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Maria Luiza Sena – Med XIV FASA A doença renal crônica (DRC) se caracteriza pelo conjunto de sinais e sintomas decorrentes da perda progressiva e irreversível da função renal, acarretando alterações eletrolíticas, volêmicas e endócrinas, com impacto sistêmico. ❖ Essa patologia consiste na perda dos néfrons funcionantes dos rins com deterioração progressiva da filtração glomerular, da capacidade de reabsorção tubular e das funções endócrinas dos rins. A velocidade de destruição dos néfrons difere de caso a caso, mas varia de muitos meses a alguns anos. Nos casos típicos, os sinais e sintomas da DRC desenvolvem-se gradativamente e não se tornam evidentes até que a doença esteja muito avançada. Isso é atribuído à surpreendente capacidade compensatória dos rins. Definição -> DRC é definida por lesão renal com TFG menor que 60 mℓ/min/1,73 m2 há 3 meses ou mais, ou doença estrutural do rim há 3 meses ou mais. A DRC pode ser causada por alguns distúrbios que acarretam perda irreversível dos néfrons, inclusive diabetes, hipertensão, glomerulonefrite, lúpus eritematoso sistêmico e doença renal policística. EPIDEMIOLOGIA A DRC é um problema mundial que afeta pessoas de todas as idades, raças e grupos socioeconômicos. A prevalência e a incidência dessa doença – que refletem as das doenças como diabetes, hipertensão e obesidade – estão aumentando. Apenas nos EUA, mais de 20 milhões de pessoas (ou 1 entre 9 adultos) têm DRC. Outro grupo de 20 milhões encontra-se em risco de desenvolver essa doença. Estima-se que existam cerca de 15 milhões de pessoas com ritmo de filtração glomerular (RFG) inferior a 60 mL/min/1,73 m² no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a prevalência mundial de DRC é de 7,2% para indivíduos acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos. No Brasil, os dados do censo de 2018 mostraram 40 mil novos pacientes portadores de DRC em 2017 e 126.583 mil pacientes. Segundo o Censo Brasileiro de Diálise (2013), existem mais de 100 mil pacientes em diálise, sendo 91% em hemodiálise e os demais em diálise peritoneal. Além disso, mais de 5 mil pacientes são submetidos a transplante renal anualmente no Brasil. ETIOLOGIA Segundo dados nacionais, as principais causas de DRC que levam pacientes para alguma modalidade dialítica são: ❖ Hipertensão arterial sistêmica: principal causa no Brasil. ❖ DM. ❖ Doenças glomerulares. ❖ Doença renal policística. FATORES DE RISCO ❖ Diabetes ❖ Hipertensão arterial. ❖ Doença cardiovascular (coronariana, acidente vascular encefálico, doença vascular periférica). ❖ Doença renal crônica na família. ❖ Outros: idoso, litíase, uso crônico de analgésicos e anti- inflamatórios não esteroidais (AINEs), doenças do sistema imune e infecciosas, tabagismo, obesidade. CLASSIFICAÇÃO Em 2002, a K/DOQI publicou diretrizes para avaliar a DRC em 5 estágios, que começam com lesão renal com TFG normal ou aumentada, progridem para DRC e podem evoluir para insuficiência renal. De acordo com as diretrizes da NKF, os pacientes com TFG entre 60 e 89 mℓ/min/1,73 m2 (corrigida com base na superfície corporal), mas sem lesão renal, são classificados como portadores de “TFG reduzida”. ❖ A redução da TFG sem marcadores conhecidos de lesão renal pode ocorrer nos lactentes e nos idosos e geralmente é considerada “normal para a idade”. As diretrizes de prática clínica da NFK definem insuficiência renal como: ❖ TFG menor que 15 mℓ/min/1,73 m2, geralmente acompanhada da maioria dos sinais e sintomas de uremia. ❖ Necessidade de iniciar terapia renal substitutiva (diálise ou transplante). FISIOPATOLOGIA A DRC é a via final comum de diversas doenças que acometem o rim e nas fases mais avançadas é caracterizada por fibrose de todos os componentes renais: glomérulos e túbulos. À medida que o dano renal progressivo destrói mais e mais néfrons, os mecanismos de adaptação são iniciados para tentar manter a função renal. A fisiopatologia da DRC caracteriza-se por dois amplos grupos de mecanismos lesivos: APG 18 - DOENÇA RENAL CRÔNICA Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ❖ Mecanismos iniciais específicos da etiologia subjacente (p. ex., anormalidades do desenvolvimento ou da integridade renal, deposição de imunocomplexos e inflamação em alguns tipos de glomerulonefrite, ou exposição a toxinas em algumas doenças dos túbulos e do interstício renais). ❖ Hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons viáveis remanescentes, que são uma consequência comum da redução da massa renal a longo prazo, independentemente da etiologia subjacente e que leva ao declínio adicional da função renal. As respostas à redução da quantidade de néfrons são mediadas por hormônios vasoativos, citocinas e fatores de crescimento. Por fim, essas adaptações de curto prazo (hiperfiltração e hipertrofia) para manter a TFG tornam-se mal-adaptativas à medida que a pressão e o fluxo sanguíneo aumentados dentro do néfron predispõem à distorção da arquitetura dos glomérulos, função anormal dos podócitos e rompimento da barreira de filtração, levando à esclerose e à destruição dos néfrons remanescentes. O aumento da atividade intrarrenal do sistema renina-angiotensina (SRA) parece contribuir para a hiperfiltração compensatória inicial e para a subsequente hipertrofia e esclerose mal-adaptativas. ❖ Esse processo explica por que a redução da massa renal secundária a uma agressão isolada pode levar ao declínio progressivo da função renal ao longo de muitos anos. Um aumento na taxa de excreção de solutos pelos néfrons através do aumento das concentrações plasmáticas (de creatinina), diminuição da reabsorção tubular (sódio, fosfato e cálcio) ou aumento da secreção tubular (para íons de hidrogênio e potássio) ajuda a manter a homeostase até os estágios finais da doença renal crônica. A taxa de declínio funcional varia com base na doença original; no entanto, a função renal deteriora-se progressivamente mesmo quando o distúrbio original é controlado. A hipertensão descontrolada, independentemente da etiologia, resulta em um declínio funcional renal mais acelerado. MORFOLOGIA Os rins estão simetricamente contraídos e sua superfície se apresenta vermelho-acastanhada e difusamente granular quando disfunções subjacentes afetam os vasos sanguíneos ou glomérulos. Microscopicamente, a característica comum a todos os casos é a presença de cicatrizes avançadas no glomérulo, às vezes levando ao ponto de completa esclerose. Essa obliteração do glomérulo é o ponto final de muitas doenças. Há também marcada fibrose intersticial, associada a atrofia e perda de muitos túbulos do córtex, com diminuição de porções da rede capilar peritubular. As pequenas e médias artérias frequentemente apresentam paredes espessas, com lúmen estreito, secundárias à hipertensão. Infiltrados linfocitários (raramente com plasmócitos) estão presentes no tecido intersticial fibrótico. A glomerulonefrite rapidamente progressiva se caracteriza clinicamente por perda rapidamente progressiva da função renal e oligúria, levando a IRA e pode ser uma causa de DRC. Histologicamente, a alteração característica são as crescentes, constituídas por células proliferativas do folheto parietal da cápsula de Bowman e se fundem com os tufos capilares. Isto reduz ou impede a filtração glomerular. Em alguns casos ocorre morte do tecido na parte externa do rim (córtex), que resulta do bloqueio das pequenas artérias que fornecem sangue para o córtex e o que causa lesão renal aguda. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA Os achados histológicos incluem trombos de microcirculação e glomérulos acelulares. Essa condição é chamada de necrose cortical aguda, e também pode ser uma causa de DRC. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Pode desenvolver-se insidiosamente e ser descoberta somente tardiamenteno processo de evolução, pois é frequentemente assintomática. Entretanto pode apresentar: ❖ Hipertensão arterial. ❖ Palidez, anemia (normocítica, normocrônica). ❖ Fadiga, cansaço. ❖ Perda de peso. ❖ Anorexia, náuseas e vômitos. ❖ Hálito urêmico. ❖ Soluços. ❖ Hemorragia digestiva. ❖ Pele seca, pálida, prurido, equimoses. ❖ Congestão pulmonar. ❖ Mioclonias, cãibras. ❖ Disfunção endócrina (intolerância à lactose, hiperparatireoidismo secundário, diminuição da tri- iodotironina (T3), prolactina elevada, diminuição da testosterona). ❖ Amenorreia, diminuição da libido, impotência. ❖ Insônia, irritabilidade. ❖ Depressão, confusão mental, convulsões, coma. ❖ Neuropatia periférica, síndroma das pernas inquietas. COMPLICAÇÕES A perda progressiva da função renal acarreta diversas alterações sistêmicas: ❖ Alteração do controle volêmico: pacientes com DRC têm dificuldade de concentrar ou diluir a urina. ❖ Menor capacidade de excreção de sódio e água, com tendência à hipervolemia, se não houver adequação da ingestão hídrica e/ou de sal. ❖ Um dos primeiros sintomas da DRC, a noctúria, é manifestação dessa incapacidade ❖ e de concentração urinária. ❖ Certas patologias renais cursam com comprometimento tubular importante, podendo causar poliúria, com tendência à desidratação se houver redução da oferta hídrica. Desnutrição -> um dos sintomas clássicos de uremia, a anorexia, decorre tanto do acúmulo de escórias nitrogenadas quanto do maior estado inflamatório sistêmico, podendo levar a perda ponderal e desnutrição proteico-calórica. Anemia -> a deficiência relativa de eritropoetina (EPO) a principal causa. ❖ Na DRC ocorre perda da massa renal e, portanto, menor produção de EPO. ❖ A DRC é também uma situação de inflamação sistêmica, proporcionando o desenvolvimento da anemia da doença crônica. ❖ Citocinas inflamatórias inibem a ação da eritropoetina na medula óssea e estimulam a produção hepática da hepcidina, um peptídeo que inibe a absorção intestinal de ferro e a mobilização do ferro estocado nos macrófagos do sistema retículo endotelial. Além disso, as perdas de ferro são comuns em pacientes com DRC, uma vez que eles frequentemente apresentam displasias vasculares na parede intestinal, associadas à enterorragia. Menor vida das hemácias, na DRC a vida média das hemácias é de cerca de 90 dias. Esse mecanismo ainda não está totalmente esclarecido, mas acredita-se que seja por um certo grau de hiperesplenismo. Os pacientes com DRC também apresentam certo grau de hiperparatireoidismo. Nessa situação ocorre fibrose da medula óssea e menor produção de glóbulos vermelhos. ❖ Ainda concorrem para anemia da DRC as deficiências de vitamina B12 e ácido fólico, por conta das restrições alimentares recomendadas para esses pacientes. ❖ A anemia causa palidez cutânea, indisposição, diminuição da atenção e insuficiência cardíaca. Imunodeficiência -> por redução da imunidade celular e humoral. Doença mineral óssea da DRC -> na DRC ocorrem diversas situações que estão associadas à maior produção de paratormônio (PTH). ❖ Diminuição da eliminação renal de fósforo -> devido a perda da função renal que induz a produção, nos osteócitos, de FGF23, uma proteína que tem a função de evitar o aumento sérico de fósforo. O FGF23 diminui a reabsorção tubular de fósforo e, portanto, aumenta a excreção renal de fósforo. ❖ Deficiência de vitamina D ativa: devido FGF23 que transforma a vitamina D na sua forma ativa. Com isso, ocorre menor absorção intestinal de cálcio e consequentemente hipocalcemia ❖ Diminuição do cálcio sérico. Distúrbios Hidroeletrolíticos: ❖ Acidose metabólica -> nos rins, o excesso íons H+ é eliminado por meio da acidez titulável e aumento da excreção de amônia. Além disso, nos estágios avançados há limitação da produção de amônia, com predisposição para acidose metabólica. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA ❖ Hipercalemia -> com a perda da função renal, existe aumento da fração de excreção de potássio, pelos mecanismos: aumento de fluxo intratubular de potássio, aumento da oferta de sódio ao néfron distal, elevação da produção de Aldosterona e aumento dos canais ROMK no néfron distal, com consequente aumento tubular das concentrações de potássio. DIAGNÓSTICO ANAMNESE E EXAME FÍSICO Os sinais e sintomas francos de doença renal são frequentemente sutis ou estão ausentes, até que o paciente atinja estados mais avançados da DRC. Por essa razão, o diagnóstico da doença renal costuma surpreender os pacientes e pode gerar ceticismo e negação. História clínica -> incluem relatos de hipertensão (que pode causar DRC ou, mais comumente, ser uma consequência da doença), diabetes melito, anormalidades do exame de urina e distúrbios gestacionais como pré-eclâmpsia ou abortamento precoce. ❖ É necessário obter uma história farmacológica detalhada. Os fármacos a serem considerados incluem AINEs, inibidores da cicloxigenase-2 (COX-2), antimicrobianos, quimioterápicos, antirretrovirais, inibidores da bomba de prótons, laxantes contendo fosfato e lítio. Exame Físico -> deve concentrar-se na pressão arterial e nas lesões dos órgãos-alvo secundárias à hipertensão. Portanto, é necessário realizar exames fundoscópico e precordial. ❖ O exame do fundo de olho é importante no paciente diabético para detectar evidências de retinopatia diabética, que está associada à nefropatia. ❖ Outras manifestações de DRC ao exame físico dos pacientes são edema e polineuropatia sensitiva. INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL Os exames laboratoriais devem enfatizar a busca por indícios de um processo patológico desencadeante ou agravante subjacente, bem como a avaliação do grau de disfunção renal e suas consequências. Eletroforese das proteínas séricas e urinárias à procura de mieloma múltiplo deve ser realizada em todos os pacientes com mais de 35 anos e DRC inexplicável, principalmente se houver anemia associada e níveis séricos altos ou inapropriadamente normais de cálcio em presença de disfunção renal. ! Nos pacientes com glomerulonefrite, as doenças autoimunes (ex., lúpus) e as etiologias infecciosas (ex., hepatites B e C e infecção por HIV) subjacentes devem ser investigadas. Determinações seriadas da função renal devem ser realizadas para avaliar a velocidade de deterioração renal e confirmar que a doença é, de fato, crônica, em vez de aguda ou subaguda que seriam, portanto, potencialmente reversíveis. ❖ As concentrações séricas do cálcio, do fósforo, da vitamina D e do PTH devem ser determinadas para avaliar doença óssea metabólica. ❖ A concentração de hemoglobina e os níveis de ferro, B12 e folato também devem ser dosados. ❖ A coleta da urina por 24 horas pode ser útil, tendo em vista que a excreção proteica > 300 mg pode ser uma indicação para tratamento com inibidores da ECA ou BRAs. Proteinúria (incluindo a microalbuminúria) é o marcador mais precoce de lesão renal em pacientes com DM, HAS e doença glomerular, sendo este o marcador mais comum em adultos A TFG é considerada o melhor indicador da função global do rim. A TFG normal, que varia com a idade, o sexo e o tamanho corporal, varia de 120 a 130 mℓ/min/1,73 m2 nos adultos jovens e saudáveis normais. ❖ Na prática clínica, a TFG geralmente é estimada com base na concentração sérica de creatinina. ESTÁGIOS DA DRC Estágios 1 e 2 -> os pacientes são assintomáticos, e a ureia e a creatinina são normais. A TFG encontra-se normal ou aumentada. Estágio 3 -> os pacientes podem ser assintomáticos, mas a ureia e a creatinina já estão aumentados. Há anemia e alterações do cálcio, fósforo e paratormônio, além de hipertensão arterial. A TGF está diminuída. Estágio 4 -> manifestações clínicas evidentes. Acidose metabólica, anemia, hipocalcemia, hiperfosfatemiae hiperpotassemia. Há grave diminuição da TFG. Estágio 5 -> síndrome urêmica, com manifestações cardiovasculares, gastrintestinais, hematopoéticas, nervosas, endócrinas e imunológicas. TFG < 15 mℓ/min. Maria Luiza Sena – Med XIV FASA EXAMES DE IMAGEM A ultrassonografia do aparelho urinário é o exame de imagem mais útil porque permite verificar a presença dos dois rins, determinar se são simétricos, obter uma estimativa das dimensões renais e excluir a existência de massas renais e evidências de obstrução. ❖ O diagnóstico da doença renovascular pode ser estabelecido por diferentes técnicas, inclusive eco-Doppler, exames de medicina nuclear ou TC e RM. ❖ Se houver suspeita de nefropatia por refluxo (infecções urinárias recidivantes na infância, rins com dimensões assimétricas e cicatrizes nos polos renais), pode-se indicar uma uretrocistografia miccional. Os exames radiográficos contrastados não são úteis à investigação da DRC. Sempre que possível, a administração intravenosa ou intra- arterial de contraste deve ser evitada nos pacientes com DRC, especialmente com nefropatia diabética, tendo em vista o risco de provocar lesão renal aguda induzida pelos contrastes radiográficos. BIÓPSIA RENAL Não é recomendada em pacientes com rins pequenos bilateralmente, pois: ❖ É tecnicamente difícil e tem maior tendência a provocar sangramento e outras consequências desfavoráveis; ❖ Costuma haver tanta fibrose que a doença primária não pode ser definida; ❖ A janela de oportunidade para promover um tratamento para a doença específica já passou. Contraindicações -> hipertensão descontrolada, infecção urinária em atividade, diátese hemorrágica (inclusive sob tratamento anticoagulante) e obesidade grave. ❖ A biópsia percutânea orientada pela ultrassonografia é a abordagem preferível. Em pacientes com DRC para os quais a biópsia renal é indicada (p. ex., suspeita de processo concomitante ou superposto em atividade, como nefrite intersticial, ou nos casos de perda acelerada da TFG), o tempo de sangramento precisa ser determinado e, se estiver aumentado, deve-se administrar desmopressina imediatamente antes do procedimento. O diagnóstico diferencial inclui insuficiência renal aguda, glomerulonefrite rapidamente progressiva, obstrução urinária. AUTOMEDICAÇÃO A automedicação pode ser entendida como a seleção e o uso de medicamentos por pessoas para tratar doenças ou sintomas sem a supervisão ou a prescrição de um profissional, inserida no contexto do autocuidado. Dentre as causas pode-se citar a variedade de produtos fabricados pela indústria farmacêutica, a facilidade de comercialização de medicamentos, a própria cultura e comodidade assimilada pela sociedade, a grande variedade de informações médicas disponíveis e a substituição inadvertida da orientação médica por sugestões de medicamentos provenientes de pessoas não autorizadas, entre estes familiares, amigos ou balconistas em farmácias. Consequências -> intoxicações medicamentosas, as quais surgem devido a mecanismos complexos, relacionados a processos farmacodinâmicos e farmacocinéticos envolvidos, por sua vez, com características individuais, com propriedades farmacêuticas do produto e com interações com medicamentos e alimentos.
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