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Licenciamento Ambiental e Responsabilidade Administrativa

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A3 – Relações Estatais, Meio ambiente e Sustentabilidade 
Questões 
1 - A permissão de uso do terreno e a licença ambiental foram concedidas de forma juridicamente válida pela prefeitura? 
Baseado no Art. 10 da RESOLUÇÃO Nº 237, 1997 do CONAMA, onde se refere ao procedimento de licenciamento ambiental, claramente a licença concedida pela prefeitura e consequentemente o uso do terreno não seriam juridicamente validos, pois as 48 horas que foi concedida a licença ambiental para o empreendedor não seriam o suficiente para cumprir com todas as etapas de tal solicitação. Existe uma série de etapas e prazos a serem cumpridos para que tudo saia dentro da normalidade. Todos os procedimentos necessários para que o empreendimento conseguisse uma licença levaria muito mais do que 48 horas. A resolução referida é ferrenha e minuciosa no que se refere e bem clara quanto a seus procedimentos e cumprimento de prazos, para que atitudes descabidas como a do secretário não tenham fundamentos e que possam ser desqualificadas para proteger esse bem comum e coletivo do povo que é o meio ambiente.
Obs: Toda essa burocracia para emissão do licenciamento ambiental é uma indagação do setor agropecuário. A espera costuma demorar mais de dois anos por isso especialistas que atuam nessa área defendem o investimento e o uso de tecnologia nos municípios para reduzir o tempo e ajudar com o aumento da produtividade.
2 – O secretário municipal violou algum princípio ou regra da administração pública? Caso tenha violado, quais as medidas de responsabilização devem ser adotadas?
O ato administrativo tomado pelo secretário municipal de Marechal Taumaturgo, fez com que ele violasse alguns princípios que regem a administração pública, como os da moralidade, impessoalidade e finalidade e possivelmente o da publicidade. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspenção dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ao ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 4º do art. 37 da Constituição de 1988. 
Alguns atos de improbidade cometidos pelo secretário como por exemplo, obter vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, vantagem econômica, são compatíveis com os que estão indicados no art. 9º da lei 8.429/92 e que nos encaminha para o inciso I do art. 12 também da lei 8.429/92 que dispõe das penas e sanções para tais atos cometidos, como por exemplo a perda dos bens, ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio. 
3 – A retirada da vegetação era possível segundo a legislação ambiental?  
A área em questão é uma unidade de conservação e nas leis brasileiras a conservação significa a proteção dos recursos naturais, com a utilização racional e garantindo sua sustentabilidade e existência para as futuras gerações, por tanto a retirada da vegetação seria possível sim mas seguindo todas as diretrizes necessárias e cabíveis de acordo com as especificações dos órgãos ambientais competentes e seguindo todos os procedimentos e sob fiscalização para que nenhum dano seja cometido ao meio ambiente, ato totalmente contrário do empreendedor que começou a desmatar a área antes mesmo de ter a licença ambiental concedida legalmente oque é inaceitável com a legislação no que tange o meio ambiente.
4 – o fato de a área ser tradicionalmente ocupada pelos Kuntanawa pode ser um obstáculo jurídico ao empreendimento?
Esse fato com certeza é um obstáculo jurídico ao empreendimento, pois esse povo tem suas garantias para viver nesses locais e se algum ato venha a prejudicar o bem estar ambiental e cultural o empreendedor pode sim passar por grandes processos e procedimentos para dar continuidade nos projetos e quem sabe até ter o empreendimento embargado, oque pode ser que aconteça no caso tratado do município de Marechal Taumaturgo, já que foram cometidos uma série de atos inconsequentes para a obtenção desse empreendimento.
 Para que a  empresa ALPHA pudesse dar início aos trabalhos ela deve cumprir algumas exigências junto aos órgãos ambientais competentes, como por exemplo a licença ambiental que se dará pela definição do órgão ambiental responsável, e a partir dai será feito um requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade. A análise será feita pelo órgão ambiental competente, o SISNAMA logo após a aprovação dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados será dado início a realização de vistorias técnicas, quando necessárias. Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação pertinente. Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico. Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade.