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CONCEITOS - HISTOLOGIA

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CONCEITOS: HISTOLOGIA
TECIDO EPITELIAL:
Tecido Epitelial de Revestimento
Formado por células justapostas, entre as quais se encontra pouca substância extracelular. Como suas células não possuem vasos sanguíneos, os nutrientes são recebidos através do tecido conjuntivo subjacente (lâmina basal) - É formada principalmente por colágeno tipo IV, laminina e proteoglicanas. 
As células epiteliais de revestimento estão unidas umas com as outras através de estruturas denominadas de junções celulares. Os vários tipos de junções servem não só como locais de adesão, mas eventualmente também como vedantes prevenindo o fluxo de materiais pelo espaço intercelular, e ainda podem oferecer canais para a comunicação entre células adjacentes.
 
Renovação das células epiteliais
Os tecidos epiteliais são estruturas dinâmicas cujas células são continuamente renováveis por atividade mitótica. A taxa de renovação é variável; pode ser rápida em tecidos como o epitélio intestinal, que é totalmente substituído a cada semana, ou lenta, como no fígado e pâncreas. 
Resumo das principais características dos epitélios:
1. São derivados do ectoderma, do mesoderma e do endoderma.
2. Recobrem e revestem todas as superfícies corporais, exceto as cartilagens articulares, o esmalte do dente e a superfície anterior da íris.
3. As funções básicas dos epitélios são proteção (pele), absorção (intestinos delgado e grosso), transporte de substâncias sobre a superfície (mediado por cílios), secreção (glândulas), excreção (túbulos do rim), trocas gasosas (alvéolos pulmonares) e deslizamento entre superfícies (mesotélio de serosas).
4. A maioria das células epiteliais se renovam continuamente por mitose.
5. Os epitélios não tem direto suprimento sanguíneo e linfático. Os nutrientes são liberados por difusão.
6. As células epiteliais quase não apresentam substâncias intercelulares livres entre si (em contraste com o tecido conjuntivo)
7. A natureza coesiva de um epitélio é mantida por junções celulares.
8. Os epitélios estão ancorados a uma lâmina basal. A lâmina basal e os componentes do tecido conjuntivo cooperam entre si para formar a membrana basal.
9. Os epitélios apresentam polaridade estrutural e funcional.
Tecido epitelial glandular
O epitélio glandular está constituído por células isoladas ou grupamentos de células formando estruturas individualizadas, denominadas de glândulas, cuja função é a secreção. Entende-se por secreção a produção e a liberação pelas células de um fluido contendo substâncias como muco, enzimas ou um hormônio.
As células secretoras de uma glândula são conhecidas como parênquima, enquanto que o tecido conjuntivo no interior da glândula e que sustenta as células secretoras é denominado de estroma. O estroma sustenta também vasos sanguíneos e linfáticos e nervos.
Existem dois tipos principais de glândulas:
Glândulas exócrinas: possuem ductos tubulares formados por células que transportam a secreção glandular para a superfície do corpo ou para o interior (lúmen) de um órgão cavitário. Ex: glândulas sudoríparas.
Glândulas endócrinas: não possuem ductos, sua secreção é liberada diretamente na corrente sangüínea e transportada para o seu local de ação, o seu “tecido alvo”. A secreção das glândulas endócrinas contém hormônios.
Classicação das glândulas exócrinas quanto ao modo de secreção
As glândulas exócrinas podem ser classificadas, de acordo com o modo de liberação da sua secreção, como merócrinas, holócrinas e apócrinas. Nas glândulas holócrinas, como as glândulas sebáceas, o produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula, processo que envolve a destruição das células repletas de secreção.
Classificação das glândulas exócrinas quanto a natureza da secreção
Quanto a natureza da secreção as glândulas podem ser classificadas em: glândulas serosas e glândulas mucosas.
As glândulas serosas são aquelas que secretam um fluído aquoso. As células serosas possuem um formato poliédrico ou piramidal, tem núcleos centrais arredondados e polaridade bem definida. 
As glândulas mucosas são aquelas que secretam um fluido espesso e viscoso, glicoproteico, denominado muco. As células mucosas possuem geralmente um formato cubóide ou colunar, seu núcleo é oval e encontra-se pressionado junto à base da célula. 
Células mioepiteliais
São células cuja função é contrair-se em volta da porção secretora ou dos ductos das glândulas e assim ajudar a expelir os seus produtos de secreção para o exterior. 
· Glândula endócrina cordonal: as células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos. Ex: glândula adrenal, paratireóide, pâncreas endócrino.
· Glândula endócrina folicular: as células formam vesículas ou folículos preenchidos por material secretado. Ex: a glândula tireóide (única glândula endócrina folicular).
TECIDO CONJUNTIVO:
Estruturalmente o tecido conjuntivo possui três componentes: células, fibras e substância fundamental. A variação na qualidade e quantidade destes componentes define os diferentes tipos de tecido conjuntivo. Este tecido possui vasos sanguíneos, nervos e células sem justaposição.
A substância fundamental
A substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrofílico, ou seja, que possui grande afinidade pela água (hidro= água / filia= afinidade por), portanto solúvel. É composto principalmente de macromoléculas aniônicas como: glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas de adesão (como a laminina, a fibronectina, entre outras).
As glicosaminoglicanas são polímeros lineares formado por unidades repetidas díssacarídicas usualmente compostas de ácido urônico e de uma hexosamina, que se ligam covalentemente à um eixo protéico, formando a molécula de proteoglicano. 
As proteoglicanas são compostos de um eixo protéico associados à um ou mais tipos de glicosaminoglicanas.
As glicoproteínas de adesão são moléculas de proteínas globulares as quais se associam covalentemente aos glicosaminoglicanos. São proteínas não filamentosas que atuam como mediadoras da interação entre as células e a matriz extracelular.
A- Eixo protéico de proteoglicanos, associados à varias moléculas de glicosaminoglicanos. 
B- Glicoproteína de adesão associada à glicosaminoglicanos.
Células do tecido conjuntivo
As células do tecido conjuntivo são as seguintes: fibroblastos, fibrócitos, plasmócitos, mastócitos, macrófagos, leucócitos e células adiposas. A seguir estão descritas as características fundamentais de cada célula citada.
Fibroblasto e Fibrócito
Os fibroblastos são as células jovens, em plena atividade produtiva. Já os fibrócitos são as células velhas, que já terminaram seu trabalho de fabricação dos fibroblastos. Os fibroblastos são as células mais comuns do tecido conjuntivo. Caracterizam-se por serem células grandes, com muitos prolongamentos, contendo um núcleo oval bem evidente. Os fibroblastos têm a função de sintetizar fibras do tecido conjuntivo e as proteoglicanas e glicoproteínas da matriz.
Os fibrócitos são menores que os fibroblastos e tendem a um aspecto fusiforme, apresentam poucos prolongamentos citoplasmáticos e o núcleo é menor, mais escuro e mais alongado do que o fibroblasto. Havendo um estímulo, como ocorre nos processos de cicatrização, o fibrócito pode voltar a sintetizar fibras, reassumindo a forma de fibroblasto.
Macrófago
Os macrófagos são células de defesa muito ativas que contém muitos lisossomos. Eles têm a função de fagocitar, secretar substâncias que participam do processo imunológico de defesa e atuar como célula apresentadora de antígenos. Origina-se de células precursoras da medula óssea que se dividem produzindo os monócitos. 
Em certas regiões os macrófagos recebem nomes especiais: são chamados de células de Kupffer; quando encontrados no fígado, células de Langerhans; quando encontrados na pele, micróglia; quando encontrados no sistema nervoso central e osteoclástos; quando encontrados no tecido ósseo.
Mastócito
Os mastócitos são células altamente nutritivas, grandes, globosas, com o citoplasma repleto de grânulos e com núcleo esféricocentral. Eles têm a função de produzir e armazenar mediadores químicos do processo inflamatório. A liberação desses mediadores químicos como a histamina, heparina e fator quimiotático dos eosinófilos, promove reações alérgicas, as chamadas reações de sensibilidade imediata. 
Plasmócito
Os plasmócitos são células pouco numerosas no conjuntivo. Têm formato grande e ovóide que possuem um citoplasma basófilo que reflete a sua riqueza em retículo endoplasmático rugoso. O complexo de Golgi e os centríolos se localizam em uma região próxima ao núcleo, a qual aparece clara nas preparações histológicas rotineiras. O núcleo apresenta-se esférico com cromatina em grumos, que se alternam regularmente com áreas claras, dando ao núcleo, aspecto de roda de carroça. São células que sintetizam e secretam anticorpos e imunoglobulinas. Aparece em grande número nos locais onde há inflamação crônica e em locais sujeitos a penetração de microorganismos,
 
Leucócitos
Os leucócitos ou glóbulos brancos são constituintes normais dos tecidos conjuntivos, vindos do sangue por migração (diapedese) através das paredes de capilares e vênulas. A diapedese aumenta muito durante as invasões locais de microorganismos, uma vez que os leucócitos são células especializadas na defesa contra microrganismos agressores. 
Adipócito
O adipócito tem a função de armazenar energia sob a forma de triglicerídeos, de proteger e de amortecer. Ela pode armazenar o lipídeo de duas maneiras: ou preenche totalmente o citoplasma, deixando a célula com aspecto globoso, ou o lipídeo ocupa o citoplasma celular, como pequenas gotas. Quando o lipídeo ocupa todo o citoplasma, o tecido recebe o nome de tecido adiposo unilocular e quando o lipídeo ocupa pequenas partes do citoplasma, chama-se de tecido adiposo multilocular.
Fibras do tecido conjuntivo
As fibras presentes no tecido conjuntivo são de três tipos: colágenas, elásticas e reticulares. Elas estão distribuídas desigualmente pelo tecido, o que gera a característica principal de cada tipo de tecido.
Fibras colágenas
As fibras colágenas são as mais frequentes no tecido conjuntivo e em muitos casos aparecem agrupadas formando um feixe. Estas fibras são constituídas pela proteína colágeno, que é a proteína mais abundante no corpo humano. As fibras colágenas são grossas e resistentes, distendendo-se pouco quando tensionadas. Estão presentes na derme e conferem resistência a nossa pele. Nos colágenos tipo I (encontrado nos tendões), II e III as moléculas de tropocolágeno se agregam em subunidades (microfibrilas). Nos colágenos do tipo I e do tipo III, estas fibrilas se associam para formar fibras. O colágeno do tipo II, presente na cartilagem, forma fibrilas, mas não forma fibra. O colágeno do IV, presente nas laminas basais, não forma fibrilas nem fibras.
Fibras reticulares
As fibras reticulares são formadas por colágeno tipo III, são ramificadas e formam um trançado firme que liga o tecido conjuntivo aos tecidos vizinhos. Formam o arcabouço dos órgãos hematopoiéticos e também as redes em torno das células. Estas fibras não são visíveis em preparados corados pela hematoxilina- eosina (HE), mas pode ser facilmente coradas em cor preta por impregnação com sais de prata. Por causa de sua afinidade por sais de prata, estas fibras são chamadas de argirófilas.
Fibras elásticas
As fibras elásticas são longos fios de uma proteína chamada elastina, são fibras mais finas que as colágenas. Elas conferem elasticidade ao tecido conjuntivo, completando a resistência das fibras colágenas. Ligam-se umas às outras formando uma malha, a qual cede facilmente às trações mínimas, porém retomam sua forma inicial logo que cessam as forças deformantes. 
Divisão do tecido conjuntivo
Existem diversos tipos de tecido conjuntivo, sempre formados pelos constituintes básicos (fibras, células e substância fundamental amorfa). A variação dos nomes do tecido conjuntivo está na diferença do principal componente de cada local. A seguir está descrito cada um.
Tecido conjuntivo propriamente dito
– Tecido conjuntivo frouxo
É o mais comum dos tecidos conjuntivos. Preenche espaços não-ocupados por outros tecidos, serve de apoio e nutre o tecido epitelial, estando sob a pele de todo o corpo, envolve nervos, músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Além disso, faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel em processos de cicatrização. Sua substância fundamental é viscosa e muito hidratada. apresenta todos os elementos do conjuntivo na mesma proporção, não havendo o predomínio de nenhum elemento.
– Tecido conjuntivo denso
É adaptado para oferecer mais resistência e proteção, mesmo sendo menos flexível que o tecido conjuntivo frouxo. Caracteriza-se por ter predominância de fibras colágenas e pouca substância fundamental amorfa. Dependendo do modo de organização dessas fibras, esse tecido pode ser
classificado em:
• Não modelado: formado por fibras colágenas entrelaçadas, dispostas em feixes que não apresentam orientação fixa, o que confere resistência e elasticidade. Esse tecido forma as cápsulas envoltórias de diversos órgãos internos como o fígado, baço, o osso, a cartilagem e a parte profunda da pele (dando forma às partes do corpo) chamada derme, que é o tecido conjuntivo da pele.
• Modelado: formado por fibras colágenas dispostas em feixes com orientação fixa, dando ao tecido características de maior resistência à tensão do que a dos tecidos não-modelados e frouxo; ocorre nos tendões, que ligam os músculos aos ossos e nos ligamentos, que ligam os ossos entre si.
Tecido conjuntivo com propriedades especiais
Tecido elástico
É formado por fibras elásticas grossas, por fibras colágenas finas e por fibroblastos. É um tecido pouco freqüente, sendo encontrado nos ligamentos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.
Tecido reticular
É formado por fibras reticulares e por células reticulares (fibroblastos que produzem fibras reticulares). O tecido reticular provê uma estrutura arquitetônica tal que cria um ambiente especial para órgãos linfóides e hematopoéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos linfáticos e baço).
 
Tecido mucoso
Encontramos neste tecido a predominância de substância fundamental amorfa e poucas fibras. Tem aspecto gelatinoso, e é o principal constituinte do cordão umbilical, onde é chamado de Gelatina de Wharton, e encontrado na polpa dental jovem.
Tecido conjuntivo adiposo
Nesse tecido a substância intracelular é reduzida, e as células, ricas em lipídios, são denominadas células adiposas. As células adiposas possuem um grande vacúolo central de gordura, que aumenta ou diminui, dependendo do metabolismo: se uma pessoa come pouco ou gasta muita energia, a gordura das células adiposas diminui; caso contrário, ela se acumula. O tecido adiposo atua como reserva de energia para momentos de necessidade.
Tecido adiposo unilocular
O nome unilocular é pelo fato de que cada adipócito encontra-se repleto de uma única e grande gotícula lipídica de gordura neutra. No corpo humano adulto ele existe em maior quantidade que o multilocular. A cor do tecido unilocular varia entre o branco e o amarelo-escuro, dependendo da dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de caroteno dissolvidos nas gotículas de gordura. 
Praticamente todo o tecido adiposo presente em humanos adultos é do tipo unilocular. As funções são de reserva energética, de isolante térmico e de proteção contra choques dos órgãos vitais. Ele forma o panículo adiposo, que é uma camada isolante que se localiza abaixo da derme da pele.
Tecido adiposo multilocular
O tecido adiposo multilocular é chamado também de tecido adiposo pardo, por sua cor característica. Essa cor é devida à vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias presentes em suas células. Por serem ricas em citocromos, as mitocôndrias têm a cor avermelhada. Ao contrário do tecido unilocular, que é encontrado por quase todo o corpo, o tecido pardo é de distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas. 
sua quantidade no adulto é extremamente reduzida.é especializado na produção de calor, tendo papel importante nos mamíferos que hibernam. Em humanos, a função deste tecido está restrita aos primeiros meses de vida pós-natal. Durante esse tempo, o tecido adiposo multilocular produz calor, protegendo o recém nascido contra o frio.
Tecido Ósseo
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo. A mineralização da matriz proporciona dureza ao tecido, sendo que, a matriz colágena concede certa flexibilidade. Graças a essa flexibilidade, suas estruturas são demasiadamente dinâmicas, crescem, remodelam e mantem sua atividade durante toda a vida do organismo.
TECIDO NERVOSO:
O tecido nervoso é sensível a vários estímulos que se origina de fora ou do interior do organismo. Ao ser estimulado, esse tecido torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente grandes.
Trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal.
O sistema nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e Sistema Nervoso Periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais tecidos são compostos pelos neurônios e células da glia.
Células do tecido nervoso
As células do sistema nervoso dividem-se em:
· Neurônios – os quais são responsáveis pelas funções receptivas.
· Células da Glia ou Neuróglia – as quais são responsáveis pela sustentação e pela proteção dos neurónios.
Os Neurônios
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades fundamentais: a excitabilidade e a condutibilidade. 
Estas células não têm a capacidade de se regenerar.
Os neurônios são compostos pelo corpo celular ou pericário, dendritos e axônios.
· Pericário ou corpo celular: é nesta estrutura que se dá a sintese proteica, sendo também nesta aqui que ocorre a convergencia das correntes eléctricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo celular neuronal contém apenas um núcleo que se encontra no centro da célula. 
· Dendritos: São prolongamentos especializados em receber e transportar os estimulos das células sensoriais, dos axônios, e de outros neurônios.
· Axônios: são prolongamentos únicos especializado na condução de impulsos, que transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares). Normalmente existe apenas um único axônio em cada neurônio.
Classificação dos neurônios:
Os neurônios podem ser divididos e classificados segundo algumas caracteristicas particulares como a forma e a função.
Quanto à forma:
· Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio
· Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.
· Pseudo-unipolares: apresentam próximo ao corpo celular, prolongamente único, mas este se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central.
Quanto à função:
· Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e fibras musculares.
· Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do ambiente.
· Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos.
As células da glia
As células da glia possuem a função de envolver e nutrir os neurônios, mantendo-os unidos. Os principais tipos de células desta natureza são os astrócitos, oligodendrócitos, micróglias e células de Schwann.
· Astrócitos: têm a forma de estrela, com inúmeros prolongamentos; em grande quantidade, apresentam-se sob duas formas: astrócitos protoplasmáticos, localizados na substância cinzenta; e astrócitos fibrosos localizados na substância branca. Têm como funções sustentação, participam da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios. 
· Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Os oligodendrócitos têm prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios, produzindo a bainha de mielina.
· Micróglia: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes tanto na substância branca, como na substância cinzenta. São células fagocitárias e derivam de precursores trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema mononuclear fagocitário no sistema nervoso central.
· Células de Schwann: as células de Schwann têm a mesma função dos oligodendrócitos, porém se localizam em volta do sistema nervoso periférico. Essa bainha de mielina atua como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio, porém, não é contínua, o que acarreta a existência de uma constrição (estrangulamento) denominada nódulo de Ranvier.
Existem axônios em que as células de Schwann não formam a bainha de mielina. Por isso, há duas variedades de axônios: os mielínicos e os amielínicos. Em uma fibra mielinizada, temos três bainhas envolvendo o axônio: bainha de mielina (de natureza lipídica), bainha de Schwann e o endoneuro.
Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro, cerebelo e medula espinhal. Como não contém um estroma de tecido conjuntivo, o sistema nervoso central tem a consistência de uma massa mole.
Quando corados, o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal mostram regiões brancas (substância branca) e regiões acizentadas (substância cinzenta). A distribuição da mielina é responsável por essa diferença de cor, que é visível a fresco. Os principais constituintes da substância branca são axônio mielinizados, oligodendrócitos produtores de mielina. Ela possui também outras células da glia. A substância branca não contém corpos de neurônios.
A substância cinzenta é formada de corpos de neurônios, dendritos, a porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Na substância cinzenta têm lugar as sinapses do sistema nervoso central. A substância cinzenta predomina na superfície do cerebro e do cerebelo, constituindo o córtex cerebral e o córtex cerebelar, enquanto que a substância branca predomina nas partes mais centrais.
Proteção do Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é protegido por três envoltórios formados por tecido conjuntivo denso, denominados, como meninges sendo estas, na ordem do interior para o exterior:
· Piamáter: localizada mais intimamente 
· Aracnóide: situada entre a Piamáter e Duramáter, é provida de trabéculas que permite a circulação do líquido cefalorraquidiano.
· Duramáter: trata-se do envoltório mais externo e mais forte
 Sistema nervoso periférico
Os componentes do SNP são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo.
Fibras nervosas
As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. O tecido conjuntivo que reveste um axônio e suas bainhas envoltórias é chamado de endoneuro. Um grupo de fibras nervosas formam os feixes ou tratos do SNC e os nervos do SNP.
As fibras nervosas organizam-se em feixes. Cada feixe, por sua vez, é envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. Vários feixes agrupados paralelamente formam um nervo. O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo, chamada epineuro.
Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à medula espinhal.
Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da medula espinhal, denominam raquidianos.
Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser:
· Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos receptores até o sistema nervoso central;
· Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso central paraos órgãos efetores;
· Misto: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. São os mais comuns no organismo.
Os gânglios
São acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Em sua maior parte são órgãos esféricos, protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados a nervos.
Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser sensoriais (aferentes) ou gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes)
.

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