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u que v c precis s ber p r pr v e sele es exercíci s c m b rit Po oecomi a ia @VOECOMISSARIA 1 Dedicatória Fiz está apostila com todo o meu amor, carinho e paciência, pois sei o quão difícil é estudar por uma apostila de mais de quinhentas páginas e sem saber onde focar. Quero agradecer a Deus, por me dar toda a força e não me deixar desistir mesmo nas dificuldades. Queria muito agradecer a você que escolheu adquirir está apostila, obrigada por ter acreditado em mim e no meu trabalho. Quero agradecer aos meus pais por terem me apoiado a fazer o curso de inglês e o curso de comissário de voo, se não fosse pelo o incentivo deles eu nem estaria aqui. Quero agradecer também ao meu companheiro e amor da minha vida, que me deu a brilhante ideia de fazer está apostila, que sempre me apoia em tudo o que eu faço e que acredita muito no meu potencial. Por último, gostaria de agradecer ao meu Instagram @voecomissaria. Se eu não tivesse tido a ideia de cria-lo, eu nunca iria ter a vontade de criar um projeto assim. Espero muito que eu consiga ajudar a todos a estudar para o curso de comissário de voo, para a banca da ANAC e também para as seleções de emprego. Obrigada a todos. @VOECOMISSARIA 2 Sumário BLOCO 1 1. Emergência a Bordo ------------------------------------------------------------------------ 3 2. Combate ao Fogo --------------------------------------------------------------------------- 9 3. Sobrevivência -------------------------------------------------------------------------------- 11 4. Exercício Bloco 1 ---------------------------------------------------------------------------- 19 BLOCO 2 5. Sistema de Aviação Civil ------------------------------------------------------------------ 20 6. Regulamentação de Aviação Civil ------------------------------------------------------ 24 7. Segurança de Voo -------------------------------------------------------------------------- 26 8. Regulamentação Profissional do Aeronauta ---------------------------------------- 28 9. Exercício Bloco 2 ---------------------------------------------------------------------------- 30 BLOCO 3 10. Primeiros Socorros ------------------------------------------------------------------------ 31 11. Medicina Aeroespacial ------------------------------------------------------------------- 45 12. Exercícios Bloco 3 -------------------------------------------------------------------------- 47 BLOCO 4 13. Meteorologia ------------------------------------------------------------------------------- 48 14. Navegação ---------------------------------------------------------------------------------- 57 15. Conhecimentos Básicos de Aeronaves ---------------------------------------------- 61 16. Exercícios Bloco 4 ------------------------------------------------------------------------- 68 GABARITO 17. Gabarito ------------------------------------------------------------------------------------ 69 @VOECOMISSARIA 3 Emergência a bordo Atmosfera - O ar que respiramos é composto basicamente por: • Nitrogênio – 78% • Oxigênio – 21% • Outros gases – 1% - Altura: distância vertical de um ponto ao outro. - Altitude: distância vertical do nível do mar para outro ponto. - Temperatura média a nível do mar: + 15ºC. - Pressão média a nível do mar: 14,7 PSI - Quanto maior a altitude, menor a pressão, densidade e temperatura. - Gradiente térmico: a cada 1.000fts que subirmos, a temperatura diminui -2ºC. - Relação entre ft (pés) e metro: 3ft = 1 metro - Altitude pressão interna do avião: • < 8.000 fts (altitude pressão normal do avião) • 10.000 fts (altitude pressão segura do avião) • 14.000 fts (altitude pressão limite fisiológico) - A despressurização causa dor de cabeça, visão ruim e até mesmo a morte. - Quando o avião estiver voando, a pressão externa será menor do que a pressão interna. Avião pressurizado • A altitude pressão interna do avião vai estar sempre abaixo de 8.000 pés. • É criada uma condição artificial para que possamos trabalhar em altitudes em que normalmente não haveria pressão suficiente para realizarmos o mecanismo da respiração. • A altitude pressão interna da cabine será compatível com o ser humano, para que possamos respirar sem o auxílio de equipamentos de oxigênio. Como se pressuriza uma cabine de avião? O ar é sugado do meio ambiente pelas turbinas e vai para um setor chamado packs, onde o ar será resfriado, purificado, condicionado e jogado no interior da cabine. Todo esse circuito tem duração de 3 minutos. O controle da temperatura interna da cabine bem como a pressão é controlado pelo cockpit. A circulação do ar no interior da cabine entra por passagens no teto e sai por grades no piso junto a fuselagem. VANTAGENS DE TRABALHAR NUMA CABINE PRESSURIZADA: - Não tem necessidade de usar uma roupa espacial; - Diminui o aerobolismo; - Facilidade de encontrar a temperatura e ventilação da aeronave; - Permite voos em grandes altitudes sem a necessidade do uso de equipamento auxiliar de O2; DESVANTAGENS DE TRABALHAR NUMA CABINE PRESSURIZADA: - Pode ocorrer despressurização; - Os packs e máscaras de oxigênio ocupam espaço e são pesadas (desvantagem para a empresa); Fatores que interferem na velocidade de despressurização: - Diâmetro do orifício por onde ocorre a saída da pressão; - Diferencial de pressão (quanto maior for a diferença entre a pressão interna da cabine e a pressão externa, maiores serão as consequências); - Tamanho da cabine. Efeitos da despressurização • No interior da cabine: - Queda brusca de pressão e temperatura, ocasiona intensa neblina de curta duração, denominada condensação; BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 4 • No organismo humano: - Saída brusca de ar dos pulmões (sai violentamente pela boca e nariz); - Expansão dos gases; - Sintomas de aerobolismo; - Sintomas de hipóxia; - Ofuscamento da visão. Tipos de despressurização • Explosiva – ocorre em menos de 1 segundo e não dá tempo de fazer nada (igual uma bomba); • Rápida – entre 1 a 10 segundos, dá tempo de pegar a máscara de oxigênio; • Lenta – não há um tempo mensurável, tem que avisar a cabine de comando e toda a tripulação. QUAL A PRIMEIRA ATITUDE A SER TOMADA QUANDO OCORRE UMA DESPRESSURIZAÇÃO? - Pegar a 1º máscara do sistema fixo de O2, colocar sobre o nariz e a boca e respirar normalmente; - Quando ocorre uma despressurização de cabine, a providência a nível técnico é descer com a aeronave para uma altitude segura (abaixo de 8.000 pés). WAP (Walk Around Procedures) São procedimentos de emergência após uma despressurização, como: ajeitar alguma máscara do sistema fixo de oxigênio, providenciar oxigênio terapêutico, acalmar passageiros e etc. - Nenhum passageiro pode dormir ou se deitar no chão da aeronave, pois em caso de despressurização as máscaras do sistema fixo de oxigênio não chegam ao passageiro; - Se um adulto estiver acompanhado de uma criança, em caso de descompressão, o adulto deve por a máscara primeiro nele e depois na criança; - Existem 2 máscaras do sistema fixo de O2 no toalete, uma para um adulto e a outra para uma criança; - É proibido aglomeração de passageiros na galley, pois não há máscaras do sistema fixo de O2; - Se um adulto estiver acompanhado de uma criança de colo, o cinto de segurança só deve ser colocado no adulto; Função e dever dos comissários de voo Função: Prover o conforto dos passageiros; Dever: Prever a segurança. Antes da decolagem ou pouso o comissário deve checar a cabine (cintos afivelados, mesas travadas, poltronas na vertical, verificar se não há ninguém fumando ou usando aparelhos eletrônicos. SegurançaÉ tudo aquilo que não sai da nossa rotina, é uma prevenção. Emergência É uma situação anormal que põe em risco a segurança da aeronave e de seus ocupantes. Princípios básicos da evacuação de uma aeronave - Evacuar é tirar todos de um ambiente tendo apenas 90 segundos para tal com metade das portas funcionando; - A evacuação somente é iniciada após a parada total da aeronave e o corte dos motores; - Deve-se analisar todas as situações, julgar e decidir. Saídas de emergência Para ser saída de emergência tem que te material auxiliar de evacuação. • Portas (saídas principais – escorregadeiras); • Janelas (saídas restritas – cordas/tiras de escape). Situações diversas na aeronave BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 5 SAINDO DE UMA JANELA DE EMERGÊNCIA. Para sair de uma janela de emergência, primeiro tem que por a perna, depois a cabeça, em seguida o tronco e por último a outra perna (perna → cabeça → tronco → perna). POSTOS DE EVACUAÇÃO É o local onde os comissários ficam para auxiliar durante uma evacuação. O comissário responsável por porta, deverá abri-la. Comissários que não são responsáveis por porta, deverão posicionar-se na linha divisória da cabine (LDC). SINAL CONVENCIONAL Os comissários devem saber qual o sinal para o início da evacuação. Exemplos: • Luminoso (luzes de emergência); • Sonoro (campainha); • Verbal (comando do comandante); • Combinado (fazer o que foi combinado); • Sistema de evacuação (painel que está na cabine de comando e em todas as portas). ANALISAR A EVACUAÇÃO • Hierarquia X Evidência ↳ Evacuação por hierarquia: seguir as ordens dadas pelo comandante (comandante → co-piloto → chefe de cabine → qualquer comissário). ↳ Evacuação por evidência: não precisa seguir ordens do comandante, em caso de: fogo a bordo, pouso na água, fumaça intensa a bordo, danos extensos na aeronave. • As ordens transmitidas ao passageiros devem ser claras, enérgicas e precisas. • Procurar transmitir as ordens aos passageiros, sempre na afirmativa e nunca usar a palavra não. Ex: Não use está saída. Venha por está saída. • Use mímica ou linguagem internacional dos sinais. Abertura das saídas de emergência Antes de abrir, tem que: - Checar área externa ↳ Se for pouso no mar, verificar nível da água; ↳Verificar fogo ou combustível derramado; ↳Verificar arestas (pontas da fuselagem. - Se a saída de emergência não abrir, redirecionar os passageiros para a saída mais próxima. Cintos de segurança Existem dois tipos de cintos de segurança: - Cinto tóraco abdominal (para tripulantes); - Cinto abdominal (para passageiros). Posição de impacto • Para passageiros: 1. Abraçar as pernas, os braços passam por baixo do joelho, rosto apoiado sobre as coxas (deve-se colocar sobre as coxas travesseiros, mantas, casacos a fim de amenizar o atrito do rosto sobre as pernas); 2. As mãos entrelaçadas na nuca flexionando o corpo para frente; 3. Mãos entrelaçadas na nuca e a cabeça apoiada no encosto da poltrona a sua frente (para pessoas muito altas, mulheres grávidas e obesos). • Para tripulantes: 1. Usar cinto tóraco abdominal, mãos apoiadas sobre as pernas, cabeça apoiada no encosto de cabeça (comissário sentado de costa para a cabine de comando). 2. Usar cinto tóraco abdominal, mãos apoiadas nas pernas, queixo apoiado no peito (comissário de frente para a cabine de comando. Imagem: Google BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 6 Pouso de emergência X forçado • Pouso de emergência: - Consegue colocar o avião em um aeródromo ou em um aeroporto; - Comandante comunica ao chefe de equipe a emergência (TEST); T= tempo disponível; E= emergência; S= sinais convencionais; T= transmitir informações adicionais. - Chefe de equipe faz um briefing com comissários; - Os comissários posicionam-se ao longo dos corredores (para evitar o pânico); - Speech de emergência (comunicação aos passageiros da situação); - Pode ser um pouso preparado ou não preparado. • Pouso forçado: - Tem que pousar a aeronave em qualquer lugar; - Não há tempo hábil para fazer comunicados; - Pode ser um pouso preparado ou não preparado. Preparo da cabine - Volumes soltos na cabine, tem que ser acomodados nos toaletes; - Retirar objetos pontiagudos, óculos, dentaduras, sapatos de salto alto, brincos, canetas e etc; - Guardar tudo e qualquer objeto solto; - Selecionar passageiros (tripulantes extras a bordo, militar, desportistas) para nos auxiliar; - Redistribuir passageiros (idosos, grávidas, crianças, obesos); - Checar a cabine e galleys; - Vestir os coletes salva vidas (comissário coloca nas crianças); - Tomar posição de impacto; - Checar a área externa após o pouso / antes de abrir as saídas emergência; - Abertura das portas (hierarquia X evidência). Após a evacuação Ações imediatas e simultâneas: - Afastamento da aeronave acidentada (provável explosão e/ou fogo); - Reunir todos os sobreviventes em lugar seguro; - Prestar primeiro socorros; - Acionar o TLE (transmissor localizador de emergência); - Procurar deitar ou recostar os feridos; - Providencie uma proteção para os feridos (abrigo temporário). Tipos de saídas de emergência - Os passageiros podem embarcar ou desembarcar da aeronave com um dos motores ligados, desde que tal ação seja feita do lado oposto ao motor em funcionamento; - Os passageiros podem estar a bordo da aeronave durante um abastecimento, mas os comissários devem informar sobre tal ação e dando instruções de não fumar, não acender fósforos ou isqueiros. - Durante a decolagem ou o pouso, é proibido falar com o comandante, a não ser que seja em caso de alguma emergência. Equipamentos auxiliares de evacuação • Cordas: São equipamentos auxiliares para uma evacuação por uma janela, normalmente se localiza no teto da cabine de comando, acima dos assentos dos pilotos. • Rampa escorregadeiras: Ficam embutidas na parte inferior da porta e podem ser classificadas como não infláveis e infláveis. E as infláveis se subdividem em automática e semiautomática. Tipo Saída Nº de pax Tempo Tipo I Escorregadeiras infláveis 50 a 55 90” Tipo II Escorregadeiras não infláveis 30 a 40 90” Tipo III Janela sobre as asas 20 a 30 90” Tipo IV Janelas cabine de comando 15 a 20 90” Classe A Escorregadeiras infláveis duplas 90 a 100 90” Curiosidades BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 7 Resumindo: - Nas portas nos temos escorregadeiras e nas janelas temos cordas de escape; - As escorregadeiras estão localizadas na parte inferior da porta e as cordas de escape estão localizadas na parte superior do encaixe da janela; - Portas são as saídas preferenciais e as janelas são saídas restritas; - As alavancas abrem em um ângulo de 180º; - Se for um pouso no mar a saída preferencial é a janela. - Sempre antes da decolagem a escorregadeiras tem que ser armada. Turbulência Turbulência é uma agitação vertical do ar que atua sobre uma aeronave, tornando o voo desagradável. As principais causas de turbulência são de origem meteorológicas. Não há um tempo exato de duração de uma turbulência, pode durar segundos, minutos ou horas. O perigo não está no tempo de duração, e sim na intensidade. Tipos de turbulência - C.A.T. (Clear Air Turbulence ou turbulência de céu claro) ↳ O que causa o C.A.T. é o vácuo. Está é a principal turbulência que causa ferimentos em passageiros e tripulantes, pois ainda não existem meios que detectem este fenômeno com antecedência. - Turbulências de origem meteorológicas: nuvem, granizo e chuva. ↳ Existem 4 categorias de intensidade de turbulência: leve, moderada, forte e severa. ↳ Na leve e moderada ainda dá para trabalhar. Caso ocorra uma turbulência moderada no meio do serviçode bordo, os comissários devem voltar rapidamente para a galley, e guardar todos os materiais com segurança e assumir sua posição na estação de comissários. ↳ Já na forte ou severa, os comissários devem ir imediatamente para a poltrona mais próxima, travar os trolleys e se der, cobrir os trolleys com mantas para evitar machucar as pessoas que estão próximas. Luzes da aeronave No interior na aeronave, existem luzes nos visores, no teto, luzes individuais para leitura, nos toaletes, luzes de emergência, de entrada e de serviço. Durante a decolagem e o pouso, as luzem internas da cabine de passageiros devem estar no mínimo. Já no exterior da aeronave, há luzes ao lado das portas, ao lado das janelas de emergência, na área dos flaps, servindo para iluminar rotas de evacuação. Painéis da aeronave Na aeronave, existem diversos painéis, que através de interruptores e sistemas, possibilitam acender e apagar as luzes da cabine de passageiros, possibilitam a comunicação a bordo, identifica uma chamada de comissários, acionam luzes de emergência e operam equipamentos da galley. Painéis luminosos indicadores de chamada Este painel está localizado no teto da cabine. Nele há luzem coloridas que indicam as chamadas de passageiros, cockpit e comissários. Imagem: Google BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 8 Exemplo de painel de chamada de comissários: • Luz azul: chamada de passageiro para comissário; • Luz amarela ou âmbar: chamada de toalete para comissário; • Luz rosa: chamada de tripulação para comissário. Painéis da galley - Interruptor de luz de serviço; - Interruptor do boiler (aquecedor de água); - Interruptor da térmica; Painel da estação de comissários - Interfone (para os comissários se comunicarem entre sí); - Interruptor de luz de entrada; - Interruptor de luzes da cabine; - Botões que desligam as luzem de chamada (reset, attendant e captain); - P.A. (Passenger Adress) ↳ É um sistema de comunicação, onde tripulantes fazem anúncios aos passageiros. Unidade de serviço ao passageiro (PSU) Está localizado acima de cada conjunto de poltronas dos passageiros. Neles tem: - Luzes individuais de leitura; - Um botão para a chamada de comissários; - Um alto falante; - Um estojo contendo quatro máscaras de oxigênio; - Sinais audiovisuais de apertar cintos e não fumar. Farmácia a bordo As aeronaves devem estar equipadas com farmácias (conjuntos ou kit de 1º socorros) de acordo com a regulamentação. Há dois kits distintos nas aeronaves: kits dos comissários e kit dos médicos. • Kit dos comissários: contém medicamentos para ser utilizado em caso de ferimentos ou sintomas de distúrbios leves. É responsabilidade do comissário anotar os medicamentos utilizados e o fechamento do lacre do kit, no final do voo; • Kit dos médicos: é de uso exclusivo do profissional da saúde registrado, nesse kit contém equipamento médico cirúrgico, seringas e injeções para casos mais graves. Ao utilizar o kit médico, o chefe de cabine precisa fazer um relatório com o nome, endereço e condições do paciente, o nome do médico e o CRM. A quantidade de farmácias a bordo varia de acordo com o tipo de aeronave e deve seguir as regras da ANAC. Qtd. de pax Qtd. de farmácias 0 a 100 1 101 a 200 2 202 a 300 3 Acima de 300 4 Sistema de oxigênio (O2) O sistema de oxigênio de uma aeronave se classifica em: • Fixo: Tem como finalidade ter oxigênio em caso de descompressão. A aeronave possui dois sistemas de oxigênio fixo, um para a cabine de comando e outro para a cabine de passageiros. As máscaras caem automaticamente quando a aeronave atinge 14 mil pés (dentro do avião). - Sistema de O2 fixo para a cabine de comando: existem quatro máscaras na cabine, os cilindros de oxigênio ficam no porão (aviônica), localizado de baixo do cockpit. - Sistema de O2 fixo para a cabine de passageiros: O sistema não consiste em cilindros de oxigênio e sim de módulos de geradores químicos de oxigênio. É localizado no PSU, nos toaletes e nas estações de comissários. Caso as máscaras não caiam quando a aeronave atingir 14 mil pés, o comandante deve pressionar um botão no painel overhead no cockpit. Caso nenhuma dessas formas funcionem, os comissários devem acionar manualmente cada uma das máscaras. As máscaras só liberam o O2 se o passageiro a puxar em direção ao seu rosto. BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 9 • Portátil: o sistema portátil é dividido em dois, equipamentos de proteção respiratório e oxigênio terapêutico. - E.R.R. (Equipamento de proteção respiratório): Tem finalidade de proteger os órgãos da visão e da respiração em ambientes com fumaça e gases tóxicos. Ex: C.A.F (capuz anti-fumaça) e máscara full face. - Oxigênio terapêutico: Tem como finalidade atender os ocupantes da aeronave que se encontram com deficiência respiratória. São cilindros com 311l de O2, quando em capacidade normal indicarão no manômetro 1800 PSI e 21ºC (o comissário deve verificar antes da decolagem). ↳ Cada cilindro possui duas saídas, uma na cor vermelha, na qual sai um fluxo de 4 litros por minuto e outro na cor verde, na qual sai um fluxo de 2 litros por minuto. ↳ Quando aplicar o oxigênio terapêutico, deve-se manter o passageiro sentado e deixar sua poltrona reclinada, deve-se limpar todo o rosto (remover maquiagem, suor ou gorduras existentes), avisar ao comandante que o oxigênio portátil será utilizado, deve-se desapertar as vestes, agasalhar e sempre o vigiar. Itens a serem observados no cheque pré-voo • Extintor de água – verificar o lacre • Extintor de hallon – verificar o lacre e manômetro (tem que estar na faixa verde); • Cilindro portátil de O2 terapêutico – verificar o manômetro e máscaras oro-nasal; • Machadinha – fica no cockpit, tem um lado cortante e outro perfurante; • Luvas de amianto – chamadas de luvas Kevlar; • Megafone – verificar pilhas, botão liga e desliga; • Chave da porta da cabine de comando; • Rádio farol de emergência (TLE); • Escape slide – verificar o manômetro; • Kit de sobrevivência na selva; • Farmácia – verificar se há as quantidades exigidas. Combate ao fogo • Combustão: é um fenômeno químico que modifica a estrutura da matéria através de uma reação química exotérmica irreversível, podendo ou não emitir luz e calor. • Fogo: é combustão controlada pelo homem, em seu benefício, sob forma de luz e calor. • Incêndio: é toda combustão que o foge do controle do homem, devendo ser extinta imediatamente, para que não produza efeitos devastadores. Elementos essenciais da combustão • Combustível; • Comburente (O2); • Calor • Reação em cadeia Pontos notáveis de uma combustão • Ponto de Fulgor: quando a produção de gases é insuficiente para que a combustão progrida. • Ponto de inflamação: quando a produção de gases é suficiente para que a combustão progrida. • Ponto de ignição: a chama já aparece sem que haja incidência de fonte externa. Transmissão de calor • Condução: o calor é transmitido de molécula a molécula, ocorre entre corpos com o contato físico direto. • Convecção: quando o calor é levado de um ponto ao outro por intermédio de um ar ou líquido aquecido. • Irradiação: é a transmissão por meios de raios ou ondas térmicas, processadas através do espaço com o ar ou vácuo, sem que haja contato físico. } Quadrado do fogo C C C RC BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 10 Classes de incêndio Classe A - O que queima? Sólidos ordinários e base carbônica (papel, pano, plástico e madeira). - Como queima? Na superfície e profundidade, deixa resíduos. Classe B - O que queima? Líquidos inflamáveis (gasolina, tíner, acetona e álcool). - Como queima? Na superfície, não deixa resíduos. Classe C - O que queima? Elétricos, eletrônicos energizados. - Como queima? Na superfíciee profundidade, deixa resíduos. Classe D - O que queima? Materiais pirofóricos – que se inflama espontaneamente quando entra em contato com o ar (magnésio e argônio). - Como queima? Na superfície e profundidade, deixa resíduos. Métodos de extinção de fogo • Abafamento: redução de oxigênio; • Resfriamento: redução de temperatura; • Isolamento: remoção de parte do combustível; • Extinção química: redução da combustão utilizando um produto químico. Fases do incêndio Eclosão → Incubação → Generalização → Propagação → Extinção Agentes extintores e extintores Água (H2O) - Característica: É de cor cinza - Agente extintor: Água + glicerol - Ação: Resfriamento - Ordem de eficiência: É melhor para a classe A - Restrição: Classe B (pois espalha o fogo) - Proibição: Classe C (pois água é condutora de eletricidade) - Alcance: 6 metros - Tempo: 30 segundos (em jato contínuo) Dióxido de Carbono (CO2) - Característica: Tem um tubo difusor - Agente extintor: Dióxido de carbono - Ação: Resfriamento e abafamento (pois diminui o percentual de O2) - Ordem de eficiência: Classe C → B → A - Restrição: Classe A, tem que fazer rescaldo - Proibição: Nenhuma - Alcance: 1,5 metros - Tempo: 25 segundos Hallon 1211 - Característica: Cilindro de liga leve, gatilho da cor preta, manômetro e tem base côncava - Agente extintor: Bromoclorodifluormetano - Ação: Extinção química e abafamento - Ordem de eficiência: Classe C → B → A - Restrição: Classe A, tem que fazer rescaldo BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 11 - Proibição: Nenhuma - Alcance: 1,5 metros - Tempo: de 8 a 10 segundos Pó Químico Seco (PQS) - Característica: Manômetro e punho na cor de metal - Agente extintor: Sódio e outros sais - Ação: Abafamento e extinção química - Ordem de eficiência: Classe B → C → A - Restrição: Classe A, tem que fazer rescaldo - Proibição: Nenhuma - Alcance: 2 metros - Tempo: 25 segundos Trio dinâmico para extinguir o fogo • Extintor adequado • E.P.R • Luvas de Kevlar Sobrevivência Kit de sobrevivência na selva Cada conjunto de kit de sobrevivência contém: • 2 frascos de 60 ml contendo purificador de água; • 3 caixas de fósforos, com o total de 150 palitos; • 1 manual de sobrevivência; • 1 espelho de sinalização (de metal), para usar de dia; • 1 apito (sinalizador); • 20 analgésicos; • 6 sacos plásticos com água de 125 ml • 2 foguetes pirotécnicos (baquelite – de um lado produz fogo, para a noite, e do outro lado produz fumaça, para o dia); • 50acotes de açúcar com 06 gramas cada; • 50 pacotes de sal com 01 grama cada; • 1 faca de sobrevivência na selva contendo: - 1 bússola dissociável (pode ser removida do cabo) - 2 chumbinhos para pesca - 2 anzóis (um pequeno e um médio) - 1 rolo de nylon (mais ou menos 2,5 m) - 1 agulha - 1 alfinete - 2 anéis de aço (acoplado ao cabo da faca) - 1 cabo de aço (mais ou menos 20 cm) Procedimentos imediatos • Se afastar da aeronave; • Reunir os sobreviventes; • Prestar primeiros socorros; • Acionar o TLE; • Providenciar proteção. - Deve-se ficar na aérea do acidente por 1 semana; - Nas primeiras 24h nada de ração (alimentos que não estragam como açúcar e guloseimas); - Dividir a alimentação em 3 partes: ↳ 2/3 dessa alimentação será consumida na 1º metade do tempo estimado (o tempo estimado começa a partir do 2º dia, já que nas primeiras 24h não pode oferecer comida). ↳ O outro 1/3 será consumido na 2º metade do tempo estimado. - Deve-se manter protegido de mosquitos e insetos; - Caso haja uma infecção cutânea, deve-se passar um antisséptico; - Sempre deve purificar a água. Informações importantes BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 12 Jornada e deslocamento Posso me localizar por: • Sol (nasce no Leste e se põe no Oeste); • Estrelas (Cruzeiro do Sul – fica no Sul e Estrela Polar – fica no Norte); • Ninho de pássaros (a casa do João-de-barro sempre está virada para o Norte); • Tronco de árvore (o limo das árvores fica virado para o Sul); • Mourões (o tronco mais apodrecido está virado para o Sul); • Bússola; • GPS; Bússola Magnética É um instrumento de navegação e orientação que indica o Norte magnético terrestre. A bússola é composta de: - Caixa: é o envoltório de proteção do limbo e da agulha; - Limbo: é um disco graduado de 0º a 360º, o que nos permite determinar uma direção magnética entre dois pontos, conhecido como azimute; - Agulha: é um ponteiro magnetizado que sempre aponta para o Norte magnético terrestre. Manuseando a bússola - Homem bússola: é a pessoa que fica com a bússola; - Homem ponto: é a pessoa que abre o caminho; - Homem marco: é a pessoa que tira a prova real, para ver se está apontando para o caminho certo; - Homem passo: é a pessoa que conta os passos dados. . Azimute e Contra-Azimute • Azimute (Az): É a direção magnética que seve ser seguida; • Contra-Azimute (Caz): é a direção para voltar ao ponto de partida. Se calcula da seguinte forma: - Se o azimute for menor que 180º: Caz = Az + 180º - Se o azimute for maior que 180º: Caz = Az - 180º Animais venenos e peçonhentos • Animais venenosos: - Possuem boca pequena; - Não tem pele e nem escamas, possui placas ósseas ou espinhos; - As guelras são pequenas; - Vivem em águas pouco profundas; - A pessoa se envenena ao ingerir ou toca-los. Ex: Sapo cururu, sapos coloridos da Amazônia e peixes da família Baiacu. • Animais peçonhentos: - Injetam o veneno pela peçonha; - São substâncias toxicas com o objetivo de caça ou defesa do animal; - A peçonha tem ação paralisante e digestiva; - Cabeça triangular; - Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical; - Movimentos lentos; - Hábitos noturnos; Ex: lacraia, escorpião, cobra (ofídios), aranha e maribondos. Ofídios Classificação dos ofídios Família Gênero Nome vulgar Viperidae Crotalus Bothrops Bothriops Cascavel Jararaca Surucucu Elapidae Micrurus Coral Boidae Boa Eunectes Jiboia Sucuri BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 13 Características dos ofídios • Disposição dentária: ajuda a saber se o animal é peçonhento ou não. - Áglifas: não tem veneno; - Opistóglifa: não tem veneno (falsa cobra coral); - Proteróglifas: venenosa (cobra coral); - Solenóglifas: todas são venenosas. • Tipos de veneno: paralisante, necrosante e hemolisante. • Quantidade de veneno: a cobra só utiliza um pouco do veneno para caso precise dar o bote mais de uma vez. Movimentos dos ofídios - Rastejar; - Bote; - Saltar; - Escala na vertical; - Mergulhar; - Nadar. Órgãos sensoriais dos ofídios - Visão (cobras não enxergam bem); - Audição (são surdas); - Olfato (as cobras sentem cheiro pela língua); - Detectores térmicos (escamas supralabiais e fosseta loreal). Vivenda dos ofídios - Subterrâneas (cobras corais); - Terrestres (cascavel e jararaca); - Aquática (serpente marinha); - Arborícolas (jiboias); - Terrestre, aquática e arborícola (sucuri e anaconda). Sobrevivência na selva Água e alimentação • No nosso planeta, aproximadamente 97% é água salgada e apenas 3% é água doce (2% é só gelo e 1% são de rios, lagos e da chuva). • Durante uma sobrevivência, toda água deve ser purificada. • Temos que beber no mínimo 500mL para os órgãos funcionarem. Porém, o ideal é de 2,5L a 3L, por dia. • Se a cota de água for inferior a 500mL, deve-se beber toda de uma vez só e não ingerir nada sólido. • A água entra no nosso organismo de três formas: - Quando ingerimos água, sucos, álcool ou refrigerantes (média de 1200mL); - Quando respiramos (médias de 300mL); - Quando comemos alimentos (média de 1000mL). • A água sai do nosso corpo por quatro formas: -Via pulmonar: falar e respirar (média de 350mL); - Via cutânea: suor (média de 350mL); - Via renal: urina (média de 1,5L); - Via digestiva (média de 100ml). • Métodos de purificação da água: - Ferver a água por 1 minuto; - Com o purificador; - Com iodo (8 gotas de tintura para 1L de água). • Águas que não precisam ser purificadas: - Água da chuva; - Água de origem vegetal (água de coco, cipó de casca grossa, cactos bojudo) • Deve-se observar os animais, tudo o que pássaros, pequenos roedores e macacos comem, nós também podemos comer. • Podemos comer animais (não venenosos) e vegetais. • Não podemos comer cogumelos, pois eles podem ser venenosos. • Todo vegetal que contenha amido deve ser cozido ou assado. Um exemplo é a mandioca brava, ela contém uma grande quantidade de amido e é muito toxica para nós se não for bem cozida. Imagem: Google BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 14 • Requisitos de energia de seres humanos: - Carboidrato; - Proteína (precisamos apenas de 90g por dia); - Gordura. • Alimentação animal: Caça e armadilhas. ↳ Local: - Tem que ter vestígios do animal na área (ex: fezes frescas e rastros); - Montar a armadilha na parte estrita da trilha; - A caça é mais abundante nas clareiras, ao redor da floresta, nos manguezais, nas praias e rios. ↳ Horário: Ao cair da tarde (15h); ↳ Cuidados: - Não alterar o ambiente ao redor da armadilha; - Não pode deixar cheiro humano na armadilha. ↳ Deve-se checar a armadilha na manhã seguinte. ↳ Tipos de armadilhas: - Arapucas; - Fosso; - Chiqueiro; - Gatilho em quatro; - Arpão de ponta dupla (para peixes); - Curral de peixe. ↳ Os órgãos de maior valor nutricional são: coração, fígado e rins. ↳ O abate pode ser feito com fogo, tacape e armadilhas. ↳ Os métodos para retirar o pelo ou a pena do animal são: água quente, sopro e com faca. ↳ Os peixes podem ser pescados a qualquer hora do dia. Normalmente, eles ficam na borda da água pela manhã e pela noite. ↳ Os peixes têm sua atenção chamada por qualquer coisa brilhosa. ↳ Deve-se descamar o peixe da calda para a cabeça. ↳ Peixes fluviais perigosos que podemos comer: - Bagre (tem ferrão nas nadadeiras); - Mandis; - Piranha; - Arraias; - Baiacu; - Poraquê (peixe elétrico). Abrigo, fogo e fogões Abrigo • Horário: Ao cair da tarde (15h); • Local: - Sobre pequenas elevações; - Próximo do curso da água; - Protegido de ventos; - Longe de água parada e pântanos; - Não ficar abaixo de árvores grandes; - Não ficar em inclinações. • Tipos de abrigo: - Provisório: para uma noite. ↳ Como fazer: amarrar uma corda entre duas árvores ou dois galhos grandes e cobrir com folhas grandes de árvores. É chamado de rabo de jacu (cabe duas pessoas). - Permanente: para vários dias. ↳ Avião; ↳ Abrigo natural (cavernas); ↳ Cabanas canadense; ↳ Cabana de índio; ↳ Tapiri. Imagem: Google BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 15 - Deve-se construir valas/calhas ao redor do abrigo, para manter seco; - É importante construir uma cama de troncos ou de folhas (que devem ser flambadas), para não dormir em contato com o chão; - Deve-se fazer uma pequena fogueira na entrada do abrigo para espantar os insetos; - Deve-se construir duas fossas: uma para lixos e outra para necessidades fisiológicas. Obtenção de fogo • Finalidade: - Aquecer; - Sinalizar; - Proteger; - Ferver água. • Preparação local: - Limpar a área desejada; - Cavar um buraco de aproximadamente 5 cm; - Fazer a fogueira dentro do buraco ou colocar pedras ao redor da fogueira. • Combustível: - Folhas secas; - Galhos; - Casca de árvore seca; - Papelão; - Papel; - Musgos. • Métodos de obtenção de fogo: - Tradicional ↳ Isqueiro; ↳ Fósforo. - De fortuna ↳ Pilhas; ↳ Foguetes pirotécnicos; ↳ Pedra duras; ↳ Sulcador; ↳ Lente de aumento. Fogões - Espeto: colocar o alimento num espeto e cozinhar; - De assar: Colocar duas forquilhas para sustentar o espeto com o alimento; - Moquém: Deve-se fazer um triangulo envolvendo o fogo. A grelha fica a 50 cm do solo. É utilizado para desidratar o alimento, como carnes (para consumo posterior) ou peixes. - Fosso: O fogo é colocado em um buraco para ter melhor cozimento por conta de ventos. Resgate de helicóptero - Se aproximar do helicóptero sempre dentro do campo de visão do piloto; - Tomar cuidado com as hélices; - Aproximar-se do helicóptero com o corpo curvado; - Não levar nenhum objeto grande; - Se estiver no bote, deve-se utiliza a ancora para evitar que o barco vire. Silvícolas (índios) - Não entre no acampamento dos índios sem ser convidado; - Deixe que o índio se aproxime de você; - Respeite os costumes e as mulheres; - Procure fazer sua própria comida, abrigo e purifique sua água; - Seja amigável, paciente e generoso; - Peça informações; - Aceite conselhos e ensinamentos vindo dos índios; - Tente aprender a língua local ou pelo menos algumas palavras; - Não os ameacem e nem faça movimentos bruscos; - Para chamar a atenção deles, os chamem em voz alta e bata palmas. Informações adicionais BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 16 Sobrevivência no gelo • Ações imediatas: - Acionar o TLE; - Fazer 1º socorros. • Ações subsequentes: - Construir abrigo; - Fazer fogo; - Encontrar e purificar a água; - Providenciar alimentos. Tipos de abrigo Não devemos utilizar a aeronave como abrigo, pois todo metal não pintado cola se encostarmos e tem uma temperatura muito baixa. As escorregadeiras ou partes da aeronave podem ser usadas na construção de abrigos. • Trincheira - De fácil e rápida construção; - Deve-se cavar um buraco na neve e cobris com as partes da aeronave ou com a escorregadeiras. A “porta” de abertura da trincheira deve estar contra o vento. • Caverna na neve - De difícil construção; - Deve-se cavar um túnel profundo e abrir um salão; - É um abrigo perigoso, que por ser muito fechado, pode haver possibilidade de intoxicação com o monóxido de carbono (CO) por causa da fogueira. • Iglu - De difícil construção; - Construção para longos períodos; - Deve-se cortar tijolos de gelo e colocados de forma que forme um círculo. Obtenção de fogo Podemos obter fogo no gelo de duas formas: - Queimando óleo dos motores da aeronave; - Queimando gordura animal. Obtenção de água Podemos obter água no gelo de duas formas: - Derretendo o gelo (a água do ártico é doce); - Se for verão, a água já estará derretida. Obtenção de alimentos Podemos obter alimentos no gelo de duas formas: - Alimentos da aeronave; - Alimentos de origem animal (peixes, crustáceos, focas e aves. Não devemos comer pinguins pelo seu alto índice de verminose). • Cegueira na neve; ↳ Devido a intensa claridade devido aos reflexos solares na neve. • Envenenamento com o monóxido de carbono; • Cuidados com o congelamento; ↳ 1º sinal é o arrepio. ↳ 2º são bolhas de queimadura devido ao frio intenso. ↳ 3º sinal é a necrose, causada pela diminuição do fluxo sanguíneo. • Deslocamento; ↳ O deslocamento deve ser feito com todos amarrados entre si para manter o calor corporal. • Manter a temperatura corporal a 37ºC; • Não fazer exercícios para evitar a transpiração, pode causar hipotermia; • Cuidado para não haver desidratação. Devido ao frio, normalmente não sentimos tanta sede, mas mesmo assim devemos tomar de 2L a 3L por dia, se possível. Sobrevivência no deserto • Ações imediatas: - Acionar o TLE; - Fazer 1º socorros. • Ações subsequentes: - Construirabrigo; - Encontrar e purificar a água (necessidade primária); - Fazer fogo; - Providenciar alimentos. Cuidados BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 17 Abrigo O abrigo serve para nos proteger das temperaturas de -5ºC de noite a +55ºC de dia. A aeronave só irá servir de abrigo durante a noite, pois de dia a temperatura interna será muito alta. É necessário usar partes da aeronave e cavar sob grandes pedras, durante o dia, para se proteger o calor e termos sombra. Obtenção de água No deserto teremos a necessidade dobrada de beber água, devido as altas temperaturas. Podemos encontras água em alguns lugares: - Áreas com vegetação; - Áreas baixas; - Leitos secos dos rios; - Cactos bojudos. Obtenção de fogo • Finalidade: - Aquecer; - Sinalizar; - Proteger; - Ferver água. • Preparação local: - Limpar a área desejada; - Cavar um buraco de aproximadamente 5 cm; - Fazer a fogueira dentro do buraco ou colocar pedras ao redor da fogueira. • Combustível: - Folhas secas; - Galhos; - Papelão; - Papel; • Métodos de obtenção de fogo: - Tradicional ↳ Isqueiro; ↳ Fósforo. - De fortuna ↳ Pilhas; ↳ Foguetes pirotécnicos; ↳ Pedra duras; ↳ Lente de aumento. Obtenção de alimentos • Alimentos de origem vegetal (flores, frutos, brotos e sementes); • Alimentos de origem animal (lebres, cobras, pequenos roedores – todos tem hábitos noturnos). • Usar muitas camadas de roupas largas; • Cuidados com o sol (altíssima temperatura pela manhã); • Evitar deslocamentos; • Tomar cuidado com águas muito frias, que devido ao intenso calor, pode causar hipotermia. Sobrevivência no mar As Empresas Aéreas e o FAA (Federal Aviation Administration) fizeram um acordo que classifica os voos em voos costeiros e transoceânicos. - Voos costeiros ↳ Não ultrapassam 370km do litoral; ↳ Deve-se ter coletes salva vidas para tripulantes e assentos flutuantes para os passageiros; ↳ As escorregadeiras barcos auxiliam apenas na flutuação (não são utilizadas como botes). - Voos transoceânicos ↳ Ultrapassam 370km do litoral; ↳ Coletes salva vidas para tripulantes e passageiros; ↳ As escorregadeiras são usadas como botes. • Equipamentos de flutuação: - Individuais: ↳ Assentos flutuantes (para curtos deslocamentos, aguentam 90kg); ↳ Coletes salva vidas (o deslocamento é feito de costas, deve-se vestir sentado e antes de sair da aeronave); - Coletivos: ↳ Escorregadeira barco; ↳ Barco salva vidas. Cuidados BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 18 • Ações imediatas: - Afastar-se da aeronave; - Recolher os náufragos; - Acionar o TLE; - Fazer 1º socorros. • Ações subsequentes: - Liberar âncora; - Agrupar barcos (com corda anel de salvamento); - Fazer vigilância (trocar de 2h em 2h); - Providenciar alimentos (recolher o que estiver flutuando. - Obtenção de água (água da chuva, destilador solar e dessalinizador); - Jogar no mar lixos e pessoas mortas a noite. Escorregadeira barco • É localizada na parte inferior da porta da aeronave; • Tem formato retangular; • A inflação da escorregadeira será automática quando abrir as portas em uma emergência; • A escorregadeira é conectada a aeronave por um conector, para desconectar basta levantar a saia da escorregadeira e puxar o desconector. Em seguida a escorregadeira estará ligada a uma corda, chamada corda de amarração, junto a ela tem uma faca, para desconectar, basta cortar a corda com a faca; • O embarque é direto, simplesmente é sair da aeronave e descer para a escorregadeira barco; • No barco há uma corda de salvamento, ela serve para caso de superlotação. Nela, as pessoas se seguram fora do bote. • Dentro da escorregadeira todos devem se manter sentados com os pés para o centro. • Dentro da escorregadeira todos devem se deslocar agachados. Bote salva vidas • É localizado no rebaixamento do teto sobre os corredores e próximo a uma porta); • Tem formato redondo, hexagonal ou heptagonal; • O bote deve ser fixado a aeronave, em seguida pode ser inflado da maneira automática (lançando-o na água) ou de maneira manual; • Para desconectar o bote da aeronave, basta utilizar a faca que esta presa na tira de amarração; • No bote há uma corda de salvamento, ela serve para caso de superlotação. Nela, as pessoas se seguram fora do bote. • Dentro da escorregadeira todos devem se manter sentados com os pés para o centro. • Dentro da escorregadeira todos devem se deslocar agachados. • Nos botes existem toldos (localizados no piso do bote). Esses toldos servem de proteção contra o sol, da água salgada do mar e também serve de sinalizador. • O embarque é via água, devemos nos jogar no mar e ir nadando para o bote. Acessórios dos barcos e botes • Âncora; • Faca; • Bomba manual de inflação; - Para inflar o piso do barco. - Para completar o ar das câmaras. • Toldo; - Possui um prolongamento de toldo que fecha completamente o bote (para usar de noite ou na chuva). - Possui lâmpadas localizadoras. • Anel de salvamento; - Para resgatar náufragos. Imagem: Google BLOCO 1 @VOECOMISSARIA 19 Kit de sobrevivência O kit de sobrevivência fica no piso do bote. • Farmácia (pomadas oftálmicas, antissépticos e bandagens); • Balde e esponja (para manter o barco seco e para coletar água da chuva); • Bujão de vedação (para tampar pequenos furos); • Bíblia (para aclamar); • Purificador de água; • Água (para fins medicinais); • Dessalinizador (contém 5 latas em cada kit, que da no total 20 litros de água); • Sinalizadores (corante marcador de água, apitos, foguetes pirotécnicos, apitos e espelhos); • Ração sólida. • Não comer nada que esteja agarrado em cascos de navios ou a metais; • Não se deslocar no barco ou no bote em pé; • Manter o barco seco; • Ler as instruções; • Tomar cuidados com bussolas, fósforos e linhas de pesca. • Observar as aves (ao fim da tarde, as aves vão em direção a terra); • Não comer nada nas primeiras 24h; • Os grupos devem permanecer juntos para se aquecer; • Usar a corda de salvamento para juntar todos os barcos (devem ficar de 8m a 10m de distância uns dos outros). Exercícios 1. Como se chama a emergência que tem tempo hábil para se determinar a posição que minimiza os efeitos do impacto sobre passageiros e tripulantes? 2. O que é despressurização? 3. Qual é a finalidade do oxigênio terapêutico? 4. O que os comissários devem fazer em uma turbulência? 5. Como é dividido o sistema fixo de oxigênio? 6. Qual saída de emergência tem o coeficiente de evacuação de 30-40 passageiros em 90s? 7. Os botes salva-vidas ou escorregadeiras-barco e os equipamentos individuais de flutuação são obrigatórios para aeronaves que efetuam quais voos? 8. Havendo uma despressurização da cabine, as máscaras do sistema fixo de oxigênio ficarão disponíveis para uso quando a altitude da cabine atingir qual altitude? 9. Para portas tipo “A”, qual é o coeficiente de evacuação? 10. Qual a quantidade mínima por dia de água que o corpo necessita, numa sobrevivência na selva? 11. Qual é a classe de incêndio que é indicado para o extintor de água? 12. Quais são os meios de propagação de calor? 13. Quais são os animais peçonhentos mais importantes da selva? 14. Quais são os extintores de incêndio mais comuns na aeronave? 15. Após um pouso no mar, qual a primeira coisa a se fazer? “Para ter algo que nunca teve, é preciso fazer algo que você nunca fez.” – Chico Xavier Informações adicionais e cuidados BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 20 Sistema de Aviação Civil Convenções internacionais de aviação Convençãode Paris – 1919 • Foi uma época marcada pelo início das atividades aéreas no setor comercial; • Foi a primeira convenção a padronizar o emprego da tecnologia na aviação; • Regulamentou uniformemente as regras de voo; • Edição e difusão de cartas e mapas aeronáuticos; • Criação do CINA (ICAN) – Comissão Internacional de Navegação Aérea; ↳ Objetivos: - Manter atualizados as questões técnicas; - Deliberar obrigações dos Estados membros. • Natureza jurídica do espaço aéreo; ↳ Inspiração Inglesa: defendia o princípio da soberania do Estado com relação ao espaço aéreo sobrejacente a seu território. ↳ Formação Francesa: era favorável a livre circulação de aeronaves no espaço aéreo. Convenção de Havana – 1928 • Um dos princípios fundamentais desta convenção era a liberdade de passagem pelo espaço aéreo de outras nações. • Ao contrário da Convenção de Paris, ela não visou estabelecer normas técnicas uniformes; • Foi uma conferência típica para o trato de assuntos regionais. Convenção de Varsóvia – 1929 • Regulou como responsabilidade jurídica do transportador em caso de morte ou lesão corporal a passageiros ou tripulantes; • Regulou a responsabilidade pela bagagem e carga despachadas; • Regulou as documentações utilizadas no transporte como o bilhete de passagem e nota de bagagem. Convenção de Roma – 1933 • Tinha como finalidade regulamentar danos causados à superfície por aeronaves. Convenção de Chicago – 1944 • 52 países participaram, inclusive o Brasil; • Parte I: Regulamentação de assuntos relativos à navegação aérea; • Parte II: Criação de uma nova organização internacional, chamada Organização Internacional de Aviação Civil (OACI); • Parte III: Estabelecimento de serviços de transporte aéreo internacionais em base de igualdade de oportunidades, para que pudessem funcionar de forma econômica, segura e eficaz; • Preservação da amizade e da paz mundial entre as nações; • A convenção de Chicago veio para substituir as convenções de Paris e Havana, com isto, a CINA foi destituída e uma nova organização foi criada para substitui-la, a OACI. • Foi aceito a soberania exclusiva e absoluta dos Estados contratantes com relação ao espaço aéreo acima de seu território. • Liberdades do ar: são acordos feitos entre dois países, para o trânsito das aeronaves comerciais entre os mesmos. As principais são cinco: 1. Direito de sobrevoo do território de um Estado sem pouso; 2. Direito de sobrevoo de um Estado com pouso não comercial, ou seja, sem direito de embarque e desembarque de passageiros; 3. Direito de desembarque de passageiros, carga ou mala postal embarcado no território do Estado de nacionalidade da aeronave; BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 21 4. Direito de embarcar passageiros, carga ou mala postal, destinados ao território do Estado de nacionalidade da aeronave; 5. Direito de embarcar passageiro, carga e mala postal no território de um Estado destinado ao território de qualquer outro Estado, e o direito de desembarque de passageiros, carga ou mala postal proveniente do território de qualquer outro Estado. Organização de Aviação Civil (OACI) • Criada no dia 04 de Abril de 1947; • Sede em Montreal – Canadá; • Sede regional na América do Sul – Lima; • Regiões de Navegação Aérea Brasil – SAM, Região América do Sul/Atlântico Meridional; • É uma organização pública filiada a ONU, mantida pela contribuição de seus Estados membros; • Sigla em inglês: ICAO • Objetivos: - Assegurar o desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil internacional no mundo; - Incentivar a técnica de projeto de construção e a operação de aeronaves para fins pacíficos; - Estimular o desenvolvimento de rotas aéreas, aeroportos e de facilidades para navegação aérea na aviação civil internacional; - Desenvolver e normalizar os princípios e a técnica de navegação aérea internacional, planejar e estimular o estabelecimento e desenvolvimento do transporte aéreo internacional. • A OACI é composta da Assembleia (órgão soberano) e do Conselho (órgão diretivo); • A Assembleia se reúne de 3 em 3 anos, por convocação do conselho. Cada Estado contratante tem direito a um voto. • O Conselho é um órgão permanente responsável diante da assembleia. Atualmente, compõe-se por 36 Estados contratantes eleitos pela assembleia por 3 anos. O principal dever do Conselho é adotar padrões e práticas internacionais recomendadas e incorporá- los como anexos à convenção sobre a aviação civil internacional. Comissões Técnicas e secretariado • Comissão de Navegação Aérea: Trata de questões técnicas do interesse da Aviação Civil; • Comitê de Transporte Aéreo: Trata de questões que tem reflexos nos interesses comerciais das empresas aéreas; • Comitê Jurídico: Trata do estudo e desenvolvimento de novos instrumentos jurídicos do interesse da coletividade dos Estados, bem como do melhoria dos instrumentos já existentes; • Comitê de Ajuda Coletiva para Serviços de Navegação Aérea: Tem como objetivo apoiar os Estados carentes no aperfeiçoamento de seus serviços de apoio à aviação; • Comitê de Finanças: Trata do planejamento e controle de gastos da Organização a qual depende da contribuição dos Estados; • Comitê de Interferência Ilícita: Trata do desenvolvimento de métodos para aprimorar a segurança contra atos que ponham em risco a aviação civil; Padrões e Práticas Recomendadas • O Conselho da OACI é responsável pela adoção final dos Padrões e Práticas Recomendadas. • As Práticas Recomendadas são regras, procedimentos e especificações consideradas altamente vantajosas para a segurança e regularidade da navegação aérea. • Diferenças: Os Estados que, por qualquer motivo, não cumprir alguns dos padrões adotados pela OACI, são obrigados a apresentarem suas razões e publicarem o que são por elas adotadas. Anexos 1. Licença Pessoal; * 2. Regras do Ar; 3. Meteorologia; 4. Cartas Aeronáuticas; 5. Unidades de medidas para uso nas comunicações aeroterrestres; 6. Operação de Aeronaves; 7. Matrículas e Marcas de Nacionalidade; BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 22 8. Aeronavegabilidade; 9. Facilitação; 10. Telecomunicações Aeronáuticas; 11. Serviço de Tráfego Aéreo; * 12. Busca e Salvamento; * 13. Investigação de Acidentes Aeronáuticos; * 14. Aeródromos; 15. Serviço de Informação Aeronáutica; * 16. Ruídos de Aeronaves (proteção ambiental); 17. Interferência Ilícita; * 18. Transporte sem riscos de mercadorias perigosas por via aérea; * 19. Gestão de segurança operacional. *= Anexos mais importantes para a prova da ANAC. Comissão Latino Americana de Aviação Civil (CLAC) • Sede: Lima, Peru; • O principal objetivo da CLAC é dotar os Estados participantes de uma estrutura adequada para discutir, planejar as medidas para cooperação e coordenação das atividades de Aviação Civil Latino Americana; • Tem as mesmas funções da OACI, só que regional; • A importância da CLAC, consiste nas decisões em blocos, que este órgão leva à OACI, chamando atenção para os problemas dessa região. Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) • A IATA surge na Conferência de Chicago, mas foi constituída e criada na Conferência de Havana, em Abril de 1945. • Sede: Montreal, Canadá; • Objetivos da IATA: - Promover com segurança, de forma regular e econômica, o transporte aéreo internacional; - Fornecer os meios que possibilitem a colaboração entre transportadores aéreos. • Atividades da IATA: - Regulamentar os serviços de tráfego de passageiros e carga; - Padronizar documentos de transporte de passageiros e carga, como bilhetes de passagem e nota de bagagem. Associação Internacional de Transporte Aéreo Latino-Americano (AITAL) • Sede: É itinerante, varia conforme a presidência; • Foi criada em Abrilde 1980, na cidade de Bogotá. • Tinha como finalidade tratar os problemas do transporte aéreo, procurando fazer o efeito bloco; • A AITAL cumpre seu papel junto a IATA, tal como a CLAC faz em relação a OACI. . Histórico - SAC Departamento de Aviação Civil – DAC • As primeiras empresas aéreas começaram a surgir em 1927, e isso fez com que o governo sentisse a necessidade criar um órgão mais específico parar tratar desse assunto, assim o DAC foi criado, em 1931. • Objetivos do DAC: Estudar, orientar, planejar, controlar e incentivar as atividades da aviação civil pública e privada. Ministério da Aeronáutica – MAER • O DAC foi incorporado ao MAER em 1941; • Criado em 1942, o MAER passou a gerenciar a aviação nacional. Era responsável pela administração da aviação civil e militar; • Em 10 de Junho de 1999, a responsabilidade do MAER passou para o Comando da Aeronáutica (que era subordinada ao Ministério da Defesa), assim extinguindo o MAER e surgindo o COMAER. OACI e CLAC são entidades públicas. IATA e AITAL são entidades privadas. BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 23 Poder Aeroespacial • É a projeção do poder nacional resultante da capacidade aeronáutica e espacial de que dispõe a nação para controlar e utilizar o espaço aéreo com propósitos definidos. SAC e ANAC • O Sistema de Aviação Civil é composto pela ANAC e por todos os órgãos do COMAER. • O SAC tem como finalidade organizar atividades necessárias ao funcionamento e ao desenvolvimento da aviação civil brasileira, fonte e sede de sua reserva mobilizável. • Elos executivos: Elementos da estrutura do COMAER que por força de convênios, contratos ou concessão, exploram os serviços públicos relacionados à aviação civil, como por exemplo: empresas de transporte aéreo, aeroclubes, escolas de aviação e empresa de manutenção. Empresas e órgãos vinculadas ao COMAER • CELMA: Companhia Eletromecânica; ↳ Especializada em revisão de motores. • INFRAERO: Empresa Brasileira de Infraestrutura aeroportuária; ↳ Empresa pública destinada a administrar a infraestrutura aeroportuária. • EMBRAER: Empresa Brasileira de Aeronáutica; ↳ Construtora de aeronaves. • CERNAI: Comissão de Estudos Relativos à Navegação Aérea Internacional; ↳ Estuda, planeja e coordena os assuntos que dizem respeito à aviação civil internacional. • COMARA: Comissão de Aeroportos da Região Amazônica; ↳ Organização do COMAER que está encarregada da construção de aeroportos e campos de pouso em locais inviáveis à iniciativa privada ou de interesse militar, visando a integração e ao desenvolvimento da região amazônica. • CTA: Comando Tecnológico Aeroespacial; ↳ Homologação da fabricação de peças e equipamentos. • DIRSA: Diretoria de Saúde da Aeronáutica; ↳ Realiza através do CEMAL (Centro de Medicina Aeroespacial), a seleção e o controle médico periódico de pessoal aeronavegante. • DECEA*: Departamento de Controle do Espaço Aéreo; ↳ Organização responsável pela instalação, operação e manutenção dos órgãos e rede de equipamentos para o controle de tráfego aéreo e comunicações, estabelecimento de regras e procedimentos de tráfego aéreo, instrução e treinamento de pessoal especializado. • DIRENG: Diretoria de Engenharia; ↳ Responsável pelos estudos, projetos e homologação de aeroportos. • IAC: Instituto de Aviação Civil; ↳ Responsável pelos estudos e projetos relativos a aeroportos e pela formação e capacitação dos recursos humanos pertencentes ao Sistema de Aviação Civil. • COMAR: Comando Aéreo Regional. ↳ Órgão regional do COMAER. Superintendências da ANAC • Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos (SAS) • Superintendência de Administração e Finanças (SAF) • Superintendência de Aeronavegabilidade (SAR) • Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP) • Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária (SIA) • Superintendência de Planejamento Institucional (SPI) • Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos (SRA) • Superintendência de Relações Internacionais (SRI) • Superintendência de Padrões Operacionais (SPO) • Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 24 Regulamentação da Aviação Civil Autoridades Aeronáuticas Competentes: • ANAC e COMAER Território Nacional • Terrestre: é limitado pelas fronteiras; • Marítimo: mar territorial (12 milhas náuticas); • Aéreo: coluna de ar adjacente à posição terrestre e ao mar territorial. Extraterritorialidade Aplicação da lei de um país, as infrações penais cometidas fora do território nacional. Ex: Águas internacionais – mar que não pertence a nenhuma nação. Aeronaves Todo aparelho manobrável em voo, apto a se sustentar e a circular no espaço aéreo mediante a reações aerodinâmicas, e capaz de transportar pessoas e coisas. Ex: avião, helicóptero, balão, asa delta e etc. Classificação das aeronaves • As aeronaves civis privadas pertencem a pessoas físicas ou jurídicas, e delas farão uso próprio; • As aeronaves civis privadas de serviço aéreo publico são para uso comercial, já as de serviço aéreo privado não são para uso comercial; • Considera-se situadas no território do Estado de sua nacionalidade: - Aeronaves militares; - Aeronaves civis de propriedade ou a serviço do Estado; - Qualquer aeronave quando em alto mar ou região que não pertence a nenhum Estado. • Assistência e salvamento: regem-se pelas leis do local onde ocorreu o acidente. ↳ Se acontecer em alto mar, aplica-se a lei do Brasil (caso a aeronave for de nacionalidade brasileira) à assistência e salvamento; Espaço Aéreo Brasileiro O Brasil exerce completa soberania sobre o espaço aéreo acima do seu território e mar territorial. Tráfego Aéreo • Aeronave militar, civil a serviço do Estado estrangeiro ou em serviço aéreo público necessitam de autorização para voar no espaço aéreo brasileiro ou aterrissar no território subjacente; • Aeronaves a serviço aéreo privado não precisam de autorização para voar no espaço aéreo brasileiro, mas devem dar dados sobre o voo planejado; • A autoridade aeronáutica pode: - Proibir ou restringir o tráfego aéreo; - Estabelecer rotas de entradas ou saídas; - Suspender o uso de determinadas aeronaves. • Práticas de esportes aéreos pode ser feito apenas em áreas delimitados. Ex: Balão e asa delta; • Direito de superfície, ninguém pode se opor ao sobrevoo; • No caso de pouso de emergência ou forçado, o proprietário ou possuidor do solo não poderá pedir a retirada ou a partida da aeronave, desde que seja garantida a reparação de danos • Toda a aeronave proveniente do exterior fará o primeiro pouso ou a última decolagem em um aeroporto internacional; BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 25 Aeródromos É toda a área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves. Classificação dos aeródromos • Os aeródromos privados poderão ser utilizados com permissão do seu proprietário. O registro deverá ser feito através da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária (SIA – ANAC) • Os aeródromos públicos: dotados de instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves e de embarque e desembarque de pessoas e cargas. O registro deverá ser feito através da Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária (SIA – ANAC). RBHA e RBAC • RBHA: Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica; • RBAC: Regulamentos Brasileiros de Aviação Civil; • Objetivos: Estabelecer os padrões mínimos de segurança para a aviação civil brasileira com base nos padrões e recomendações contidos nos anexos 1,6,7,8 e 16 da convenção de Chicago. • RBHA / RBAC 63 – Comissário e mecânico de voo; • RBAC 67 – CMA; • RBHA / RBAC – Aeronaves de bandeira e suplementares. Tripulação• São tripulantes as pessoas devidamente habilitadas que exercem função a bordo de aeronaves. • A função remunerada a bordo de aeronaves nacionais é privativa de titulares de licenças especificas, emitidas pelo ministério da aeronáutica e reservada a brasileiros natos ou naturalizados. • No serviço aéreo internacional poderão ser empregados comissários estrangeiros, contanto que o número não exceda 1/3 dos comissários a bordo da mesma aeronave. • São tripulantes: piloto, copiloto, mecânico de voo, navegador, radiooperador e comissários. Licenças e certificados • A licença terá caráter permanente e os certificados vigorarão pelo período neles estabelecidos e poderão ser revalidados. - Licença de Voo (CCT): permanente; - Certificado de Capacidade Física (CMA): temporário; - Certificado de Habilidade Técnica (CHT): temporário. • Cessada a validade do CHT ou CMA, o titular da licença ficara impedido do exercício da função nela especificada. O comandante • O comandante é responsável pela operação e segurança da aeronave, responsável pela guarda de valores, mercadorias, bagagens despachadas e mala postal, desde que sejam asseguradas pelo proprietário condições de verificar a quantidade e estado das mesmas. • Durante o voo, o comandante é responsável pelo cumprimento da regulação profissional da tripulação, como: - Limite da jornada de trabalho; - Limites de voo; - Intervalos de repouso; - Fornecimento de alimentos. • O comandante exerce autoridade inerente à função desde o momento em que se apresenta para o voo até o momento em que entrega a aeronave, concluída a viagem. • No caso de pouso forçado, a autoridade do comandante persiste até que as autoridades competentes assumam a responsabilidade da aeronave, pessoas e coisas transportadas. BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 26 Segurança de Voo • Segurança de voo em âmbito internacional é padronizada pela OACI. • Anexo 13: Documento básico que contém os padrões e procedimentos internacionais recomendados no âmbito de investigações e prevenções de acidentes. • Os Estados contratantes (países filiados a OACI) é responsável pela segurança de voo. • Responsabilidades: - Eliminação das deficiências quanto a segurança; - Incorporação dos progressos técnicos; - Importância da revisão contínua do regulamento. • Segurança de voo em âmbito nacional é padronizada pelo COMAER (Comando da Aeronáutica). • A competência para administrar a segurança de voo no Brasil, prevista na constituição federal, é do governo federal através do COMAER, que é subordinado ao ministério da defesa. Autoridade Internacional • Todo acidente deve ser investigado. - SIAA (Serviço de Investigação de Acidentes Aeronáuticos) – criado em 1948. - SIPAER (Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) – criado em 1965. SIPAER • É administrado pelo COMAER. • Tem como objetivo executar a atividade de investigação e prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos. • Filosofia do SIPAER: - O proposito da prevenção de acidentes não é restringir atividade aérea, ao contrário, ela estimula o seu desenvolvimento com segurança. -Todos os acidentes resultam de uma sequência de eventos e nunca de uma causa isolada; - Todo acidente tem um precedente; - Todos os acidentes podem ser evitados; - A prevenção de acidentes é uma tarefa que requer mobilização geral (é de responsabilidade de todos); - O propósito da prevenção de acidentes não é restringir a atividade aérea, mas sim, estimular seu desenvolvimento com segurança; - Os comandantes, diretores, chefes e proprietários são os principais responsáveis pelas medidas de segurança. - Segurança de voo não é um ato egoísta; - Reportar incidentes é prevenir acidentes; - A segurança de voo é um processo contínuo, onde homens com o mesmo ideal, conscientes e em ação, procuram atingir e garantir seus ideais, dentro da mais perfeita e harmoniosa cooperação; - Se é verdade que nada é perfeito, também é verdade que tudo pode ser melhorado. Estrutura do SIPAER • CENIPA: Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. ↳ É o órgão central do SIPAER, investiga acidentes no Brasil. • DIPAA: Divisão de Investigação de Acidentes Aeronáuticos. ↳ Investiga transporte aéreo regular e helicópteros. • DPAA: Divisão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. ↳ Prevenção das organizações militares. • SIPAA: Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. ↳ Investiga aviação geral e militar. • SIPAA: Seção de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. ↳ Prevenção das empresas (cada empresa tem a sua seção). BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 27 • CNPAA: Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos • CIAA: Comissão de Investigação de Acidentes Aeronáuticos. ↳ Grupo designado para realizar a investigação de um acidente aeronáutico. Em cada acidentes, cria-se um grupo de investigação. Elementos Credenciados • Elemento Credenciado (EC): pessoa habilitada para exercer as funções especificas de prevenção e investigação de acidentes dentro da área específica habilitada. • Elemento Credenciado em Prevenção (EC-PREV): quem conclui o estágio de segurança de voo, habilitado pelo CENIPA. ELEMENTOS CREDENCIADOS: • OSV: Oficial de Segurança de Voo. ↳ Previne e investiga acidentes e incidentes militares. • ASV: Agente de Segurança de Voo. ↳ Previne e investiga acidentes e incidentes civis. Elos Executivos Os elos executivos têm poder de mudar a mentalidade da empresa. • Setores de prevenção de todos as organizações civis: - Operação; - Fabricação; - Circulação; - Manutenção. Relatórios • Relatório de prevenção (RELPREV) • Relatório de perigo (RELPER) ↳ RELPREV e RELPER pode ser preenchido por qualquer pessoa que tenha sido testemunha de um acidente ou incidente aéreo. • Relatório ao CENIPA para a segurança de voo (RCSV) ↳ Tem que ser preenchido por um profissional da aviação. Acidente Aeronáutico • É toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, no período entre o embarque de uma pessoa com intenção de realizar o voo. • Só é acidente aeronáutico se: - Caso haja morte ou lesão grave; - Caso a aeronave sofra danos estruturais que comprometam as características de voo e exija um grande reparo; - Caso a aeronave esteja desaparecida ou inacessível. Incidente Aeronáutico • Toda ocorrência, inclusive de tráfego aéreo, associada à operação de uma aeronave, havendo intenção de voo, que não chegue a se caracterizar como um acidente, mas que afete ou possa afetar a segurança da operação. Ex: Estouro de pneu, vazamento de combustível. Incidente Grave • É o incidente ocorrido sob circunstâncias em que um acidente quase ocorreu. • A diferença entre acidente e incidente grave está apenas nas consequências. Ocorrência de Solo • Toda ocorrência envolvendo aeronave e não havendo intenção de voo, da qual resulte dano, morte ou lesão. Fatores contribuintes • Fator operacional: aspectos referentes ao desempenho do ser humano na atividade relacionada ao voo; • Fator humano: aspectos médicos e psicológicos; • Fator material: se refere à aeronave nos seus aspectos de projeto, fabricação e de manuseio de material. BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 28 Regulamentação Profissional do Aeronauta Tripulação • A ANAC determina que tipo de tripulação determinada aeronave vai ter; Tipos de tripulação • Tripulação mínima: depende do tipo de aeronave, podendo ter 1 comandante, 2 copilotos, 3 mecânicos de voo. • Tripulação simples: 1 tripulação mínima (piloto + copiloto) + comissários (o número de comissários depende do número de passageiros, 1 comissários para cada 50 passageiros). ↳ Faz voodoméstico e voo internacional regional. • Tripulação composta: 1 tripulação simples (piloto + copiloto + comissários) + 1 piloto + 25% de comissários. ↳ Faz voo internacional e doméstico. • Tripulação de revezamento: 1 tripulação simples (piloto + copiloto + comissários) + 1 piloto + 1 copiloto + 50% de comissários. ↳ Faz voo internacional. • Caso ocorra atrasos em condições meteorológicas ou mecânicas, o comandante tem até 3 horas depois da hora de apresentação para transformar uma tripulação simples em composta, se ele estiver na base contratante. Escala de serviço • A determinação para prestação de serviço dos aeronautas, respeitando o período de folgas e repousos de maneira regular, é feita por escala especial ou por convocação. • A escala pode ser: - Mensal: dois dias antes de começar o mês, o tripulante receberá a escala do mês inteiro. - Semanal: dois dias antes de começar a semana, o tripulante receberá a escala da primeira semana. Sete dias antes, ele receberá a da segunda semana e assim em diante até terminar o mês. • É responsabilidade do aeronauta manter em dia seus certificados de habilitação técnica (CHT) e de capacidade física (CMA). O aeronauta deve informar a empresa a data de vencimento dos certificados com 60 dias de antecedência, para que faça os exames. Jornada de trabalho +1= pouso alternativo (emergência) +1= acordo que a empresa fez (+2h de repouso) +4= avião turboélice • Só o comandante pode aumentar as horas de trabalho e só pode ser de até 60 minutos. Sobreaviso e Reserva • Sobreaviso: - Local: onde o tripulante preferir (casa ou shopping); - Tempo: até 12 horas. - Quantidade: 2 semanais / 8 mensais. - Ao ser acionado, o tripulante tem que estar em 90 minutos pronto no aeroporto. • Reserva: - Local: no aeroporto. - Tempo: até 6 horas. - Quantidade: quantas a empresa precisar. - Se a reserva for superior a 3 horas, haverá sala para descansar. Etapa, Jornada e Viagem • Etapa é o período entre a decolagem e o pouso; • Viagem é o trabalho realizado pelo tripulante, contando desde a saída da sua base até o retorno para a mesma; BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 29 • Jornada é a duração do trabalho do aeronauta, desde a apresentação (30 minutos antes do voo) até o encerramento (30 minutos depois do corte dos motores em voos nacionais, e 45 minutos depois em voos internacionais). • Hora de voo: começa no início do deslocamento ate a imobilização da aeronave. • Durante o período noturno 1h equivale a 52 minutos e 30 segundos. • É considerado voo noturno, o período de tempo entre as 18h até as 6h da manhã. • É considerado trabalho noturno em terra, o período de tempo entre 22h até as 5h da manhã. Limites de hora de voo dos tripulantes Avião Mês Ano Convencional 100h 960h Turboélice 85h 850h Jato 80h 800h Helicóptero 90h 930h • Quando um aeronauta tripular aeronaves diferentes será observado o menor limite; • Se o aeronauta trabalhar menos de 30 dias, os limites de voo serão proporcionais ao limite mensal + 10 horas. (Serve para compensar os dias não trabalhados). Ex: Um tripulante trabalhou 15 dias em um jato. 30 dias – 85h (mensal) 15 dias – X X= 15 x 85 / 30 X= 42,3 horas + 10 horas O que dá 52,3 horas em 15 dias. • Se o comissário estiver trabalhando como tripulante extra, ele ganhara como hora de voo normal. LEMBRANDO: - A jornada termina 30 minutos depois de desligar os motores em voos domésticos e 45 minutos depois em voos internacionais. - O voo termina quando o motor desliga. Períodos de Repouso • Repouso é o espaço de tempo ininterrupto após uma jornada em que o tripulante fica desobrigado de prestação de qualquer serviço. • Fora da base do domiciliar, são assegurados ao tripulante: acomodação e transporte entre o aeroporto e o local de repouso. • Quando ocorrer o cruzamento de 3 ou mais fusos horários em um dos sentidos da viagem, o tripulante terá, na sua base domiciliar, o repouso acrescido de 2 horas por fuso cruzado. • Há um limite máximo de trabalho por 2 madrugadas consecutivas e, no máximo, 4 madrugadas por semana. O tripulante poderá ser escalado pela terceira madrugada consecutiva, desde que vá como tripulante extra, em um voo de retorno a base domiciliar. Folgas • Período de 24h consecutivos; • 10 folgas por mês; • 2 folgas deverão ocorrer em um sábado e domingo consecutivo; • As folgas devem ser na base contratual; • Antes da folga sempre virá o repouso. Remuneração • Salário: fixo da carteira + compensação orgânica + horas de voo. Alimentação • O tripulante, durante a viagem, tem direito a alimentação, estando voando ou não. • O tripulante deve se alimentar de 4 em 4 horas. Assistência Médica • A empresa deve assegurar o tripulante fora da base contratual. Uniforme • A empresa dá todo o uniforme necessário ao tripulante gratuitamente. BLOCO 2 @VOECOMISSARIA 30 Férias • Período de 30 dias consecutivos. • O período de férias é comunicado ao tripulante 30 dias antes. • As férias não podem ser vendidas. Transferências É o deslocamento do tripulante de sua base para outra. Existem dois tipos: • Provisória: - Tempo: 30 a 120 dias; - Não há mudança de domicílio; - O tripulante é avisado com 15 dias de antecedência; - Folga: 2 dias de folga pelo primeiro mês, mais 1 dia de folga por cada mês subsequente. - Interstício: o tripulante deve permanecer em sua base domiciliar por 180 dias sem poder haver transferências. • Permanente: - Tempo: acima de 120 dias; - Há mudança de domicílio; - O tripulante é avisado com 60 dias de antecedência; - Folga: 8 folgas ao chegar na nova base; - Interstício: o tripulante deve permanecer em sua base domiciliar por 2 anos sem poder haver transferências; - Ajuda de custo: 4 vezes a média salarial; - O tripulante pode levar o que e quem quiser para a nova base. Direitos do trabalho • CLT: Consolidação das leis trabalhistas. • CTPS: Carteira de trabalho e Previdência Social. • INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social. • Se o tripulante fica doente, os primeiros 15 dias fora a empresa o paga, 16 dias em diante o INSS que o paga. • Durante o aviso prévio de demissão o tripulante trabalha 2 horas a menos. • Insalubridade: toda atividade que exponha o trabalhador, há compensação orgânica de 40%. Exercícios 1. Em qual convenção houve a uniformização dos critérios relativos ao transporte aéreo, no qual se refere aos documentos de transporte como, o bilhete de passagem e nota de bagagem? 2. Qual é a finalidade da OACI e onde fica sua sede? 3. Qual anexo estabelecido pela OACI que estabelece normas para o acesso pessoal? 4. Pelo o que o DECEA é responsável? 5. O que são elos executivos? 6. Quais são as licenças e certificados que os tripulantes devem ter? 7. Qual é a quantidade de comissários estrangeiros que pode ser empregados no serviço aéreo internacional? 8. Toda aeronave proveniente do exterior, fara o primeiro pouso e última decolagem em qual local? 9. Como são classificados os aeródromos? 10. Qual a sigla do sistema de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos? 11. Qual a finalidade das investigações de acidente e incidentes aeronáuticos? 12. Qual o nome do grupo designado para realizar a investigação de um acidente aeronáutico? 13. Do que consiste uma tripulação de revezamento? 14. Quais são os limites de hora de voo de aviões turboélice e a jato, por mês e por ano? 15. Quando inicia e quando termina a jornada de um tripulante? “A persistência é o caminho do êxito” – Charles Chaplin BLOCO 3 @VOECOMISSARIA 31 Primeiros Socorros Anatomia e Fisiologia Humana • Anatomia é a ciência que estuda a estrutura do
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