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Por que os Acidentes Vasculares Cerebrais Isquêmicos podem se manifestar de diversas formas? Quais as correlações anatomo-funcionais? O acidente vascular cerebral (AVC) é classificado como isquêmico quando uma obstrução de um vaso causa a interrupção ou a redução significativa do fluxo sanguíneo cerebral. A obstrução de um vaso, mais frequentemente arterial, pode causar isquemia e, por conseguinte, um infarto da área de tecido nervoso afetada pela interrupção do fluxo sanguíneo. Diversos vasos intracranianos podem sofrer obstrução por doença aterosclerótica (acúmulo de lipídios nas paredes das artérias) ou tromboembolia (trombo é um coágulo que surge em um vaso sanguíneo, ao passo que um êmbolo é um coágulo formado em outro local do corpo que é deslocado e obstrui um vaso sanguíneo). Portanto, a priori, os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos podem ser divididos entre os causados por acúmulo lipídico nas paredes dos vasos e os ocasionados por formação e deposição de coágulos nos vasos sanguíneos cerebrais. Ademais, a obliteração de diferentes vasos sanguíneos cerebrais provoca manifestações neurológicas características para os diferentes vasos e as regiões vascularizadas por estes, pois a falta de fluxo sanguíneo em uma área pode causar prejuízos no desempenho de suas funções. Desse modo, pode-se determinar qual a área e quais vasos sanguíneos estão provavelmente envolvidos no AVC isquêmico de um paciente a partir dos sinais e sintomas apresentados. Logo, as manifestações de um AVC isquêmico estão diretamente relacionadas com o vaso sanguíneo afetado e a respectiva área vascularizada por esse vaso. REFERÊNCIAS: MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. MENESES, M. S. Neuroanatomia aplicada. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.