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FERRAMENTAS DE GESTÃO PARA CONSTRUÇÃO CIVIL Prof. Edcarlos Antônio Nunes Coura 1 Segurança do Trabalho na Construção Civil Industria da Construção Civil gera milhares de empregos; Tem grande participação no Produto Interno Bruto (PIB); Tem um grande índice de acidentes do trabalho: Os acidentes neste setor são gerados principalmente por: Queda em altura; Soterramento; Choque elétrico; Choque ou impactos mecânicos. 2 Segurança do Trabalho na Construção Civil 3 Características do setor A execução das obras é terceirizada; Mão de obra não capacitada; Rotatividade dos funcionários; Prazos curtos; Desinformação dobre segurança e saúde; Projetos incompletos Falta da gestão da SST nos canteiros; Etc. 4 Conceitos Básicos Acidente: “Evento indesejável que resulta em morte, problemas de saúde, ferimentos, danos e outros prejuízos.” Ideias equivocadas: Acidentes ocorrem por acaso; As consequências ocorrem imediatamente após o evento; Os acidentes necessariamente resultam em danos pessoais. 5 Conceitos Básicos Quase-acidente: “Um evento não previsto que tinha potencial de gerar acidentes.” De modo geral, reuni todas as ocorrências que não causaram grandes prejuízos materiais ou a saúde humana e tratar suas causas como elementos que devem ser eliminados ou minimizados. 6 Conceitos Básicos Exemplo: 7 Conceitos Básicos Exemplo: 8 Conceitos Básicos Exemplo: 9 Conceitos Básicos 10 Conceitos Básicos Atos Inseguros x Condições Inseguras Atos são todas as ações realizadas pelos colaboradores que podem vir a se tornar um acidente; permanecer sobre cargas suspensas; operar máquinas sem estar habilitado ou autorizado; deixar de usar os equipamentos de proteção individual; remover proteções de máquinas sem permissão; entrar em áreas não permitida. 11 Conceitos Básicos Atos Inseguros x Condições Inseguras Condição insegura é um aspecto ou condição do local de trabalho que pode causar dano a saúde dos colaboradores ou provocar danos materiais. máquinas sem proteções adequadas; iluminação e ventilação insuficientes; ferramentas em mau estado de conservação; piso escorregadio; temperatura elevada; Etc. 12 Conceitos Básicos Perigo: Fonte ou situação com potencial de causar dano a saúde e/ou material Risco: Um evento perigoso que possui probabilidade de ocorre. 13 Conceitos Básicos 14 Conceitos Básicos 15 Conceitos Básicos Segurança: Estado livre de riscos, inaceitável qualquer tipo de dano Saúde: Estado de bem estar físico, mental e social; Não se limita somente a esta livre de enfermidades. Segurança e Saúde no Trabalho (SST): Reuni e aplica os conceitos de segurança e saúde. 16 Conceitos Básicos Custos da Segurança: Relaciona todos os custos financeiros e de tempo gerados para manter os colaborados neste estado; Tempo dos trabalhadores utilizado durante as atividades de treinamento; Custos dos treinamentos, conscientização e capacitação dos trabalhadores; Custos com exames médicos de monitoramento de saúde; Manutenção de equipes de SST e respectivos encargos sociais; Aquisição de equipamento de proteção individual; Tempo para desenvolvimento de projetos e instalação de proteções coletiva; Placas de identificação e orientativas de SST; Manutenção da infraestrutura nos canteiros (áreas de vivência, refeitórios, alojamento, sanitários); Custos com realização de medições de condições ambientais (ruído, iluminação, vapores, etc.). 17 Conceitos Básicos Custos da Não-Segurança: Relaciona todos os custos financeiros e de tempo gerados pelo acidente; Custos do transporte e atendimento médico do acidentado Prejuízos em função dos danos materiais a ferramentas, máquinas, materiais e ao produto Pagamento de benefícios e indenizações ao acidentados e suas famílias Pagamento de multas e penalizações Tratamento de pendências jurídicas, tais como processos criminais por lesões corporais, indenizatórias e previdenciárias Tempo não trabalhado pelo acidentado durante o atendimento e no período em que fica afastado. Tempo despendido pelos supervisores, equipe de segurança e médica durante o atendimento Baixa moral dos trabalhadores, perda de motivação e consequente queda de produtividade Tempo de paralisação das atividades pelo poder público e consequente prejuízo à produção Tempo para a limpeza e recuperação da área e reinicio das atividades Tempo necessário para o replanejamento das atividades Tempo dos supervisores para investigar os acidentes, preparar relatórios e prestar esclarecimentos às partes interessadas: clientes, sindicatos, MTE , imprensa, etc. Tempo de recrutamento e capacitação de um novo funcionário na função do acidentado, durante o seu afastamento Perda da produtividade do trabalhador acidentado após seu retorno Aumento dos custos dos seguros pagos pelas organizações (voluntários e obrigatórios) Aumento dos custos para a sociedade em função da maior necessidade de recursos financeiros (tributações) para que o governo efetue o pagamento de benefícios previdenciários (auxílio doença, pensões por invalidez, etc.), bem como para a manter toda a estrutura de fiscalização Custos econômicos relativos ao prejuízo da imagem da organização frente à sociedade e clientes 18 Norma Regulamentadora 18– NR 18 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: Objetivo: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. 19 Norma Regulamentadora 18– NR 18 OBJETIVO: É vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da obra. A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabalho, determinadas na legislação federal, estadual e/ou municipal, e em outras estabelecidas em negociações coletivas de trabalho. 20 Norma Regulamentadora 18– NR 18 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil (PCMAT): Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e do cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com mais de 20 funcionários; Deve contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos Ambientais; 21 Norma Regulamentadora 18– NR 18 Documentos do PCMAT: memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra; especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em conformidade com as etapas de execução da obra; layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência; programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária. 22 Norma Regulamentadora 35– NR 35 NR 35 - TRABALHO EM ALTURA OBJETIVO: Estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. 23 Sistemas de Gestão da SST Objetivo: Promover e manter um elevado grau de segurança e saúde para os colaboradores, impedindo qualquer dano causado pelas condições de trabalho; Definição: Conjunto de iniciativas promovidas pela organização de forma a auxiliar no bem estar e na saúde dos colaboradores em conformidade com as exigências legais 24 Sistemas de Gestão da SST -Ferramentas Dialogo Diário de Segurança (DDS): alertar os trabalhadores sobre os riscos existentes nas atividades que desenvolverão durante o dia, sejam elas de rotina ou não. Ele pode ser aplicado a todos os trabalhadores antes do início das atividades diárias, onde o grupo é reunido pelo encarregado, mestre ou técnico de segurança e são discutidos assuntos referentes à segurança e saúde no trabalho como: riscos da atividade, equipamentos de proteção individual e coletivo necessários, conhecimento de todos os rótulos de substâncias químicas que serão usadas no canteiro, requisitos da legislação de segurança, etc. 25 Sistemas de Gestão da SST - Ferramentas Palestras de Segurança: orientar os trabalhadores sobre assuntos específicos, onde o tema tratado é abordado de forma mais abrangente, buscando esclarecer as dúvidas existentes, deixando clara a responsabilidade de cada um quanto a SST. O treinamento dos trabalhadores, encarregados e mestres são elementos essenciais em qualquer programa SST; Incluir explanações de padrões de conduta, regras de segurança, plano de emergência, uso e localização de equipamentos de segurança e de proteção a incêndio no canteiro. 26 Sistemas de Gestão da SST - Ferramentas Inspeção de Segurança: realizar verificações de segurança nos postos de trabalho, ou seja, avaliar se os procedimentos de segurança são seguidos pelos trabalhadores, e observar atos inseguros e condições inseguras que possam provocar danos pessoais, materiais e ambientais; Visa a descoberta de riscos comuns; Para um empreendimento ser seguro, cada uma das partes deve estar comprometida para prover um ambiente de trabalho que conduza a um bom desempenho de segurança. 27 Sistemas de Gestão da SST - Ferramentas Inspeção de Segurança: Atingem os seguintes objetivos: possibilitam a determinação de meios preventivos antes da ocorrência de acidentes; ajudam a fixar nos trabalhadores a mentalidade da segurança do trabalho e da higiene industrial; encorajam os próprios trabalhadores a agirem como inspetores de segurança nos seus serviços; melhoram o entrelaçamento entre os serviços de segurança e os demais setores da empresa; divulgam e consolidam nos trabalhadores o interesse da empresa pela segurança do trabalho; despertam nos trabalhadores a necessária confiança na administração e angariam a colaboração de todos para a prevenção de acidentes. 28 Sistemas de Gestão da SST - Ferramentas Investigação de Acidentes: são os estudos, pesquisas e inquirições que se levam a efeito para apurar as causas de acidentes ocorridos; é o ato de buscar, identificar e registrar informações e dados do acidente ocorrido tais como: depoimentos, cronologia, extensão do seu potencial, suas principais consequências de forma a possibilitar a reconstrução do cenário que levou ao acidente; é importante que todos os acidentes materiais e pessoais, graves, ou não, sejam investigados e apurados, a fim de identificar suas causas. 29 Sistemas de Gestão da SST - Ferramentas Investigação de Acidentes: Possibilitar a introdução de novas medidas de segurança onde ocorreu o acidente; O processo de investigação inicia com a descrição da lesão pelo serviço médico, informações preliminares por parte do acidentado, definição das ações de segurança a serem tomadas e acompanhamento do processo até a solução; Inicia logo após o evento ter ocorrido ou ter sido relatado, com a preservação do local e coleta do máximo de informações, depoimentos e cobertura fotográfica do local e adjacências. 30 Sistemas de Gestão da SST - Ferramentas 31 Sistemas de Gestão da SST - Ferramentas Análise Preliminar de Risco (APR): Reconhecer e avaliar os possíveis riscos existentes no processo, assim como identificar ações para eliminar ou reduzir a ocorrência de tais riscos. É largamente utilizada para o planejamento da segurança, passa por etapas do ciclo de gerenciamento de riscos: identificação de riscos, avaliação de riscos e resposta aos riscos. 32
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