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N1 ESPECÍFICA Clinica integrada I 2024.1

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CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Clínica Integrada I
Professor (es):
Período: 202401 Turma: Data:
N1_ESPECIFICA_CI 1_18ABRIL2024
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 11594 - CADERNO 001
1ª QUESTÃO
Enunciado:
Uma paciente, de 25 anos, procura atendimento médico relatando episódios frequentes de
amigdalites, com pelo menos oito episódios documentados no último ano. A paciente apresenta
sintomas recorrentes de febre, odinofagia intensa, e linfadenopatia cervical associada a cada
episódio. No exame físico, é observada hipertrofia importante das amígdalas. Diante desse caso
clínico, qual das seguintes opções representa a abordagem mais adequada para o tratamento
dessa paciente?
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Indicação de tonsilectomia.
Resposta comentada:
A frequência de amigdalites de repetição, associada à presença de hipertrofia significativa das
amígdalas e complicações recorrentes, como febre e linfadenopatia, indica a necessidade de
avaliação para tonsilectomia. Essa é considerada uma opção terapêutica válida em casos de
amigdalites de repetição, quando ocorrem mais de sete episódios em um ano, mais de cinco
episódios em dois anos ou mais de três episódios em três anos, conforme as diretrizes atuais.
Referências:
Baugh, R. F., Archer, S. M., Mitchell, R. B., Rosenfeld, R. M., Amin, R., Burns, J. J., ... &
Nnacheta, L. C. (2011). Clinical practice guideline: tonsillectomy in children. Otolaryngology–Head
and Neck Surgery, 144(1_suppl), S1-S30.
Tratado de medicina da família e comunidade. 2ª Ed. 2019. Gusso G, Lopes.
2ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente, 22 anos, sexo masculino, sem comorbidades relevantes, procurou uma unidade de
pronto atendimento apresentando dispneia e dor pleurítica há 3 dias. Sem antecedentes de
discrasias sanguíneas e/ou lesões no tórax. Ao exame físico: AR: MV+, presença de creptos e
observa-se diminuição do murmúrio vesicular em hemitórax direito e macicez à percussão. ACV:
ritmo cardíaco regular em 2T, Bulhas cardíacas normofonéticas, sem sopro. Ausência de
turgência jugular. A radiografia de tórax confirma a presença de derrame pleural. Toracocentese:
líquido pleural turvo, proteína elevada, predomínio de polimorfosnucleares.
Com base no quadro clínico apresentado, julgue os itens abaixo em relação ao diagnóstico
diferencial e à classificação do derrame pleural.
I. Os derrames pleurais são sistematicamente classificados como transudatos ou
exsudatos, de acordo com sua composição bioquímica. Os transudatos geralmente
são límpidos, amarelo-claros e não se coagulam espontaneamente. Nesse caso
clínico, trata-se de um transudato, já que a principal causa de derrame pleural em
adultos jovens é a insuficiência cardíaca congestiva.
II. A presença de uma coleção líquida no espaço pleural sempre traduz a existência de
uma condição anormal, impondo a necessidade de se realizar uma toracocentese
diagnóstica. Entretanto, para abordar a cavidade pleural com segurança, é necessário
que haja uma quantidade mínima de líquido no espaço pleural. Portanto o paciente do
caso poderá ser submetido a toracocentese.
III. Pacientes com exsudatos com predomínio de linfócitos polimorfonucleares compõem
um grupo de maior facilidade quanto à determinação de sua etiologia. Incluem-se neste
grupo os pacientes com derrame pleural parapneumônico, principal hipótese a ser
considerada para o caso clinico e os com derrames secundários ao abscesso intra-
abdominal, à exposição ao asbesto.
Está correto apenas o que se afirma em:
Alternativas:
(alternativa B) 
(CORRETA) II e III.
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Resposta comentada:
A principal causa de derrame pleural em adultos jovens é a pneumonia, ou seja, derrame
parapneumônico, portanto um exsudato, seguida por embolia pulmonar, doenças neoplásicas e
tuberculose. A insuficiência cardíaca congestiva é mais comum em pacientes mais velhos. A
insuficiência cardíaca congestiva é a mais comum etiologia de transudato. Logo, a história clínica
deve investigar dispneia de esforço, dispneia paroxística noturna ou ortopneia, edema de
membros inferiores e noctúria. O exame físico pode evidenciar estase jugular, ritmo de galope
com presença de terceira bulha e ainda estertores basais à ausculta pulmonar.
A toracocentese diagnóstica com análise do líquido pleural é indicada para todos os pacientes
com derrame. Não existem contraindicações absolutas para a realização de uma toracocentese.
Algumas situações, entretanto, merecem ser atentamente ponderadas. Na presença de lesões de
pele, tais como queimaduras por radioterapia, herpes zoster ou piodermite, a toracocentese deve
ser evitada, devido aos riscos de infecção e sangramento cutâneo. Pacientes em ventilação
mecânica, ao serem submetidos à toracocentese, podem desenvolver pneumotórax em 6% a
10% dos casos. No entanto, em todos os casos estudados o tratamento com drenagem da
cavidade resolveu a intercorrência. Alterações na coagulação constituem a principal
contraindicação da toracocentese.
Importante ressaltar que algumas complicações podem ocorrer após a toracocentese
diagnóstica, sendo o pneumotórax a mais frequente.
Diante do exposto, a alternativa correta é a que apresenta II e III.
Referências: 
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Diretrizes na Abordagem
Diagnóstica e Terapêutica das Doenças Pleurais – 2006.
Uptodate. Pleural effusion in adults: Etiology, diagnosis, and management.
 
 
 
3ª QUESTÃO
Enunciado:
Considere os seguintes casos clínicos de crianças que foram levadas para uma consulta de
rotina:
Caso Clínico 1:
Menino de 2 anos, apresenta os seguintes dados antropométricos em sua consulta de
puericultura: peso de 10 kg e altura de 82 cm. Ao consultar as tabelas de referência da
Organização Mundial da Saúde (OMS), são calculados os seguintes z scores: peso para idade de
-2, altura para idade de -1.5.
Caso Clínico 2:
Menina de 5 anos, apresenta os seguintes dados antropométricos: peso de 14 kg e altura de 102
cm. Os z scores calculados são: peso para idade de -3, altura para idade de -2.
Identifique qual criança apresenta um distúrbio nutricional mais grave e proponha um plano
terapêutico adequado, incluindo orientações nutricionais.
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Alternativas:
(alternativa D) (CORRETA) 
O menino encontra-se eutrófico, apesar de estar com peso no limite inferior da normalidade para 
a idade. A menina com baixo peso para a idade, devendo ser orientada a melhorar o aporte 
calórico das refeições, aumentar fibras e boas fontes de carboidratos, proteínas e gorduras.
Resposta comentada:
É considerado normal o crescimento cujo dado antropométrico encontra-se entre os Scores -2 e
+2 dos gráficos de peso para idade, estatura para a idade, peso para a estatura e IMC para a
idade. Os gráficos de peso para a idade não inferem diagnósticos de sobrepeso ou obesidade.
Apenas indicam peso adequado para a idade, peso baixo para a idade e peso elevado para a
idade. João encontra-se eutrófico com os dois dados antropométricos entre Z -2 e +2. Já Ana
apresenta baixo peso para a idade, pois encontra-se abaixo do Z-2.
Referência:
JÚNIOR, Dioclécio C.; QUEIMADURAS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de
pediatria. v.1. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476. 
4ª QUESTÃO
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Enunciado:
Caso clínico 1: Uma menina de 4 anos é trazida à consulta pediátrica pelos pais, preocupados
com seu desenvolvimento e saúde. Durante a avaliação, você observa que ela está abaixo do
peso e tem estatura baixa para a idade. Seus dados antropométricos revelam um peso de 12 kg e
uma altura de 90 cm, colocando-a no percentil 3 para peso e percentil 10 para altura de acordo
com as tabelas de crescimento da OMS. Além disso, os pais relatam uma dieta pobre em
variedade e quantidade adequadade alimentos.
Caso clínico 2: Um menino de 6 anos é levado à consulta pediátrica porque seus pais estão
preocupados com seu ganho de peso excessivo e sua estatura aparentemente menor do que a
de outras crianças de sua idade. Durante a avaliação, você observa que ele está acima do peso,
com um peso de 28 kg e altura de 110 cm, colocando-o no percentil 90 para peso e percentil 50
para altura de acordo com as tabelas de crescimento da OMS. Além disso, os pais relatam um
consumo frequente de alimentos ricos em gordura, açúcar e carboidratos refinados.
Com base na análise nos dados fornecidos, escolha a alternativa que corresponde ao distúrbio
nutricional mais provável e ao plano terapêutico adequado para cada criança.
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Caso Clínico 1: Desnutrição; Plano terapêutico: Suplementação nutricional com alimentos ricos 
em calorias e proteínas, orientação para aumentar a variedade e quantidade de alimentos na 
dieta. Caso Clínico 2: Obesidade; Plano terapêutico: Orientação para redução do consumo de 
alimentos ricos em gordura, açúcar e carboidratos refinados, aumento da ingestão de frutas, 
vegetais e alimentos ricos em fibras, e incentivo à atividade física regular.
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Resposta comentada:
A alternativa correta é:
"Caso Clínico 1: Desnutrição; Plano terapêutico: Suplementação nutricional com alimentos ricos
em calorias e proteínas, orientação para aumentar a variedade e quantidade de alimentos na
dieta. Caso Clínico 2: Obesidade; Plano terapêutico: Orientação para redução do consumo de
alimentos ricos em gordura, açúcar e carboidratos refinados, aumento da ingestão de frutas,
vegetais e alimentos ricos em fibras, e incentivo à atividade física regular".
No caso clínico 1, a criança apresenta baixo peso e estatura para a idade, colocando-a em risco
de desnutrição. O plano terapêutico inclui suplementação nutricional com alimentos ricos em
calorias e proteínas, bem como orientações para aumentar a variedade e quantidade de alimentos
na dieta. No caso clínico 2, a criança está acima do peso, indicando obesidade. O plano
terapêutico envolve orientações para modificar a dieta, reduzindo o consumo de alimentos ricos
em gordura, açúcar e carboidratos refinados, e aumentando a ingestão de frutas, vegetais e
alimentos ricos em fibras, além de incentivo à atividade física regular.
Explicação das alternativas incorretas:
-"Caso Clínico 1: Obesidade; Plano terapêutico: Orientação para redução do consumo de
alimentos ricos em gordura, açúcar e carboidratos refinados, aumento da ingestão de frutas,
vegetais e alimentos ricos em fibras, e incentivo à atividade física regular. Caso Clínico 2:
Desnutrição; Plano terapêutico: Suplementação nutricional com alimentos ricos em calorias e
proteínas, orientação para aumentar a variedade e quantidade de alimentos na dieta." Incorreta.
Essa opção inverte os distúrbios nutricionais entre os casos clínicos, o que não corresponde aos
dados apresentados.
-"Caso Clínico 1: Desnutrição; Plano terapêutico: Suplementação nutricional com alimentos ricos
em calorias e proteínas, orientação para aumentar a variedade e quantidade de alimentos na
dieta. Caso Clínico 2: Desnutrição; Plano terapêutico: Suplementação nutricional com alimentos
ricos em calorias e proteínas, orientação para aumentar a variedade e quantidade de alimentos na
dieta." Incorreta. Essa opção identifica ambos os casos clínicos como desnutrição, o que não é
correto, pois o caso clínico 2 apresenta características de obesidade.
-“Caso Clínico 1: Obesidade; Plano terapêutico: Orientação para redução do consumo de
alimentos ricos em gordura, açúcar e carboidratos refinados, aumento da ingestão de frutas,
vegetais e alimentos ricos em fibras, e incentivo à atividade física regular. Caso Clínico 2:
Obesidade; Plano terapêutico: Orientação para redução do consumo de alimentos ricos em
gordura, açúcar e carboidratos refinados, aumento da ingestão de frutas, vegetais e alimentos
ricos em fibras, e incentivo à atividade física regular". Incorreta. Essa opção identifica ambos os
casos clínicos como obesidade, o que não é correto, pois o caso clínico 1 apresenta
características de desnutrição.
É fundamental reconhecer os sinais e sintomas associados a diferentes distúrbios nutricionais em
crianças e aplicar abordagens terapêuticas específicas para cada situação, visando à melhoria do
estado nutricional e à promoção da saúde infantil.
Referência:
Kliegman RM, St Geme JW, Blum NJ, Shah SS, Tasker RC, Wilson KM. Nelson Textbook of
Pediatrics. 21st ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2020.
5ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente, 55 anos, sexo masculino, bancário, casado, pai de 2 filhos, procura atendimento em
Unidade Básica de Saúde, relatando que, há cerca de 1 ano, vem notando aumento da
circunferência abdominal e dificuldade em controlar a pressão arterial, mesmo com medicação.
Refere sedentarismo e alimentação rica em gorduras saturadas e açúcares, tabagista há 15 anos
e etilista. Nega outras comorbidades. Refere uso de medicações: Losartana 50mg/ 2cp dia e
Anlodipino 10mg/dia.
Exame Físico: Pressão arterial: 140/90 mmHg, Frequência cardíaca: 80 bpm, Peso: 90 kg, Altura:
1,70 m, IMC: 31,1 kg/m², Circunferência da cintura: 106 cm
Exames Laboratoriais:
Glicemia em jejum: 120 mg/dL VR (< 100 mg/dl)
Hemoglobina glicada (HbA1c): 6,5% VR (4,5 a 5,6%)
Colesterol total: 240 mg/dL VR (<200 mg/dl)
HDL-colesterol: 30 mg/dL VR (< 40 mg/dl)
LDL-colesterol: 160 mg/dL VR (< 130 mg/dl)
Triglicerídeos: 180 mg/dL VR (< 200mg/dl)
Considerando o caso clinico acima, responda:
a. Qual a hipótese diagnóstica? Justifique.
b. Quais seriam as medidas farmacológicas empregadas no caso acima?
c. Quais seriam as medidas não farmacológicas empregadas no caso acima?
Alternativas:
--
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Resposta comentada:
a) Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três
dos cinco critérios abaixo:
Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no
homem;
Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diatólica ³ 85
mmHg;
Glicemia alterada (glicemia ³110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
Triglicerídeos ³ 150 mg/dl;
HDL colesterol = ou < 40 mg/dl em homens e = ou<50 mg/dl em mulheres
b) Quais seriam as medidas não farmacológicas empregadas no caso?
 Alimentação: Mudança para uma dieta saudável com foco em: Redução de calorias,
gorduras saturadas e açúcares, aumento do consumo de frutas, verduras e legumes,
maior consumo de fibras.
Atividade física.
Perda de peso.
Mudanças no estilo de vida: Cessação do tabagismo, redução do consumo de
bebidas alcoólicas e gerenciamento do estresse.
c) Quais seriam as medidas farmacológicas empregadas no caso acima?
Controle da HAS – Ajuste de anti-hipertensivos – manter losarna de 50mg 2x ao dia + anlodipino
10mg 1x ao dia associando hidroclorotiazida de 25 mg 1x ao dia .As IV Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão Arterial19 recomendam que qualquer uma das cinco principais classes de drogas
anti-hipertensivas (diuréticos, betabloqueadores, antagonistas de cálcio, inibidores da enzima
conversora de angiotensina (IECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA)
podem ser utilizadas como tratamento inicial da hipertensão arterial. Caso de monoterapia não
responsiva pode-se aumentar dose, trocar a classe ou associar nova droga ao esquema.
Controle do diabetes - Antidiabéticos orais: Metformina 850mg: primeira linha para diabetes tipo
2. Nas fases iniciais da moléstia, predomina o fator resistência, sendo indicado o uso de drogas
sensibilizadoras da ação insulínica: metformina e glitazonas. Acarbose também pode ser utilizada
nesta situação.
Controle doColesterol: Estatinas: Atorvastatina, Sinvastatina, Rosuvastatina, Pravastatina. As
estatinas são os medicamentos de escolha para reduzir o LDL-C em adultos. Estudos de
prevenção primária e secundária mostram que as estatinas diminuem os eventos coronarianos, a
incidência de acidente vascular encefálico e a necessidade de revascularização do miocárdio e a
mortalidade cardiovascular total;
Redução do Peso: Orlistat: inibe a absorção de gorduras. Sibutramina: age no sistema
nervoso central, reduzindo o apetite. Liraglutida: análogo do GLP-1, além de controlar a glicemia,
pode auxiliar na perda de peso.
Referências:
I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros
de Cardiologia, v. 84, p. 3–28, abr. 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0066-
782X2005000700001.
GUERRA ARANTES, Joicy et al. SÍNDROME METABÓLICA: UMA REVISÃO E CASO
CLÍNICO. Revista Foco (Interdisciplinary Studies Journal), v. 16, n. 2, 2023.
6ª QUESTÃO
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Enunciado:
Mulher, nuligesta, 32 anos vem à consulta na unidade de saúde queixando amenorreia há 5
meses. Relata ciclos menstruais irregulares nos últimos 5 anos. Paciente com hirsutismo, IMC:
33,2 e foi observado presença de acantose nigricans em região cervical. Têm vida sexual ativa e
não usa método contraceptivo.
O diagnóstico mais provável, o primeiro exame a ser solicitado e a principal alteração laboratorial
serão, respectivamente:
Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
hipogonadismo hipergonadotrófico por síndrome dos ovários policísticos; Beta HCG e aumento do 
hormônio luteinizante - LH.
Resposta comentada:
A síndrome dos ovários policísticos é a endocrinopatia mais comum em mulheres de idade
reprodutiva sendo caracterizada com um quadro de hipogonadismo hipergonadotrófico. Existe
uma insensibilidade à secreção hipotalâmica do hormônio liberador de gonadotrofinas ao esteroide
ovariano com consequente aumento da amplitude dos pulsos de LH associado a baixa produção
de progesterona e aumento da relação LH/FSH (maior produção do LH). Essa alteração na
fisiologia leva a recrutamento e desenvolvimento folicular inadequados com hipersecreção
androgênica e em alguns casos, anovulação crônica.
Toda paciente em idade reprodutiva, com vida sexual ativa e sem utilizar métodos de
contracepção deve excluir a possibilidade de gestação frente ao quadro de amenorreia.
Referência: 
Berek & Novak: Tratado de ginecologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021, XXII,
1186.
7ª QUESTÃO
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Enunciado:
Um menino de 8 anos é levado à consulta médica pelos pais devido a episódios recorrentes de
falta de ar, tosse seca e chiado no peito. Ele relata que esses sintomas geralmente pioram à noite
e após a prática de exercícios físicos. Durante a avaliação física, você ausculta murmúrios
vesiculares diminuídos e sibilos expiratórios bilateralmente. Além disso, sua frequência
respiratória está aumentada e ele parece ansioso. História familiar revela que a mãe tem histórico
de asma.
Com base no caso clínico apresentado, avalie qual das seguintes opções melhor descreve a
relação entre a fisiopatologia da asma e os achados clínicos observados nesse paciente.
Alternativas:
(alternativa B) (CORRETA) 
A asma é uma doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas, resultando em 
hiper-responsividade bronquial, obstrução das vias aéreas e produção excessiva de muco, 
levando a sintomas como tosse, falta de ar e sibilância.
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Resposta comentada:
A alternativa correta é "A asma é uma doença caracterizada por inflamação crônica das vias
aéreas, resultando em hiper-responsividade bronquial, obstrução das vias aéreas e produção
excessiva de muco, levando a sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito". A asma é uma
condição inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por hiper-responsividade bronquial,
estreitamento das vias aéreas e excesso de produção de muco, levando a sintomas respiratórios
como tosse, falta de ar e chiado no peito.
Explicação das alternativas incorretas:
- "A asma é causada principalmente por infecções bacterianas das vias aéreas superiores,
levando a uma resposta inflamatória aguda e broncoconstrição, resultando em sintomas
respiratórios recorrentes." Incorreta. A asma não é causada por infecções bacterianas das vias
aéreas superiores. Embora infecções virais possam desencadear exacerbações da asma em
alguns casos, a condição subjacente é caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas.
- "A asma é uma condição predominantemente psicossomática, resultando em sintomas
respiratórios induzidos por ansiedade e estresse emocional. Os episódios relatados pelo paciente
são manifestações somáticas de sua ansiedade subjacente." Incorreta. Embora o estresse
emocional e a ansiedade possam desencadear ou agravar os sintomas da asma em algumas
pessoas, a condição subjacente não é causada exclusivamente por fatores psicossomáticos.
- "A asma é uma condição caracterizada por hipoxemia crônica devido a uma troca inadequada
de oxigênio e dióxido de carbono nos pulmões, levando a sintomas respiratórios como tosse,
sibilância e febre." Incorreta. A asma não é caracterizada por hipoxemia crônica. Embora a
obstrução das vias aéreas durante os episódios de asma possa levar a hipoxemia temporária, a
condição subjacente não é definida por uma troca inadequada de oxigênio e dióxido de carbono
nos pulmões.
Referência:
Kliegman RM, St Geme JW, Blum NJ, Shah SS, Tasker RC, Wilson KM. Nelson Textbook of
Pediatrics. 21st ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2020.
8ª QUESTÃO
Enunciado:
Uma mulher de 30 anos, geta 5, para 2, aborto 3, procura o médico solicitando orientação sobre
esterilização. Hoje, ela está interessada em outras opções contraceptivas e pediu que indicasse
um “método contraceptivo permanente”. Ela foi diagnosticada com trombose venosa profunda há
6 meses e confirmada ser portadora de trombofilia por mutação do Gene G20210A da
protrombina. Sua menstruação ocorre em intervalos regulares de 30 dias com fluxo normal. A
história médica é normal e ela não toma medicamentos. Ela não fuma cigarros. Ela é
sexualmente ativa com um parceiro masculino e usa preservativos de forma consistente. Os
sinais vitais estão dentro dos limites normais. O exame pélvico não mostra anormalidades. Um
teste de gravidez é negativo. Qual das alternativas a seguir é a recomendação que atende à
solicitação da paciente?
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Alternativas:
(alternativa A) (CORRETA) 
Vasectomia.
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Resposta comentada:
Esterilização: esterilização masculina
 
A vasectomia fornece uma proteção permanente e irreversível contra a gestação. Ele é 99%
efetivo para a prevenção da gestação. A vasectomia é realizada com uma anestesia local e com
técnicas com ou sem incisão ("sem bisturi").
Os riscos após o procedimento incluem dor escrotal ou testicular, infecção no local da incisão e
hematoma.
A vasectomia não aumenta o risco de câncer de testículo nem de próstata.
Doze semanas depois da vasectomia, os homens devem fazer uma análise de sêmen para
confirmar o êxito do procedimento. Até que a análise do sêmen demonstre aspermia, os homens
devem ser aconselhados a usarem um método de contracepção de apoio.
A vasectomia pretende ser um método permanente ao longo da vida para proteger contra a
gestação e a reversão não está rotineiramente disponível. Portanto, como parte do processo de
aconselhamento, os casais também devem estar cientes dos métodos reversíveis de ação
prolongada disponíveis para as mulheres.
Distratores:
O anel vaginal é um contraceptivo hormonal que contém estrogênio e progesterona e é contra-
indicado em pacientes com histórico de trombose venosa profunda. Além disso, um anel vaginalprecisa ser removido a cada 3 semanas durante 1 semana. Essa paciente solicitou um método
contraceptivo descomplicado e pode se beneficiar de uma opção mais prolongada.
Pode promover a formação de coágulos, sendo, portanto, contraindicadas nesta paciente com
histórico de trombose venosa profunda. Além disso, os COCPs precisam ser tomados
regularmente. Esta paciente solicitou um método contraceptivo descomplicado e pode se
beneficiar de uma opção mais prolongada.
Um dispositivo intrauterino (DIU) de cobre embora seja uma opção contraceptiva apropriada para
pacientes com contraindicações para contraceptivos à base de estrogênio, não é um método
permanente. Essa paciente, que gostaria de um contraceptivo permanente, pode se beneficiar
mais com esterilização do marido por vasectomia.
Referência: 
BMJ Best Practice. Contracepção. Última atualização em 19 de maio de 2023. Disponível
em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/418. Acesso em: 21 mar. 2024. 
9ª QUESTÃO
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Enunciado:
Lactente, feminino, 11 meses, é levada pela mãe ao ambulatório de pediatria para uma consulta
de rotina. A mãe expressa preocupação pois, não conseguiu manter o calendário vacinal da filha
atualizado. A mãe traz consigo a caderneta de vacinação, que confirma a administração das
seguintes vacinas até o momento: BCG, Hepatite B, Penta bacteriana (DTP + Hib + HepB) em
três doses, Poliomielite inativada 3 doses, vacina contra Rotavírus em duas doses,
pneumocócica 10 valente 2 doses. A mãe solicita orientação sobre quais vacinas sua filha precisa
receber para atualizar seu esquema vacinal conforme o Programa Nacional de Imunizações.
Qual das seguintes opções indica quais as vacinas que a criança precisa receber para atualizar
seu calendário vacinal?
Alternativas:
(alternativa B) (CORRETA) 
Está faltando a dose de Febre Amarela e Influenza.
Resposta comentada:
A resposta correta "Está faltando a dose de Febre Amarela e Influenza". O calendário descrito no
caso clínico está completo até os 6 meses de idade, exceto pela vacina de Influenza que deve ser
ofertada em duas doses iniciais. Aos 9 meses, a criança deveria ter recebido uma dose de Febre
Amarela que pode ser administrada no momento da consulta.
Referência:
JÚNIOR, Dioclécio C.; QUEIMADURAS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de
pediatria. v.1. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
10ª QUESTÃO
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Enunciado:
Escolar é trazido pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento na qual ela gostaria de obter
informações sobre as doenças exantemáticas, pois seu filho está com sarampo. A respeito do
diagnóstico diferencial do sarampo com outras doenças exantemáticas, leia as assertivas abaixo:
I. O sarampo pode ser diferenciado da rubéola pela presença de manchas de Koplik e por um
exantema que se inicia na cabeça e se espalha para baixo.
II. A escarlatina, causada por Streptococcus pyogenes, pode ser distinguida do sarampo pela
presença de febre alta, língua em framboesa e exantema que inicia no tronco.
III. O parvovírus B19, causador do eritema infeccioso (quinta doença), pode ser diferenciado do
sarampo pela ausência de manchas de Koplik e por um exantema facial que se assemelha a uma
bofetada.
IV. O vírus da varicela-zoster, causador da catapora, pode ser distinguido do sarampo pela
presença de vesículas e pela disseminação centrífuga do exantema.
V. A escarlatina, causada por Streptococcus agalactiae, pode ser distinguida do sarampo pela
presença de febre alta, língua em framboesa e exantema que inicia no tronco.
Estão corretas as alternativas
Alternativas:
(alternativa B) 
(CORRETA) I, III e IV.
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Resposta comentada:
A presença de manchas de Koplik, características do sarampo, é uma importante diferenciação
com a rubéola (afirmação I). Além disso, a eritema infeccioso (quinta doença) causado pelo
parvovírus B19 apresenta um exantema facial que ajuda a distingui-lo do sarampo (afirmação III).
A presença de vesículas e a disseminação centrífuga do exantema são características da
catapora, causada pelo vírus da varicela-zoster, permitindo a diferenciação com o sarampo
(afirmação IV).
Referências: 
ANTA CATARINA. Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE). Manual de diagnóstico
diferencial das doenças exantemáticas febris. Disponível em:
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/Exantemas-Miolo-Visualizacao.pdf
PEDIATRIA AMBULATORIAL: da teoria à prática” – Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP)
– 2016. 1ª Edição.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de
Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole, 2017.
SILVA, Josenilson Antônio da; FERREIRA, Raquel; HAMIDAH, Amani Moura; JUNIOR, Vitor
Laerte Pinto. Abordagem Diagnóstica das Doenças Exantemáticas na Infância. Universidade
Católica de Brasília. 2012.
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 5a. ed, Barueri, SP: Manole, 2021.
11ª QUESTÃO
Enunciado:
M.F.S, masculino, 66 anos, hipertenso e tabagista, é levado à Unidade de Pronto Atendimento por
familiares, que referiam febre alta (40ºC) e tosse de início há 4 dias, evoluindo hoje com
diminuição do nível de consciência. Ao exame físico, ausculta respiratória com estertores
crepitantes no hemitórax direito. PA = 80 x 60 mmHg, FC = 120 bpm, FR = 35 irpm, SpO2 = 85%
em ar ambiente. A conduta mais adequada, para este paciente, é:
Alternativas:
(alternativa C) (CORRETA) 
internação hospitalar, expansão com Ringer Lactato, encaminhar pra UTI, iniciar de 
imediato Ceftriaxona e Claritromicina.
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Resposta comentada:
Segundo o CURB-65, o paciente do caso encontra-se em sepse com instabilidade
hemodinâmica, necessitando de reposição volêmica imediata, encaminhamento para UTI e
antibioticoterapia empírica.
Referência: 
LOSCALZO, Joseph; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina Interna de
Harrison. Grupo A, 2024.
12ª QUESTÃO
Enunciado:
B.L, 70 anos, negro, trabalha como lavrador desde a adolescência. Tem ensino fundamental
incompleto, é casado e tem 8 filhos. Atualmente, mora com sua esposa, duas filhas além de 3
netas, na zona rural. Paciente vai a Unidade básica de saúde (UBS), para renovar sua receita de
losartana, hidroclorotiazida, metformina e glibenclamida (diabético mal controlado). Traz exames
solicitados em consulta anterior.
Exame físico: PA 180/110 mmHg, FC 102 bpm
ACV: Bulhas rítmicas, normofonéticas, 2 tempos, sem sopro
AR: MV + bilateral sem RA
ECG: Ritmo Sinusal, Hipertrofia de ventrículo esquerdo
Laboratoriais: Hemoglobina 15 g/dl, Hematócrito 39%, leucócitos 4200/uL, Plaquetas 198.000uL,
Creatinina 3,9 md/dl, ureia 68 mg/dl, Potássio 5,2 mEq/l, Ácido úrico 7,4 mg/dl e glicemia de jejum
176 mg/dl.
Para o caso clínico a seguir, assinale a alternativa correta. 
Alternativas:
(alternativa B) (CORRETA) 
O paciente apresenta lesão de órgão alvo (cardíaco e renal) e apresenta elevado risco 
cardiovascular.
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Resposta comentada:
A análise do caso clínico de B.L, um homem de 70 anos, revela múltiplos fatores que contribuem
para o diagnóstico de elevado risco cardiovascular, assim como a presença de lesões de órgão
alvo. Vamos detalhar esses pontos:
1. Pressão Arterial (PA) de 180/110 mmHg: Este valor indica hipertensão arterial
sistêmica severa. A hipertensão, especialmente quando não controlada
adequadamente, é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares.
2. ECG com Hipertrofia de Ventrículo Esquerdo (HVE): A hipertrofia ventricular
esquerda é uma resposta adaptativa do coração à sobrecarga de pressão crônica,
como é o caso na hipertensão arterial. A presença de HVE é um indicador de lesão
cardíaca e está associada a um risco aumentado de eventoscardiovasculares,
incluindo infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e morte súbita.
3. Alterações Renais (Creatinina 3,9; Ureia 68; Potássio 5,2): Os níveis elevados de
creatinina e ureia no sangue, juntamente com hiperpotassemia (potássio elevado),
indicam disfunção renal. A insuficiência renal é uma complicação comum da
hipertensão mal controlada e do diabetes mellitus, representando outra forma de lesão
de órgão alvo. A função renal comprometida não apenas aumenta o risco
cardiovascular, mas também exige ajustes na terapia medicamentosa para evitar a
progressão da doença renal e controlar os fatores de risco cardiovascular.
4. Histórico de Diabetes Mal Controlado: O diabetes mellitus é um fator de risco bem
estabelecido para doença cardiovascular. A glicemia de jejum de 176 mg/dL indica um
controle glicêmico inadequado, o que, em conjunto com a hipertensão, aumenta ainda
mais o risco de complicações cardiovasculares e renais.
Portanto, a presença de hipertensão arterial sistêmica severa, hipertrofia de ventrículo esquerdo,
alterações renais significativas e diabetes mal controlado em B.L são indicativos claros de lesões
de órgão alvo e um perfil de elevado risco cardiovascular. Isso demanda uma abordagem
terapêutica agressiva para reduzir a pressão arterial, melhorar o controle glicêmico e minimizar o
risco de eventos cardiovasculares adversos.
Referência: 
Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria/Organizadores Luciana Rodrigues Silva ...
[et al.]. 5. ed. V. 1 e 2. Barueri: Editora Mente Aberta, 2022, p. 1.719.
13ª QUESTÃO
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Enunciado:
Paciente feminina, 24 anos de idade, procura o planejamento familiar para orientação
contraceptiva. Deseja usar contraceptivo combinado oral. 
Considerando o caso acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
Os anticoncepcionais combinados orais representam o método reversível mundialmente mais
utilizado, entretanto, possuem contraindicações ao seu uso, assim, o médico deve questionar a
paciente sobre comorbidades antes de indicar o uso dessa medicação.
PORQUE
Dentre as comorbidades, algumas representam contraindicação absoluta, podemos citar por
exemplo, história de TVP (trombose venosa profunda) e TEP (tromboembolismo pulmonar),
enxaqueca com aura, tumor hepático benigno (adenomatosos hepatocelular) e câncer de mama
atual
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Alternativas:
(alternativa D) (CORRETA) 
As asserções I e II são proposições verdadeiras; a II é uma justificativa correta da I.
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Resposta comentada:
Os ACO possuem contraindicações ao seu uso de acordo com as categorias 3 e 4 da OMS.
História de TVP e TEP, enxaqueca com aura, tumor hepático benigno (adenomatosos
hepatocelular) e câncer de mama atual representam categoria 4, portanto, são comorbidades que
contraindicam o uso de ACOs. Assim, o médico deve investigar a presença de tais comorbidades
antes de recomendar o uso dessa classe de medicamento.
 
Referência:
LASMAR, Ricardo B. Tratado de Ginecologia. Grupo GEN, 2017. 
14ª QUESTÃO
Enunciado:
P.H.D.,16 anos de idade, diagnosticada com Asma aos 6 anos, com base na história clínica e
espirometria. Nega uso de medicações de uso contínuo, no momento. Nos últimos 6 meses, vem
apresentando tosse e dispneia na maioria dos dias da semana, sem despertar noturno ou
limitação para prática de atividade física. Teve piora do quadro nos dois últimos dias devido
sintomas gripais. Foi admito em pronto-socorro, consciente, orientado, dispneico, afebril. Sinais
vitais mostram: FR: 24 irpm, SatO2: 94% em ar ambiente, FC: 120 bpm e Tax: 36,7ºC em ar
ambiente. Aparelho cardiovascular: ritmo regular, bulhas normofonéticas e sem sopros. Aparelho
respiratório: sibilos difusos bilateral e crepitações finas em base direita; há esforço respiratório e
prolongamento do tempo expiratório. Teste COVID-19 negativo.
Diante desse quadro clínico, faça o que se pede nos itens a seguir.
a) ELABORE um plano terapêutico farmacológico direcionado para manejo do quadro clínico atual
da paciente.
b) Considerando a melhora geral do quadro clínico após período de observação hospitalar,
PROPONHA um plano terapêutico farmacológico de manutenção para casa.
Alternativas:
--
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Resposta comentada:
a) o paciente encontra-se em crise asmática grave. Deve-se proceder medidas gerais de resgate
farmacológico com broncodilatador de curta duração a cada 20 minutos na primeira hora. A
associação de anticolinérgico, brometo de ipratrópio, ao broncodilatador, melhora a resposta do
peak-flow e a chance de internação, em pacientes com crise grave. Caso tenha falha na primeira
hora com o broncodilatador+anticolinérgico, pode ser feito glicocorticoide, como a prednisona ou
metilprednisolona. Caso não haja resposta adequada as medidas anteriores, pode-se usar sulfato
de magnésio endovenoso por 20-30 minutos. Garantir suporte de oxigênio por cateter nasal,
mantendo saturação maior que 92%.
b) o paciente possui asma moderada, sendo indicado como 1ª linha, o uso de corticoide inalatório
em dose baixa + formoterol, ambos fixos.
Referência: 
GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA (GINA). Global strategy for the asthma management and
prevention. [Fontana]: GINA, 2023. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-
content/uploads/2023/05/GINA-2023-Full-Report-2023-WMS.pdf. 
15ª QUESTÃO
Enunciado:
P.L.A., homem transsexual de 27 anos, apresenta-se a unidade básica de saúde com queixas de
dor abdominal crônica, principalmente em abdome inferior, especialmente durante o período
menstrual. Ele relata histórico de tratamento hormonal para transição de gênero nos últimos 2
anos, com leve diminuição dos sintomas. Realizou ultrassonografia que revelou nodulações/
espessamentos em região retrocervical uterina e ligamentos uterossacros, que revelam suspeita
de endometriose.
Diante do quadro clínico, a melhor conduta terapêutica é: 
Alternativas:
(alternativa D) (CORRETA) 
avaliação cirúrgica visando a remoção ou ablação das lesões de endometriose.
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Resposta comentada:
O tratamento principal para a endometriose envolve a remoção ou ablação das lesões,
especialmente em casos sintomáticos como deste paciente. Outras opções terapêuticas, como
analgésicos ou mudanças na dieta, podem proporcionar alívio sintomático, mas não tratam a
causa subjacente da endometriose. A prescrição dos progestagênios e os contraceptivos orais
combinados (COCs), que levam a condições hormonais semelhantes à observada durante a
gravidez, que promovem a supressão do estrogênio endógeno não seria adequado para um
paciente em processo de transição. A terapia hormonal usada na transição de gênero, por ser a
base de androgênios, ou seja, antagônico ao estrogênio, pode reduzir os sintomas da
endometriose, mas também pode acabar mascarando o diagnóstico, prolongando a condição no
organismo e potencializando outras complicações.
Referências: 
Endometriose aspectos clínicos do diagnóstico ao tratamento. FEMINA 2021; 49(3):134-41.
FEBRASGO. Tratado de Ginecologia FEBRASGO. Rio de Janeiro: 2018.
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