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Texto Complementar - produção audiovisual institucional

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PRODUÇÃO 
AUDIOVISUAL 
Otavia Alves Cé
Produção de audiovisual 
institucional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Explicar o que é produção audiovisual.
  Definir audiovisual institucional.
  Reconhecer as etapas da produção de uma obra audiovisual 
institucional.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a etapa de produção audiovisual, em 
especial questões relacionadas à composição, à linguagem estética e à 
equipe de produção. Você também vai conhecer conceitos relacionados 
com a produção audiovisual institucional, uma ferramenta de comunica-
ção poderosa para a criação, a manutenção ou a mudança da imagem 
de empresas e instituições. Além disso, você vai ver as peculiaridades da 
produção audiovisual institucional, bem como acompanhar uma reflexão 
acerca do trabalho do comunicador responsável por tal processo.
Hora de gravar: a produção audiovisual
Uma produção audiovisual exige um projeto e um planejamento detalhados. É 
preciso defi nir o que se quer dizer, como contar, com o que gravar, com quem 
trabalhar e para quem. Ou seja: muitas perguntas têm de ser respondidas para 
evitar erros, surpresas ou esquecimentos, minimizando possíveis imprevistos, 
atrasos e difi culdades que possam surgir durante a gravação. Só depois é que 
se passa para o estágio de fi lmagem.
A maneira como a gravação vai se desenvolver depende de que produto 
se deseja obter ao final da produção. A primeira diferença fundamental é 
em relação à abordagem, ou seja, é preciso definir se a produção será uma 
ficção ou um documentário. Na produção de ficção, tudo deve ser muito 
mais controlado, fechado e medido. Há pouco espaço para improvisação ou 
mudanças importantes. Geralmente, há a exigência de uma grande equipe 
para uma produção de ficção profissional. Tudo deve ser controlado minu-
ciosamente para se obter um bom resultado e não haver dispêndio de verbas 
não previstas.
Já a produção de documentários ou reportagens é muito mais aberta no 
momento da gravação ou filmagem. É comum a equipe de produção se ver 
frente a situações que não haviam sido antecipadas, que podem conferir mais 
riqueza ao produto em elaboração. O roteiro do documentário é muito mais 
aberto, por exemplo, e em muitas ocasiões ele só fica completo no momento 
da produção. As filmagens geralmente são feitas com muito menos recursos 
humanos e materiais. As pessoas ou animais que aparecem nos documentários 
são geralmente personagens reais, e não atores ou atrizes.
Composição
A composição, Segundo Dondis (1991, p. 6), se aplicada à pintura, é con-
ceituada como “[...] a arte de agrupar as fi guras e acessórios para obter o 
melhor efeito, de acordo com o que se quer representar”. Em uma produção 
audiovisual, pode-se dizer que a composição é a arte de ordenar, selecionar 
e arranjar os elementos necessários para comunicar ao público o que se 
pretende dizer.
A câmera oferece milhares de possibilidades para compor ou enquadrar 
uma cena. O enquadramento é tudo o que se coleta através do visor da câmera. 
A composição que se realiza dentro da estrutura da câmera depende:
  do ponto de vista, ou seja, de onde a câmera é colocada;
  do tipo de plano utilizado;
  do tipo de objetivo narrativo.
O ponto de vista é definido pelo lugar onde a câmera é colocada para a 
gravação: pode ser um pouco mais alto ou um pouco mais baixo, um pouco 
para a esquerda ou mais para a direita, na frente ou atrás da personagem. 
Dependendo de onde se coloca a câmera, gera-se um efeito ou outro. Assim, 
de acordo com o ângulo em que se posiciona a câmera em relação ao assunto, 
é possível obter três tipos de enquadramento. Veja a seguir.
Produção de audiovisual institucional2
  Ângulo normal: a câmera é colocada na mesma altura dos olhos 
do sujeito que está sendo gravado. É a altura usual do horizonte e 
a presente na maior parte do tempo nas produções. É o plano que 
menos impressiona porque as pessoas estão acostumadas a olhar a 
partir dessa posição.
  Ângulo picado: a câmera é colocada acima dos olhos do assunto gra-
vado. Esse ângulo estabelece uma relação de superioridade em relação ao 
personagem registrado, que é visto de maneira inferior pelo observador. 
O ângulo picado também ajuda a fazer planos muito amplos de uma 
cidade, um campo ou uma paisagem.
  Ângulo contrapicado: a câmera está localizada abaixo dos olhos do 
assunto gravado. Assim, uma relação de inferioridade é estabelecida 
perante o personagem que está sendo gravado, que parece superior e 
mais importante do que o observador.
Por sua vez, a escolha de um tipo de plano tem implicações em termos 
do grau de proximidade e da privacidade que a câmera estabelece em relação 
ao assunto. O tipo de plano também se relaciona à quantidade de informação 
que se deseja fornecer. É possível priorizar o contexto, em um plano geral, 
ou a expressão do rosto, em um primeiro plano. A seguir, veja os principais 
tipos de planos.
  Grande plano geral: plano muito aberto em que a figura humana é 
mal percebida e em que prevalece o contexto geral. Serve para situar 
a narração em seu espaço.
  Plano geral: a figura humana é vista em seu contexto. Esse plano ajuda 
a situar a personagem na cena e a dar informações ao espectador sobre 
os elementos e as pessoas que a cercam.
  Plano americano: a figura humana é vista dos joelhos para cima. Esse 
plano também é chamado de plano três quartos. Ele era muito usado nos 
westerns porque permitia ver os cartuchos dos caubóis. Nesse plano, o 
espaço em torno das mãos também é importante.
  Plano médio: a figura humana é vista da cintura para cima. Esse tipo 
de plano permite uma abordagem maior sobre o assunto em questão. 
É um plano amplamente utilizado nos diálogos entre as personagens.
  Primeiro plano: a figura humana é vista do pescoço para cima. É um 
tipo de plano em que a força da imagem recai sobre o rosto e a expressão 
3Produção de audiovisual institucional
da personagem. A abordagem da câmera informa sobre a importância 
dessa personagem e confere certo grau de intimidade com a pessoa 
retratada e com os seus sentimentos. Nesse tipo de plano, o contexto 
desaparece, porque não importa muito onde a personagem está, mas 
como ela fala ao interlocutor. Esse tipo de plano é amplamente utilizado 
em entrevistas íntimas ou depoimentos em que se almeja identificação 
e empatia com a pessoa retratada.
  Primeiríssimo plano: detalhe da face da figura humana. Procura uma 
abordagem mais próxima da pessoa do que no caso do primeiro plano. 
Esse plano serve para focalizar o olhar do observador em um ponto da 
personagem, tais como olhos ou lábios.
  Plano detalhe: detalhe de qualquer elemento, seja da figura humana ou 
de um objeto. É uma espécie de plano que, embora não seja fundamental 
na sequência narrativa gravada, pode facilitar a montagem e melhorar 
o ritmo dela, além de fornecer mais informações.
Aprenda mais sobre planos de enquadramento no link a seguir.
https://qrgo.page.link/6PfXw
O tipo de objetivo narrativo que se usa também é decisivo na composição. 
Os objetivos são as formas de captação da visão, que variam de acordo com 
o tipo de lente utilizada no processo de gravação. O ângulo de visão depende 
da distância focal da lente. Basicamente, pode-se falar sobre três tipos de 
objetivos, como você pode ver a seguir.
  Lente objetiva normal: tem um ângulo de visão semelhante ao do 
olho humano, cerca de 45º.
  Lente grande-angular: tem ângulos de visão amplos, em torno de 
60º ou 180º. Serve para desenhar grandes planos gerais. Ela provoca a 
sensação de que o assunto se separa do fundo.
Produção de audiovisual institucional4
  Lente teleobjetiva: tem ângulos de visão muito estreitos, entre 20º e 
1º; portanto, aproxima o espectador do assunto. Pode-se usá-la para 
close-ups e para trabalhar detalhes, pois a teleobjetiva consegue isolar 
o assunto e desfocar o fundo.
Hoje, a maioria das câmeras utilizadas é equipada com lentes dezoom, 
que são muito práticas. Elas reúnem as três opções que você acabou de 
ver: normal, angular e teleobjetiva. Com o zoom, permite-se, por meio 
de um botão, alternar entre os três tipos de ângulos para selecionar o que 
melhor convier.
Outro tópico relevante em relação à produção audiovisual é o tipo de iluminação. No 
link a seguir, você pode conferir alguns esquemas utilizados na produção de vídeos.
https://qrgo.page.link/VPk5x
Equipe de produção
Como você sabe, geralmente um grande número de pessoas está ligado à 
produção de uma obra audiovisual. O número de profi ssionais depende, é 
claro, das características específi cas do trabalho. Pode-se dizer que cabe ao 
produtor estabelecer o tamanho apropriado da equipe. Em certas produções, 
seria um risco não ter pessoas sufi cientes (por exemplo, extras ou pessoal de 
fotografi a). No entanto, a tendência atual é que as equipes sejam cada vez mais 
concisas, não só por razões econômicas, mas pela funcionalidade da própria 
rodagem. Obviamente, a evolução na técnica e no equipamento de captação 
também possibilita a redução das equipes, visto que algumas funções se 
tornaram obsoletas na era digital.
Quando se fala da equipe, em primeiro lugar, deve-se considerar a 
figura do produtor, que é a pessoa que dá vida a um projeto. Na sequência, 
há o diretor, que é a maior autoridade criativa/artística de um filme. A 
5Produção de audiovisual institucional
sua concentração deve ser total e, portanto, os requisitos que surgem dos 
aspectos logísticos e financeiros são uma distração. Durante as filmagens, 
o diretor tem a função de dar instruções (especialmente para atores e ci-
negrafistas, embora, obviamente, a toda a equipe criativa). Essa função é 
o que define o diretor.
No cinema de autor, o diretor está envolvido no trabalho desde a própria ideia que 
dá origem à obra. Assim, ele escreve o roteiro (embora não seja incomum que os 
colaboradores façam isso), seleciona os seus principais aliados (atores e chefes de 
departamento) e também participa de ações posteriores à filmagem, como a orientação 
e a aprovação da assembleia, que, às vezes, ele mesmo realiza.
Por vezes, a figura do produtor e a do diretor concentram-se em uma 
só pessoa, especialmente no cinema. Porém, no caso de peças audiovisuais 
voltadas para a comunicação geral, é comum que os papéis sejam assumidos 
por pessoas diferentes.
Embora em trabalhos de dimensões modestas a produção possa ficar a cargo 
de uma ou duas pessoas, é comum encontrar vários nomes em produções de 
maior orçamento. A seguir, veja alguns cargos e suas funções.
  Produtor: gerente e proprietário do trabalho audiovisual.
  Produtor executivo: chefe administrativo e responsável pela gestão do 
dinheiro; também pode participar da obtenção de recursos para o trabalho.
  Produtor associado: título normalmente usado como consideração pela 
ajuda dada ao filme. Os investidores podem ser produtores associados, 
por exemplo.
  Produtor de campo: pessoa encarregada da logística durante as 
filmagens.
  Produtor de linha, coordenador, chefe ou supervisor de produção: 
são diferentes graus de responsabilidade, derivados da delegação de 
funções na organização de um filme, de acordo com a sua complexidade.
Seguindo em hierarquia, de acordo com o tipo de trabalho de produ-
ção, há o diretor de fotografia (que está encarregado da iluminação e 
da relação dela com o tipo de câmera e o sistema de registro usado), o 
Produção de audiovisual institucional6
operador de câmera (embora alguns diretores também operem a câmera), 
o diretor de arte ou designer de produção (que orienta o set, o cenário, os 
adereços, os figurinos, a maquiagem e também conceitua todos os tópicos 
relacionados ao aspecto visual do trabalho) e o engenheiro de som (cujo 
trabalho ganhou espaço nos últimos tempos, agregando uma carga mais 
criativa do que técnica).
Todas essas pessoas exigem, por sua vez, assistentes em funções especí-
ficas. Há, por exemplo, o primeiro assistente de câmera, que muitas vezes é 
responsável pelo assunto de foco (foquista), e o primeiro assistente de direção, 
que não apenas deve apoiar o diretor em seu trabalho, mas também lidar com a 
supervisão de questões de produção para que elas não afetem o desenvolvimento 
adequado das filmagens. Há ainda outras pessoas que desempenham funções 
especializadas, como eletricistas, montadores e maquiadores.
Além do pessoal envolvido nos aspectos técnicos e artísticos da obra 
audiovisual, há aquelas pessoas que cuidam dos aspectos financeiros, legais 
e operativos. É sempre aconselhável ter o conselho de um advogado e um 
contador. No trabalho audiovisual de baixo orçamento, isso pode ser visto 
como um luxo desnecessário; no entanto, seja devido a questões de direitos 
autorais ou à proteção da produção, essas figuras são fundamentais.
O audiovisual para além do comercial
O uso de peças audiovisuais como ferramenta promocional envolve diversas 
possibilidades em diferentes áreas de negócio e comunicação. Por esse motivo, 
diferentes formatos são usados, dependendo da natureza de cada organização. 
O vídeo corporativo e o vídeo institucional apresentam a identidade de uma 
organização por meio de imagens, ou seja, transmitem seus valores, sua 
missão e sua visão.
No entanto, enquanto o vídeo corporativo representa uma empresa, o 
vídeo institucional se concentra em instituições, como ministérios, funda-
ções, prefeituras, museus, entre outras. Por outro lado, há o vídeo industrial, 
usado para divulgar as instalações e fases de produção de uma empresa, 
por exemplo, linhas de fabricação, processos industriais, automação ou 
armazenamento de produtos.
O vídeo corporativo é uma produção que apresenta uma empresa privada 
e lucrativa, compartilhando seus valores, sua visão, sua missão, sua força 
de trabalho, etc. Esse audiovisual corporativo visa a mostrar a operação da 
entidade em detalhe, a sua estrutura, as suas complexidades, a sua personali-
7Produção de audiovisual institucional
dade. A ideia é deixar claro como ela funciona, como a equipe se sente, quais 
ferramentas ela tem para alcançar os seus objetivos, etc. Geralmente, o vídeo 
corporativo tem seu foco em investidores.
O vídeo institucional faz o mesmo com instituições de grande porte, 
geralmente de natureza pública e sem fins lucrativos ou de interesse geral. 
Busca-se conhecer a imagem da instituição, o seu trabalho, os seus objetivos, 
a sua metodologia de atuação, etc. O foco do vídeo institucional, de maneira 
geral, é a opinião pública. Steffen (2003, p. 39) afirma que “[...] institucional 
é a área das relações públicas que estabelece e institui formas sociais para 
garantir a continuidade do sistema social organização-públicos”.
Tanto produções corporativas quanto produções institucionais buscam 
informar e apresentar a instituição/empresa em questão para transmitir uma 
imagem ajustada ao espectador. Apesar desse foco menos mercadológico, 
indiretamente, o seu objetivo final é voltado para a captação de clientes e a 
manutenção de uma boa opinião pública. Da mesma forma, esses dois tipos 
de produções audiovisuais são geralmente divulgados nos sites de empresas 
ou instituições e em apresentações.
Esses tipos de peças audiovisuais (o corporativo, o institucional e até o 
industrial) têm em comum o fato de poderem ser usados tanto em uma cam-
panha de marketing interna quanto em uma campanha de marketing externa. 
Por outro lado, por meio do vídeo promocional, a empresa busca se destacar 
da concorrência, mostrando de forma sugestiva as características de seus 
produtos ou serviços. Esse vídeo é também uma ferramenta de comunicação 
com os clientes que busca influenciar positivamente as vendas e promover o 
lançamento de produtos.
Como você pode notar, embora os diferentes tipos de vídeo sejam destinados 
a organizações de naturezas distintas, o desenvolvimento de todos eles visa 
a uma comunicação, interna ou externa, que valorize a imagem da empresa 
ou instituição.Ficou curioso a respeito das questões relacionadas à imagem institucional? Acesse o 
link a seguir para aprender mais sobre o assunto.
https://qrgo.page.link/LH3uq
Produção de audiovisual institucional8
Produção de peças institucionais
As etapas de criação de uma peça audiovisual institucional em muito se as-
semelham às etapas tradicionais de qualquer realização do tipo. Afi nal, uma 
peça institucional é apenas um dos exemplos da ampla gama de possibilidades 
que o audiovisual oferece. Todavia, alguns fatores pontuais a distanciam das 
produções publicitárias clássicas, visto o seu objetivo.
O vídeo institucional é uma ferramenta importante na comunicação dirigida 
de uma organização, pois disponibiliza informações relevantes para os seus 
públicos de interesse. O conteúdo dessas peças audiovisuais, costumeiramente, 
apresenta histórico, principais produtos, estrutura física e organizacional, 
missão e visão da empresa, bem como as suas relações sociais e as suas 
atitudes relacionadas ao meio ambiente.
Para cumprir os seus objetivos, uma produção audiovisual institucional 
exige alguns passos, como você pode ver a seguir.
1. Obter informações, antes da gravação, sobre o tema a ser abordado, 
com base em uma pesquisa documental e, se possível, videográfica. 
A ideia é confrontar as informações repassadas com o material au-
diovisual anteriormente produzido (caso exista). Isso manterá certa 
harmonia e dará consistência à imagem institucional. Mesmo que 
a motivação da nova produção seja modificar a imagem anterior, é 
interessante saber o que já foi produzido a fim de identificar qual 
caminho não tomar.
2. Estabelecer as personagens e os locais mais apropriados para a gravação, 
de acordo com os tópicos a serem explorados, buscando valorizar a 
mensagem da organização.
3. Elaborar um plano da gravação com a programação das sessões, con-
siderando datas, horários, locais, deslocamento e recursos (técnicos, 
pessoais, financeiros) de acordo com as necessidades.
4. Criar um roteiro ou plano de filmagem. A equipe de produção deve ter 
um guia claro para as imagens, os sons e os testemunhos ou entrevistas 
a serem realizadas.
5. Elaborar um orçamento de acordo com os recursos técnicos e de pessoal 
necessários. Deve-se levar em consideração os insumos da instituição 
e os que precisam ser contratados ou subcontratados. Os momentos 
específicos da realização audiovisual devem ser levados em conta: 
pré-produção, produção e pós-produção.
9Produção de audiovisual institucional
Uma peça institucional contém a filosofia da empresa, transmitindo-a sem 
o intuito imediato da venda de produtos ou bens de consumo. A preocupação 
é vender e consolidar uma imagem positiva para a organização em questão. 
Veja o que afirmam Xavier e Zupardo (2004, p. 76):
[...] especialistas em vídeos empresariais ressaltam que, normalmente, o 
cliente faz um programa institucional para vender/apresentar a imagem da 
empresa para seus clientes, instituições financeiras, investidores, fornecedores, 
órgãos governamentais e comunidade. Um institucional mostra, na verdade, 
o conceito da empresa e sua filosofia.
Segundo Kunsch (2003, p. 169), “[...] a apropriação dos modelos de produção 
editorial tradicional pelos da moderna multimídia permite criar uma comuni-
cação ágil e interessante aos olhos dos públicos”. Isso confere às instituições 
a possibilidade de repassar informações de maneira mais atraente e com uma 
linguagem simples, dando ênfase e credibilidade aos seus objetivos.
Entretanto, na realização de peças audiovisuais institucionais, é preciso medir 
critérios ao utilizar essas possibilidades, visto que a responsabilidade de produção 
é imensa e fundamental para a imagem corporativa. Dessa maneira, mesmo com 
a popularização das ferramentas de produção audiovisual, é recomendada a con-
tratação de uma produtora de vídeo especializada, garantindo a qualidade técnica 
de imagem e som. Simões (1995, p. 160) corrobora com isso afirmando o seguinte:
[...] esse cuidado para que todo instrumento de relações públicas possua também 
um traço de arte, acrescido dos limites de capacidade do ser humano, no caso 
o profissional de relações públicas, leva à dedução de que, preferivelmente, 
um perito e um artista na execução das técnicas devam ser contratados para 
produzi-las, não cabendo ao profissional a obrigação ou pretensão de imple-
mentar sozinho todos os seus projetos.
No entanto, o profissional da organização não deve se ausentar, acom-
panhando o trabalho especializado da produtora e conferindo todo tipo de 
material e informação necessários para a realização satisfatória do projeto. 
O profissional encarregado da imagem da organização deve estar ciente e 
vigilante em relação à produção, desde suas etapas iniciais, com a roteirização, 
até o período posterior às filmagens, na pós-produção. Afinal, como você 
sabe, uma frase ambígua, uma imagem de má qualidade ou uma trilha sonora 
inadequada pode comprometer a interpretação da mensagem da instituição.
Conforme García (2001), a produção audiovisual institucional envolve 
alguns elementos. Veja a seguir.
Produção de audiovisual institucional10
  Deve haver segurança na divulgação, além de força retórica e visual e 
controle de conteúdo.
  Está em jogo a transmissão de fatos, ideias ou julgamentos relacionados 
com a totalidade da instituição, o que torna mais fácil para o público 
ter um conceito integral da entidade.
  Além de informações sobre questões específicas, os interlocutores 
precisam acolher percepções gerais sobre a instituição, a fim de orientar 
o seu comportamento em relação a ela.
Além disso, o autor afirma o seguinte:
Audiovisual institucional não se resume a estratégias publicitárias, mas tam-
bém intervém nos processos de construção social. Esta produção é um espaço 
do público, não apenas como um lugar onde instituições vigiam o interesse 
geral, mas, especialmente, como um lugar para a comunicação entre os indi-
víduos, os grupos e as instituições (GARCÍA, 2001, p. 18, tradução nossa).
Losada (1998, p. 145–146, tradução nossa) complementa:
[...] [para] produzir audiovisual no campo institucional é necessário ter em 
conta um conjunto de fatores específicos cuja magnitude e singularidade 
justificam a relevância de um projeto de pesquisa que permite projetar um 
modelo de comunicação para a instituição. A peculiaridade do serviço for-
necido, tendo-se que historicamente qualidade é diretamente relacionada à 
personalidade, prestígio e credibilidade da instituição [...], reforça a transcen-
dência da importância da imagem pública. Na esfera interna, deve-se levar 
em conta diferenças entre os funcionários, colaboradores, administração ou 
serviços, bem como o índice de heterogeneidade dos mesmos: eles vêm de uma 
infinidade diversa de contextos geográficos, sociais e culturais, econômicos, 
políticos e ideológicos.
Portanto, a produção audiovisual institucional deve executar as suas fun-
ções em um contexto aberto à sociedade. Em especial, dois fatores devem 
ser observados:
  a produção audiovisual institucional precisa saber o que a sociedade 
exige da instituição para projetar todos os seus objetivos;
  a sociedade deve ser capaz de compreender, por meio da mensagem, o 
que a instituição oferece, o que é, o que faz, quais são as suas crenças 
e as suas responsabilidades.
11Produção de audiovisual institucional
No link a seguir, você encontra algumas dicas de produtores que trabalham com a 
realização de audiovisuais institucionais.
https://qrgo.page.link/oX2LT
DONDIS, D. A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
GARCÍA, M. Publicidad instituciona: el estado anunciante. Málaga: Universidad de Málaga, 2001.
KUNSCH, M. M. K. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São 
Paulo: Summus Editorial, 2003.
LOSADA, Á. La comunicación institucional en la gestión del cambio: el modelo universitario. 
Salamanca: Universidad Pontificia de Salamanca, 1998.
SIMÕES, R. P.Relações públicas: função política. São Paulo: Summus Editorial, 1995.
STEFFEN, A. M. W. R. Modos de percepção em relações públicas: o significado do conceito 
de público. 118 f. 2003. Tese (Doutorado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio 
Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.
XAVIER, C.; ZUPARDO, E. Entregando o ouro para os mocinhos: o roteiro audiovisual na 
comunicação das empresas. São Paulo: Zennex Publishing, 2004.
Leituras recomendadas
COMO fazer um vídeo empresarial / institucional. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (7 min). 
Publicado pelo canal Cinemátika Filmes - Produtora de Vídeo. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=rW0WtO_I0BU. Acesso em: 30 jul. 2019.
DICAS práticas de iluminação - tutorial Foco Filmes. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (7 min). 
Publicado pelo canal FocoFilmes. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=fx5y2ptJAxo. Acesso em: 30 jul. 2019.
MARCA e imagem pessoal e profissional - palestrante Mario Persona. [S. l.: s. n.], 2011. 1 
vídeo (9 min). Publicado pelo canal TvBarbante. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=msxZc89Rvkk. Acesso em: 30 jul. 2019.
TIPOS de enquadramento cinematográficos. [S. l.: s. n.], 2012. 1 vídeo (7 min). Pu-
blicado pelo canal Israel Chevrand. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=ZarWHvme26U. Acesso em: 30 jul. 2019.
Produção de audiovisual institucional12

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