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AULA 01: 
Anteriormente ao início da confecção da prótese para o paciente é 
necessário realizar perguntas a fim de se conhecer melhor sobre ele. Essas 
perguntas possibilita a nós Cirurgiões-dentistas conhecer: 
• O histórico médico e odontológico do paciente; 
• Conhecer as motivações que o levou a ir ao consultório e a utilizar a 
prótese; 
• A quantidade de próteses que o paciente usou, para se conhecer a 
relação do paciente com o uso da prótese (se adaptou bem ou não); 
• O que levou as exodontias (se perdeu os dentes de uma única vez, ou 
ao longo da vida, se houve alguma patologia envolvida). 
A análise dos motivos das exodontias nos possibilita entender as razões do 
formato daquele rebordo. Se o motivo que o levou a perda dental foi um processo 
inflamatório Periodontal, por exemplo, é normal se encontrar um rebordo muito 
baixo. Se o paciente realizou a extração dos dentes muito novo e utilizou uma 
prótese mal adaptada, é outro motivo para que o rebordo se encontra muito 
reabsorvido. 
Um mesmo rebordo pode se encontrar irregular, com regiões altas e outras 
baixas devido a remoção dos dentes aos poucos e a não utilização de uma PPR 
ou uma prótese no lugar, fazendo com que o antagonista estrua e o osso venha 
junto. 
Outro caso que ocorre muito é quando o paciente perde os dentes superiores 
e os inferiores posteriores, mantendo essa dentição por muitos anos. Ocorre do 
rebordo superior anterior estar muito reabsorvido, enquanto o superior posterior 
muito alto, gerando uma discrepância muito grande. O osso na região anterior 
não suporta grandes esforços e cargas mastigatórias e consequentemente, 
promove uma reabsorção. Essa característica é conhecida como Síndrome de 
Kelly (rebordo posterior bem desenvolvido e rebordo anterior bem 
reabsorvido, normalmente está acompanhado das hiperplasias no Fundo 
de Vestíbulo e extrusão dos dentes antagonistas inferiores). 
 
[Google:] 
Síndrome de Kelly: Conjunto de características marcantes que ocorrem quando 
uma maxila desdentada se opõe a dentes anteriores inferiores naturais. Essa 
condição clínica é comumente encontrada em pacientes que fazem o uso de 
prótese total superior que oclui com dentes naturais anteriores inferior e próteses 
parcial removível bilateral inferior. É caracterizada pela perda óssea na região 
anterior do rebordo superior, extrusão dos dentes naturais anteriores inferiores 
e hiperplasia. 
Anamnese: 
Exame de caráter subjetivo no qual o paciente expõe: 
• Os motivos que o levaram ao profissional; 
• Os motivos da perda dos dentes; 
• A quanto tempo se encontra desdentado; 
• Sua opinião sobre a Prótese Total; 
• Estado geral de sua saúde (histórico Médico e Odontológico): é 
importante saber sobre o histórico médico do paciente para conhecer se 
há alterações sistêmicas que poderão interferir no planejamento e 
tratamento; 
• Queixa principal; 
• Hábitos parafuncionais (ex: bruxismo, apertamento): é possível perceber 
na análise da prótese antiga: próteses fraturadas, dentes quebrados, 
próteses remendadas. Pode ser necessário um tratamento 
complementar: acompanhamento psicológico, terapia, confecção de 
placa mio-relaxante sobre a prótese, confecção de uma estrutura 
metálica no interior da prótese em acrílico para não fraturar. 
O objetivo da Anamnese é auxiliar na execução do planejamento. Ela 
possibilita analisar o paciente e através de suas opiniões e respostas determinar 
se ele irá colaborar, se irá adaptar com o uso da prótese, se houve uma 
experiência boa ou ruim com próteses anteriores e se ele está motivado. 
É necessário esclarecer ao paciente a real necessidade da confecção de 
uma nova prótese, devendo dar uma motivação para o paciente, pois caso 
contrário ele não irá usar por estar acostumado com a antiga. 
A prótese nova no início é um pouco desconfortável para o paciente, mas 
com o ajuste e o aprendizado do seu uso ela vai melhorando. 
Por que a prótese antiga deve ser trocada? 
 A prótese quando muito usada encontra-se baixa, com dentes 
desgastados. Se houve um desgaste há alteração na Dimensão Vertical de 
Oclusão (DVO). 
 Toda vez que há diminuição nessa altura, isso é: nessa distância que a 
mandíbula fica da maxila, a mandíbula como osso único irá se projetar para 
frente, e ao se projetar o Côndilo, o Disco, os Ligamentos e a Musculatura se 
deslocam na Fossa Articular para uma posição incorreta que deveriam estar, 
causando uma desordem que pode ser sintomática (gera dor) ou não. 
Normalmente o paciente que se encontra nessa situação apresenta o queixo 
projetado para frente: “queixo de bruxa”. 
** A estabilidade que os dentes dão a mandíbula em relação a maxila é 
extremamente importante. ** 
O sucesso da Prótese não está somente associada aos conhecimentos 
do dentista, mas também a responsabilidade, a vontade que o paciente tem de 
utilizar as próteses. 
* Capítulo 1. Livro do Côrrea – Alterações Sistêmicas * 
Exame Físico: Exame Extra-oral 
• Aspecto facial 
• Cor da pele da face (pálido, desidratado) 
• Presença de cicatrizes 
• Exoftalmia (olhos saltados – pacientes com problemas renais) 
• Assimetria facial 
• Prognatismo (projeção da mandíbula) 
- Disfunção temporomandibular (análise da ATM); 
- Análise da Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) – Distância da 
mandíbula até a Maxila quando o paciente está ocluindo (ideal, 
menor, quanto é necessário aumentar de forma progressiva). 
- Em Prótese Total quando estabelecida a oclusão do paciente 
NÃO se pode fazer em Guia Canina e Incisiva. Quando o paciente 
faz protrusão deve-se ter contato com dentes anteriores e pelo 
menos um contato de cada lado nos posteriores (Oclusão 
Balanceada Bilateral). 
Portanto: 
Paciente normal, dentado = Oclusão Mutuamente Protegida (Lateralidade: 
Guia Canino ou Guia de grupo; Protrusão: Anteriores desocluindo os 
posteriores). 
Prótese Total, paciente edentado = Oclusão Balanceada Bilateral = 
Protrusão = Toque na região posterior em pelo menos um dente (quanto mais 
melhor), pois a Prótese é muco suportada (apoiada sobre tecido e rebordo). Uma 
Oclusão Mutuamente Protegida, durante a protrusão nessa situação deslocaria 
a prótese na região posterior ao tocar os dentes anteriores; e a Guia Canina iria 
desocluir o lado oposto, não tendo estabilidade. 
Mastigação com a Prótese: Durante a mastigação a abertura é feita com 
movimentos curtos para se conseguir uma estabilidade. (Balanceada Bilateral). 
- Avaliação do suporte do lábio/linha do sorriso/altura Incisal: 
quem dará a sustentação para o lábio são os dentes com 
auxílio dos rebordos. 
A região de maior reabsorção óssea no rebordo superior é a parede 
Vestibular, portanto, quando se constrói a prótese repomos a parte de 
reabsorção que ocorreu e os dentes artificiais. 
No rebordo inferior a reabsorção ocorre nas duas paredes (sentido 
vertical), e se inicia o ajuste pela prótese inferior para posteriormente guiar o 
ajuste da superior. 
Exame Físico: Exame Extra-oral – Análise da Prótese antiga: 
➢ Grau de higiene (pigmentações, tártaro) = leva à Mucosa vermelha, 
lesões; Algumas próteses podem apresentar desgaste no acrílico devido 
a escovação do paciente com escovas de cerdas duras. 
➢ Relações intermaxilares; 
➢ Estética; 
➢ Hábitos parafuncionais (presença de remendos, fraturas, dentes 
fraturados). 
OBS: Dessa prótese antiga pode-se obter alguns fatores de referência para a 
confecção da nova prótese. Para isso coloca-se a prótese antiga na boca e 
avalia: o limite de área basal (se recobre bem, apresenta folga ou gera alguma 
lesão), estética (posicionamento dos dentes, presença de diastemas). 
Higienização com a Prótese: Com uma escova de cerdas macias escova-se 
língua, bochecha, rebordo, a prótese, além disso, a prótese deve ser colocada 
em uma solução com Hipoclorito (20 ml + água suficiente para cobrir a prótese) 
pelo menos uma vez na semana em uma vasilha de plástico; e nomercado 
existem soluções próprias para higienização de próteses. 
Além dessas avaliações, é importante realizar a inspeção da região 
externa da face e pescoço: 
➢ Avaliação da musculatura da bochecha, dos lábios, da face, pescoço, 
língua, músculos posteriores do pescoço para analisar se tem alguma 
anormalidade ou um gatilho de dor. 
Exame Físico: Exame Intra-oral 
Exame da boca: 
➢ Lábios: Finos, estreitos, bem sulcado/sulcos pronunciados (sinal de 
diminuição da DVO, próteses antigas que já não fornecem suporte aos 
lábios). 
OBS: Sinais da diminuição da DVO = Prognatismo (projeção da mandíbula 
para anterior), lábios estreitos e bem sulcados, pronunciados. 
O reestabelecimento da DVO ocorre de forma fisiológica e aos poucos, 
com o ajuste frequente da mordida, pois a confecção de uma nova prótese pode 
gerar um incomodo ao paciente que perdeu parte da DVO. 
Ao reestabelecer a DVO a Relação Centrica que será determinada deve 
ser ideal para evitar futuras consequências como: dor, musculatura da face 
desenvolvida de um lado, desenvolvimento de uma mordida cruzada, dores na 
ATM. 
Antigamente eram utilizadas câmaras de sucção na prótese superior. A 
intenção era de realizar escavações na prótese que iriam agir como uma ventosa 
para aumentar a aderência da prótese no Palato, porém com o tempo a pressão 
exercida faz com que se desenvolva um tecido hiperplásico nesse espaço. Isso 
não é encontrado mais, sendo mais raro. 
➢ Boca: abertura (apalpação da ATM na abertura, análise da quantidade de 
abertura = aberturas limitadas, normalmente se relaciona com desordens 
na ATM). Abertura limitada < 40 mm; abertura excessiva > 50 mm. 
➢ Bochechas: espessura e consistência (apalpação da musculatura da 
bochecha avaliando se a musculatura é bem desenvolvida ou flácida, não 
colaborando para a estabilidade da prótese). Obs: A musculatura da 
bochecha e da língua também auxiliam na estabilidade da prótese. 
➢ Área Basal: Área que servirá de suporte para a Prótese Total. Na Área 
Basal avaliamos: aspecto (flácida, bem aderente ao osso); coloração 
(vermelhidão pode indicar inflamação, traumas que necessitam ser 
removidos); consistência da Fibromucosa (apalpação de toda a superfície 
da fibromucosa para verificar a presença de osso). 
OBS: A apalpação com os dedos da Fibromucosa permite verificar a presença 
de osso. Muita das vezes ao apalpar é possível verificar que só há tecido, ou 
seja, existe perda óssea. É necessário mudar a técnica de moldagem para não 
ocorrer compressão sobre esse tecido, pois se há compressão o modelo obtido 
não será real. Consequentemente a confecção de uma prótese sobre um modelo 
que não é real irá exercer compressão sobre aquela região e, então, pode 
ocorrer da prótese deslocar pela tentativa do tecido voltar a posição normal, ou 
então o tecido fica isquêmico levando ao desenvolvimento de um processo 
inflamatório. 
➔ Altura, espessura e formato do rebordo (favorável ou não); 
➔ Limite posterior do arco superior (limite entre Palato Duro e Palato Mole): 
Transições abruptas entre esse limite pode comprometer o vedamento 
posterior da Prótese Superior. O ideal é que a transição entre o Palato Duro e 
o Mole forme um ângulo em torno de 120°,130° e não próximo a 90°. 
Palato em forma de “V”: O Palato que apresenta forma de V não possibilita um 
bom vedamento nas bordas da prótese, que acaba não resistindo bem aos 
movimentos da mastigação, rompendo o vedamento na região do Fundo de 
Vestíbulo através da entrada de ar que o desloca. 
** O Palato com uma forma mais arredondada proporciona um melhor 
vedamento, uma melhor retenção. ** 
➔Alteração patológica, Tórus (análise e palpação da Fibromucosa e exames 
radiográficos). Quando o Tórus é alto a indicação é sua remoção cirúrgica. O 
Tórus baixo pode ser mantido desde que a prótese não exerça nenhuma pressão 
ou carga sobre ele. A remoção do Tórus inferior é simples e o pós-operatório é 
tranquilo para o paciente; já o superior, pelo fato de se localizar no Palato, o pós-
operatório não é tão agradável para o paciente. (Deve-se pensar e analisar da 
real necessidade da cirurgia). 
➢ Relação intermaxilar: DVO, ATM 
➢ Língua: Mobilidade (acentuada ou não), tamanho (grande ou pequena), 
formato (triangular) e consistência. 
Línguas triangulares e com o Freio Lingual aprisionando e dificultando sua 
mobilidade são desfavoráveis, pois é preciso das bordas da língua para 
auxiliar na estabilidade da prótese inferior. Toda vez que a língua não 
preenche todo o Assoalho fica comprometida essa estabilidade. Além 
disso, pacientes cuja língua é grande (macroglossia) e recobre todo o 
rebordo inferior, ou seja, todo o espaço, ela irá deslocar a prótese. 
 Muita das vezes isso ocorre não porque o paciente tem uma macroglossia, 
mas pelo fato de que a ausência dos dentes fez com que a língua tomasse conta 
de toda a região desdentada. Esse tipo de paciente quando instalada a prótese, 
os dentes irão formar uma barreira e aos poucos fisiologicamente essa língua irá 
se reposicionar novamente. Até lá a prótese irá deslocar e o paciente irá ter o 
incomodo de morder a língua. 
• Sensibilidade do paciente: Pacientes que apresentam ânsia ao introduzir 
moldeiras ou espelho clínico em sua boca. Nesses casos podem ser 
utilizados anestésicos tópicos nos bordos da língua e no Palato Mole, 
realizando exercícios de levantar as pernas 
Exames das Glândulas Salivares: 
 A glândula salivar de maior interesse para a Prótese Total é a Glândula 
Sublingual, pois muita das vezes ela está bem desenvolvida dificultando a 
moldagem da face Lingual do rebordo. Nesse caso será necessário a 
realização de múltiplas moldagens: com moldeira de estoque, confecciona uma 
individual, ajustando com Godiva, molda novamente, realizando outra moldeira 
para se fazer a Pasta Zinco Enólica. 
Exame da Saliva: 
 Outro fator importante é a realização da análise da saliva do paciente. 
Para isso podemos tracionar o cabo do espelho abaixo do assoalho do paciente 
verificando se a saliva irá molhar o suficiente. Temos salivas: 
• Fluídas: Função de lubrificação; 
• Viscosas: Auxílio na digestão; 
• Em pequena quantidade; 
• Em grande quantidade (Hipersalivação): Mal de Parkinson, Síndrome de 
Down, Paralisia Cerebral, Autismo, inserção de novas próteses; 
• Xerostomia (Hiposalivação): normalmente pacientes submetidos a 
tratamentos Oncológicos cabeça e pescoço; idade; desidratação; 
medicamentos; diabetes; artrite reumatoide. 
É importante a presença de Saliva, pois ela irá atuar como um adesivo para 
a Prótese Total, fazendo com que a Prótese fique aderida à mucosa, 
impedindo assim o seu deslocamento. = PRINCIPAL FATOR DE 
RETENÇÃO É A SALIVA. 
O paciente idoso que não se hidrata com frequência e que utiliza 
medicamentos que diminuem o fluxo salivar, apresentam menor quantidade de 
saliva. Para pacientes que apresentam pouca saliva pode ser feitos bochechos 
com água e glicerina ou óleo de girassol que lubrificam e mantém a umidade dos 
tecidos. O importante é que o idoso coopere com a ingestão de água e 
bochechos frequentes. Para casos de Xerostomia existem salivas artificias para 
serem utilizadas. 
Funções da Saliva: 
➢ Auxiliar na digestão; 
➢ Contribui na percepção do paladar; 
➢ Pronúncia de palavras; 
➢ Proteção dos tecidos bucais: contra a desidratação, ulcerações; 
➢ Ação antimicrobiana; 
➢ Acelera o reparo tecidual nas feridas cirúrgicas; 
➢ Conforto no uso das próteses. 
Tipos de Rebordos: 
Analisando o rebordo em um corte imaginário em sentido vertical e 
analisando-o de frente veríamos um formato triangular. 
➢ Rebordo Normal: 
- Triângulo/rebordo com a base na mesma largura que a altura Vestibular e 
Lingual. 
 
➢ Rebordo Alto: 
- Triângulo/rebordo com mais altura que largura. 
 
➢ Rebordo Estrangulado: 
- Rebordo cuja na parede Vestibular ou Lingual (normalmente na Vestibular) há 
um estreitamentoda parede para depois ficar largo novamente. 
 
➢ Rebordo Baixo ou Reabsorvido: 
- Triângulo/rebordo mais largo do que alto. 
 
➢ Lâmina de Faca: 
A forma desse rebordo é bem fina/delgada. Ele pode ser alto ou ser baixo, 
mas é bem fino. O detalhe é que o vértice também é fino. 
 
O que seria um Rebordo Ideal: 
 O rebordo ideal seria um rebordo onde tivéssemos altura e largura, e o 
vértice mais arredondado, ou seja, um Rebordo Normal com vértice 
arredondado. 
 
Para o rebordo superior encontramos até que muitas vezes um rebordo 
considerado Ideal. Mas no rebordo inferior a maioria é encontrado Baixo, 
Reabsorvido, em Lâmina de Faca, sendo raramente encontrado um Rebordo 
Ideal. 
Pacientes com Mordida Cruzada: 
O paciente que apresenta a Mordida Cruzada em decorrente do uso da 
prótese veio a adquirir essa condição com o passar do tempo pelo uso de uma 
prótese já antiga, com desgaste e perda de DVO (Dimensão Vertical de 
Oclusão). Não é possível somente levar o paciente em Relação Centrica e 
realizar uma nova prótese, recuperando de imediato sua mordida, pois é 
necessário realizar um aumento na altura dos dentes e realizar o ajuste de 
oclusão aos poucos, até se conseguir uma mobilidade com essa mordida para 
posteriormente realizar a Prótese Total. 
 
 
AULA 02: 
Análise do Rebordo Residual 
 Ao avaliar o rebordo podemos encontrar regiões com maiores volumes no 
rebordo. Para se analisar é importante que se faça apalpação, e caso seja 
apenas tecido fazemos uma redução e em 15 dias mais ou menos já é possível 
moldar para se fazer a Prótese Total. Agora caso seja osso e esteja interferindo 
no fechamento, isto é, quando o paciente é colocado em uma Dimensão 
Vertical de Repouso (DVR) e observa-se se há espaço para se construir a base 
acrílica da prótese superior e inferior. 
 Às vezes nessa primeira análise o rebordo já toca no antagonista, ou seja, 
não tem espaço para a confecção da prótese. Para que se avalie, colocamos o 
paciente sentado na cadeira, sendo que a cadeira não pode estar inclinada e 
pedimos ao paciente que toque um lábio ao outro suavemente, sem pressioná-
lo; e com o espelho clínico afastamos a comissura labial e avaliamos a distância 
que um rebordo está do outro. Outra forma é flambar uma lâmina de cera, 
colocando de um lado e do outro, e pedimos para que faça o mesmo, 
posteriormente avaliando o quanto o rebordo comprimiu essa lâmina de cera. 
 Em casos em que não há espaço realiza-se uma cirurgia de remoção de 
osso ou tecido. 
OBS: A análise do rebordo é feita com a boca semiaberta, pois caso a boca 
esteja muito aberta a musculatura da bochecha ficará muito estirada. Afasta-se 
a língua, a bochecha, realiza o exame visual e tátil de todo o rebordo e 
fibromucosa, analisando a consistência do tecido, a quantidade de osso, cor e 
volume. 
 O término do exame clínico acontece somente após moldarmos o 
paciente e estivermos com o molde em mãos. Assim temos as anotações da 
anamnese do histórico do paciente, anotações do exame intra e extra oral, o 
modelo de estudo e as radiografias da boca do paciente. 
OBS: Nem sempre rebordos grandes e extensos são bons, pois a presença do 
Palato em forma de V pode dificultar o vedamento da prótese. Muita das vezes 
mesmo que o rebordo seja Baixo ou Reduzido, porém o Palato seja 
arredondado/côncavo, é possível conseguir uma melhor retenção do que no 
rebordo alto e espesso, caso a moldagem seja feita corretamente e uma boa 
oclusão, fazendo com que prótese fique com um bom vedamento e bem aderida. 
Bridas Laterais e Freio Labial: 
Outros detalhes a serem analisados no rebordo são as Bridas e os Frios 
Labiais. Eles podem se encontrar próximos ou distantes do vértice do rebordo. 
OBS: Quando o Freio Labial está muito próximo do vértice do rebordo superior 
é dito que ele está baixo; a mesma situação no rebordo inferior é dito que ele 
está alto. (Descrição na ficha) 
 Quando o Freio se encontra dessa forma colocamos o dedo indicador 
sobre ele e com a outra mão tracionamos o lábio e analisamos se o Freio irá 
exercer pressão sobre o dedo, pois caso ele exerça pressão, ele irá deslocar a 
prótese. Caso ele já esteja flácido ele pode até mesmo ser mantido, porém caso 
apresente resistência/pressão deve realizar a liberação do Freio de forma 
cirúrgica. 
Patologias mais comuns encontradas no paciente de Prótese Total 
➢ Reabsorção Óssea: 
A reabsorção óssea do rebordo tem variações de local para local. O grau de 
reabsorção do rebordo diferente entre pessoas e até entre diferentes locais na 
mesma pessoa. 
Em média a maxila perde cerca de 2 a 4 mm de osso no primeiro ano 
após as exodontias e 0,1 mm por ano nos anos seguintes. Na maxila (Rebordo 
Superior) a reabsorção ocorre mais no sentido horizontal, portanto, reabsorve 
mais a parede Vestibular. (Por esse motivo a Papila Incisiva pode deslocar para 
o vértice do rebordo). 
Na mandíbula a perda óssea no primeiro ano é de 4 a 6 mm e a média 
anual é de 0,4 mm. Na mandíbula (Rebordo Inferior) a reabsorção ocorre no 
sentido vertical, portanto, reabsorve tanto parede Vestibular quanto parede 
Lingual. 
 Por esse motivo que na clínica sempre que iremos reabilitar o paciente 
com Prótese Total ou PPR, começamos primeiro pelo arco inferior, pois apesar 
de toda essa reabsorção óssea ainda temos o Osso Basal da Mandíbula que irá 
manter uma forma mais próxima da original melhor que o da Maxila. Caso 
comecemos a construção dos roletes pelo superior corremos o risco de diminuir 
o arco no sentido de anterior para posterior e com isso diminuímos o espaço 
para a língua, que consequentemente irá deslocar a prótese. Portanto, é uma 
forma de se errar menos, pois devemos encontrar uma posição mais próxima 
possível da posição real dos dentes naquele arco no momento de dentado. Logo, 
a melhor forma é se iniciar pela construção do Inferior. 
Em casos de grandes reabsorções é possível da parede sofrer uma 
grande reabsorção a ponto de deslocar, papilas (Papila Incisiva), forames, como 
por exemplo, o Forame Mentual que passa a localizar-se na parte superior do 
rebordo próximo ao vértice (anteriormente se encontrava na porção lateral do 
rebordo). Nesses casos o paciente passa a ter uma sensação de dor, “choque” 
e um desconforto bem acentuado. Normalmente é feito um desgaste 
internamente na prótese para não haver um contato com essa região para aliviar 
um pouco. 
Observação: No rebordo superior normalmente são encontrados mais casos de 
reabsorções extensas. No rebordo inferior o tecido acompanha a reabsorção e 
às vezes sobra apenas um cordão fibroso bem fino, porém nunca chega a casos 
extremos, até mesmo por conta do tipo de osso da Mandíbula que é diferente da 
Maxila. 
➢ Hiperplasias (também chamada de Hiperplasia Fibrosa Inflamatória): 
- Surgem como consequência de próteses com adaptações ruins ou provocadas 
por câmaras de sucção. 
Caso o paciente apresente uma prótese com câmara de sucção a conduta 
na clínica pode ser: reembasar a prótese antiga gradativamente, com material 
macio, e por compressão o tecido hiperplásico vai diminuindo; ou opta pela 
remoção cirúrgica. A cirurgia é um pós-operatório muito desconfortável para o 
paciente, pois não é possível suturar a região já que com a Maxi-cuti estéril 
realiza-se abrasões até nivelar o tecido. 
➢ Candidíase Eritematosa ou Atrófica Crônica: 
- É uma resposta inflamatória do tecido do Palato; 
- Normalmente ocorre somente no arco superior, pois o arco inferior por ter a 
saliva há uma maior limpeza e dificilmente se tem essa lesão no inferior; 
- É localizada de forma difusa, com superfícies lisas ou papilomatosas. 
Fatores que levam a Candidíase: 
• Uso contínuo da prótese; 
• Higienização deficiente; 
• Irregularidade e porosidade na base acrílica da prótese. 
Tratamento: 
• Adaptar, regularizar e polir (normalmente a prótese não está bem 
adaptada); 
• Melhorar a higienização;• Descanso da mucosa de suporte (30,40 a 50 minutos no dia); 
• Uso tópico de antimicrobianos. 
• Em casos mais avançados pode-se optar por uma remoção cirúrgica. 
OBS: Apesar de vários livros indicarem a remoção da prótese na hora de dormir, 
isso não é indicado a ser feito, pois se removida a prótese a mandíbula irá se 
aproximar da maxila comprimindo o espaço da língua, fazendo com que o 
paciente ronque e tenha maior dificuldade respiratória. 
Detalhes: 
 As vezes o paciente chega ao consultório com a presença de alguns 
dentes, porém ao analisar a situação não é possível determinar outro tratamento 
a não ser exodontia. Lembrando que os molares são importantes, pois 
determinam a estabilidade da Mandíbula em relação a Maxila, e caso 
removido os molares os demais dentes não suportam, surgindo então as 
reabsorções, mobilidade dental, vestibularização dos dentes criando diastemas. 
AULA 03: 
Até o momento para se fechar um planejamento para Prótese Total foram feitos: 
• Anamnese do paciente (investigações a respeito do paciente – histórico 
médico e odontológico); 
• Exame extra-oral; 
• Exame intra-oral; 
• Realização de exames radiográficos; 
• Obtenção do Modelo de Estudo. 
Para completar esse planejamento agora é necessário fazer um Modelo de 
Estudo desse paciente. 
Após a coleta de todas essas informações é possível agora saber a 
Indicação e a contraindicação do tratamento, dos recursos que são utilizados 
para reabilitar o paciente, a probabilidade de um bom resultado ou um resultado 
duvidoso, devendo tudo isso ser compartilhado ao paciente, explicando tudo o 
que pode ocorrer, o que se pode ser feito e o que não é de controle do 
profissional (alterações morfológicas que fogem do controle do dentista). 
Modelo de Estudo 
Para obter o modelo de Estudo realizaremos então uma moldagem. O 
objetivo da moldagem é: conseguir uma cópia daquela área basal, analisar e 
fazer o planejamento, e sobre aquela moldagem construir uma moldeira própria 
(individual) para aquele caso. 
Moldagem: É o conjunto de atos clínicos que visam obter a impressão da área 
basal por meio de materiais próprios e moldeiras adequadas. 
Comentário: o que irá mudar agora é que as moldeiras utilizadas para o 
indivíduo desdentado são diferentes das moldeiras do indivíduo dentado, 
sendo que não há condições de utilizar as mesmas moldeiras para o 
individuo edentado. 
Área Basal: Área que será utilizada como suporte para a Prótese Total. 
 
 
[1ª Moldagem] Moldagem Anatômica ou Preliminar ou Modelo de Estudo 
Tem por finalidade obter uma configuração geral da Área Basal (uma 
cópia de uma forma geral dessa área que servirá de suporte) e também o 
aspecto da fibromucosa modificada sobre o efeito de movimentos fisiológicos 
(significa que o paciente não está estático durante a moldagem, traciona-se a 
bochecha e o lábio para registrar a movimentação dessas estruturas que estão 
inseridas no limite dessa área basal, pois é necessário definir o quanto essa 
mucosa se movimenta para se saber o que se pode utilizar como suporte). 
Materiais de Moldagem: normalmente o Alginato. 
(Vários livros utilizam apenas Godiva, porém na clínica utilizamos mais Alginato 
por ser mais fácil de se manipular, não apresenta problema de contaminação 
assim como a Godiva). 
Obs: Alguns rebordos reabsorvidos exigem o uso da Godiva em placa, pois a 
Godiva é pesada e oferece resistência, portanto, ela afasta os tecidos moles e 
facilita a visualização do rebordo. Por outro lado, a Godiva deforma os tecidos 
(exemplo cordão fibroso), portanto é necessário avaliar qual material utilizar. 
Moldeiras: Metálicas para utilizar Hidrocolóide (Alginato). 
- Conceito: Dispositivo que serve para conduzir material de moldagem até a 
boca, a fim de colocá-lo em contato íntimo a parte a moldar e remover o molde 
sem distorções. 
A moldeira deve oferecer condições: de carregar o material moldador, 
levar à boca, realizar a compressão necessária e no momento de remover, ter 
resistência para não deformar. (ideal de uma moldeira). 
As moldeiras por serem pré-fabricadas há uma necessidade de se fazer 
uma individualização da moldeira, principalmente no caso da Prótese Total que 
é necessário copiar o Fundo de Vestíbulo e o Fundo de Assoalho. Portanto: 
1) Seleção de Moldeira de acordo com o caso clínico: 
- Ela não pode ficar muito justa no rebordo, pois deve-se ter espaço para o 
material moldador; 
- Não deve ficar muito folgada, permitindo espaços exagerados. 
- Em torno de 3 a 5 mm é aceitável. 
2) Material de moldagem: 
- Pode ser classificado de acordo com sua finalidade: 
• Fundamental (utilizado para obtenção do molde); 
• Complementar (utilizado para correção de alguma falha/refinamento do 
molde); 
• Duplicação (quando utilizado para duplicar um modelo). 
- Os materiais também podem ser classificados quanto a propriedade física: 
• Elásticos (Alginato). 
• Anelásticos (Godiva, Pasto Zinco Enólica). 
- Moldeira de Estoque: A moldeira de estoque metálica para edentado utilizada 
no laboratório apresenta recortes que coincidem com as inserções musculares, 
com isso quando tracionado os lábios e a bochecha não há uma deformação do 
molde. 
A falha dessa moldeira é que para rebordos muito extensos ela gera uma 
certa dificuldade de adaptação na região de Fundo de Vestíbulo. 
O cabo da moldeira é bi-angulado, justamente para dar espaço para o 
lábio. Se o cabo for reto não há condições de se posicionar o lábio do paciente. 
Além disso, quando levamos a moldeira a boca do paciente o cabo deve estar 
na Linha Mediana. 
• Números ímpares: moldeiras inferiores. 
• Números pares: moldeiras superiores. 
Obs: Menor número = maior moldeira (51 maior moldeira e 55 menor moldeira) 
Partes da Moldeira: 
• Bacia da moldeira: será posicionada sobre o Palato do paciente; 
• Bordas da moldeira: se encaixam nos sulcos do rebordo; 
• Sulco da moldeira: fica sobre o rebordo. 
Individualização da Moldeira de Estoque 
Toda moldeira de estoque precisa ser individualizada, isto é, colocar ceras 
nas bordas para que ela fique bem adaptada ao Sulco Gengivo-Vestibular, pois 
é necessário que se copie todo o limite desse rebordo. Isso é feito para o 
Alginato, pois o Hidrocolóide não tem sustentação para copiar uma determinada 
área sozinho, ele necessita de ser conduzido, pois caso contrário o molde não 
apresenta fidelidade. 
- Cera utilidade plastificada na lamparina, adaptada na moldeira, plastificada 
novamente e levada à boca do paciente, onde será tracionado a bochecha e os 
lábios para que seja copiado. 
- Na inferior realiza-se os mesmos passos, e pede-se ao paciente que projete a 
língua para fora, para os lados e para cima, para que se tenha condição de 
adaptar a borda lingual melhor. 
 
Na moldeira Superior: É colocado cera na bacia da moldeira sempre que o 
Palato for mais Côncavo, justamente para evitar grandes espessuras de 
Alginato nessa área, evitando deformações. Palatos planos dispensam o uso 
da cera. 
Materiais de moldagem – Requisitos: 
• Todo material deve ser biocompatível (atóxico); 
• Deve ter propriedades físicas apropriadas: rigidez, elasticidade e 
resistência adequadas; 
• Tempo de trabalho não deve ser < 3 e > 7 minutos; 
• Grau de plasticidade: permita escoar em toda área que se quer moldar 
para copiá-la; 
• Não deve ter alteração dimensional e morfológica quando armazenado 
de forma adequada. 
Material elástico = Hidrocolóide (Alginato): 
• Proporção adequada de água e pó; 
• Técnica correta de mistura; 
• Presa rápida: 1,5 a 3 minutos 
• Presa regular: 3 a 4,5 minutos 
• Tempo de espatulação: 45 segundos a 1 min 
• Espessura: 3 mm para poder ter resistência ao rasgamento 
• Dimensionalmente instáveis (sinérese e Embebição); 
• O molde deve ser lavado e desinfectado com hipoclorito a 5% (borrifado 
e envolvido por papel úmido por 10 minutos); 
• Quando vazado o gesso devepermanecer por 30 a 60 minutos. 
Conceitos: 
Moldagem: Conjunto de atos que visam reproduzir as estruturas dos tecidos 
bucais; 
Molde: Reprodução negativa dos tecidos bucais; 
Modelo: Reprodução positiva dos tecidos bucais. 
Moldagem Preliminar ou Anatômica 
• Conformação da boca; 
• Afastamento da mucosa móvel; 
• Delimitação da área basal; 
• Análise das inserções musculares; 
• Necessidade de correção cirúrgica; 
• Confecção da moldeira individual. 
 
Moldeiras Individuais 
Na Prótese Total realizamos duas moldagens: 
1. Moldagem inicial: Moldagem Anatômica ou Preliminar ou de Estudo 
(Alginato + Moldeira de Estoque) 
2. Moldagem secundária: Moldagem Funcional ou Secundária 
A Moldeira Individual é construída sobre o Modelo Anatômico, onde iremos 
delimitar a Área Basal e construir uma moldeira em acrílico para aquele caso 
(quanto mais transparente a moldeira melhor). 
Técnica de Moldagem com Alginato: Moldagem com mínima pressão. (Obs: 
Moldagem com Godiva já é uma moldagem com pressão). 
Sequência: 
Moldagem Anatômica > Obtenção do Modelo Anatômico > Delimitação da Área 
Basal > Confecção da moldeira individual 
Após a individualização da moldeira de estoque: 
• Paciente sentado, com a boca um pouco aberta (não totalmente, pois 
senão a musculatura fica muito rígida); 
• Posição de 9 horas em relação ao paciente; 
• Com a borda da moldeira de estoque comprime uma comissura e com o 
indicador da outra mão puxa a comissura do lado oposto; 
• Isso possibilita que gire a moldeira e introduza a borda da moldeira na 
boca do paciente, encaixando a moldeira e estabilizando-a; 
¹ Na moldeira Superior: introduzimos a moldeira de posterior para anterior. 
² Na moldeira Inferior: introduzimos a moldeira de anterior para posterior. Além 
disso, pede-se que o paciente projete a língua para frente, lados e para cima. 
• Depois de encaixada traciona-se a bochecha e os lábios para que se faça 
um registro na cera utilidade. 
• Preenche a moldeira individual com Alginato, normalmente uma 
proporção de 2:2 de pó e água é suficiente (Alginato = proporção 1:1); 
• Leva a moldeira na boca e introduz com os mesmos movimentos já 
citados em ¹ e ² (há diferença de inserção quando é superior e quando é 
inferior); 
• O Alginato deve ser comprimido com mínima pressão até que borda 
chegue até o Fundo de Vestíbulo, ficando com uma camada fina (caso 
não comprimido de forma adequada = camada espessa); lembrar do cabo 
sempre na linha mediana e de movimentar a musculatura do paciente 
OBS: Ao moldar a arcada superior pede-se ao paciente que movimente a 
mandíbula para os lados depois de se ter tracionado a bochecha e o lábio, para 
que se saiba o quanto de espessura há na região posterior que se possa invadir. 
Ao moldar a arcada inferior pede-se ao paciente que projete a língua para frente, 
lados e para cima. 
Bolhas pequenas podem ser corrigidas com cera utilidade. 
[No manequim] 
É interessante que se leve um pouco de Alginato com a seringa de 20 ml, 
antes de se levar a moldeira com alginato na boca, para injetar em todo o Fundo 
de Vestíbulo e no Palato. 
[No paciente] 
Pode-se levar uma pequena quantidade de Alginato com o dedo na região 
de Fundo de Vestíbulo e Palato antes de levar a moldeira com Alginato. 
• Aguarda-se o tempo de geleificação, aproximadamente 4 minutos e 
remove-se a moldeira, em um movimento único; 
• Por último vaza-se o gesso. 
Na hora de vazar o gesso: 
Inicia com a colocação de gesso no sulco do rebordo, e inclina-se a 
moldeira em 45° para que se inicie colocando gesso de um lado e ele escoe 
preenchendo o outro lado. Sempre se acrescenta gesso pelo mesmo lado, pois 
caso contrário aprisiona-se bolhas de ar. Quando preenchido todo o sulco do 
rebordo podemos deixar a moldeira reta, colocar mais gesso caso não esteja 
preenchido o Palato. Por último acrescenta-se gesso em torno da borda da 
moldeira para aumentar em altura, pois caso contrário a borda fina muito fina e 
pode fraturar. 
 Para o inferior é tudo feito da mesma forma, o que acrescenta é o 
fechamento do Assoalho com Alginato “língua” ou com papel. 
 O gesso utilizado é o Pedra Tipo III. 
Godiva: 
• Indicado especialmente para moldar rebordo edentado inferior 
severamente reabsorvido, por promover afastamento da musculatura 
inserida. Porém, comprime e deforma os tecidos mais que outros 
materiais de moldagem. 
O próximo Modelo é o Modelo Funcional. 
 
 
AULA 04: 
Estruturas de maior interesse para Prótese Total: 
• Freio Labial; 
• Freios Laterais ou Bridas Laterais (única, dupla ou um feixe); 
• Rebordo Anterior; 
• Rebordo Posterior; 
• Tuber ou Tuberosidade Maxilar; 
• Papila Incisiva; 
• Sulco Pterigomaxilar ou Chanfradura hamular; 
• Espaço Coronomaxilar; 
• Palato Duro e Palato Mole; 
• Rafe Palatina (Centro do Palato Duro); 
• Fóveas Palatinas (pequenas depressões ao lado da Rafe Palatina, uma 
de cada lado): São importantes para a orientação do limite posterior da 
prótese; 
• Rugosidade Palatina 
 
Todas essas estruturas devem estar reproduzidas no molde. 
 
 
É importante verificar e analisar a inclinação do Palato Mole em relação ao 
Palato Duro: se essa inclinação for muito acentuada compromete o vedamento 
posterior. 
Quando realizamos a moldagem a moldeira deve recobrir todo o rebordo até 
a região do Sulco Hamular, sobrando um espaço de 3 até 5 mm para que o 
material moldador tenha espessura o suficiente para reproduzir toda a superfície 
a ser moldada. 
 Todo o Fundo de Vestíbulo deve ser reproduzido, sendo por esse motivo 
que se é realizada a individualização da moldeira com cera utilidade, para que 
permita que a moldeira chegue até essa região levando Alginato. 
Obs: As próteses não devem ser muito espessas, pois além de ocorrer 
muita bolha no interior do acrílico, ainda há invasão do espaço da língua. 
Delimitação da Área Basal 
Delimitação da área de extensão da prótese. 
- Área Basal da Maxila: 
• Limite Posterior: De Sulco Hamular de um lado ao outro, passando pelo 
limite Palato Duro e Palato Mole e recobrindo as Fóveas Palatinas. 
• Limite por Vestibular: Acompanha-se todo o Sulco Gengivo Labial = 
traça uma linha buscando o fundo desse sulco no limite com a mucosa 
mole; contorna a base do Processo Zigomático, contorna o Freio Labial e 
realiza o mesmo procedimento do lado oposto. 
Regiões que farão parte da Áreas Basal Maxilar: Todo o Rebordo Gengival 
de tuberosidade direita a esquerda, toda a parede Vestibular, até o Sulco 
Gengivo Labial. Toda a Abobara Palatina até o limite Palato Duro e Palato Mole. 
Nas Paredes Vestibular esse limite vai ser todo o Sulco Gengivo Labial. 
- Área Basal da Mandíbula: 
• Limite Posterior: 2/3 da Papila Retromolar. 
A partir dos 2/3 da Papila Retromolar traça por Vestibular com uma inclinação 
de 45° até a Linha Oblíqua Externa, recobrindo-a em aproximadamente 2 mm e 
acompanhando toda sua extensão até a Brida Lateral ou Freio Lateral, buscando 
o Fundo de Vestíbulo na região anterior até o Freio Labial, contornando-o. O 
mesmo procedimento é feito pelo lado oposto. 
• Por Lingual: A partir da Papila Retromolar, traça-se uma linha reta, 
buscando todo limite da Parede Lingual com o Assoalho, limite esse 
determinado pela Inserção dos Músculo Genio Hióideo e Milo Hióideo. 
Esse limite é dado durante a movimentação da língua na moldagem inferior. 
 
Estruturas por Vestibular: 
• Rebordo Anterior; 
• Rebordo Posterior; 
• Papila Retromolar (região posterior ao Rebordo Posterior); 
• Linha Oblíqua Externa; 
• Freio Labial e Freio Lingual; 
Por Lingual: 
• Linha Milo hióidea (depressão abaixo da Papila Retromolar); 
• Assoalho; 
• Língua; 
• Glândula Sublingual. 
A borda de uma prótese nunca é fina, cortante como uma faca, pois não 
dará retenção. Deve-se copiar todo o Sulco Gengivo Labial. 
Zonas de Suporte 
Existem regiões do rebordo que recebem maior ou menor compressão,isto é maior ou menor esforço durante a mastigação, e ainda há regiões que não 
podem receber esforço nenhum. Essas regiões são divididas em 4 zonas, tanto 
o superior quanto inferior: 
 
Zonas de Suporte da Maxila: 
• Zona de Suporte Principal: Rebordo posterior, incluindo toda a vertente 
por Vestibular. (vai das Bridas Laterais ao Sulco Hamular). 
• Zona de Suporte Secundária: Região do Palato Duro, com exceção da 
Rafe e Rugosidades Palatinas. 
• Zona de Alívio: Rafa Palatina, Rugosidade Palatina, Rebordo Anterior e 
Papila Incisiva. São regiões que não devem receber esforços durante a 
mastigação e a moldagem. 
• Zona de Vedamento: Todo o Limite do Palato Duro com o Palato Mole 
(Zona de Vedamento Posterior). “Linha do Aa”. 
Obs: todo o limite de Área Basal também é uma região de vedamento, impedindo 
a entrada do ar, mas os livros trazem como vedamento posterior apenas essa 
região posterior (Limite do Palato Duro com o Palato Mole). 
Zonas de Suporte da Mandíbula: 
• Zona de Suporte Principal: Vertente Vestibular e Lingual do Rebordo 
Posterior, incluindo a Papila Retromolar. 
• Zona de Suporte Secundária: Vertente Vestibular e Lingual do Rebordo 
Anterior. 
• Zona de Alívio: Toda a Crista do rebordo alveolar (anterior e posterior) 
• Zona de Vedamento: Todo o limite da Área Basal, tanto Vestibular 
quanto por Lingual, respeitando as inserções Musculares, definindo uma 
borda arredonda e polida. 
Recorte do Modelo de Gesso: 
Para delimitar precisamos recortar o modelo. 
- Limite posterior: Recorte reto posterior ao Sulco Hamular de um lado até o 
Sulco Hamular do outro lado. 
 Gira-se o modelo sobre a base do recortador, posicionando em 45° e 
realizando um primeiro corte para liberar o Espaço Coronomaxilar, tanto de um 
lado quanto do outro, mantendo sempre um padrão. Gira-se novamente, em 45° 
recortando até a Brida Lateral. 
 São passos feitos tanto no modelo superior quanto inferior. O que irá 
diferenciar um do outro é são os cortes na região anterior: 
• Superior: Semelhante a um vértice de um triângulo. 
• Inferior: Arredondado. 
Após recortar o modelo no recortador de gessos, com a Max cuti 
desgastamos horizontalmente as bordas do modelo para que o vértice não fique 
tão agudo, virando uma plataforma para se conseguir resistência para as bordas 
e diminuir o côncavo do sulco Gengivo Vestibular. 
Construção da Moldeira Individual 
A moldeira individual é confeccionada sobre o Modelo de Estudo 
(Anatômico ou Preliminar). 
Objetivo da Moldeira Individual: Determinar os limites da Área Basal. 
 Isto é determinamos um limite no modelo, mas depois levamos a moldeira 
individual a boca do paciente e ajustamos com o limite real, pois o primeiro 
modelo obtido foi com moldeiras de estoque e elas não apresentam uma 
adaptação perfeita à área basal. Portanto, é necessário fazer o ajuste na boca 
do paciente definindo um limite real da Área Basal, na qual a prótese será 
confeccionada. Caso contrário a prótese terá a retenção comprometida. 
 Esse ajuste é feito sobre os elementos anatômicos na boca do paciente, 
pois sobre o modelo pode haver alguma sobre-extensão, e como ele é rígido não 
é possível determinar um limite preciso da mucosa móvel. 
 Com a moldeira iremos obter vedamento, fazendo com a borda fique em 
íntimo contato com o limite para conseguir um vedamento ideal, impedindo a 
entrada do ar e o deslocamento da prótese. 
Características da Moldeira Individual: 
• Será confeccionada especificamente para o paciente que está em 
tratamento, não servindo para outro paciente de forma alguma; 
• Deve ser construída o mais adaptada possível; 
• As bordas devem ter adaptação para controlar os tecidos moles e não 
desalojá-los; 
• Deve guardar espaço para o material moldador durante a moldagem, para 
não ocorrer compressão (no momento da inserção, ela deve ser 
encaixada com mínima pressão, sem pressionar os tecidos diminuindo a 
irrigação do tecido levando a um processo inflamatório); 
• Possuir cabos com tamanhos e posicionamentos adequados; 
• Deve ser rígida, principalmente a inferior (espessura mínima de 3 mm); 
• Apenas o desgaste não promoverá um vedamento, mas é um passo para 
se obtê-lo, será necessário a utilização de Godiva; 
• A moldeira é construída em Resina Acrílica Autopolimerizável; 
• Pode sofrer alteração durante o efeito exotérmico (na última fase de 
polimerização libera calor) e caso não seja controlado pode sofrer 
alterações = deve-se mergulhar em água; 
• Deve ser utilizada 24 horas após sua confecção e não se deve utilizar no 
mesmo dia; 
As vantagens da Resina Acrílica Autopolimerizável: 
• Transparência que irá facilitar o ajuste, pois quando feita bem 
transparente possibilita visualizar se a moldeira está causando 
compressão em alguma região (se causa compressão não haverá espaço 
suficiente para o material moldador); 
• Fácil manipulação. 
Etapas: 
1) Delimitar a Área Basal; 
2) Realizar o Alívio (Zona de Alívio no Superior: Papila Incisiva, Rebordo Anterior, 
Rafe Palatina, Rugosidades Palatinas // Inferior: toda a Crista do Rebordo, 
exceto Papila Retromolar); 
 O Alívio é feito com Cera 7; aquecendo a espátula na chama da lamparina 
e dobrando uma lâmina de Cera 7 remove-se um pedaço de cera e aquece 
novamente na lamparina, levando na região do alívio para que a cera fique bem 
aderida ao modelo e não saia após remover a moldeira. 
3) Analisar por Vestibular se há retenções, com o uso de uma espátula reta no 
limite do Sulco Gengival Vestibular e encostando no rebordo, avaliando se há 
espaços que possam gerar retenções; 
 Nessas áreas onde há espaço e não há cera formando um alívio, se o 
acrílico polimerizar ele vai gerar uma retenção. Ao tracionar a moldeira irá ocorrer 
da moldeira ou o gesso fraturar. 
 Portanto, nessas regiões deve-se fazer alívios com Cera 7 assim como 
nas Zona de Alívio, a fim de se preencher esses espaços e não promover 
retenções adicionais. 
4) Isola-se com Isolante para Resina Acrílica; 
Os materiais necessários: Duas placas de vidro, pote Paladon com tampa, 
palitos de fósforo, vaselina (camada fina de vaselina sobre as placas) e 
dosadores do Acrílico Pó e Líquido. 
5) Trabalhamos primeiro com o líquido: é medido no dosador do acrílico e 
colocado no pote Paladon e tampado para não evaporar; posteriormente utiliza 
o dosador para medir o pó que também será dispensado no pote Paladon; 
6) Com a espátula 31 mistura-se o pó com o líquido do acrílico até conseguir 
uma mistura uniforme; posteriormente fecha-se o pote e aguarda alguns 
segundos até que a resina acrílica saia da fase arenosa e entre na fase plástica. 
Pode-se acrescentar água para dar mais tempo de trabalho; 
7) Remove-se a resina acrílica do pote e com a mão molhada em água é possível 
trabalharmos com a resina em mãos; 
8) Antes da fase borrachoide, na fase plástica, fazemos uma homogeneização 
da resina e colocamos sobre a placa de vidro, comprimindo com a outra placa 
até atingir os palitos de fósforos; 
9) Remove o acrílico da placa de vidro, e coloca sobre o molde de gesso. Como 
o Palato apresenta uma concavidade, fazemos um côncavo com o acrílico para 
adaptar ao Palato, e segurando o modelo pelo centro do Palato, com a outra mão 
molhamos os dedos no líquido da resina e adaptamos o acrílico ao Fundo de 
Vestíbulo entrando sobre o Sulco do rebordo; 
10) Após adaptado bem, o excesso mais grosseiro do acrílico é removido na fase 
plástica com um Lecron; 
11) Posteriormente molha-se os dedos no acrílico e passa-se sobre toda a 
extensão do acrílico com o objetivo de se conseguir uma uniformidade e uma 
melhor adaptação, deixando a moldeira lisa e consequentemente, o mais 
transparente possível; 
12) Terminado o ajuste, a moldeira é levada para uma vasilha, onde ficará o 
sobre o molde e com o pote Dapen com líquido, e fechamos, pois o líquido é 
muito volátil e ao evaporar ele faz com que a moldeirafique mais porosa, mais 
opaca; 
13) Aguarda-se de 5 a 10 minutos, e com a espátula 31 força na região do Palato 
e remove-se a moldeira. 
14) Os excessos serão cortados com a Max cuti e caso seja necessário iremos 
reembasar as áreas onde faltou material; 
15) São feitos os cabos em acrílico. Na fase plástica moldamos o cabo e 
colocamos sobre a moldeira sobre o vértice do rebordo na região anterior sobre 
a linha mediana, sem inclinação para a Palatina ou para a Vestibular. O cabo 
deve ter dupla inclinação. Ao começar a liberar calor, basta colocar água para 
não que se forme bolhas; 
16) Por último baste realizar o polimento da moldeira.

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