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Cardiopatias Fisiopatologia da Insuficiência Cardíaca • É a incapacidade do coração em adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do organismo, ou fazê-la somente através de elevadas pressões de enchimento. BRAUNWALD, E; • É uma síndrome clínica complexa, caracterizada por anormalidades da função ventricular esquerda, e da regulação neuro-hormonal acompanhadas de intolerância ao esforço, retenção hídrica e redução da sobrevida. PAKER, M. • Incapacidade do coração de bombear o sangue em uma taxa proporcional às necessidades metabólicas; ROBBINS COTRAN; • Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. DIRETRIZES Arquivo Brasileiro de Cardiologia. há fatores de risco modificáveis (elitismo, tabagismo) e não modificáveis (idade, raça) A ICC é caracterizada por graus variáveis de débito cardíaco e perfusão tecidual reduzidos (algumas vezes denominada insuficiência anterógrada), bem como pelo represamento do sangue no sistema venoso de capacitância (insuficiência retrógrada); o último pode provocar edema pulmonar, edema periférico, ou ambos. Para definir a insuficiência necessita de saber a FEVE, e quem dá esse dado é o Ecocardiograma. Biomarcadores: quanto mais elevado mais grave a IC, significa que o atrio está muito congesto e estendido, liberando muito fator N-proBNP para melhorar a resistência vascular periférica file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled.png file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%201.png Sinais e Sintomas da Insuficiência Cardíaca Os sintomas variam desde fadiga e dificuldade em respirar durante atividades físicas leves até insuficiência cardíaca aguda, com falta de ar grave e inchaço nos membros inferiores e abdômen. A insuficiência cardíaca também pode causar tosse, náusea, perda de apetite e perda de peso inexplicável. Mecanismos que Causam a Disfunção Cardiovascular Condução da IC Causas básicas que podem levar a IC file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%202.png file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%203.png file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%204.png • Falência da Bomba: ex. cardiopatia isquêmica crônica • Obstrução do Fluxo: ex. estenose valvar; placa aterosclerótica • Fluxo Regurgitante: Insuficiência Valvar • Fluxo Colateral (Shunts); • Distúrbios de Condução: Arritmias, ex. fibrilação atrial ou ventricular • Ruptura do Coração ou de Um vaso principal ( perfurações). Mecanismos de Compensação: Manter o DC Quando a função cardíaca está prejudicada ou a carga de trabalho aumenta, vários mecanismos fisiológicos mantêm a pressão arterial e perfusão dos órgãos vitais. Os mais importantes são: Mecanismo de Frank-Starling: o aumento do volume dilata o coração e aumenta a formação de pontes transversais funcionais dentro dos sarcômeros, aumentando a contratilidade. Adaptações Miocárdicas: incluindo hipertrofia com ou sem dilatação das câmaras cardíacas. As alterações moleculares, celulares e estruturais que ocorrem em resposta à lesão ou alterações nas condições de carga são chamadas de remodelagem ventricular. Ativação dos sistemas neuro-humorais: 1- liberação de Norepinefrina que estimula SN simpático; 2- ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, e 3- liberação do peptídeo natriurético atrial. Os dois últimos fatores agem para ajustar os volumes de enchimento e pressão. Quando o efeito adverso é patológico a adaptação vai ser patológica As adaptações patológicas podem manter o dc em níveis adequados por um certo tempo, por tanto essas adaptações não são perenes e pode levar a uma IC, e quando acumuladas também pode provocar alterações adicionais estruturais e funcionais Classificação Da IC Classe I: os mecanismos compensatórios já estão em atividade, e já tem IC por não conseguir manter o dc sem a presença desses mecanismos. → Quando os mecanismos começam a falhar, o indíviduo sobe na classificação file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%205.png file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%206.png HIPERTROFIA CARDÍACA: FISIOPATOLOGIA E PROGRESSÃO ATÉ A INSUFICIÊNCIA A hipertrofia é causada pelo aumento do trabalho mecânico devido à sobrecarga da pressão ou volume, como por exemplo a HAS ou estenose aórtica. ROBBINS. Hipertrofia Concêntrica: Os novos sarcômeros estão depositados em paralelo ao longo eixo das células, expandindo a área transversal dos miócitos. Hipertrofia Excêntrica: o AE sofre pressão volumétrica, com essa sobrecarga os sarcômeros produzidos são dispostos perpendicular uns aos outros, e o crescimento é excêntrico. A hipertrofia também é frequentemente acompanhada pela deposição de tecido fibroso. Em nível funcional, a hipertrofia cardíaca está associada à maior demanda metabólica (aumento do consumo de oxigênio) devido ao aumento da tensão na parede, frequência cardíaca e contratilidade. Como resultado dessas alterações, o coração hipertrofiado é vulnerável à descompensação, que pode evoluir para insuficiência cardíaca e, eventualmente, levar à morte. PROF: Se o paciente é HAS, quais são as alterações patológicas encontrada no coração dele e porque isso ocorre? A hipertensão arterial sistêmica é um fator de risco modificável para a cardiopatia, causando sobrecarga pressórica no ventrículo esquerdo, levando à hipertrofia nas células do endotélio do ventrículo esquerdo, que é uma adaptação patológica que não é perene e não sustenta por muito tempo e desenvolve a IC. A hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo é causada pela sobrecarga pressórica e a hipertrofia excêntrica do átrio esquerdo é causada pela pressão volumétrica. Resposta do prof: sobrecarga pressórica no ventrículo esquerdo → hipertrofia nas células do endotélio do ventrículo esquerdo (adaptação patológica, não é uma adaptação perene - não sustenta por muito tempo e desenvolve a IC; o cardiomiócito não regenera, não há hiperplasia) → a sobrecarga pressórica gera uma sinalização no núcleo da célula e transcreve mais RNAm e aumenta o seu tamanho - aumenta o número de sarcômeros, mitocôndrias o RE aumenta seu tamanho → cardiomiócito hipertrofiado - os sarcômeros mediante essa pressão aumenta a hipertrofia em direção a luz do ventrículo → hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo → passa apenas 80ml no VE → o AE sofre pressão volumétrica, com essa sobrecarga os sarcômeros produzidos são dispostos perpendicular uns aos outros, e o crescimento é excêntrico → hipertrofia excêntrica do átrio esquerdo file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%207.png Quem tem estenose sofre um tipo de remodelamento → diminui o calibre → hipertrofia concêntrica do ve e depois de um tempo excêntrica no AE Alterações Histológicas: - Hipertrofia de Cardiomiócitos - Hipertrofia de cariomiofibroblastos:o tecido conjuntivo também sofre hipertrofia - Alteração na microvasculatura coronarianas coronárias: o músculo das coronárias hipertrofia também → a luz também diminui. Quais as principais repercussões da HAS no Coração? Alterações histológicas → consequencias: Necrose isquêmica → inflamação → o tipo de reparo será fibrose Lesão endotelial: causa acúmulo de gordura; arterosclerose Infarto: área de necrose isquêmica Insuficiência Cardíaca Esquerda Os efeitos clínicos e morfológicos da ICC esquerda são uma consequência da congestão passiva (acúmulo de sangue na circulação pulmonar), estase do sangue nas câmaras esquerdas e perfusão inadequada dos tecidos levando à disfunção do órgão. Frequentemente causada por: • Cardiopatia isquêmica. • Hipertensão. • Doenças das valvas aórtica e mitral. • Doenças miocárdicas primárias Manifestações Clínicas: - Sistêmicas: relacionadas ao baixo débito Edema Pulmonar: quanto maior for a IC esquerda, maior a hipertensão pulmonar. O sangue dentro do vaso começa a comprimir e aumenta a pressão hidrostática nos vasos pulmonares, o plasma extravsa de dentro para fora do vaso. Quando sai hemácias > Hemorragia Pulmonar → Fagocitose de hémacias por macrófagos alveolares com acúmulos de hemossiderina (hemossiderófago) - Células da insuficiência cardíaca - Edema perivascular e intersticial (pulmão) - Alargamento edematoso progressivo dos septos alveolares - Acúmulo de líquido de edema nos espaços alveolares. Cardiopatia hipertensiva sistêmica esquerda x cardiopatia pulmonar (direita) file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%208.png file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%209.png - Pulmonares: relacionadas à congestão (edema agudo pulmonar; sinal de cacifo) Alterações Morfológicas: - Hipertrofia e/ou dilatação AE/VE - Pulmões pesados, congestão, derrame pleural - Transudato perivascular, intersticial, septos e alvéolos A função deficiente do ventrículo esquerdo geralmente causa a dilatação secundária do átrio esquerdo, o que aumenta o risco de fibrilação atrial. Como resultado, há estase do sangue, particularmente no apêndice atrial, que é uma região comum de formação de trombo. A diminuição da perfusão dos rins (e possivelmente a diminuição do estiramento sistólico arterial secundário ao declínio da função ventricular) ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), aumentando a retenção de sódio e água, além dos tônus vascular renal e periférico, com expansão dos volumes dos líquidos intersticial e intravascular que então exacerbam o edema pulmonar em desenvolvimento. Se a hipoperfusão do rim se torna grave o suficiente, a excreção deficiente dos produtos de nitrogênio pode provocar azotemia (chamada de azotemia pré-renal por causa da sua origem vascular). Na ICC bem avançada, a hipoperfusão cerebral pode dar origem à encefalopatia hipóxica, com irritabilidade, perda de atenção e inquietude, podendo progredir para estupor e coma com lesão cerebral isquêmica. Sintomas da ICE: - relacionados aos sinais sintomas de congestão pulmonar - Tosse e dispneia ao esforço - Ortopneia ou dispneia paroxística noturna - Dispneia em repouso (icc grave) - Fibrilação atrial - Cianose Insuficiência Sistólica: é definida pela fração de ejeção insuficiente (insuficiência da bomba). Distúrbios danificam ou desorganizam a função contrátil do ventrículo esquerdo. Insuficiência Diastólica: com as cavidades espessas e rígidas, os ventrículo são preenchidos com menos sangue que o normal. Insuficiência Cardíaca Direita - Provocada pela insuficiência cardíaca esquerda - Secundária a doenças pulmonares crônicas - Cor pulmonale Manifestações Clínicas: Sistêmicas: relacionadas à congestão - Hepatomegalia (fígado em noz moscada; apresenta sinal de congestão passiva crônica hepática) - Hipertensão Portal - ascite - Esplenomegalia - Edema Intestinal: mal absorção - Edema de membros inferiores - Hipoperfusão renal e de SNC secundárias à congestão venosa → Sinal da Asa de Borboleta Morfologia do Fígado e Sistema Portal: O fígado geralmente aumenta em tamanho e peso (hepatomegalia congestiva) devido a uma congestão passiva proeminente, maior em torno das veias centrais, forma zonas pericentrais congestas, vermelho-acastanhadas, com regiões periportais pálidas e de coloração relativamente normal, produzindo a aparência característica de “fígado em noz moscada”. Em alguns casos, principalmente quando a insuficiência cardíaca esquerda com hipoperfusão também está presente, a hipoxia centrolobular grave produz necrose centrolobular. Na insuficiência cardíaca direita grave de longa duração, as áreas centrais podem tornar-se fibróticas, eventualmente culminando em cirrose cardíaca. A hipertensão portal também causa o aumento do baço com sequestro plaquetário (esplenomegalia congestiva), e pode contribuir para congestão e edema crônicos da parede do intestino (ascites). https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/hipertens%C3%A3o#v932182_pt file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%2010.png Professor: Com adaptação patológica, o paciente começa a ter ICE → parametro: fração de ejeção do ventrículo esquerdo (o ideal >60%), com a ice a fração diminui; o sangue não ejetado volta, e acumula nos vasos pulmonares → congestão (retorno de todo o volume para o átrio direito e consequentemente para os vasos pulmonares) → Hipertensão pulmonar (aumento da pressão no vaso) → com o tempo sai líquido do vaso para o pulmão → Edema Pulmonar → sai hemácias, Hemorragia Pulmonar. Quanto menor a Feve; Maior será a congestão Principais manifestações da ICE - Reperscussões circulatórias: congestão; hipertensão; edema; hemorragia pulmonar. Agora o VD sofre alterações → ICD → ICC (insuficiencia cardíaca global) Repercussões clínicas e patológicas da ICD: turgência jugular - sinal de Kussmaul - pressão paradoxal; sinal de cacifo; congestão hepática - fígado em noz moscada (o lóbulo tem espaços porta que contém a tríade porta - veia porta, artéria hepática, e ducto biliar- a veia centrolobular é congestionada → congestão crônica passiva hepática → hemácias ao redor da veia - hemorrigia proximo a veia centrolobular→ destruição da hemácia, fica enegrecido ao redor. → Reflexo hepatojugular → as alterações (edema) vai pro MMII → sinal de cacifo → ascite ICE → repercussão pulmonar (IC retrógrada) ICD → repercussão sistêmica Tabagista tem variação das pressões pulmonares → enfisema pulmonar, bronquite crônica, DPOC, PNM, TEP → pode ter as respercussões pulmonares sem ter ICe → sobrecarrega o Ventrículo Direito → remodela o vd e ae → ICd : Cor Pulmonalle. *prova Insuficiência Cardíaca Isquêmica Cardiopatia Isquêmica - Denominação genérica para um grupo de síndromes que resultam de isquemia miocárdica - Isquemia: desequilíbrio entre o suprimento sanguíneo (perfusão) e a demanda de oxigênio - Causa mais frequente de isquemia: doença aterosclerótica obstrutiva (lesões ateroscleróticas obstrutivas nas artérias coronárias epicárdicas) → por isso CI também é chamada de Doença Arterial Coronariana (DAC). E frequentemente a CI é um agravamento da arterosclerose que se iniciou na infância/adolescência. PATOGENIA: - Oclusão aterosclerótica e trombose superposta e/ou vasoespasmo A principal causa da ocorrência de isquemia relaciona-se com o aparecimento de placas aterosclerótica fixa com a formação de trombos sobrepostos a placa fixa e com ou não vasoespasmos. O estreitamento dos vasos em virtude da placa aterosclerótica pode afetar qualquer uma das principais artérias coronárias,na maioria dos casos, a placa fixa deposita-se no inicio da artéria anterior descendente esquerda e da artéria circunflexa esquerda, e em toda a artéria coronária direita. Oclusão Vascular Crônica: - Oclusão de até 70% do lúmen do vaso → não há aparecimento de sintomas clínicos. - Oclusão de mais de 70% do lúmen → quadro de estenose crítica que pode se apresentar com dor torácica ao esforço file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%2011.png físico (por isso pode haver angina estável na CI) - Até 90% do lúmen do vaso produz dores no peito em repouso (angina instável) - Em caso de obstrução/estenose que vem de muitos anos, outros vasos coronários podem se adaptar → mecanismo de perfusão colateral. - Oclusão aguda, sem tempo para adaptação → infarto agudo do miocárdio de maneira rápida - Redução do fluxo coronário + aumento da demanda miocárdica = hipertrofia e taquicardia. Alteração aguda da placa: - ruptura, fissura ou ulceração da placa - hemorragia na placa A Síndrome Coronariana Aguda abrangem as lesões da angina instável, infarto agudo do miocárdio e morte súbita cardíaca. Essas síndromes coronarianas agudas normalmente iniciam-se através de uma conversão súbita e imprevisível da placa aterosclerótica estável em uma lesão aterotrombótica potencialmente fatal com ruptura, erosão superficial, ulceração, fissura ou hemorragia profunda Mecanismos que contribuem para o desenvolvimento e consequências da arterosclerose coronariana: Inflamação → recrutamento de células de defesa circulantes para combater a placa arterosclerótica fixa ao endotélio (Macrófagos e linfócitos T) → induzem a produção de MEC → fibrose e até necrose → desestabilização da placa por subts liberadas pelos macrófagos. Rompimento da placa aterosclerótica → Trombose → formação de trombos sobre essa placa → maior oclusão dos vasos das coronárias → infarto subendocárdico em um quadro de angina instável. Trombos murais podem formar êmbolos caso não diminuam e se soltem das paredes endoteliais → podem obstruir vasos coronarianos e prejudicar a circulação → podendo levar a um infarto miocárdico maciço. Vasoconstrição → aumento da tensão de cisalhamento ou choque mecânico com o endotélio → potencializa a ruptura da placa arteroscl. e formação e trombos devido à lesão. O rompimento ou alteração na placa aterosclerótica é o principal fator que leva a uma síndrome isquêmica ou síndrome coronariana aguda Síndromes Clínicas: Protótipos (Consequências da Isquemia Miocárdica) - Angina pectoris: a isquemia causa dor, mas não é suficiente para levar à morte do miocárdio. Pode ser estável ou instável - Infarto agudo do miocárdio: a gravidade ou a duração da isquemia causa a morte do miocárdio - Cardiopatia isquêmica crônica: descompensação cardíaca após infarto do miocárdio - Morte súbita cardíaca: pode resultar de uma arritmia fatal após uma isquemia; tem histórico de cardiopatia e desenvolve sintoatologia préiva ou tem morte súbita. Angina Pectoris: Na medida que a lesão aumenta, a placa aumenta, até que resta 25% de luz do vaso (consegue nutrir as células miocardicas), a partir do momento que tem esforço físico → demanda de O2 desequilibra; isquemia; dor precordial - Angina estável (qnd a placa está aderida ao vaso, e a dor aparece apenas com esforço físico) - é um dos prototipos da cardiopatia isquêmica; uma situação clínica. 75% do vaso obstruido, dor apenas ao esforço física → a placa fissura ou sofre erosão( o sangue que circula entra em contato com o conjuntivo do vaso → efeito de tamponamento por plaquetas e fibrinas - trombose → o vaso se obstrui completamente → Aterotrombose do vaso → isquemia mesmo em repouso - sente dor em repouso → Angina Instável >20 minutos, há presença de isquemia → necrose isquêmica → Infarto Agudo do Miocardio (Prof) - Dor torácica intermitente causada pela isquemia miocárdica reversível e transitória Angina Típica ou Estável: - causada por um desequilíbrio na perfusão coronariana - dor (entre 2 a 15 min) associada ao esforço ou outra forma de demanda aumentada de oxigênio (taquicardia, hipertensão, ansiedade, medo) - dor em aperto ou compressão a qual pode irradiar para o membro superior esquerdo ou o lado esquerdo da mandíbula - Geralmente se associa a um estreitamento aterosclerótico fixo (= ou > 75%). Angina variante ou de Prinzmetal: - Ocorre em repouso devido a espasmo arterial coronariano - etiologia incerta mas responde imediatamente à administração de vasodilatadores ou bloqueadores de canais de cálcio Angina Instável: - frequência crescente da dor, precipitada cada vez por menor esforço - episódios mais intensos e de duração maior que a angina estável - associa-se à ruptura da placa com trombose parcial sobreposta, embolização distal do trombo e /ou vasoespasmo Infarto do Miocárdio (IM) É a necrose do músculo cardíaco resultante de isquemia Fatores de risco: idade, sedentarismo, obesidade, hipercolesteronemia; diabetes Oclusão Arterial Coronariana A obstrução arterial coronariana ocorre quando a placa formado pela aterosclerose se rompe devido a inúmeros fatores intrínsecos e extrínsecos (aumento da pressão arterial e choques de cisalhamento ou estresse mecânico e vasoespasmos). Uma fissura se forma e expondo em contato com o sangue os tecidos subendoteliais e a musculatura lisa que liberam fatores trombóticos e de ativação plaquetária associado à rede de fibrinas formando o trompo sobre a placa aterosclerótica. Em minutos essa tromboe pode evoluir e obstruir as coronárias. Arterosclerose no endotélio → Placa Vulnerável → Ruptura da Placa → Agregação Plaquetária → Trombose → Oclusão Trombolítica (IAM) Rompimento da placa → as moléculas de gordura entra pra dentro dos vasos → os monócitos migram pra parede do vaso e se transforma em macrófago e fagocita a gordura → leva ao aumento da mec → depósito de colágeno e outras subts → células muscular lisa no local do lesão, e estrias de gordura se cristalizam na parede do vaso → Placa de ateroma → Arterosclerose. (prof) trombo fragmentado = embolo, pode causar pequenos infartos intramurais Aterotrombose do vaso = obstrução completa = necrose isquêmica = infarto agudo do miocárdio Relacione a cardiopatia hipertensiva com endocardite bacteriana = na cardiopatia hip. o coração tem remodelamento no ve → hipertrofia do ve e ae - fibrilação atrial → o sangue vai do ae para o ad - altera o fluxo - turbilhamento (sopro, estenose mitral) - forma plaqueta e fibrinas próximo as valvas → forma trombos que pode ser colonizado por bactérias → a bactéria pode ir para o endocárdio → leva endocardite bacteriana Resposta do Miocárdio à Isquemia: - Perda de contratibilidade (minutos após o início da isquemia) file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%2012.png - Alterações ultra-estruturais - Necrose de miócitos - lesão irreversível (20 a 40 min) - Lesão vascular e trombose na microvasculatura (2 a 4h) - Necrose completa (~6hrs) - Arritmias (fibrilação atrial - fatal) A falta de sangue para os miócitos, assim como a hipóxia, leva a uma interrupção do processo de respiração aeróbica já que o principal reagente não está suficiente no local promovendo uma depleção de ATP e leva ao acúmulo de substancias toxicas como o ácido lático. A consequência funcional rápida dessa disfunção é a perda de contratilidade dos miócitos, minutos após o início do processo isquêmico. Outras alterações estruturais que englobam a depleção do glicogênio, relaxamento das miofibrilas e a tumefação celular e mitocondrial também se tornam evidentes. Essas alterações iniciais são totalmente reversíveis se atendidas rapidamente. A necrose após varias horas sem intervenção inicia-se na região subendocárdica e progride até as regiões epicárdicas docoração. Morfologia do Infarto Transmural: (= ou > 50% da espessura da parede miocárdica); afetam pelo menos uma porção do ventrículo esquerdo (VE) e/ou septo ventricular. Infarto com íntima relação com obstrução da coronária, esse território sofre necrose e mais da metade do território atingido. Não transmural: não compromete mais de 50% da parede; infarto subendocárdico regional, circunferencial (associado a hipofunção com hipoperfusão global) ou intramural (trombose intracavitária). menos comum. o território mais comprometido é endotelial Distribuição do infarto: - Artéria descendente anterior esquerda: 40 a 50% - infarto em porção anterior do VE, porção anterior do septo e ápice circunferencialmente - Artéria coronária direita: 30 a 40% - porção posterior do VE, porção posterior do septo e parede livre do VD em alguns casos - Artéria circunflexa esquerda: 15-20% - parede lateral do VE, exceto o ápice Morofologia Macro: - IM com menos de 12 horas de duração não são visíveis macroscopicamente - Entre 12 e 24h observa-se área vermelho-azulada - 10 a 14 dias há delimitação por tecido de granulação (hiperêmico) - Nas semanas seguintes forma-se cicatriz fibrosa Morofologia Micro: Para conseguir diag com necropsia, o infarto precisa ser de 4 a 12 horas • 4 a 12 horas: início da necrose de coagulação • 1 a 3 dias: necrose de coagulação e infiltrado neutrofílico • 7 a 10 dias: início de formação de tecido de granulação nas margens • 10 a 14 dias: tecido de granulação bem organizado • 2-8 semanas: aumento da deposição de colágeno • 2 meses: cicatriz densa de colágeno Lesão de Reperfusão Lesão mediada por radicais livres de oxigênio gerados pelo crescente número de leucócitos infiltrantes facilitados pela reperfusão Características microscópicas: - hemorragia - necrose com faixas de contração file:///C:/Users/Adm/AppData/Local/Temp/Temp1_d7e64f01-d0e2-42ad-884d-e81054e09652_Export-069ac992-0fc9-4bd9-b1f2-13b8abf05a3f.zip/Cardiopatias%208b0440e8f58d4d47a9b629d9e25f091c/Untitled%2013.png O sangue aprisionado fica cheio de subst, os linfócitos entram na área de revascularização liberando radicais livres - inflamação e fibrose - que atinge a área saudável, algumas células morrem → pode ter síncope e morrer. Complicações do IM - Disfunção contrátil (incluindo choque cardiogênico) - Arritmias - Ruptura do miocárdio: 1-5% dos IMs - Ruptura da parede, do septoventricular ou do músculo papilar Pericardite Trombose mural Disfunção de músculo papilar Aneurisma ventricular Insuficiência cardíaca Cardiopatia Isquêmica Crônica - É uma insuficiência cardíaca progressiva que ocorre em consequência de lesão miocárdica isquêmica - Na maioria das vezes há história de IM. Em alguns casos não houve infarto prévio, mas há disfunção miocárdica difusa - Coração aumentado de tamanho devido à hipertrofia e dilatação do VE - Há aterosclerose moderada a intensa das coronárias, com cicatrizes branco- acinzentadas nos casos com IM prévio - Clinicamente há grave e progressiva insuficiência cardíaca - As arritmias são comuns Área cicatricial na cardiopatia hipertensiva → perde a capacidade funcional - cardiopatia isquêmica crônica(prof) Morte Súbita Cardíaca - Definição: morte inesperada, devido a causas cardíacas, sem aparecimento de sintomas ou dentro de 24h após o início de sintomas - Aterosclerose coronariana é a causa mais frequente - Outras causas: alterações arteriais congênitas das coronárias; estenose da valva aórtica; prolapso da valva mitral; miocardite ou sarcoidose; cardiomiopatia hipertrófica ou dilatada; hipertensão pulmonar; anomalias do sistema de condução cardíaco - O mecanismo final é uma arritmia fatal (fibrilação ventricular) - Aterosclerose coronariana grave (75% ou ) em 80-90% dos casos - Rompimento agudo da placa: 10-20% dos casos - IM cicatrizado: 40% dos casos - 10-20% de origem não aterosclerótica Segundo a OMS: Morte Súbita Cardíaca é um evento naturalque ocorre em menos de uma hora do inicio dos sintomas, em indivíduos sem qualquer condição prévia potencialmente fatal. Referências BRAUNWALD, E. (2015). Heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. Elsevier Health Sciences. PARKER, M. (1996). Heart failure. The Lancet, 347(9015), 167-171. ROBBINS, S. L., & COTRAN, R. S. (2015). Patologia estrutural e funcional. Elsevier Brasil. DIRETRIZES Arquivo Brasileiro de Cardiologia.
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