disso, 
requer um operar ético, de modo a respeitar todas as partes. Por fim, exige a 
criação de valores para todos, não apenas visando ao interesse próprio da 
empresa. 
CONCLUSÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao longo do conteúdo, abordamos a Responsabilidade Social nas 
organizações. 
No primeiro módulo, apresentamos a evolução desse conceito, assim como as 
diferentes visões que contribuíram para formá-lo. Também estabelecemos a 
estreita relação entre a Responsabilidade Social Empresarial e a busca pelo 
desenvolvimento sustentável. 
No segundo módulo, observamos o papel da Responsabilidade Social 
Corporativa e como a adoção desta conduta pode beneficiar as próprias 
empresas. A postura exercida pelas organizações hoje afetará diretamente seu 
futuro, uma vez que terá impactos em seu funcionamento, seus produtos, seus 
funcionários e sua imagem com clientes, fornecedores e a comunidade na qual 
estão inseridas, além de outros stakeholders que possam ser impactados por 
elas. 
Assim, empresas que exercem a Responsabilidade Social Corporativa estão 
contribuindo para a sociedade como um todo, mas também estão trazendo 
benefícios para elas mesmas. Dessa maneira, agindo junto aos governos e à 
sociedade civil, as empresas podem trazer resultados concretos na busca pelo 
desenvolvimento sustentável. 
 
AVALIAÇÃO DO TEMA: 
REFERÊNCIAS 
BANCO MUNDIAL. Public sector roles in strengthening Corporate Social 
Responsibility: a baseline study. Washington, 2002. 
BOWEN, H. Social Responsibilities of the businessman. Nova Iorque: 
Harper, 1953. 
BRASIL. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia ISO 26000 – 
Diretrizes em Responsabilidade Social. Brasília: INMETRO, 2020. 
BRASIL. Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para 
o Desenvolvimento Sustentável. Tradução de Centro de Informação das 
Nações Unidas para o Brasil. ONU no Brasil, 2015. 
BRUNDTLAND, G. H. Our Common Future. United Nations, 1987. 
CARMO, L. Evolução da Responsabilidade Social Empresarial e a 
introdução ao caso brasileiro. In: Revista de Administração Geral, v. 1, n. 2, 
p. 118-137, 2015. 
CARROLL, A. B. A three-dimensional conceptual model of corporate social 
performance. In: Academy of Management Review, v. 4, p. 497-505, 1979. 
FREEMAN, R. E. A stakeholder theory of the modern corporation. In: 
DIENHART, J. W. Business, institutions and ethics. Nova Iorque: Oxford 
University Press, 2000. 
FREEMAN, E. The politics of stakeholder theory: some future 
directions. In: Business Ethics Quarterly, v. 4, n. 4, p. 409-421, 1994. 
FRIEDMAN, M. The Social Responsibility of business is to increase its 
profits. In: New York Times Magazine, 1970. 
JENSEN,M. Value maximization, stakeholder theory and the corporate 
objective function. Boston: Harvard Business School, 2000. 
KREITLON, M. P. A ética nas relações entre empresas e sociedade: 
fundamentos teóricos da Responsabilidade Social Empresarial. In: 
ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E 
PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, XXVIII., 2004, Rio de Janeiro. Anais [...]. 
Rio de Janeiro: EnANPAD, 2004. 
MACHADO FILHO, C. P. Responsabilidade Social e governança: o debate e 
as implicações – Responsabilidade Social, instituições, governança e 
reputação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. 
QUILICI, R. O papel das empresas no desenvolvimento sustentável: a 
gestão da Responsabilidade Social Corporativa por meio de parcerias sociais. 
2006. Dissertação (Mestrado em Administração) – Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo, São Paulo, 2006. 
ZUQUETTO, R. Desenvolvimento sustentável corporativo e o futuro das 
organizações. Ambra Education, 2019. 
 
EXPLORE+ 
Ao longo deste estudo, vimos a importância da Responsabilidade Social das 
empresas e como esta vem ganhando relevância ao longo dos anos. 
Para além da temática, sugerimos que você pesquise na internet e acesse 
o site do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social: uma 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, cuja missão é “mobilizar, 
sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente 
responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa e 
sustentável”. 
 
CONTEUDISTA 
Ana Carolina Ramos Cordeiro 
CURRÍCULO LATTES 
 
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