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Análise geográfica na economia brasileira
Apresentação
O Brasil, assim como todos os países do mundo, tem suas características econômicas 
peculiares tanto na atualidade como ao longo de sua história e desenvolvimento. Desde o período 
colonial, o Brasil é caracterizado pelo seu perfil econômico exportador, tendo em vista sua grande 
disponibilidade de produtos primários e seus ciclos e processos econômicos ao longo de sua 
história.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você saberá detalhadamente a opção da agropecuária brasileira 
pelo mercado externo, os atributos econômicos regionais brasileiros e conhecerá as exportações e 
as importações brasileiras.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Justificar a opção da agropecuária brasileira pelo mercado externo.•
Apontar atributos econômicos regionais brasileiros.•
Descrever exportações e importações brasileiras.•
Desafio
O Brasil tem características econômicas, desde as suas origens, voltadas para a exportação e para o 
setor primário da economia. Atualmente, é um grande agroexportador, sendo a maior parte de seu 
PIB (Produto Interno Bruto) pautada na exportação de produtos primários.
Imagine que você está realizando uma palestra, em um evento que promove o consumo de 
alimentos orgânicos, como forma de prevenir doenças, além de ser um estímulo à economia local 
de pequenos produtores. O evento conta com a participação de algumas autoridades políticas e do 
comércio da cidade. Mas durante a sua fala, uma pessoa da plateia o questiona sobre os altos 
valores desses produtos orgânicos e o quanto isso dificulta que eles sejam consumidos pelas 
pessoas no dia a dia.
O que você responde à pessoa e aos presentes sobre esse questionamento? Fundamente sua 
resposta e busque apontar soluções para a situação dos moradores.
Infográfico
Os ciclos econômicos são períodos referentes às principais atividades econômicas que se 
desenvolveram em um determinado período. No caso do Brasil, é possível destacar seis principais 
ciclos, que têm como atores principais produtos agrícolas que foram exportados para diversas 
localidades no mundo. Cabe ressaltar que alguns desses produtos ainda são exportados pelo Brasil, 
como café, algodão e cana-de-açúcar, tendo, ainda, grande expressividade na agroexportação 
brasileira.
Neste Infográfico, você verá com detalhes os principais ciclos econômicos do Brasil.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/291db41f-7949-4eab-bdd8-6d91d945da00/7b891196-843b-40b1-851d-262cfc5cc912.jpg
Conteúdo do livro
Desde o seu descobrimento, o Brasil tem características econômicas voltadas para a agricultura e 
para a exportação. Isso foi caracterizado e consolidado pelos ciclos econômicos ao longo de sua 
história, que contaram com diferentes produtos, frutos da agricultura e/ou extrativismo, em 
destaque para cada um desses períodos. Ainda na atualidade, o Brasil é um grande produtor 
agropecuário, tendo seu foco econômico pautado na exportação desses produtos, sendo, então, um 
país essencialmente agroexportador.
No capítulo Análise geográfica na economia brasileira, da obra Geografia Econômica, você estudará 
a opção da agropecuária brasileira pelo mercado externo, os atributos econômicos regionais 
brasileiros e conhecerá as exportações e as importações brasileiras.
Boa leitura.
GEOGRAFIA 
ECONÔMICA
Cristina Marin Ribeiro Gonçalves
Análise geográfica na 
economia brasileira
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Justificar a opção da agropecuária brasileira pelo mercado externo.
  Apontar atributos econômicos regionais brasileiros.
  Descrever exportações e importações brasileiras.
Introdução
Cada país possui características específicas. Em relação à economia, 
as propriedades essenciais dizem respeito aos tipos de produção, ao 
comportamento no mercado internacional, à intervenção do governo, 
entre outras. No caso do Brasil, desde o período colonial, o produto 
interno bruto (PIB) é baseado, sobretudo, na agroexportação. Ao longo 
da história do País, o PIB foi definido em diversos ciclos econômicos, 
com destaques para diferentes produtos, de acordo com a demanda 
de exportação do período. 
Neste capítulo, você vai estudar a geografia econômica brasileira, 
conhecendo as características da economia regional, as exportações e 
importações do País. Além disso, você vai ler sobre os motivos que levam 
o mercado externo a optar pela agropecuária do Brasil. 
A opção da agropecuária brasileira pelo 
mercado externo
No período colonial do Brasil (1500–1822), houve a exploração do pau-brasil 
— meramente extrativista —, a produção e a exportação da cana-de-açúcar e o 
auge da exploração do ouro. Já o período imperial (1822–1889) se caracterizava 
pela economia nacional, que era praticamente toda baseada na exportação 
de matérias-primas, como borracha, café e algodão, que foi alavancada pela 
Revolução Industrial até a República Velha (1889–1930). 
Durante esses períodos, a economia brasileira foi dependente quase uni-
camente do bom desempenho de suas exportações, incluindo, a borracha e 
o café. Isso porque o Brasil tinha interesses de produção visando o mercado 
internacional e suas necessidades, que se restringiu por todo esse período a 
algumas commodities agrícolas (GREMAUD, 2017). 
O Brasil, portanto, caracterizou-se como uma economia agroexportadora 
desde sua constituição. Em alguns períodos, alguns produtos específicos se 
destacaram, caracterizados pelos ciclos econômicos, de acordo com a demanda 
do mercado internacional.
De acordo com Glossário de termos econômicos da Pontifícia Universidade Católica 
de São Paulo (PUC-SP), commodities são “[…] produtos primários em estado bruto com 
elevada importância comercial tanto no mercado interno como no mercado externo 
(minérios, café, cereais, algodão etc.)” (COMIN, [200–?], documento on-line).
Com esses produtos, definiram-se os chamados ciclos da economia brasi-
leira (Ciclo do pau-brasil, do açúcar, do ouro, do café, do algodão, da borracha). 
Cada um foi denominado a um período de tempo marcado por um artigo em 
destaque que dava dinâmica ao balanço de exportações. Em comparação aos 
demais ciclos econômicos e períodos destacados no Brasil, a República Velha 
pode ser considerada o período áureo desse tipo de economia com a produção 
de café no Sudeste brasileiro.
O setor exportador, por sua vez, é muito dinâmico e possui lucro elevado. 
Isso acarreta uma alta concentração dos recursos naturais e de capital no 
setor, que explica a desigualdade na distribuição da renda desse modelo de 
desenvolvimento econômico. Isso porque, no caso brasileiro, os problemas 
de distribuição de renda e propriedade são históricos. Pode-se associá-los à 
estrutura fundiária concentrada desde o início da colonização, à escravidão 
durante 300 anos e às condições do mercado de trabalho após a abolição, pela 
dificuldade de incorporar essa mão de obra ao mercado, além da substituição 
pelos imigrantes, excesso de oferta no mercado de trabalho e falta de quali-
Análise geográfica na economia brasileira2
ficação da mão de obra (GREMAUD, 2017). Veja no Quadro 1 as principais 
características entre países agroexportadores e centrais.
 Fonte: Adaptado de Gremaud (2017). 
Países agroexportadores 
(América Latina) Países Centrais 
A exportação é variável, quase 
exclusiva na determinação 
da renda nacional e sua única 
fonte de dinamismo.
Mesmo com as exportações 
sendo uma variável importante 
na determinação da renda, existe, 
além dela, o investimento — com o 
progresso tecnológico associado — 
como importante variável a explicar 
a renda nacional e suas variações.
A pauta de exportações possui 
base estreita, isto é, ela é 
fortemente concentrada em 
poucos produtos primários.
Pauta de exportação não é 
radicalmente diferenteda estrutura 
de consumo. Não há grandes 
diferenças entre o que é produzido 
e o que é exportado. Existe também 
a presença importante de produtos 
manufaturados nas exportações.
As importações constituem uma 
fonte flexível de suprimento 
de bens para atender a boa 
parte da demanda interna. 
As importações atendem 
apenas à demanda interna.
A pauta de importações inclui 
não apenas produtos e matérias-
primas de origem natural não 
disponível no País, mas também 
bens de consumo e de capital.
A pauta de importações é semelhante 
à de países da América Latina.
Existe grande diferença entre a base 
produtiva (produtos para exportação) 
e a estrutura de demanda que precisa 
ser atendida pelas importações.
Proximidade entre base produtiva 
e estrutura de consumo.
 Quadro 1. Principais características entre países agroexportadores e países centrais 
De acordo com Lacerda et al. (2013), na década de 1930 a Grande Depressão 
atingiu a economia mundial, consolidando a produção industrial brasileira e 
latino-americana. A industrialização no Brasil começou no final do século 
XIX, mas foi na década de 1930 que a indústria se tornou essencial para a 
3Análise geográfica na economia brasileira
economia do País. Depois da crise na economia, o café não era mais o produto 
principal. No entanto, até 1956, a produção agrícola continuou superior à 
produção industrial e, apenas em 1970, a exportação cresceu.
Essa crise dos anos 1930 foi extremamente importante, pois caracteri-
zou uma ruptura no desenvolvimento na economia do Brasil. A fragilização 
do modelo agroexportador alavancou a consciência sobre a necessidade da 
industrialização como forma de superar o subdesenvolvimento. Esse fato 
marcou o momento em que a industrialização passou a ser meta prioritária 
da política econômica. Além disso, destaca-se a Comissão Econômica para 
a América Latina e o Caribe (CEPAL) ([200–?]), que, desde 1948, contribui 
para o debate da economia e da sociedade latino-americana e caribenha, 
apresentando alertas, ideias e propostas de políticas públicas. Essa comissão 
tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento econômico da América 
Latina, coordenar as ações encaminhadas à sua promoção e reforçar as relações 
econômicas dos países entre si e com as outras nações do mundo, entendendo 
que a industrialização poderia levar à diminuição da pobreza.
De acordo com Gremaud (2017), a urbanização e a industrialização do 
País tiveram parte de sua origem na irradiação do setor cafeeiro, no início do 
século XX. Isso ocorreu especialmente depois da transição para o trabalho 
assalariado, que é um processo produtivo com efeito multiplicador maior que 
a economia escrava, pois atinge um maior número de pessoas e possibilita 
a liberdade em forma de lei. Esses outros setores, porém, possuíam menor 
nível de produtividade e eram incapazes de conferir dinamismo à economia 
brasileira, pelo menos até as primeiras décadas do século XX.
 Os responsáveis pelas políticas econômicas no Brasil, após o movimento 
militar de 1964, criaram um novo sistema para a política agrícola brasileira, 
que objetivava desenvolver um amplo processo de modernização promovendo o 
crescimento da produtividade do setor. Porém, entre 1968 e 1973, os governos 
de Costa e Silva e Médici, além do Ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto, 
caracterizou-se pelas maiores taxas de crescimento do produto brasileiro na 
história recente, com relativa estabilidade de preços. 
O período que abrange o pós-guerra e meados dos anos 1970 é conhecido 
como os trinta anos gloriosos da economia capitalista. Isso porque, nos anos 
1950, iniciaram os milagres econômicos na Alemanha e no Japão. Já nos anos 
1960, foi a vez de Espanha e Formosa, entre outros, onde houve a manutenção 
de altas taxas de crescimento por vá rios anos, o que refletia o grande cresci-
mento apresentado por toda a economia mundial nesse perí odo. Esse processo 
acarretou elevado crescimento dos fluxos mundiais de comércio e de capitais 
financeiros, que possibilitou um salto industrial, inclusive em alguns paí ses 
Análise geográfica na economia brasileira4
subdesenvolvidos. O Brasil se incluiria de forma mais acentuada na segunda 
metade dos anos 1960, a partir da recuperaç ã o do crescimento econômico no 
final de 1967, que já anunciava o milagre brasileiro de 1968 a 1973.
A década de 1970 foi um período bastante conturbado economicamente. No 
início, aconteceu um choque do petróleo, com relevante aumento dos preços, 
rompendo o acordo internacional firmado ainda durante a Segunda Guerra 
Mundial que visava estabilizar as taxas de câmbio internacional. Grande parte 
das economias mundiais reagiu de maneira recessiva a esse quadro. A reação 
brasileira foi configurada pelo II Plano Nacional de Desenvolvimento, que 
acabou dando nome ao período que vai de 1974, depois do chamado milagre 
econômico, até o final da década. As consequências dessa opção e das novas 
alterações no cenário internacional no final da década (novo choque do petró-
leo, alteração substancial da política econômica norte-americana, moratória 
mexicana) marcaram o início da década seguinte, período de recessão na 
economia brasileira em função da reação à chamada crise da dívida externa 
(GREMAUD, 2017).
Na década de 1980, o Brasil passou sua mais grave recessão. Em 1982, as 
autoridades econômicas precisaram evocar o Fundo Monetário Internacional 
(FMI), em virtude da moratória da dívida externa mexicana. O PIB do País caía, 
e a inflação aumentava, chegando, no final de 1989, em uma hiperinflação. 
Os investimentos e o PIB diminuíram, o deficit público aumentou, as dívidas 
externa e interna e a inflação aumentaram. Esse período ficou conhecido como 
década perdida (LACERDA et al., 2013). 
Segundo Metzner e Matias (apud GREMAUD, 2017), em 1991, a política 
econômica ficou restrita ao controle do fluxo de caixa, com redução de des-
pesas, principalmente nos gastos com funcionários (subcorreção dos salários), 
investimento e política de juros. Houve retração da carga tributária daquele ano, 
porém o superavit primário foi mantido, e o deficit operacional foi reduzido. 
No final do ano, foi enviada ao congresso uma proposta de reforma fiscal, mas 
apenas foi aprovada a indexação dos impostos. Houve o lançamento de um 
programa anti-inflacionário para restringir o crédito, recuperação das finanças 
públicas e manutenção da taxa de câmbio real. O impacto foi uma recessão, 
em 1992, sem reduzir a inflação. O desempenho fiscal foi comprometido pela 
baixa arrecadação (muitos processos visavam à recuperação de impostos pagos 
em excesso em 1990), pelas elevadas taxas de juros e pelo quadro político 
desfavorável, devido ao impeachment do presidente Fernando Collor de Melo.
O governo introduziu a nova moeda, o real (R$), em julho de 1994. Di-
ferentemente de planos anteriores, não se recorreu a qualquer tipo de conge-
lamento ou transformação de valores pela média. Juntamente com o plano 
5Análise geográfica na economia brasileira
(metas de expansão monetária restritivas), limitou as operações de crédito e 
impôs depósito compulsório de 100% sobre as captações adicionais do sistema 
financeiro (a chamada “âncora monetária” do Plano Real). O Plano Real teve 
grande sucesso em relação ao combate à inflação, alavancando a eleição de 
Fernando Henrique Cardoso, que era Ministro da Fazenda, para Presidente 
da República, ainda no primeiro turno. 
Atualmente, um dos desafios da agropecuá ria brasileria é reduzir as barrei-
ras protecionistas nos mercados ao redor do mundo, que vã o de cotas e tarifas, 
passando por barreiras sanitá rias e fitossanitá rias, até proibiç õ es absolutas. 
Além disso, há o denominado custo Brasil da produç ã o agropecuá ria, que 
inclui a tributaç ã o excessiva e distorcida, com a cumulatividade de impostos 
como PIS e COFINS. Por outro lado, ele inclui també m problemas de logí stica, 
pela precariedade do sistema de transportes, destacando-se o voltado para os 
produtos perecíveis. Como exemplo temos a falta de melhores e mais abran-
gentes vias de escoamento, sistemas de refrigeraç ã o e de acondicionamento, 
sistemas de informaç ã o e de comunicaç ã o, aç õ es de marketing e criaç ã o de 
aparatos que garantam os exportadores contra riscos nã o comerciais. Para 
Girardi (2008, documento on-line):
Os dados macroeconômicos do Brasil e de sua balança comercial o carac-
terizam como um País urbano-industrial que tem como apoio o capitalismo 
mundial a exportação de alimentos. O Brasil é o 23º importador e o 27º expor-
tador mundial em valor das mercadorias totais (dados de 2006). Quando nos 
referimos às sementes os produtos agropecuários, o País é o 5º maior exporta-
dor, ficando atrás somente de Estados Unidos, França, Holanda e Alemanha. 
Em relação à importação de produtos do ramo agropecuário, o Brasil surge 
apenas em 36º lugar, enquanto Estados Unidos, França, Holanda e Alemanha 
estão entre os seis primeiros. Em 2006, a agropecuária correspondia a 5,2% 
do PIB nacional, porém foi responsável por 92% do superavit total da balança 
comercial brasileira. Já no ano 2006, o Brasil exportou US$ 137 bilhões, sendo 
o setor agropecuário responsável por US$ 49 bilhões. O superavit total da 
balança comercial brasileira foi de US$ 46 bilhões, dos quais US$ 42 bilhões 
referentes ao setor agropecuário, já que os outros setores, apesar de exporta-
rem, são grandes importadores. Segundo Girardi (2008, documento on-line):
Análise geográfica na economia brasileira6
Do valor total das exportações agropecuárias brasileiras, cerca de 80% são 
relativos a apenas nove produtos/complexos, os quais são responsáveis por 
73,4% de toda área plantada e por 84,7% do superávit da balança comercial 
dos produtos agropecuários. 
Esse saldo positivo da balança comercial agropecuária em 2006 estava dis-
tyribuído nos seguintes produtos: soja 21,7%, carnes 20%, sulcroalcooleiro 
18,2%, café 7,9%, couro 7,6%, fumo 4%, sucos de frutas (destacando-se a 
laranja) 3,7%, produtos florestais 1,5% e algodão 0,7. Consideramos que 
esses produtos/complexos mais o milho constituem o agronegócio brasileiro.
Atributos econômicos regionais brasileiros
No Brasil, há grande desigualdade regional e local da agricultura, como mostra 
a Figura 1. A quantidade produzida e o valor da produção da agropecuária 
estão concentrados principalmente nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. 
O Sul e o estado de São Paulo se dedicam mais à agropecuária, enquanto o 
Centro-Oeste se destaca pela produção de culturas temporárias do agronegócio 
e pela criação de gado bovino. 
Girardi (2008, documento on-line), afirma que, no estado de São Paulo, 
concentra-se distribuição da terra, tecnologia e mão de obra empregada:
[…] configurando um caso específico; ele constitui a transição entre a agri-
cultura predominantemente camponesa e altamente produtiva do Sul e a 
agricultura intensamente capitalizada do Centro-Oeste. No Norte a extração 
vegetal é predominante e o rebanho bovino é crescente na frente pioneira da 
fronteira agropecuária. O Nordeste, por ser uma região de ocupação antiga 
com grande contingente populacional e grandes taxas de ruralizarão, apresenta 
contribuições nas diversas produções de forma territorialmente dispersa e com 
picos locais de especialização. De modo geral, a região é caracterizada por 
baixos índices de produtividade e predominância das culturas alimentares.
7Análise geográfica na economia brasileira
Figura 1. Valor da produção agropecuária no Brasil (2006).
Fonte: Girardi (2008, documento on-line).
Em 2016, as lavouras temporárias correspondiam a 57,9 milhões de hectares 
e 16,3% da área total dos estabelecimentos agropecuários. De 1996 a 2006, um 
milhão de hectares foi reduzido das áreas de lavouras temporárias. Culturas 
do agronegócio, feijão, arroz, mandioca e trigo ocupam maior área.
Análise geográfica na economia brasileira8
Na Amazônia, o extrativismo de madeira e o extrativismo dos povos da floresta que 
vivem da exploração desses produtos entram em conflito. A exploração madeireira, 
nativa da Amazônia, está associada à abertura de novas áreas para a especulação 
fundiária e futura territorialização do agronegócio, sendo então a primeira etapa do 
latifúndio, beneficiando os grandes produtores. Com exceção da madeira, todos os 
produtos do extrativismo vegetal selecionados são extraídos principalmente nos 
pequenos estabelecimentos, indicando que essa população pratica o extrativismo 
na floresta.
De acordo com Girardi (2008), a silvicultura é uma atividade comum 
dos grandes empreendimentos, pois o cultivo de árvores necessita de grande 
tempo para que haja um retorno dos investimentos e a mobilização da terra. O 
cultivo de árvores para a produção de celulose e papel se destaca como sendo 
um dos setores do agronegócio com maior crescimento, concentrando-se 
no Sul e no Sudeste do Brasil. Já a produção de carvão vegetal, de árvores 
plantadas, tem mais expressividade em Minas Gerais. Enquanto a produção 
de lenha, pelo cultivo de árvores plantadas (que difere da extração vegetal), 
está concentrada na Região Sul.
A pecuária de animais de grande porte ocorre de forma extensiva, já que 
a há grande disponibilidade de terras, o que contribui para a subutilização da 
terra. Observe a seguir como a atividade se distribui no País.
  Rebanhos: médias e grandes instalações concentram o bovino e o bu-
balino, este último mais expressivo na Região Norte. 
  Equinos e muares: utilizados para lidar com o gado e servem de força 
motriz para estabelecimentos onde não há trator. 
  Asininos e caprinos: estabelecem-se melhor no clima do Nordeste. 
  Ovinos: comuns no Nordeste e no Sul do Rio Grande do Sul, para 
produzir de lã.
  Aves e suínos: comuns no Sul, no Sudeste e em Goiás, criados por 
agricultores familiares para comercializar com grandes empresas pro-
dutoras de carnes.
9Análise geográfica na economia brasileira
Na indústria, observam-se estes indicadores: 
  participação do valor adicionado;
  taxa de ocupação da indústria de transformação, frente ao PIB e à força 
de trabalho, respectivamente;
  relação Valor da Transformação Industrial/Valor Bruto da Produção 
Industrial por região (VTI/VBPI regional), visando observar indicado-
res que melhor caracterizem as diferenças nos movimentos regionais 
(MONTEIRO, LIMA, 2017).
De acordo com a Figura 2, podemos observar que a diminuição do VA 
da indústria é evidente, como percentual do PIB, a partir da segunda metade 
da década de 80. Monteiro e Lima (2017, documento on-line), afirmam que:
A recente valorização cambial aparentemente tem contribuído no encolhimento 
da participação do subsetor indústria de transformação que em 2012, atingiu 
menor valor da série histórica apresentada, 13,25% desfazendo a ‘reversão 
parcial’ de uma possível desindustrialização.
Figura 2. Participação da indústria de transformação no PIB (%) no Brasil.
Fonte: Monteiro e Lima (2017, documento on-line).
A Figura 3 mostra que a distribuição do VA nacional aumentou sob a ótica 
regional (1985 e 2000). O Sudeste diminuiu seus pontos de participação em 
2,7 em relação ao total nacional, e o Nordeste, 0,99 (1985 a 1994). As outras 
regiões aumentaram ligeiramente. De acordo com Monteiro e Lima (2017, 
Análise geográfica na economia brasileira10
documento on-line), “[…] apesar da tendência a desconcentração regional 
do produto, o Sudeste ainda responde por mais da metade do valor adicional 
nacional, sendo, em 2010, responsável por 54,43% do total”.
Figura 3. Participação (%) regional no valor adicionado bruto nacional a preço básico 
(1985 e 2000).
Fonte: Monteiro e Lima (2017, documento on-line).
Além da análise dos setores agropecuário e industrial do Brasil, existe o 
setor terciário, que engloba todas as atividades do comércio e da prestação 
de serviços. Nos serviços, incluem-se atividade bancária, administrações 
públicas e privadas, professores, advogados, entre outros. O comércio é uma 
das mais importantesatividades, um dos cernes principais da economia atual, 
manifestando-se em nível mundial. Envolve desde pequenas trocas até comple-
xas transações entre multinacionais. Com os avanços tecnológicos propiciados 
pelas sucessivas revoluções industriais, esse setor intensificou-se em todas as 
escalas e em todo o mundo. Relaciona-se o desenvolvimento econômico aos 
setores de atividades econômicas: quanto mais desenvolvido é o país, mais 
determinante em termos de PIB é o setor terciário; quanto mais subdesenvolvido 
é o país, mais determinante é o setor primário.
11Análise geográfica na economia brasileira
As tipologias predominantes ocorrem quando um setor da economia tem o PIB 
municipal maior do que todos os outros somados. A tipologia maior refere-se ao setor 
com maior percentual do PIB municipal. A tipologia predominante equilibrada ocorre 
quando a diferença entre o setor predominante e o segundo é maior que 10%. Confira 
no link a seguir um mapa sobre o PIB e a tipologia do valor adicionado.
https://qrgo.page.link/QDxwJ
Exportações e importações brasileiras
A Figura 4 retrata o bom desempenho das exportações agrícolas brasileiras 
nos anos 2000. Além disso, o País se destaca no comercio mundial de minérios 
e de manufaturas com tecnologias incorporadas de média intensidade. A 
participação das commodities agrícolas em 28% no valor total das exporta-
ções pode até não parecer tanto assim, mas situa-se em nível bem superior 
à média internacional do peso do comércio agrícola no comércio mundial 
considerando-se todos os itens. 
De fato, a agricultura vem ocupando montantes abaixo de 7,5% das tran-
sações mercantis mundiais, com tendência decrescente de participação. Não 
significa que o mercado agrícola esteja se contraindo neste século, pelo con-
trário, o volume de comércio agrícola vem crescendo, exceto no ano de 2009, 
por conta da crise mundial. Então, não se trata de um segmento tão importante 
em participação, embora seja estratégico por se tratar de bens essenciais à 
sobrevivência humana.
Análise geográfica na economia brasileira12
Figura 4. Exportações agrícolas brasileiras.
Fonte: Feijó (2011, p. 205).
As vendas do agronegócio brasileiro ao exterior estão fortemente pautadas 
na soja e na carne, com mais da metade dessas exportações. Em seguida, 
surgem as exportações do complexo sucroalcooleiro. Em menor importância, 
temos as vendas externas de café́, tabaco, do complexo de cereais e de frutas. 
De menor importância, mas em destaque ainda, seguem o comércio de fibras 
e lã ̃ e de outros produtos de origem vegetal, conforme Figura 5.
13Análise geográfica na economia brasileira
Figura 5. Participação (%) dos principais setores agrícolas nacionais no valor das exportações 
agrícolas brasileiras (2002–2008).
Fonte: Feijó (2011, p. 206).
Em relação aos principais clientes da produção agropecuária do Brasil, 
Feijó (2011) afirma que o bloco europeu ocupa a primeira colocação. São 27 
países considerados como um só cliente, sendo que Alemanha e Países Baixos 
são os mais importantes. Entretanto, a participação europeia na carteira de 
clientes vem decaindo no século XXI. Os europeus abarcavam 40% das vendas 
externas do agronegócio em 2002, mas em 2008 perfaziam pouco mais de 
30% do valor total das transações comerciais. Pode-se averiguar um cresci-
mento das vendas agrícolas para China, Ásia (com as exclusões), continente 
africano e Rússia. Por outro lado, o valor das exportações agrícolas para Japão 
e Estados Unidos vem diminuindo. Observe a Figura 6, que mostra o valor 
das compras agrícolas efetuadas por seis principais clientes das exportações 
brasileiras (FEIJÓ 2011, p. 208).
Análise geográfica na economia brasileira14
Figura 6. Participação em valor (%) dos principais países (blocos) no destino das exportações 
agrícolas brasileiras (2002–2008).
Fonte: Feijó (2011, p. 207).
Um dos aspectos que possibilitaram a maior liberdade comercial dos últimos 
anos foi o fato de nesse período ter aumentado expressivamente o fluxo de 
capitais privados em direção ao Brasil. Esse fluxo, que se havia reduzido ao 
longo da crise da dívida externa, cresceu em função das próprias modificações 
no sistema financeiro internacional, da abertura financeira que também se 
processou na economia brasileira e da política econômica interna, com suas 
elevadas taxas de juros. Essa abertura financeira teve como contrapartida 
uma valorização da taxa real de câmbio, justamente no período em que os 
efeitos da redução de tarifa se faziam sentir de maneira mais explícita, entre 
1992 e 1995. A valorização cambial magnificou as consequências esperadas 
da abertura, causando assim problemas mais fortes do ponto de vista social e 
industrial (dificuldades no processo de reconversão das empresas), apesar de 
ter sido extremamente benéfica no processo de estabilização.
A falta de competitividade da indústria brasileira tornou-se evidente com 
a abertura comercial e atenuou-se com a valorização da taxa de câmbio após 
o Plano Real. A consequência foi o fechamento de um grande número de 
empresas e a retração do emprego em diversos setores. Alguns setores foram 
mais fortemente afetados nesse processo. Destacam-se o setor têxtil, o setor 
calçadista, o setor de bens de capital e a indústria de autopeças, entre outros 
(GREMAUD, 2017). 
As dificuldades desses setores podem ser percebidas pela importância 
crescente dos importados no mercado nacional, como revela o Quadro 2. 
Destaca-se o setor de bens de capital: os importados correspondiam a 11% 
15Análise geográfica na economia brasileira
da produção nacional em 1989 e passaram para 61% em 1996. Essa mudança 
denota também uma forte pressão sobre os demais setores, que começaram a 
proceder a uma ampla reestruturação produtiva, amostra deste último indicador.
 Fonte: Adaptado de Gremaud (2017). 
Categorias de uso 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996
Bens de consumo 
não duráveis
2,80 3,40 4,50 2,80 3,90 4,90 7,30 7,10
Bens de consumo 
duráveis
7,20 8,90 12,30 8,40 11,20 11,10 14,80 16,50
Bens 
intermediários 
elaborados
4,50 5,70 7,40 6,10 8,70 10,20 13,80 14,80
Bens 
intermediários
1,40 2,60 3,20 2,10 1,70 3,30 5,90 6,20
Bens de capital 11,10 19,80 33,30 21,60 25,90 32,60 47,70 61,50
Média da indústria 4,30 6,00 8,10 6,10 8,30 10,20 14,60 15,60
 Quadro 2. Coeficientes de penetração: importação/produção (%) 
Gremaud (2017) destaca que o Plano Real se valeu dessa abertura, assim 
como da valorização cambial. Durante seus primeiros anos, pode-se notar, 
conforme Figura 7, a deterioração da balança comercial, com o crescimento 
das importações superando o das exportações. Entre 1997 e o final do século 
XX, assistimos a um período de instabilidade, com problemas tanto internos, 
com a consequente diminuição do impulso importador, quanto externos, com 
dificuldades na demanda externa e no financiamento das exportações.
Análise geográfica na economia brasileira16
Figura 7. Balança comercial do Brasil (1986 –2014).
Fonte: Gremaud (2017, p. 544).
Apesar disso, na primeira década do século XXI, percebe-se uma reversão 
da balança comercial, em função do crescimento das exportações e sem que 
as importações tenham se deteriorado.
Além disso, podemos destacar uma mudança bastante importante que 
atingiu as relações comerciais brasileiras com alguns dos seus países vizinhos: 
a criação do MERCOSUL, que dinamizou as relações comerciais do Brasil 
com os países do sul do continente americano, especialmente com a Argentina. 
Essa dinamização das relações entre os países do MERCOSUL, nas relações 
econômicas, sociais e até mesmo políticas, ocorreu nos anos 1990, chegando 
a representar cerca de 20% do total das exportações brasileiras, conforme 
Quadro 3, para estabilizar-se em torno de 10% a partir de 2000.
17Análise geográfica na economia brasileira
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Análise geográfica na economia brasileira18
O desenvolvimento econômico brasileiro desde o período colonial é baseado 
na exportação de matérias-primas, passou pela crise dos anos 1960, pelas 
atuais e pela retomada do crescimento no início do século XXI. Durante todo 
esse período, observamos o auge e o declínio da industrialização que ocorreu 
por meio da substituição de importações. Os produtos que eram importados 
começaram a ser produzidos no País, com favorecimentos e incentivos, restrição 
externa e inflação. Atualmente, o Brasil se configura como um exportador 
essencialmente de produtos agropecuários, sendo também importador de 
produtos industrializados e tecnologia, bem como membro do MERCOSUL.
COMIN, A. Glossário de termos de economia industrial. São Paulo: PUCSP, [200–?]. Dis-
ponível em: https://www.pucsp.br/~acomin/economes/glosglob.html. Acesso em: 
15 dez. 2019.
COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE. Sobre a CEPAL. Santiago 
do Chile: [S. n.], [200–?]. Disponível em: https://www.cepal.org/pt-br/cepal-0. Acesso 
em: 15 dez. 2019.
FEIJÓ , R. L. Chaves economia agrí cola e desenvolvimento rural. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
GIRARDI, E. P. Agropecuária. In: ATLAS da questão agrária brasileira. São Paulo: FAPESP, 
2006. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/agropecuaria.htm. Acesso 
em: 15 dez. 2019.
GREMAUD, A. P. Economia brasileira contemporânea. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
LACERDA, A. C. et al. Economia brasileira. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
MONTEIRO, F. D. S. C.; LIMA, J. P. R. Desindustrialização regional do Brasil. Nova econo-
mia, v. 27, n. 2, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/neco/v27n2/1980-5381-
neco-27-02-00247.pdf. Acesso em: 15 dez. 2019.
Leitura recomendada
IBGE. Atlas nacional digital do Brasil. Brasília: IBGE, 2019. Disponível em: https://www.
ibge.gov.br/apps/atlas_nacional/. Acesso em: 15 dez. 2019.
19Análise geográfica na economia brasileira
Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Análise geográfica na economia brasileira20
Dica do professor
Você já deve ter escutado, erroneamente, em inflação como motivação da alta de preços, mas, na 
realidade, saiba que é preciso que sejam consideradas todas as variáveis da macroeconomia e as 
exportações. A economia é muitas vezes desigual e combinada, interferindo nos preços 
internamente em favor das exportações.
Nesta Dica do Professor, você irá saber mais sobre as exportações brasileiras.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) Desde o período Colonial (1500-1822), passando período Imperial (1822-1889), até a 
República Velha (1889-1930), a economia brasileira foi dependente quase unicamente do 
bom desempenho de suas:
A) exportações.
B) importações.
C) imigrações.
D) industrializações.
E) emigrações.
2) De acordo com Gremaud (2017), em 1930, dois elementos conjugaram-se: a produção 
nacional era enorme e a economia mundial entrou em uma das maiores crises de sua 
história, a depressão no mercado internacional do:
A) algodão.
B) café.
C) ouro.
D) látex.
E) cana-de-açúcar.
3) Logo depois do movimento militar, no ano de 1964, os responsáveis pela política econômica 
do Brasil criaram uma nova estrutura para a política agrícola brasileira, tendo em vista 
alavancar um forte processo de: 
A) redução dos latifúndios.
B) aumento da reforma agrária.
C) modernização agrícola.
D) redução de agrotóxicos.
E) redução da dívida externa.
4) Analisando o quadro geral da agropecuária brasileira, assinale (V) se verdadeiro e (F) se falso:
( ) A quantidade produzida e o valor da produção da agropecuária do Brasil estão 
concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
( ) A região Sul e o estado de São Paulo apresentam maior diversidade e dinâmica na 
produção agropecuária e a região Centro-Oeste concentra a produção das culturas 
temporárias do agronegócio e a produção animal.
( ) No Norte, a extração vegetal não é expressiva e o rebanho bovino é crescente na frente 
pioneira da fronteira agropecuária.
( ) O Nordeste, por ser uma região de ocupação antiga com grande contingente 
populacional e grandes taxas de ruralização, apresenta contribuições nas diversas 
produções. 
A) V – V – V – V.
B) F – F – F – F.
C) V – F – F – V.
D) V – V – F – V.
E) F – V – V – F.
5) No Brasil, é possível afirmar que a pecuária de animais de grande porte é praticada, em sua 
maioria, de forma:
A) intensiva.
B) informal.
C) sazonal.
D) predatória.
E) extensiva.
Na prática
As produções econômicas podem ser as mais diversas e variam de acordo com a região do mundo, 
o país, os estados e os municípios. Essas produções podem ser voltadas tanto para o campo como 
para a cidade, porém sempre têm um maior destaque dentro da economia regional.
Acompanhe, Na Prática, como uma professora realiza uma pesquisa com seus alunos sobre as 
principais produções agrícolas da região.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/bfc88956-0141-4add-ae81-fe674bc8799d/d3d085c1-bc14-4cbe-a243-56ae46da9286.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Agricultura, transformação produtiva e sustentabilidade
No link a seguir, você terá acesso a um livro que propõe a existência de um “novo padrão agrário e 
agrícola no Brasil”, instituído a partir do final da década de 1990, e discute a expansão da fronteira 
agrícola no Brasil no período recente, que se distingue da primeira onda de expansão ocorrida no 
passado.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Crise e perspectivas para a economia brasileira
No link a seguir, você terá acesso a um artigo que analisa a performance da economia brasileira no 
período 2003-2016, focando, em particular, na desaceleração econômica recente e na recessão 
que a seguiu.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Estado, capital financeiro e agricultura no Brasil atual
No link a seguir, você terá acesso a um artigo que analisa como a década de 1990 marcou uma 
mudança profunda com a ampliação da influência do capital monopolista internacional na economia 
brasileira. Isso resultou em uma forte crise agrícola e um novo sistema de financiamento privado 
baseado nas tradings internacionais.
http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/6876
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142017000100125&script=sci_arttext&tlng=pt
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.enanpege.ggf.br/2015/anais/arquivos/22/605.pdf

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