Buscar

RESUMO_DIREITO_PENAL_GERAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
11
PARTE GERAL 
1. PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DE DIREITO
PENAL PARA A PROVA DA OAB
Princípio da Intervenção Mínima: a legislação penal 
deve se restringir a fatos graves relativos a bens jurídicos 
importantes, que não possam ser protegidos pelos outros 
ramos do Direito. Derivam desse princípio:
PRINCÍPIO DE 
SUBSIDIARIEDADE
PRINCÍPIO DA 
FRAGMENTARIEDADE
O Direito Penal é utilizado 
apenas em caráter subsidiário 
(ultima ratio). Apenas quando 
os demais ramos do Direito 
não conseguirem resolver a 
contento o conflito gerado
A intervenção do Direito 
Penal, além de subsidiária, 
deve ser restrita à lesão 
ou o perigo de lesão mais 
graves aos bens jurídicos 
selecionados
Princípio da Legalidade (art. 1º do CP, art. 5º, XXXIX, 
da CF/88): para alguém ser condenado, o crime cometido 
deve ter previsão e cominação de pena expressa em lei 
escrita, anterior à prática da infração. 
Princípio da Anterioridade: a lei incriminadora deve 
ter sido elaborada e estar em vigência antes da prática 
criminosa. Por esse princípio, veda-se que a lei penal 
retroaja para prejudicar o réu (princípio da irretroatividade 
da lei penal). O princípio da irretroatividade não se aplica 
na esfera processual penal, mas sim o princípio da 
imediatidade da lei processual. 
NORMA 
PENAL EM 
BRANCO
Possuem cominação de pena, mas 
têm o preceito primário indeterminado, 
dependendo de complementação de 
outra norma (norma penal em branco 
homogênea), ou ato administrativo (norma 
penal em branco heterogênea), sob pena 
de ofender o princípio da legalidade 
(ex: crimes previstos na Lei de Drogas - 
dependem de complementação em relação 
ao conceito de droga (portarias da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária).
Princípio da Responsabilidade Pessoal do Agente 
(art. 5º, XLV, da CF/88): nenhuma pena passará da 
pessoa do condenado, mas a obrigação de reparar o 
dano e a decretação do perdimento de bens podem 
ser estendidas aos sucessores até o limite do valor do 
patrimônio transferido.
Princípio da Insignificância ou Bagatela: em que pese 
a conduta do agente se enquadre no tipo penal, o fato 
será materialmente atípico por não afetar o bem jurídico 
tutelado de modo relevante para justificar a intervenção 
do Direito Penal.
Princípio da Culpabilidade: para que o sujeito ativo 
da infração penal seja responsabilizado, deve ter agido 
com dolo ou culpa. Se restar provado que o agente não 
tinha consciência de seus atos, não poderá ser penalizado. 
Também não haverá aplicação da pena em 
caso de existência de excludentes de culpabilidade 
(inimputabilidade, potencial consciência de ilicitude e 
inexigibilidade de conduta diversa). 
Princípio da Adequação Social: determina a 
necessidade de atualização da norma penal incriminadora 
apenas em face daquelas condutas socialmente 
reprovadas. OBS.: o princípio da adequação social, de 
acordo com a jurisprudência majoritária, não incide em 
relação aos crimes de exploração da prostituição e venda 
de CDS e DVDs piratas. 
2. APLICAÇÃO DA LEI PENAL
Lei Penal no Tempo: “considera-se praticado o crime 
no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
momento do resultado” (teoria da atividade). Regra geral, 
a lei penal a ser aplicada é aquela referente ao momento 
da prática do crime. São exceções:
• Abolitio criminis: nova lei torna atípica uma
conduta até então considerada proibida. A nova lei
retroage para beneficiar o réu, extinguindo-se sua
punibilidade (art. 107, inciso III, do CP).
• Novatio legis in mellius: a lei posterior beneficia
de alguma forma a situação do agente, sendo
que a alteração legislativa deve retroagir para
beneficiar o réu.
LEI 
EXCEPCIONAL 
E LEI 
TEMPORÁRIA
Nesses casos, ainda que mais 
favoráveis ao réu, essas leis não 
retroagirão. Cessado o tempo 
de vigência da lei temporária ou 
excepcional, elas continuarão 
produzindo efeitos, mesmo que 
prejudiciais ao réu (ultratividade), 
conforme art. 3º do CP
Crimes continuados e permanentes: a lei penal 
mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência (Súmula n. 711 do STF).
Lei Penal no espaço: o CP adotou a teoria da 
territorialidade mitigada: regra geral, deve-se aplicar a 
lei brasileira aos crimes cometidos no território nacional, 
mas é possível a aplicação de norma estrangeira ao crime 
praticado no território nacional, quando houver previsão 
em convenções, tratados e regras de direito internacional 
(art. 5º do CP). 
TERRITÓRIO 
NACIONAL
a) embarcações e aeronaves estrangeiras
privadas no território nacional
b) embarcações e aeronaves brasileiras 
no território nacional
c) embarcações públicas ou a serviço
do Brasil onde quer que estejam
Alto-mar: no crime praticado em alto-mar, deve-se 
aplicar a legislação do país de matrícula da embarcação 
(princípio do pavilhão ou da bandeira). 
Extraterritorialidade: o CP prevê situações em 
que a lei penal brasileira deve ser aplicada a crimes 
cometidos no estrangeiro. Existem duas espécies de 
extraterritorialidade: 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
22
Extraterritorialidade incondicionada: o agente 
é punido pela lei brasileira mesmo que tenha sido 
absolvido ou condenado no estrangeiro pela prática de 
determinados crimes (p. ex.: contra a vida ou a liberdade 
do Presidente da República, dentre outros).
Extraterritorialidade condicionada: o agente pode 
ser punido pela legislação brasileira no caso de certos 
crimes e preenchidos alguns requisitos, conforme segue: 
CRIMES
a) que, por tratado ou convenção,
o Brasil se obrigou a reprimir,
b) praticados por brasileiro ou
c) praticados em aeronaves ou
embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando
em território estrangeiro e aí não
sejam julgados
REQUISITOS
a) entrar o agente no território
nacional; b) ser o fato punível também 
no país em que foi praticado; c) estar
o crime incluído entre aqueles pelos
quais a lei brasileira autoriza a
extradição; d) não ter sido o agente
absolvido no estrangeiro ou não ter
aí cumprido a pena; e) não ter sido o
agente perdoado no estrangeiro ou,
por outro motivo, não estar extinta
a punibilidade, segundo a lei mais
favorável (§ 2º do art. 7º do CP).
Extraterritorialidade hipercondicionada: o § 3º do 
art. 7º do CP permite a aplicação da lei penal brasileira ao 
crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do 
Brasil, se, reunidas as condições do § 2º do art. 7º CP, acima 
destacadas, e desde que: a) não seja pedida ou seja negada 
a extradição; b) haja requisição do Ministro da Justiça. 
Pena cumprida no estrangeiro: para evitar o bis in idem, 
o art. 8º do CP dispõe que a pena cumprida no estrangeiro
atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Lugar do crime: o Código Penal adotou a teoria da 
ubiquidade, considerando-se o crime praticado no lugar 
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado (art. 8º do CP).
Conflito aparente de normas penais: ocorre quando 
é possível a aplicação de duas ou mais normas a um 
mesmo fato. O conflito é meramente aparente e pode ser 
resolvido pela aplicação dos seguintes princípios: 
Princípio da especialidade: a norma especial prevalece 
sobre a norma geral, considerando-se especial aquela que, 
além de englobar os elementos da norma geral, possui 
elementos específicos, considerados “especializantes”. 
Princípio da subsidiariedade: a incidência do tipo 
penal mais grave afasta a do tipo penal menos grave, que 
só é aplicado de forma subsidiária, funcionando como um 
“soldado de reserva”. 
Princípio da Consunção: haverá a absorção do crime 
meio pela práticado crime fim (ex.: o crime de lesão 
corporal é absorvido pelo crime de homicídio doloso).
3. TEORIA DO CRIME
Infração penal é o gênero, do qual crime e 
contravenção penal são espécies, sendo ambas abarcadas 
pela teoria geral do crime.
Teoria finalista tripartida: consideramos esta a 
teoria mais adequada para definir o conceito de crime. De 
acordo com ela, existem três elementos principias para a 
caracterização do delito: 
FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE
4. FATO TÍPICO
O fato típico é composto por conduta, dolo ou culpa, 
resultado e relação de causalidade (nexo causal).
Conduta: todo ato humano voluntário, omissivo 
ou comissivo, que produziu resultado penalmente 
relevante. Assim, se a conduta não tiver sido praticada 
em decorrência da vontade do agente, não haverá crime.
Conduta comissiva: o crime é praticado em razão de 
um agir. 
Conduta omissiva: o crime é praticado porque o 
agente deixou de praticar uma conduta, conforme a lei 
penal exigia, sendo divido em crime omissivo próprio e 
crime omissivo impróprio (ou comissivo por omissão).
Crime doloso: aquele que foi praticado com a intenção 
livre e consciente do agente, ou seja, com a intenção de 
praticar a conduta tipificada. O dolo pode ser: a) direto, b) 
indireto (dividido em alternativo e eventual), c) genérico 
ou d) específico (intenção adicional).
Crime culposo: deriva de conduta voluntária que 
gera um delito não querido pelo agente, mas que era 
previsto (culpa consciente) ou ao menos previsível (culpa 
inconsciente). Decorre da inobservância de um dever 
de cuidado por imprudência, negligência e imperícia do 
agente. A culpa ainda pode ser classificada como própria 
ou imprópria.
Crime preterdoloso (crime híbrido): praticado com 
dolo, mas que, posteriormente, há uma conduta culposa 
do agente que agrava o resultado (resultado agravador 
culposo). Não há tentativa no crime preterdoloso, pois o 
resultado mais gravoso é cometido de forma culposa.
Resultado: pode ser classificado em jurídico (própria 
ofensa à norma penal) ou naturalístico (alteração do 
mundo exterior). Com base no resultado naturalístico, 
é possível a existência de 3 tipos de crime: a) crime 
material (depende do resultado naturalístico), b) crime 
formal (a consumação do crime independe da obtenção 
do resultado), e c) crime de mera conduta (consuma-
se pela simples prática da conduta ilícita, não havendo 
resultado naturalístico possível).
Nexo causal: ligação de causa e efeito entre a conduta 
e o resultado. O CP adotou, como regra geral, a teoria da 
equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua 
non), analisada em conjunto com dolo e a culpa (causalidade 
psíquica), a fim de se evitar o regressus ad infinitum.
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
33
Teoria da imputação objetiva: o agente apenas será 
responsabilizado pela prática de um crime se ele criou ou 
incrementou um risco proibido ao bem penalmente tutelado.
Concausas: são causas paralelas à conduta do 
agente, que concorrem para a produção do resultado. 
Podem ser dependentes ou independentes. 
Concausas dependentes: encontram-se no desdobramento 
normal e previsível da conduta, sendo esperadas. 
Concausas independentes: são aquelas não desejadas 
e imprevisíveis que acabam produzindo um resultado 
penalmente relevante. Podem ser relativamente ou 
absolutamente independentes e, em ambos os casos, 
ainda podem ser classificadas como preexistentes, 
concomitantes ou supervenientes.
Tipicidade: é o enquadramento do fato concreto 
ao tipo penal, que representa a descrição do crime em 
abstrato (tipicidade legal). O tipo penal é composto pelo 
núcleo do tipo (verbo), bem como por elementares e 
circunstâncias, objetivas (que se comunicam aos demais 
coautores ou partícipes do crime que delas sabiam) 
ou subjetivas (que não se comunicam, salvo quando 
elementares do crime).
Erro de tipo: o agente tem uma percepção equivocada da 
realidade em relação a algum elemento constitutivo do tipo 
legal, sendo excluído o dolo, mas sendo possível a punição por 
crime culposo, se previsto em lei. O erro de tipo é dividido em 
“erro de tipo essencial” e “erro de tipo acidental”.
Erro sobre o objeto (error in re): existe uma falsa 
percepção sobre o objeto do crime, já que o agente 
pretende atingir determinada coisa, mas atinge coisa 
diversa, respondendo pelo crime como se tivesse atingido 
a coisa realmente desejada.
Erro sobre a pessoa (error in persona): existe uma 
falsa percepção sobre a vítima do crime, sendo atingida 
terceira pessoa diversa daquela realmente pretendida. O 
agente responde pelo crime como se tivesse matado a 
pessoa desejada. 
Erro na execução (aberratio ictus): o agente, por 
acidente ou erro no uso dos meios de execução, ao invés 
de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa 
diversa, respondendo como se tivesse praticado o crime 
contra a pessoa desejada. Atingida a pessoa desejada e 
pessoa diversa (resultado duplo), aplica-se a regra do 
concurso formal próprio. 
Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis): 
o agente desejava cometer um crime, mas por erro na
execução, acaba por cometer outro. Se o crime cometido em 
erro de execução não possuir a modalidade culposa, o agente 
responderá por tentativa do crime que queria praticar.
Erro no nexo causal (aberratio causae): o agente 
acredita ter cometido um crime de um modo, quando na 
verdade foi outro o meio por ele empregado que causou 
o delito. A aberratio causae não possui muita relevância
prática, devendo o agente responder pelo seu dolo genérico.
5. ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)
É a ofensa da conduta típica ao ordenamento jurídico, 
sendo considerada elemento essencial para a caraterização 
do crime. Algumas condutas, apesar de serem típicas, não 
caracterizam crime, porque acobertadas por excludentes 
de antijuridicidade ou de ilicitude: a) estado de necessidade, 
b) legítima defesa, c) estrito cumprimento de dever legal
ou d) exercício regular de direito (art. 23 do CP).
Estado de necessidade: situação de perigo atual 
de determinado bem, cuja preservação depende do 
sacrifício inevitável de outro bem (colisão de bens 
protegidos) de igual valor ou de valor inferior (teoria 
unitária). Requisitos: a) perigo atual, b) situação de 
perigo não causada voluntariamente pelo agente, c) 
ação deve ocorrer para salvar direito próprio ou alheio, 
d) inexistência do dever legal de enfrentar o perigo, e)
inevitabilidade do comportamento lesivo.
Estado de necessidade putativo: o agente imagina 
uma situação de perigo que caracterizaria o estado de 
necessidade, mas ele de fato não acontece. Se o erro 
for escusável exclui-se o dolo/culpa, se inescusável, 
responde pelo crime culposo se houver previsão.
Legítima defesa: entende-se em legítima defesa 
quem, usando moderadamente dos meios necessários, 
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu 
ou de outrem. Requisito: a) agressão injusta; b) atualidade 
ou iminência da agressão; c) direito próprio ou alheio; d) 
uso dos meios necessários; e) uso moderado.
Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/19): inseriu o 
parágrafo único no art. 15 do CP, dispondo oque “o agente 
de segurança pública que repele agressão ou risco de 
agressão a vítima mantida refém durante a prática de 
crimes.” O novo parágrafo único apenas deixou expressa 
uma hipótese que já era considerada legítima defesa. 
Legítima defesa putativa: o agente se defende de 
uma agressão acreditando que está em legítima defesa, 
mas sua percepção é falsa. Se o erro for escusável, exclui-
se o dolo/culpa, se inescusável, o agente será condenado 
por crime culposo, se houver previsão.
Legítima defesa sucessiva: ocorre quando o próprio 
agressor se defende do excesso praticado em legítima defesa. 
Havendo excesso, permite-se a legítima defesa sucessiva. 
Legítima defesa subjetiva: o agente comete um 
excesso na sua reação, por meio deum erro escusável 
(“excesso acidental”). 
Legítima defesa preordenada: para a FGV, os 
ofendículos caracterizam legítima defesa preordenada. 
Ofendículos são obstáculos ou instrumentos utilizados 
proposital e moderadamente para a proteção de bens 
jurídicos, geralmente patrimoniais (ex.: cerca elétrica, 
cacos de vidro, etc.). 
Estrito cumprimento do dever legal: excludente de 
antijuridicidade em que o agente pratica fato típico em 
razão do exercício de uma obrigação imposta pela lei. O 
agente, além de cumprir o seu dever legal, deverá agir 
com proporcionalidade/razoabilidade. 
Exercício regular do direito: quem exerce 
regularmente um direito não pode ser punido pela prática 
de infração penal (ex.: lesões ocorridas dentro da prática 
regular desportiva, intervenções cirúrgicas autorizadas 
pelos pacientes, etc.). Tais condutas devem ser utilizadas 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
44
com moderação e nos termos autorizados pela legislação.
6. CULPABILIDADE
A culpabilidade está relacionada à reprovabilidade da 
conduta do agente, ou seja, a existência de circunstâncias 
capazes de influenciar a liberdade do agente entre 
adotar uma conduta lícita ou ilícita. A culpabilidade é 
formada pelos seguintes elementos: a) imputabilidade, 
b) potencial consciência da ilicitude e c) exigibilidade de
conduta diversa.
Imputabilidade: como regra geral, é verificada de 
acordo com o critério biopsicológico: aspecto biológico 
(doença mental ou desenvolvimento mental incompleto) 
e aspecto psicológico (capacidade de entendimento ou de 
autodeterminação do agente no momento da conduta). 
O agente pode ser considerado inimputável ou semi-
imputável.
INIMPUTÁVEL SEMI-IMPUTÁVEL
Inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito 
do fato 
Sujeito à medida de 
segurança
Não era inteiramente 
incapaz de entender o 
caráter ilícito do fato
Redução da pena de um a 
dois terços, podendo ser 
substituída por medida 
de segurança nos casos 
do art. 98 do CP. 
OBS.: o CP adotou o critério biológico em relação ao 
menor de 18 anos (a inimputabilidade é presumida de 
forma absoluta, independentemente do entendimento do 
agente sobre a ilicitude do fato).
Embriaguez: a embriaguez, voluntária ou culposa, 
pelo álcool ou substância de efeitos análogos não exclui 
a culpabilidade (teoria da actio libera in causa). No caso 
embriaguez completa, proveniente de caso fortuito 
ou força maior, dependendo do grau de consciência do 
agente, pode haver a exclusão da culpabilidade. 
Emoção e paixão: a emoção ou a paixão não são 
capazes de excluir a culpabilidade, mas podem possuir 
efeitos diferentes sobre a pena: a) emoção: sentimento 
abrupto e passageiro, pode atenuar a culpabilidade; 
b) paixão: sentimento duradouro e profundo, que
pode caracterizar torpeza ou vingança, aumentando a
reprovação da conduta.
Potencial consciência de ilicitude: embora o 
conhecimento da lei seja obrigatório para todas as 
pessoas, existem situações em que o agente atua 
conscientemente, mas acreditando que não há qualquer 
ilicitude na sua conduta (sabe o que está fazendo, mas 
acredita que não é crime), o que se denomina de erro de 
proibição. Duas situações são possíveis: 
Erro de proibição inevitável (escusável): haverá 
exclusão da culpabilidade e o agente será isento de pena. 
Erro de proibição evitável (inescusável): haverá 
redução da pena de 1/3 a 1/6, conforme art. 21 do CP. 
Inexigibilidade de conduta diversa: se, no caso 
concreto, não se puder exigir, do agente, conduta 
diferente daquela que ele tomou, ele não poderá ser 
censurado pelo que fez, excluindo-se sua culpabilidade. 
Há duas hipóteses: 
Coação moral irresistível: o coagido realiza conduta 
delituosa em razão de pressão psicológica irresistível 
feita pelo coator. 
Coação física irresistível: a coação moral irresistível 
exclui a culpabilidade, enquanto a coação física irresistível 
exclui o fato típico. 
Obediência hierárquica: o agente realiza a conduta 
delituosa em cumprimento a uma ordem de um 
superior hierárquico. São exigidos dois requisitos: a) 
relação de hierarquia pública, e b) ordem não pode ser 
manifestamente ilegal. 
7. CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES
QUANTO AO RESULTADO 
Crime material: aquele que exige resultado 
naturalístico (ex.: homicídio).
Crime formal: o resultado material é previsto, mas 
não é exigido para a consumação do crime (ex.: extorsão, 
conforme Súmula n. 96 do STJ).
Crime de mera conduta ou de simples atividade: o 
tipo penal não faz nenhuma referência a um resultado 
naturalístico (ex.: crime de porte ilegal de armas). 
QUANTO À INTENÇÃO DO AGENTE 
Crime de dano: aquele em que há efetiva “destruição” 
do bem protegido (ex.: homicídio e lesão corporal).
Crime de perigo: exige apenas a probabilidade de 
dano. É subdividido em: a) crime de perigo concreto 
(ex.: homicídio) e b) crime de perigo abstrato (perigo 
presumido pela lei, como por ex.: tráfico ilícito de drogas).
QUANTO AO MOMENTO DA CONSUMAÇÃO
Crime instantâneo: a consumação tem momento 
definido (ex.: morte da vítima no crime de homicídio).
Crime permanente: a conduta e a consumação se 
alongam no tempo por vontade do agente (ex.: sequestro).
Crime a prazo: exige o decurso de um tempo para 
a sua caracterização (Ex.: crime de lesão corporal grave 
pela incapacidade das ocupações habituais por mais de 
30 dias). 
QUANTO AO SUJEITO ATIVO
Crime comum: aquele que pode ser praticado por 
qualquer pessoa (ex.: furto e roubo). 
Crime próprio: exige-se qualidade especial do sujeito 
ativo (ex.: no infanticídio, o sujeito ativo deve ser a mãe).
Crime de mão própria: o que somente pode ser 
praticado pessoalmente pelo agente designado no tipo, não 
se admitindo coautoria (ex.: falso testemunho e bigamia).
Crime vago: o sujeito passivo é destituído de 
personalidade jurídica, ou seja, a vítima é indeterminada 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
55
(ex.: crimes de ato obsceno e tráfico).
QUANTO AOS VESTÍGIOS DEIXADOS
Crime transeunte: aquele que não deixa vestígios 
(ex.: ato obsceno).
Crime não transeunte: aquele que deixa vestígios, 
sendo obrigatória a elaboração de exame de corpo de 
delito (ex.: lesão corporal). 
QUANTO À ESTRUTURA DA CONDUTA 
Crime simples: aquele formado por um único fato 
típico (ex.: furto).
Crime complexo: aquele formado por dois ou mais 
fatos típicos, que se transformam em elementares, 
qualificadoras ou causas de aumento do crime (ex.: 
extorsão mediante sequestro e latrocínio).
QUANTO À AUTONOMIA DO CRIME 
Crime principal: não depende de outro crime (ex.: estupro). 
Crime acessório, parasitário ou delito de fusão: 
depende de outro crime, chamado de crime antecedente 
ou pressuposto (ex.: receptação). 
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES 
Crime habitual: exige reiteração da mesma conduta 
para a sua caracterização, já que a prática de um ato 
isolado é considerada fato atípico (Ex.: curandeirismo). O 
crime habitual não admite tentativa.
Crime remetido: aquele que faz menção a outro tipo 
penal em sua descrição, que passa a integrá-la (ex.: crime 
de uso de documento falso).
Crime inominado: aquele que afronta a moral, mas 
não está tipificado em lei como crime (ex.: incesto que, 
apesar de imoral, não é crime). 
Crime de atentado ou empreendimento: aquele em 
que consumação e tentativa são apenadas da mesma 
maneira (adotada a teoria voluntarista ou subjetiva. Pune-
se a intenção do agente, independentemente do resultado 
(ex.: crime de evasão de preso mediante violência).
Quase-crime: nome doutrinário do crime impossível.
8. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consumação: crime consumado é aquele que reúne 
todos os elementos de sua definição legal. Para tanto 
são necessárias 4 etapas (iter criminis): a) cogitação 
(não punível), b) preparação (em regra, não é punível), c) 
execução(pune-se a tentativa), e d) consumação (punição 
pelo crime). 
Tentativa (“conatus”): o crime é considerado tentado 
quando, iniciada a execução, não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente. Em regra, 
o agente é punido com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois terços. OBS.: quanto
mais próximo o infrator chegar à consumação, menor a
redução, e vice-versa.
Infrações penais que não admitem tentativa:
Crime culposo: nesse caso o agente causa o resultado 
involuntariamente, enquanto que na tentativa, o agente 
quer causar o resultado (exceção: culpa imprópria quando 
o erro é evitável).
Crime preterdoloso ou preterintencional: não admite 
tentativa, porque o resultado mais gravoso é involuntário.
Crime omissivo puro ou próprio: não há tentativa no 
caso de omissão. 
Crime habitual: como exige reiteração da mesma 
conduta para a sua caracterização, impossível a tentativa 
nesses casos. 
Contravenção penal: existe tentativa de contravenção, 
mas não é punida por questões de política criminal (art. 
4º da LCP).
Classificações:
Tentativa branca ou incruenta: a vítima não é atingida;
Tentativa vermelha ou cruenta: a vítima é atingida.
Tentativa perfeita, acabada ou crime falho: o infrator 
consegue esgotar os meios de execução possíveis, 
embora não consiga consumar o crime. 
Tentativa imperfeita ou inacabada: o infrator não 
consegue esgotar os meios de execução por circunstâncias 
alheias à sua vontade.
Desistência voluntária: na desistência voluntária, 
o infrator, sem esgotar os meios de execução (tentativa
imperfeita), desiste voluntariamente de prosseguir na
execução do crime, ainda que influenciado por terceiro.
Responderá apenas pelos atos praticados.
Arrependimento eficaz: o agente esgota todos os 
meios disponíveis para executar o crime (tentativa 
perfeita), mas, posteriormente, toma providências para 
que o crime não seja consumado. O agente responderá 
apenas pelos atos praticados.
FÓRMULA DE FRANK
Na tentativa, o agente quer 
consumar o crime, mas 
não pode
Na desistência voluntária e 
no arrependimento eficaz, 
o agente pode consumar o
crime, mas não quer
Arrependimento posterior: nos crimes cometidos 
sem violência ou grave ameaça à pessoa, se o dano for 
reparado ou se for restituída a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena 
será reduzida de um a dois terços (não confundir com o 
arrependimento eficaz, no qual o crime não se consuma).
Crime impossível: aquele que não pode ser 
consumado em razão da ineficácia absoluta do meio 
(ex.: furtar algo com o poder da mente), por absoluta 
impropriedade do objeto (ex.: matar um cadáver) ou em 
razão de obra do agente provocador (delito de ensaio). 
Súmula 145 do STF: Não há crime, quando a 
preparação do flagrante pela polícia torna impossível a 
sua consumação.
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
66
9. CONCURSO DE PESSOAS
Quando mais de uma pessoa concorre para a prática 
do mesmo crime, devendo ser preenchidos os seguintes 
requisitos: a) pluralidade de agentes, b) liame subjetivo, 
c) relevância causal e d) unidade de crime.
AUTORIA: autor do crime, para a teoria restritiva, é
aquele que pratica as elementares do tipo penal ou, para 
a teoria do domínio do fato, é aquele tem o domínio sobre 
a ação criminosa.
Autoria mediata: o autor mediato não realiza 
diretamente a conduta típica, valendo-se de terceira pessoa 
como um instrumento para a prática delitiva (ex.: coação 
moral irresistível). Não se trata de concurso de pessoa, 
uma vez que o executor não deseja praticar o crime.
Autoria colateral: o crime é praticado ao mesmo 
tempo por mais de um agente, sem, entretanto, haver 
liame subjetivo entre eles. 
Autoria incerta: no caso de autoria colateral, 
quando não for possível determinar qual dos agentes foi 
responsável pelo crime, ambos respondem por tentativa, 
em virtude do princípio in dubio pro reo. 
Coautoria: ocorre quando duas ou mais pessoas 
exercem elementares do tipo penal, segundo a teoria 
restritiva, ou têm o controle da ação criminosa, segundo 
teoria do domínio do fato.
Participação: ocorre quando alguém, de qualquer 
modo, concorre para o crime sem exercer elementares 
do tipo (teoria restritiva) ou sem ter o domínio da ação 
criminosa (teoria do domínio do fato). A participação pode 
ser: a) moral (induzimento ou instigação) ou b) material 
(auxílio prático). 
O código penal adotou a teoria monista, unitária ou 
igualitária para o concurso de pessoas: todos respondem pelo 
mesmo crime e com as mesmas penas, salvo no caso de:
Cooperação dolosamente distinta: quando o agente 
quis participar de crime menos grave do que aquele 
efetivamente praticado.
Previsão especial em sentido contrário: quando o 
legislador prevê crimes diferentes para aqueles que 
atuaram em concurso de agentes, como nas hipóteses 
dos crimes de corrupção ativa (art. 333 do CP) e passiva 
(art. 317 do CP). 
Comunicabilidade das circunstâncias e elementares 
no concurso de pessoas: no concurso de pessoas (I) as 
circunstâncias objetivas comunicam-se entre os agentes, 
(II) as circunstâncias subjetivas não se comunicam entre
os agentes, e (III) as elementares do crime comunicam-se 
entre os agentes
10. CONCURSO DE CRIMES
No concurso de crimes uma pessoa pratica, por 
meio de uma ou mais condutas, dois ou mais crimes. As 
espécies de concurso de crimes são:
Concurso material (ou concurso real): ocorre quando 
o agente, mediante duas ou mais condutas, pratica dois ou
mais crimes. Pode ser: a) concurso material homogêneo 
(resultados dos crimes são idênticos) ou b) concurso 
material heterogêneo (resultados são distintos). As 
penas são aplicadas para cada um dos crimes cometidos 
e, posteriormente, somadas (sistema do cúmulo material 
de penas). 
Concurso formal: no concurso formal o agente, 
mediante uma única conduta, pratica dois ou mais crimes. 
Também apresenta duas espécies: a) concurso formal 
próprio ou perfeito (delitos decorrem de uma única vontade 
ou desígnio do agente) ou b) concurso formal impróprio ou 
imperfeito (decorrem de desígnios autônomos).
CONCURSO FORMAL 
PERFEITO
CONCURSO FORMAL 
IMPERFEITO
Único desígnio
Pena do crime mais grave 
é aumentada de 1/6 até 
a metade (sistema da 
exasperação da pena), salvo 
se resultado obtido for maior 
do que aquele obtido pela 
soma das penas (concurso 
material benéfico)
Mais de um desígnio
As penas são somadas, 
assim como no concurso 
material
Crime continuado: o agente, mediante duas ou 
mais condutas, pratica crimes da mesma espécie que, 
em razão da semelhança de tempo, lugar e modo de 
execução, são considerados atos de continuação do crime 
principal. Há duas espécies: a) crime continuado comum 
(crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa) e b) 
crime continuado específico (crimes dolosos, cometidos 
com violência ou grave ameaça à pessoa). 
CRIME CONTINUADO 
COMUM 
CRIME CONTINUADO 
ESPECÍFICO 
Sem violência ou grave 
ameaça
Aplica-se a pena mais 
grave, que poderá ser 
aumentada de 1/3 a 2/3 
Com violência ou grave 
ameaça.
Aplica-se a pena mais 
grave, que poderá ser 
aumentada até o triplo
11. SANÇÕES PENAIS
Reação do Estado em face do agente que cometeu 
uma infração penal, subdividindo-se em medida de 
segurança e pena.
MEDIDA DE SEGURANÇA: sanção penal cabível ao 
inimputável e, excepcionalmente, ao semi-imputável. Há duas 
espécies: a) detentiva (internação em hospital de custódia 
e tratamento psicológico) ou b) restritiva (tratamento 
ambulatorial sem restrição da liberdade do agente). 
A medida de segurança tem prazo mínimo de 1 
a 3 anos, mas perdura por tempo indeterminado, até 
a cessação de periculosidade. O tempo de duração da 
medida de segurança não deve ultrapassar o limite 
máximo da pena abstratamente cominada ao delito 
praticado (Súmula n. 527 do STJ. 
Fase de Execução: se a inimputabilidadefor verificada 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
77
na fase de execução da pena, esta poderá ser substituída 
por medida de segurança. Recuperado o condenado, ele 
deverá voltar a cumprir a pena imposta na sentença.
PENA: o CP prevê 3 espécies de pena: 
Pena privativa de liberdade: representa a restrição do 
direito de locomoção do condenado, podendo assumir uma das 
seguintes espécies: a) reclusão (regime fechado, semiaberto 
ou aberto), b) detenção (regime semiaberto ou aberto, sendo 
o fechado possível apenas em caso de regressão de regime)
e c) prisão simples (reservada às contravenções penais,
devendo ser cumprida, sem rigor penitenciário).
Progressão de regime: o sistema progressivo para 
cumprimento de pena privativa de liberdade determina 
que o condenado, cumpridas determinadas condições 
legais ou estabelecidas pelo juízo, tenha o direito de 
progredir do regime mais rigoroso para o regime 
imediatamente menos rigoroso (é vedada a progressão 
“por salto”). OBS.: nos crimes contra a administração 
pública, a progressão é condicionada, além dos requisitos 
legais, à reparação do dano ou à devolução do produto do 
ilícito praticado.
Requisitos (Pacote Anticrime): 
Primário que praticou infração comum sem violência 
ou grave ameaça: 16% da pena. 
Primário que praticou infração comum com violência 
ou grave ameaça: 20% da pena. 
Reincidente que praticou infração comum sem 
violência ou grave ameaça: 25 % da pena. 
Reincidente que praticou infração comum com 
violência ou grave ameaça: 30% da pena. 
Primário que praticou crime hediondo sem resultado 
morte: 40% da pena. 
Primário que praticou crime hediondo com resultado 
morte: 50% da pena, sendo vedado livramento condicional. 
Reincidente específico que praticou crime hediondo 
ou equiparado sem resultado morte: 60% da pena. 
Reincidente específico que praticou crime hediondo 
ou equiparado com resultado morte: 70% da pena. 
Primário ou reincidente que praticou crime de 
organização criminosa destinada a prática de crimes 
hediondos ou equiparado: 50% da pena vedado o 
livramento condicional. 
Remição: o condenado em regime fechado ou 
semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, 
parte do tempo de execução da pena:
Cada 12 horas de frequência escolar
= 1 DIA DE PENA
Cada 3 três dias de trabalho
Trabalho do preso: o trabalho é um dever do preso e a 
negativa injustificada de prestá-lo representa falta grave (o 
preso que, por acidente, não puder prosseguir no trabalho/
estudos continua a beneficiar-se com a remição). 
Detração: cálculo que computa, na pena privativa 
de liberdade e na medida de segurança, (i) o tempo 
de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, (ii) 
o de prisão administrativa e (iii) o de internação em
hospital de custódia, tratamento psiquiátrico ou outro
estabelecimento semelhante.
Regressão de regime: passagem de regime menos 
rigoroso para um mais rigoroso, podendo ser “por 
salto” (ex.: do aberto para o fechado). Ocorre em caso 
de (i) prática de falta grave ou (ii) condenação, por crime 
anterior, cuja pena, somada à anterior, torne incabível o 
regime atual.
Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/19): Houve 
alteração do art. 75 do CP, ampliando o prazo máximo de 
cumprimento da pena privativa de liberdade de 30 anos 
para 40 anos.
Unificação das penas: quando o agente for condenado 
a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior 
a 40 anos, devem elas ser unificadas para atender a esse 
limite máximo. 
Prazo máximo e demais benefícios: a jurisprudência 
majoritária entende que o prazo máximo de 40 anos não se 
aplica para a concessão dos demais benefícios previstos 
em lei, conforme disposto na Súmula n. 715 do STF.
Penas restritivas de direito: representam restrições 
ou supressão de um ou mais direitos do condenado e são 
aplicadas em substituição à pena privativa de liberdade. 
Existem 5 espécies de penas restritivas de direito: 1) Prestação 
pecuniária, 2) Perda de bens e valores, 3) Prestação de 
serviços à comunidade ou a entidades públicas, 4) Interdição 
temporária de direitos e 5) Limitação de fim de semana. 
REQUISITOS PARA A SUBSTITUIÇÃO DA PENA
QUANTIDADE DE 
PENA
Crime culposo: qualquer pena 
imposta admite a substituição,
Crime doloso: para que haja a 
substituição, o crime deve ser 
cometido sem violência ou grave 
ameaça à pessoa e a pena imposta 
deve ser inferior a 4 anos
REINCIDÊNCIA
O réu não pode ser reincidente 
em crime doloso, salvo se a 
reincidência não for específica 
no mesmo tipo penal e a medida 
for socialmente recomendável, 
A reincidência em crime culposo 
não impede a substituição da 
pena privativa de liberdade por 
restritiva de direito
CIRCUNSTÂNCIAS 
FAVORÁVEIS
Culpabilidade, antecedentes, 
conduta social, personalidade 
do condenado, motivos e 
circunstâncias devem indicar 
que a substituição é suficiente.
Violência e Grave Ameaça: Nos crimes dolosos 
praticados com violência ou grave ameaça não é possível 
a substituição por pena restritiva de direitos. 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
88
CRITÉRIOS PARA A SUBSTITUIÇÃO DA PENA
CONDENAÇÃO 
IGUAL OU 
INFERIOR A 
1 ANO
Multa ou uma pena restritiva 
de direito
CONDENAÇÃO 
SUPERIOR A 
1 ANO
Uma pena restritiva de direito e 
multa ou 
Duas penas restritivas de direito
Prestação pecuniária: pagamento em dinheiro 
à vítima, seus dependentes ou a entidade pública ou 
privada com destinação social, valor este deduzível de 
eventual condenação em ação de reparação civil.
Prestação de outra natureza: se houver aceitação 
do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir 
em prestação de outra natureza (ex.: doação de cestas 
básicas), salvo nos casos de violência doméstica e familiar 
contra a mulher, onde essa substituição é vedada.
Perda de bens e valores: bens e valores pertencentes 
aos condenados revertidos em favor do Fundo 
Penitenciário Nacional, no montante do prejuízo causado 
ou do provento obtido. 
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas: aplicável no caso de penas superiores a 
seis meses de privação da liberdade, consiste na 
atribuição, ao condenado, de tarefas gratuitas em 
entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e 
outros estabelecimentos congêneres, em programas 
comunitários ou estatais. 
PENA DE 
ATÉ 1 ANO
A pena restritiva de direito deve ser 
cumprida no mesmo tempo da pena 
privativa de liberdade substituída
PENA 
SUPERIOR A 
1 ANO
A pena restritiva de direitos de 
prestação de serviços pode ser 
cumprida em menor tempo, desde 
que não inferior à metade da pena 
privativa de liberdade substituída.
Interdição temporária de direitos: são as seguintes: 
1) proibição do exercício de cargo, função ou atividade
pública, bem como de mandato eletivo, 2) proibição do
exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam
de habilitação especial, de licença ou autorização do
poder público, 3) suspensão de autorização ou de
habilitação para dirigir veículo, 4) proibição de frequentar
determinados lugares e 5) proibição de inscrever-se em
concurso, avaliação ou exame públicos.
Limitação de fim de semana: obrigação de o condenado 
permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas 
diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento 
adequado, quando poderão ser ministrados cursos e 
palestras ou atribuídas atividades educativas. 
A pena restritiva de direitos pode ser revogada, 
de forma obrigatória ou facultativa, convertendo-se 
novamente em pena privativa de liberdade:
CONVERSÃO 
OBRIGATÓRIA
CONVERSÃO 
FACULTATIVA
Quando ocorrer 
descumprimento 
injustificado da restrição 
imposta
Deduzido o tempo 
cumprido da pena 
restritiva de direitos, 
respeitado o saldo 
mínimo de trinta dias
Sobrevindo nova 
condenação a pena 
privativa de liberdade, 
o juizda execução
penal decidirá sobre a
conversão
Se o cumprimento da 
nova pena for compatível 
com o da restritiva de 
direitos, esta não será 
convertida.
Multa: fixada em sentença com base em dois critérios: 
a) fixada em dias-multa e b) atribui-se um valor para cada
dia multa, conforme a situação econômica do condenado.
Pacote Anticrime (Lei 13.964/19): Transitada em 
julgado a sentença condenatória, a multa será executada 
perante o juiz da execução penal e será considerada 
dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida 
ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às 
causas interruptivas e suspensivas da prescrição (art. 
51).
Lei Maria da Penha: em crimes abarcados pela Lei Maria 
da Penha, a multa não pode ser aplicada de forma isolada.
12. APLICAÇÃO DA PENA
O CP adotou, para aplicação da pena, o sistema trifásico: 
PRIMEIRA FASE: pena-base
Fixada observando-se os limites mínimos e máximos 
cominados em abstrato pelo tipo penal, levando-
se em consideração eventuais qualificadoras e as 
circunstâncias judiciais do art. 59 do CP (culpabilidade, 
antecedentes, conduta social, personalidade do agente, 
motivos, circunstâncias e consequências do crime e 
comportamento da vítima).
SEGUNDA FASE: pena intermediária 
Agravantes e atenuantes: o juiz leva em consideração 
as atenuantes e as agravantes previstas em lei, que vão 
atenuar ou agravar a pena-base, não podendo, entretanto, 
extrapolar o limite mínimo e máximo da pena em abstrato 
do crime (Súmula n. 231 do STJ).
OBS.: 1) a circunstância que prepondera sobre todas 
as demais é a circunstância atenuante da menoridade 
(menor de 21 anos na data dos fatos) ou da senilidade 
(maior de 70 anos na data da sentença); 2) a agravante 
da reincidência, salvo no caso das atenuantes da 
menoridade ou da senilidade, prepondera sobre todas 
as demais atenuantes; 3) o STJ pacificou entendimento 
de que a agravante da reincidência se compensa com a 
atenuante da confissão espontânea, salvo se o réu for 
multirreincidente; 4) atenuantes e agravantes subjetivas 
prevalecem sobre atenuantes e agravantes objetivas
ATENÇÃO: a agravante não agrava a pena: 1) se já 
constitui ou qualifica o crime, 2) se a pena base já foi 
fixada no máximo e 3) se houver concurso de agravante 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
99
com atenuante que seja preponderante.
Reincidência: ocorre quando (i) o agente comete novo 
crime e (ii) depois de transitar em julgado a sentença que, 
no país ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime 
anterior.
Não há reincidência quando o agente é condenado 
por decisão irrecorrível pela prática de contravenção 
penal e depois pratica novo crime, pois não há previsão 
legal nesse sentido. 
ATENÇÃO: crime militar próprio e crime político não 
geram reincidência.
CRIME CRIME REINCIDÊNCIA
CRIME CONTRAVENÇÃO REINCIDÊNCIA
CONTRAVENÇÃO CONTRAVENÇÃO REINCIDÊNCIA
CONTRAVENÇÃO CRIME NÃO HÁ REINCIDÊNCIA
CRIME MILITAR 
OU POLÍTICO CRIME
NÃO HÁ 
REINCIDÊNCIA
PERDÃO 
JUDICIAL
PERDÃO 
JUDICIAL
NÃO HÁ 
REINCIDÊNCIA
Prescrição da reincidência: não haverá reincidência 
se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e 
a infração posterior tiver decorrido período de tempo 
superior a 5 anos, computado o período de prova da 
suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer 
revogação. 
TERCEIRA FASE: pena definitiva 
Causas de aumento e diminuição: o juiz não está 
atrelado aos limites abstratos da pena, podendo aumentar 
ou diminuir a pena além do máximo ou do mínimo 
previstos para o crime. Havendo concurso de causas de 
aumento e de diminuição, o juiz deverá observar que:
DUAS OU MAIS 
CAUSAS DE 
AUMENTO
Deve aplicar todas, salvo se as 
causas de aumento estiverem 
previstas na parte especial do 
CP, podendo aplicar apenas uma 
causa, desde que seja a causa 
que mais aumenta a pena
DUAS OU MAIS 
CAUSAS DE 
DIMINUIÇÃO DE 
PENA
Deve aplicar todas, salvo se as 
causas de diminuição estiverem 
previstas na parte especial do 
CP, podendo aplicar apenas uma 
causa, desde que seja a causa 
que mais diminua a pena
CAUSA DE 
AUMENTO E 
CAUSA DE 
DIMINUIÇÃO
O juiz deve primeiro aplicar a causa 
de aumento e depois a de diminuição
13. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA
PENA (SURSIS)
ATENÇÃO: Não confundir suspensão condicional da 
pena com a suspensão condicional do processo prevista 
na Lei n. 9.099/95. 
O sursis, ou suspensão condicional da pena, 
representa o direito do condenado de ter suspensa 
a execução da sua pena privativa de liberdade por um 
determinado período (período de prova), em que ficará 
sujeito a determinadas condições que, se cumpridas, 
acarretarão a extinção da punibilidade do agente. 
REQUISITOS: 
Pena privativa de liberdade: condenação a pena privativa 
de liberdade não superior a 2 anos (salvo sursis etário, sursis 
humanitário ou em se tratando de crimes ambientais). 
Não ser reincidente em crime em doloso: salvo se a 
condenação anterior for a pena de multa. 
Circunstâncias favoráveis: a culpabilidade, os 
antecedentes, a conduta social e personalidade do 
agente, bem como os motivos e as circunstâncias devem 
autorizar a concessão do benefício.
Não indicada ou incabível a substituição prevista 
no art. 44 do CP: se for possível a substituição da pena 
privativa de liberdade por pena restritiva de direito não 
haverá aplicação do sursis. 
Reparação do dano: no caso de sursis especial, além 
dos requisitos anteriores, o condenado deve reparar o 
dano, salvo impossibilidade de fazê-lo. 
Pena Restritiva de Direito e de Multa: A pena 
restritiva de direitos e a de multa não admitem sursis.
PERÍODO DE PROVA: tempo em que o condenado 
será submetido a certas condições para que a suspensão 
da sua pena privativa de liberdade seja considerada 
válida. O período de prova será de 2 a 4 anos, salvo nos 
casos de sursis etário e sursis humanitário (período de 
prova de 4 a 6 anos).
CONDIÇÕES DO SURSIS: as condições impostas no 
período de prova são classificadas em (i) legais, quando 
expressamente previstas em lei e (ii) judiciais, quando 
determinadas pelo juiz. Em todas as espécies de sursis, 
o juiz tem liberdade para fixar as condições que entender
necessárias, desde que sejam razoáveis e proporcionais.
ESPÉCIES: 
Sursis simples: é o mais rigoroso, sendo imposto 
ao condenado que podia ter reparado o dano causado, 
mas não o fez. No primeiro ano do período, é condição 
obrigatória a prestação de serviços à comunidade ou 
limitação de fim de semana.
Sursis especial: menos grave porque o condenado 
reparou o dano ou não podia repará-lo. O juiz fixará 
as seguintes condições: a) proibição de se ausentar 
da Comarca sem autorização judicial; b) proibição de 
frequentar determinados lugares e c) comparecimento 
mensal à juízo para comprovar e justificar atividades.
Sursis etário: condenado maior de 70 anos de idade, 
desde que a sua pena privativa de liberdade não seja 
superior a 4 anos. O período de prova será 4 a 6 anos. 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
1010
Sursis humanitário: previsto para os casos em que as 
condições de saúde do condenado justificam a suspensão 
da pena, podendo ser beneficiado o condenado a pena não 
superior a 4 anos e o período de prova será de 4 a 6 anos.
REVOGAÇÃO: 
REVOGAÇÃO 
OBRIGATÓRIA
REVOGAÇÃO 
FACULTATIVA
Se, durante o período 
de prova, o beneficiário: 
1) é condenado, em 
sentença irrecorrível, por
crime doloso; 2) frustra a
execução de pena de multa 
ou não efetua, sem motivo
justificado, a reparação
do dano; 3) descumpre
a condição de prestar
serviços à comunidade
ou de limitação de fim de
semana no sursis simples
Se, durante o período 
de prova, o beneficiário 
descumpre qualquer outra 
condição imposta ou é 
condenado por sentença 
irrecorrível, por crime 
culposo ou por contravenção,a pena privativa de liberdade 
ou restritiva de direitos
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA: se o 
beneficiário do sursis passa a responder a novo processo 
pela prática de outro crime ou contravenção, considera-se 
prorrogado o prazo do sursis até o julgamento definitivo. 
14. LIVRAMENTO CONDICIONAL
Benefício legal concedido na fase de execução da 
pena, consistente no direito público subjetivo do agente, 
que cumpre alguns requisitos objetivos e subjetivos, de 
ter e sua liberdade antecipada.
REQUISITOS OBJETIVOS
• Pena privativa de liberdade igual ou superior a 2
anos, sendo considerada, para tanto, a somatória das
penas decorrentes de outras condenações;
• Reparação do dano, salvo motive justificado
• Não cometimento de falta grave nos últimos 12
(doze) meses (pacote anticrime)
• Cumprimento de parte da pena: 1/3, 1/2 ou 2/3,
dependendo dos antecedentes e de eventual reincidência 
do condenado (OBS.: condenado reincidente específico
em crime hediondo ou assemelhado, ou com com morte 
da vítima nesses crimes, não tem direito ao livramento
condicional).
ATENÇÃO: a) não cabe livramento condicional para 
penas restritivas de direito nem de multa e b) Com a Lei 
13.964/19 (pacote anticrime), aquele que cometeu falta 
disciplinar grave nos últimos 12 meses não terá direito 
ao livramento condicional.
REQUISITOS SUBJETIVOS
• Comportamento carcerário satisfatório;
• Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído;
• Aptidão para prover a sua subsistência, mediante
trabalho honesto;
• Em se tratando de crime doloso praticado com
violência ou grave ameaça, é necessário exame para
constatação que não voltará a delinquir.
Condições: a manutenção do livramento condicional 
depende do cumprimento, por parte do beneficiário, de 
determinadas condições: 
CONDIÇÕES OBRIGATÓRIAS
• Obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se
for apto para o trabalho;
• Comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
• Não mudar do território da comarca do Juízo da
execução, sem prévia autorização deste.
CONDIÇÕES FACULTATIVAS
• Não mudar de residência sem comunicação ao Juiz
e à autoridade incumbida da observação cautelar e
de proteção;
• Recolher-se à habitação em hora fixada;
• Não frequentar determinados lugares.
REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO 
A revogação do livramento condicional pode ser 
obrigatória ou facultativa:
REVOGAÇÃO 
OBRIGATÓRIA
REVOGAÇÃO 
FACULTATIVA
Se o liberado vier a 
ser condenado a pena 
privativa de liberdade, 
em sentença irrecorrível: 
a) por crime cometido
durante a vigência do
benefício; b) por crime
anterior, caso a soma
das penas impeça a
concessão do livramento;
O liberado deve ser 
ouvido antes da decisão 
de revogação.
Se o liberado deixar 
de cumprir obrigações 
impostas na sentença, ou 
se for irrecorrivelmente 
condenado, por crime 
ou contravenção, a pena 
que não seja privativa de 
liberdade; 
Em caso de condenação, 
por prática de contravenção 
penal, a pena de prisão 
simples, a revogação será 
facultativa, por falta de 
previsão legal;
O liberado deve ser 
ouvido antes da decisão 
de revogação.
ATENÇÃO: em todos os casos, se a condenação 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
1111
ocorrer por delito praticado antes do benefício, será 
descontado o tempo do livramento, ao passo que, se a 
condenação se referir a delito cometido na vigência do 
benefício, não haverá o desconto. 
PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA: o período 
de prova será prorrogado se, ao término do seu prazo, 
o beneficiado estiver sendo processado por crime
cometido durante sua vigência, sendo que o beneficiado
não fica sujeito a cumprir as obrigações impostas para
o livramento condicional: se houver condenação pela
prática do crime, o livramento será revogado; caso haja
absolvição, a pena será extinta.
EXTINÇÃO DA PENA: se até o seu término o 
livramento não é revogado, considera-se extinta a pena 
privativa de liberdade.
15. EFEITOS DA CONDENAÇÃO
Efeito primário: é a aplicação da sanção penal pelo 
Estado (medida de segurança ou pena). 
Efeitos secundários: podem possuir natureza penal 
ou extrapenal: 
NATUREZA 
PENAL
a) reincidência; b) impede, em
regra, o sursis e causa a sua
revogação; c) causa a revogação do
livramento condicional; d) aumenta
o prazo da prescrição da pretensão
executória e e) causa a revogação
da reabilitação.
NATUREZA 
EXTRAPENAL 
GENÉRICOS
a) torna certa a obrigação de
indenizar o dano causado pelo crime
e b) confisco dos instrumentos e
produtos do crime
NATUREZA 
EXTRAPENAL 
ESPECÍFICOS
a) perda de cargo, função pública
ou mandato eletivo, b) incapacidade 
para o exercício do poder familiar,
da tutela ou da curatela nos crimes 
dolosos sujeitos à pena de reclusão 
cometidos contra outro titular
do mesmo poder familiar, contra
filho, filha, outro descendente,
contra tutelado ou curatelado e c)
inabilitação para dirigir veículo, se
utilizado como meio para a prática
de crime doloso.
Efeitos extrapenais específicos: os efeitos 
extrapenais específicos não são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença. 
Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime) - O art. 91-A do 
CP passou a prever um novo efeito extrapenal para os 
crimes com pena máxima superior a 6 anos, como forma 
de tentar combater a corrupção. O efeito extrapenal 
previsto é a perda dos bens do condenado incompatíveis 
com os valores de seus rendimentos, mesmo que esses 
bens não estejam diretamente relacionados com a prática 
do crime. 
16. REABILITAÇÃO
REQUISITOS
• Decurso de 2 anos a partir do cumprimento da pena
ou da extinção da punibilidade por qualquer outra forma 
(o tempo do período de prova do sursis e do livramento
condicional, sem revogação, devem ser computados);
• Domicílio no Brasil durante esse período de 2 anos;
• Bom comportamento público e privado;
• Reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo 
ou inexigência.
REVOGAÇÃO: a reabilitação será revogada, de ofício 
ou a requerimento do Ministério Público, se o reabilitado 
for condenado, como reincidente, por sentença definitiva, 
salvo se a pena imposta for de multa. Com a revogação, 
os efeitos extrapenais que estavam suspensos voltam a 
incidir. 
Reabilitação e Reincidência: a reabilitação não 
extingue a reincidência, cujos efeitos desaparecem 
apenas decorridos 5 anos do cumprimento da pena. 
17. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Morte do agente: como a pena não pode passar 
da pessoa do condenado, havendo a morte do agente, 
comprovada pela certidão de óbito, e após a oitiva do 
Ministério Público, sua punibilidade será extinta.
Anistia, graça e indulto: formas de clemência 
soberana que extinguem a punibilidade do agente, salvo 
no caso dos crimes hediondos e assemelhados, em que 
não podem ser concedidas. 
ANISTIA
É o esquecimento jurídico de determinada 
infração penal mediante lei específica. 
Refere-se apenas a fatos, não interferindo 
na previsão genérica do tipo penal. 
Compete ao Congresso Nacional.
GRAÇA
Ato espontâneo dado um grupo de 
pessoas, mediante decreto do Presidente 
da República, que pode ser delegado a 
Ministro de Estado, Advogado Geral da 
União e Procurador Geral da República. 
INDULTO
Medida de caráter individual, por isso 
é denominada de indulto individual, 
concedida por decreto do Presidente da 
República, que pode delegar esse poder 
ao Ministro de Estado, Advogado Geral da 
União e Procurador Geral da República.
Abolitio criminis: ocorre quando uma lei posterior 
deixa de considerar uma conduta como crime, cessando 
em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória anteriormente proferida. A lei posterior 
que deixa de prever o fato como típico deve retroagir, 
beneficiando o réu e extinguindo a sua punibilidade. 
Decadência: representa a perda do direito de 
representação (ação penal pública condicionada) ou queixa 
(ação penal privada) pelo decurso do tempo, em regra 6 
meses, sem o seu exercício. Importante lembrar queo 
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
1212
prazo decadencial não se interrompe nem é se suspende. 
Perempção: sanção processual aplicada ao 
querelante inerte, que tem como consequência a extinção 
da punibilidade do agente (ex.: querelante que deixa de 
promover o andamento do processo durante 30 dias 
seguidos). A perempção causa a extinção da punibilidade 
apenas na ação penal privada, pois na ação penal privada 
subsidiária da pública o Ministério Público assume a 
titularidade da ação em caso de inércia do querelante.
Renúncia: representa o ato unilateral de vontade 
do ofendido de não ingressar com ação penal privada, 
podendo ser expressa ou tácita (prática de ato 
incompatível com a vontade de exercer o direito de ação). 
Aplica-se apenas à ação penal privada, salvo no Juizado 
Especial Criminal, onde aplica-se também à ação penal 
pública condicionada à representação. 
Perdão aceito: o perdão é um ato bilateral, 
dependendo de aceitação do querelado. Ocorre após 
iniciada a ação penal privada e antes do trânsito em 
julgado da sentença condenatória, podendo ser expresso 
ou tácito e ocorrer dentro ou fora do processo.
Retratação: será considerada causa extintiva da 
punibilidade quando a lei expressamente admitir (ex.: 
crimes de calúnia e difamação). 
Perdão judicial: causa extintiva da punibilidade, 
ocorre quando, apesar de comprovada a prática da 
infração penal culposa pelo agente, o juiz deixa de aplicar 
a pena para evitar um mal injusto ao agente, uma vez 
que a própria prática do crime já serviu de pena para o 
agente (ex.: pai que atropela o filho ao manobrar o carro 
na garagem). Cabível nas hipóteses expressamente 
previstas em lei, como no homicídio culposo, na lesão 
corporal culposa e na receptação culposa (art. 180, § 3º), 
não gerando efeitos para fins reincidência. 
Natureza da sentença: natureza declaratória da 
extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito 
condenatório (Súmula n. 18 do STJ). 
Prescrição: representa a perda do direito de o 
Estado punir (prescrição da pretensão punitiva – PPP) 
ou executar punição imposta (prescrição da pretensão 
executória – PPE), em razão do decurso do tempo. 
Crimes Imprescritíveis: a Constituição Federal prevê 
dois crimes imprescritíveis: 1) racismo e 2) as ações 
de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o estado democrático. 
Em direito penal, há duas espécies de prescrição: 1) 
prescrição da pretensão punitiva (PPP) e 2) prescrição da 
pretensão executória (PPE).
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA (PPP): 
ocorre antes do trânsito em julgado e impede qualquer 
feito de eventual condenação (efeitos penais e 
extrapenais), que se subdivide em 4 subespécies: a) 
prescrição da pretensão punitiva em abstrato (PPPA), b) 
pretensão da prescrição punitiva retroativa (PPPR), c) 
prescrição da pretensão punitiva superveniente (PPPS) e 
d) prescrição da pretensão punitiva virtual (PPPV).
Prescrição da pretensão punitiva em abstrato (PPPA)
ou prescrição propriamente dita: como não se sabe qual 
será a pena imposta na sentença, o Estado adotou o 
critério da pior hipótese possível, ou seja, a pena máxima 
imposta em abstrato para o crime, conforme abaixo:
PENA MÁXIMA PREVISTA EM 
ABSTRATO
PRAZO DA PPP
Superior a 12 anos 20 anos
Superior a 8 anos e não excedente 
a 12 anos 
16 anos
Superior a 4 anos e não excedente 
a 8 anos 
12 anos
Superior a 2 anos e não excedente 
a 4 anos
8 anos
Igual ou superior a 1 ano, não 
excedendo a 2 anos
4 anos
Inferior a 1 ano 3 anos
Crimes do art. 28 da Lei de Drogas 2 anos
Para o cálculo da pena máxima deve ser observado 
o seguinte:
ENTRAM NO CÁLCULO NÃO ENTRAM NO CÁLCULO
• Qualificadoras
• Causas de aumento
e de diminuição,
prevalecendo a fração
que mais aumenta e a
que menos diminui.
• Atenuantes da
menoridade e da
senilidade
• Agravantes e
atenuantes (salvo
as atenuantes
da menoridade e
senilidade)
• Circunstâncias
judiciais
• Concurso de crimes
Termo inicial da PPPA: em regra, começa a correr 
do dia em que o crime se consumou (teoria do resultado), 
variando nas seguintes situações: a) tentativa (dia em que 
cessou a atividade criminosa); b) crimes permanentes (dia 
em que cessou a permanência); c) crimes de bigamia e nos 
de falsificação ou alteração de assentamento do registro 
civil (data em que o fato se tornou conhecido), e d) crimes 
contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes (data 
em que a vítima completar 18 anos, salvo se a esse tempo 
já houver sido proposta a ação penal).
Há situações que suspendem ou interrompem o 
prazo prescricional.
OA
B 
N
A 
M
ED
ID
A 
| D
IR
EI
TO
 P
EN
AL
 | 
RE
SU
M
O 
PA
RA
 A
 P
RO
VA
 D
A 
OA
B/
FG
V
DIREITO PENAL - RESUMO PARA A PROVA DA OAB/FGV 
1313
CAUSAS SUSPENSIVAS CAUSAS INTERRUPTIVAS
• Enquanto não
resolvida, em outro
processo, questão
de que dependa o
reconhecimento da
existência do crime;
• Enquanto o agente
cumpre pena no
estrangeiro;
• Réu citado por edital
que não comparece
nem constitui
advogado;
• OBS.: no caso de
suspensão, cessada a
hipótese suspensiva,
o prazo retoma o seu
curso normalmente. 
• Recebimento da
denúncia ou da queixa;
• Pronúncia;
• Decisão
confirmatória da
pronúncia;
• Publicação da
sentença ou acórdão
condenatórios
recorríveis.
• OBS.: na hipótese
de interrupção, o
prazo prescricional
começa a correr do
zero, ou seja, inicia-
se novo prazo.
Lei n. 13.964/19 (Pacote Anticrime): Duas novas 
causas impedtivas ou suspensivas da prescrição: a) na 
pendência de embargos de declaração ou de recursos aos 
Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019); b) enquanto não cumprido 
ou não rescindido o acordo de não persecução penal. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Prescrição da pretensão punitiva retroativa (PPPR): 
leva em conta a pena fixada na sentença irrecorrível para 
a acusação, quando não é mais possível aumenta-la por 
recurso da defesa (non reformatio in pejus). 
Chama-se retroativa porque é um cálculo “para trás”, 
levando-se em conta a pena fixada na decisão irrecorrível 
para a acusação, tendo como termo inicial a denúncia ou 
queixa (ex.: fixada uma pena de 6 anos, a PPPR será de 8 
anos, assim, se entre a denúncia e a sentença transcorreu 
período superior a 8 anos, o processo estará prescrito). 
Prescrição da pretensão punitiva superveniente 
(PPPS): assim como a prescrição retroativa (PPPR), possui 
como base a pena concreta, mas, ao invés de ser contada 
“para trás”, será contada “para frente”, durante o período de 
tempo necessário para a análise dos recursos interpostos, 
até o trânsito em julgado da decisão para a defesa.
O prazo da PPPS, portanto, é o mesmo da PPPR, 
aplicando-o, entretanto, “para a frente” (ex.: fixada uma 
pena de 6 anos, a PPPS será de 8 anos, ou seja, o Estado 
terá o prazo de 8 anos para julgar todos os recursos da 
defesa, sob pena de prescrição). 
Prescrição da pretensão punitiva virtual (PPPV): 
também chamada de hipotética, ideal ou antecipada, 
a PPPV não possui previsão legal, sendo criada pela 
doutrina e jurisprudência. É uma espécie de antecipação 
do cálculo da prescrição retroativa (PPPR) antes 
da condenação do réu: o juiz, analisando o tempo já 
transcorrido no processo e as circunstâncias que 
seriam levadas em conta para graduar a pena no caso 
de condenação, percebendo que haverá a incidência 
da prescrição retroativa, por economia processual, já 
poderia extinguir a punibilidade do agente. 
A prescrição virtual, entretanto, não é aceita pelos 
Tribunais Superiores, conforme previsto na Súmula n. 
438 do STJ.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA (PPE): tem 
como pressuposto o trânsito em julgado da decisão para as 
duas partes, levando em conta a pena imposta na decisão 
definitiva, sendo que o transcurso do seu prazo implica na 
perda do direito de o Estado executar a pena imposta. 
Oprazo prescricional será aumentando de 1/3 em 
caso de reincidência, ou reduzido pela metade quando o 
criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, 
na data da sentença, maior de 70 anos.
Termo inicial: a PPE começa a correr: a) do dia em 
que transita em julgado a sentença condenatória, para a 
acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da 
pena ou o livramento condicional, e b) do dia em que 
se interrompe a execução, salvo quando o tempo da 
interrupção deva computar-se na pena. 
ATENÇÃO: evadindo-se o condenado, ou revogado 
o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo
tempo que resta da pena.
Interrupção da PPE: são causas que interrompem o 
prazo da PPE: a) o início ou continuação do cumprimento 
da pena e b) a reincidência. 
PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA: a prescrição da 
pena de multa obedece às seguintes regras: a) prescreve 
em 2 anos, quando a multa for a única cominada ou 
aplicada e b) prescreve no mesmo prazo estabelecido 
para prescrição da pena privativa de liberdade, quando 
a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou 
cumulativamente aplicada.

Outros materiais