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TICs Integradas I_Semana 3_Tipos de dismenorréia

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TIC's Integradas I - Semana 03 (até 06-03-2023) 
 
TIPOS DE DISMENORRÉIA 
 
 Tipos de dismenorreia: detalhe aqui e cite as diferenças em relação à idade, 
apresentação clínica e resposta ao tratamento. 
 
De acordo com Dall'acqua (2015), a dor pélvica crônica (DPC) é uma síndrome 
caracterizada por um quadro doloroso, que pode ser cíclico ou não, na região inferior 
do abdome ou pelve, com duração superior a seis meses. Essa dor pode apresentar-
se como dismenorreia, dispaurenia ou desconforto crônico, relacionado ou não ao 
ciclo menstrual ou a um fator desencadeante. A etiologia da DPC pode ser dividida 
em grupos ginecológicos e não ginecológicos, sendo a endometriose a principal causa 
ginecológica. O termo "dismenorreia" é derivado do grego e significa fluxo menstrual 
difícil, sendo utilizado para descrever as cólicas menstruais dolorosas que ocorrem 
durante a menstruação ou algumas horas antes, acompanhadas de sintomas como 
náuseas, vômitos, diarreia, fadiga, dor lombar, nervosismo, tonturas e cefaleia. Esse 
tipo de dor abdominal relacionada ao fluxo menstrual é comum em jovens e também 
é conhecida como algomenorreia, menalgia ou odinomenorreia. 
Segundo Levine (2023), a dismenorreia é um problema ginecológico comum em 
mulheres de todas as idades e raças. Essa condição é caracterizada por sintomas de 
cólicas abdominais inferiores recorrentes durante a menstruação, podendo ser 
causada pela atividade miometrial e pelo aumento da intensidade das contrações 
uterinas (dismenorreia primária) ou por uma condição fisiológica ou patológica 
subjacente (dismenorreia secundária), como endometriose, adenomiose ou miomas 
uterinos. 
Nesse sentido, Dall'acqua (2015), afirma que a dismenorreia pode ser classificada 
em dismenorreia primária e dismenorreia secundária. Na dismenorreia primária, 
não há lesões orgânicas e as causas podem ser miometrial, psicogênica, endócrina 
ou relacionadas às prostaglandinas e leucotrienos. A dismenorreia primária ocorre nos 
ciclos ovulatórios e é mais comum nos primeiros dois anos após a menarca. As taxas 
de prevalência variam de 40 a 70% em mulheres com idade inferior a 30 anos. Já na 
dismenorreia secundária, há uma causa orgânica subjacente, que pode ser congestão 
pélvica ou espasmo do útero. As causas congestivas incluem inflamações subagudas 
e crônicas, tumores pélvicos e outras afecções. As causas orgânicas incluem 
endometriose pélvica, leiomioma do útero, malformações genitais, estenose do canal 
do colo do útero e outras doenças. A presença de DIU também pode ser um fator 
contribuinte para a dor menstrual. As prostaglandinas também estão presentes na 
dismenorreia secundária, mas a dor é desencadeada por fatores anatômicos, e a dor 
provocada pela liberação das prostaglandinas está relacionada a outros sintomas 
patológicos subjacentes. O processo inflamatório da doença e o fator psicológico 
podem potencializar os sintomas, tornando a dor mais duradoura e intensa, 
diminuindo a eficácia dos inibidores das prostaglandinas. 
De acordo com Levine (2023), o tratamento para dismenorreia primária requer 
modificações na atividade e estilo de vida, incluindo uma dieta vegetariana com baixo 
teor de gordura para reduzir o número de dias de dor, consumo de chá verde e 
exercícios físicos para reduzir os sintomas. O uso de adesivos de calor na região 
abdominal inferior pode ser mais eficaz do que analgésicos de venda livre. Anti-
inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno, naproxeno sódico e ácido 
mefenâmico, são recomendados como tratamento de primeira linha para dismenorreia 
primária, a menos que haja contraindicação para o seu uso. Os contraceptivos orais 
podem ajudar a aliviar os sintomas da dismenorreia primária. Em mulheres com 
endometriose refratária ao tratamento cirúrgico, a terapia com agonista do hormônio 
liberador de gonadotropina (GnRH) com medicação adicional por ≥ 6 meses pode ser 
considerada. Vitaminas, minerais e suplementos, como vitamina B1, combinação de 
óleo de peixe/vitamina B1, valeriana, zataria, sulfato de zinco e vitamina D, podem ser 
eficazes no tratamento de todos os tipos de dismenorreia. A cirurgia é considerada a 
opção diagnóstica e terapêutica final para dismenorreia. Para o tratamento da 
dismenorreia secundária, é importante identificar a causa subjacente e usar 
analgésicos ou anti-inflamatórios não hormonais (AINH) para aliviar a dor. Muitas 
vezes, é necessário realizar correção cirúrgica. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
LEVINE, Elliot M. DynaMed. Dismenorréia. Serviços de informação da EBSCO. 
Acessado em 1º de março de 2023. 
https://www.dynamed.com/condition/dysmenorrhea. 
 
DALL'ACQUA, Roberta; BENDLIN, Tania. Dismenorreia. Femina, p. 273-276, 2015.

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