Instrumentos Financeiros

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INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Contabilidade Empresarial
Prof. Mauricio Narciso
CONCEITO
Instrumento Financeiro é definido, de maneira ampla, como qualquer contrato que origina um ativo financeiro em uma entidade e um passivo financeiro ou título patrimonial em outra entidade. 
O instrumento financeiro decorre de um contrato entre duas ou mais partes interessadas em realizar determinada transação de transferência de recursos, sendo considerado um acordo mútuo entre duas ou mais partes que gere consequências econômicas e que as partes tenham pouca, se tiverem alguma, discricionariedade para evita-lo, pois, normalmente esses contratos deverá ser cumprido de acordo com alguma lei. Não necessariamente o contrato deve estar formalizado, ou seja, escrito.
ATIVO FINANCEIRO
É qualquer ativo como, dinheiro e/ou caixa, um título patrimonial de outra entidade, um direito contratual de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade ou trocar ativos financeiros com outra entidade sob condições que são potencialmente favoráveis à entidade, bem como um contrato que será ou poderá ser liquidado/recebido com os próprios títulos patrimoniais da entidade.
 
Como exemplo de ativos financeiros temos: dinheiro (em moeda local ou estrangeira), aplicações em depósitos bancários, recebíveis (contas a receber, duplicatas a receber), empréstimos concedidos a outras entidades, investimentos em títulos de dívida emitidos por outras entidades e investimentos em ações e outros títulos patrimoniais emitidos por outra entidade, como exemplo bônus de subscrição.
PASSIVO FINANCEIRO
É uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro para outra entidade, trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob condições que são potencialmente desfavoráveis, bem como um contrato que será ou poderá ser liquidado/pago com os próprios títulos patrimoniais da entidade.
 
Como exemplos de passivos financeiros temos: contas a pagar, duplicatas a pagar, depósitos recebidos (em instituições financeiras), empréstimos obtidos de outras entidades e títulos da dívida emitidos.
TÍTULO PATRIMONIAL
Tem como base um contrato que evidencia um interesse residual nos ativos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos, ou seja, um ativo líquido. O exemplo mais conhecido de títulos patrimoniais são as ações, bem como as quotas de empresas limitadas, bônus de subscrição e opções em ações emitidas pela própria empresa.
CLASSIFICAÇÃO
DERIVATIVO: valor derivado do preço de outros ativos, seu valor se altera em resposta às mudanças de uma taxa de juros especificada, do preço de um instrumento financeiro, do preço de commodities, de taxas de câmbio, um índice de preços ou taxas, de retorno de créditos ou índices de crédito, ou outras variáveis
NÃO DERIVATIVO: não derivam de outros ativos, como por exemplo os já mencionados nas definições de Ativos Financeiros e Passivos Financeiros, ou seja: dinheiro (em moeda local ou estrangeira), aplicações em depósitos bancários, recebíveis (contas a receber, duplicatas a receber), empréstimos concedidos a outras entidades, investimentos em títulos de dívida.
VALOR JUSTO: é o valor o pelo qual um título pode ser negociado. O valor justo é o valor o pelo qual um título pode ser negociado livremente entre duas partes independentes, como definidos pelo CPC 39: “é o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes com conhecimento do negócio e interesse em realiza-lo, em uma transação em que não há favorecidos.”
TIPOS DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS
	1. Destinado à negociação	Venda no curto prazo	Intenção de realização no curto prazo
	2. Mantido até o vencimento	Venda no longo prazo	Intenção de realização no longo prazo
	3. Disponível para venda	Não se classifica nem com (1) nem como (2)	Intenção de realização indefinida ou no médio prazo
	4. Empréstimos e Recebíveis	Não tem mercado ativo	Pagamento fixo e determinado
DESTINADOS À NEGOCIAÇÃO
São instrumentos financeiros que foram adquiridos ou incorridos com objetivo de serem vendidos ou recomprados no curto prazo. Os instrumentos derivativos, exceto aqueles identificados como hedge, também são classificados nessa categoria. A mensuração é feita a valor justo. Porém, caso o com reconhecimento imediato de perdas e ganhos no resultado instrumento não tenha cotação em um mercado ativo e seu valor justo não possa ser mensurado de maneira confiável, este deverá ser mensurado pelo seu valor de custo.
EXEMPLO
MANTIDOS ATÉ O VENCIMENTO
São instrumentos financeiros não derivativos, com prazos de vencimento fixos e cujos pagamentos são fixos ou determináveis. Além disso, a empresa deve ter a intenção e demonstrar capacidade de mantes tal título até o seu vencimento. Neste caso, os instrumentos serão mensurados pelo seu custo amortizado, o qual consiste no custo acrescido dos rendimentos e decrescido das respectivas amortizações.
EXEMPLO
DISPONÍVEIS PARA VENDA
São instrumentos financeiros não derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que não estejam classificados como destinados a negociação, mantidos até o vencimento ou empréstimos e recebíveis. A mensuração será feita a um valor justo, com ganhos e perdas reconhecidos diretamente no Patrimônio Líquido, exceto para perdas por impairment, cujo impacto deve ser reconhecido diretamente no resultado. Quando o instrumento financeiro for liquidado, os ganhos e perdas acumulados no Patrimônio Líquido deverão ser reconhecidos no resultado do período.
EXEMPLO
EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS
São instrumentos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e que não tenham cotação em um mercado ativo. A mensuração de tais instrumentos será feita pelo custo amortizado pelos pagamentos do principal e os acréscimos dos juros proporcionais ao tempo.
EXEMPLO