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Aula Teoria da Probabilidade II Controle Estatístico de Processos Alejandro Salazar Guerra 10 Controle Estatístico de Processos • O controle estatístico de processos • O desempenho de um processo depende da maneira como ele foi projetado e construído e da maneira como ele é operado, formando um sistema, conforme ilustrado na Figura 2. Segundo Ribeiro e Caten (2012), o sistema de controle do processo é constituído de quatro elementos fundamentais: • - O processo em si: combinação de equipamentos, insumos, métodos, procedimentos e pessoas, com o objetivo de gerar um resultado (ou efeito), como a fabricação de produtos ou a prestação de serviços. • - Informações sobre o processo: visam sinalizar o desempenho do processo, sendo obtidas através do cruzamento de informações relacionadas à qualidade das características do produto final, características intermediárias e ajuste dos parâmetros do processo. • - Ações sobre o processo: baseadas na coleta de dados, aplicadas assim que defeitos são detectados, permitindo atuação em momento e local adequados, evitando que novas peças defeituosas sejam produzidas. • - Ações sobre o produto final: embora sejam orientadas para o passado (pois o defeito já terá ocorrido), as inspeções sobre o produto final impedem que produtos defeituosos cheguem até o cliente. • Para a implantação devemos observar: • - não utilizar número excessivo de controles, evitando que o CEP se transforme em uma atividade-gargalo na produção; • - aplicar o CEP nas etapas prioritárias do processo (aquelas que mais impactam a qualidade, sob o ponto de vista do cliente); • - associar o CEP a estratégias de ação (lembrando que coletar dados e não agir é inútil e dispendioso, implicando no desperdício do tempo e recursos investidos). • Faces da Implantação de CEP • - Planejamento para a implantação • - Treinamento em controle estatístico de processos • - Implantação efetiva • - Acompanhamento e consolidação • Na fase de planejamento para a implantação, Ribeiro e Caten (2012) incluirá a identificação dos processos críticos, o que corresponde a uma etapa de grande relevância, pois estes serão os processos sobre os quais o CEP será desempenhado, lembrando que eles devem ser definidos sob o ponto de vista do cliente. Nesta etapa é necessário definir também: • - características de qualidade relevantes para o cliente; • - processos nos quais estas características são construídas; • - variáveis a serem controladas em cada um dos processos; • - capacidade do sistema de medição; • - responsáveis pela ação (no caso de o sistema sinalizar descontrole); • - ações a serem tomadas (também no caso de descontrole). • Sequência de etapas sugerida: • - Desdobramento da qualidade • - Desdobramento dos processos: identificação de fatores críticos. • - Direcionamento das ações • - Identificação dos postos de controle: locais físicos • - Definição de critérios de classificação dos produtos • - Definição dos parâmetros e características de qualidade do processo • - Definição do procedimento de coleta de dados, carta de controle, tamanho da amostra, frequência de amostragem, forma de registro e sistema de medição a ser utilizado. • - Avaliação do sistema de medição: verifica a capacidade do sistema de medição e sua variância de medição. • - Definição das responsabilidades • - Definição da documentação necessária • Variabilidade • Variáveis de entrada Dentro das variáveis de entrada, podemos separá-las por controláveis e não controláveis, sendo assim: • - Variáveis de entrada controláveis: são aquelas em que a administração pode mensurar previamente, e manter sobre sua responsabilidade, como medidas de tamanho, peso, volume, etc. • - Variáveis de entrada não controláveis: são aquelas que estão distantes da responsabilidade da administração, como a ação do tempo, variações na temperatura e na própria matéria-prima, fadiga e humor dos operadores, entre outros. • Outras variáveis relevantes • Além das variações de entrada, pode-se elencar como de suma importância considerar também as seguintes: • - variações internas: são aquelas que ocorrem dentro do mesmo produto; • - variações item a item: ocorrem entre os itens produzidos em tempos próximos; • - variações tempo a tempo: ocorrem entre os itens produzidos em diferentes períodos do dia. • Efeitos da variabilidade • - Defeitos crônicos: são inerentes ao próprio processo, estão sempre presentes nos resultados, não causam mais surpresa na recorrência por tratar-se de defeitos conhecidos. • - Defeitos esporádicos: representam desvios em relação ao que o processo é capaz de fazer, são mais facilmente detectáveis. • Causas de variações comuns e especiais • Exemplos de produção de Leite: REFERÊNCIA Gisele, L. Controle Estatístico de Processos. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2017. 9788595021174. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595021174/ Acesso em: 08 Jul 2021icada à Engenharia, 2ª edição • MONTGOMERY, Douglas C.; RUNGER, George C.; HUBELE, .. Bons Estudos!
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