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FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERÍODO APG 7 – EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO OBJETIVOS: 1. Estudar o potencial de ação nas células; 2. Explicar como ocorre as contrações do coração; 3. Entender o eletrocardiograma; 4. Pesquisar como o impulso nervoso é conduzido no coração; 5. Relacionar a geração e condução do impulso elétrico com a contração cardíaca. GERAÇÃO DE POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS: Uma célula se encontra polarizada quando à carga do meio intracelular difere da carga do meio extracelular. Essa diferença de cargas do meio intra e extra é feita através de bombas iônicas. A membrana de uma célula no nó sinusal ou nó sinoatrial possui canais de sódio, potássio e cálcio. Inicialmente elas se encontram com uma carga negativa (polarizada) em relação a concentração extracelular. Basicamente teremos uma maior concentração de potássio no interior e uma maior concentração de sódio e cálcio externamente. A automaticidade das células do nó sinusal se deve aos canais lentos de sódio que permitem uma constante passagem de sódio para o meio intracelular, por isso o coração consegue bater sozinho, pois esses canais permitem a passagem constante de sódio. Uma célula do nó sinusal possui um potencial de -60mv (ou seja, negativa, ou seja, polarizada) negativa, pois temos uma maior concentração de potássio no interior e uma maior concentração de sódio de cálcio no meio extracelular. Com o passar do tempo o sódio (carga positiva) vai entrando na célula pelos canais iônicos que vai subindo o seu potencial agora podemos falar que está - 40mv. Chegando a -40mv os canais que eram lentos vão se abrir aderindo uma grande quantidade de cálcio que irá elevar seu potencial a valores positivos em torno de +10mv, levando a despolarização da membrana (positivo). Ao se tornar despolarizada ou positivo teremos a abertura dos canais rápidos de potássio que irão promover a repolarização da membrana (ou seja, retorna para o negativo). Por fim as bombas de Na+ e K+ e as bombas de Na+ e Ca+ irão retornar as concentrações originais, expulsando sódio e cálcio do interior e recebendo potássio para o interior. Todo esse ciclo irá se repetir periodicamente. Aproximadamente uma vez por segundo. FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERÍODO APG 7 – EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO CICLO CARDIACO: Cada ciclo cardíaco é iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinusal. Ele consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole. 1. Diástole ventricular: - Ejeção Lenta (30% do volume ventricular) - Relaxamento isovolumétrico (volume igual). 2. Sístole ventricular: - Contração isovolumétrica; - Ejeção rápida (70% do volume ventricular). 3. Enchimento ventricular: - Enchimento rápido; - Enchimento lento (diástase); - Contração Atrial (≤ 20% do volume. OBS: ↑ Freq. Cardíaca = ↓ Duração do ciclo cardíaco. Isso significa que o coração, em frequência muito rápida, não permanece relaxado tempo suficiente para permitir o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da próxima contração. MECANISMO DE FRANK- STARLING OU LEI DO CORAÇÃO DE STARLING: “Dentro de limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele retorna pelas veias.” - Resiliência de uma mola: em outras palavras, quanto maior a força, maior o resultado. - Controle de Debito automático: Freq. Cardíaca (FC) x Volume Sistólico (VS) É que o coração apresenta um mecanismo intrínseco, que nas condições normais, permite que ele bombeie automaticamente toda e FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERÍODO APG 7 – EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO qualquer quantidade de sangue que flua das veias para o átrio direito. - Quant. Elevadas de sangue fluem para o coração, essa maior quantidade de sangue distende as paredes das câmaras cardíacas. Como resultado das distensões, o musculo cardíaco se contrai com mais força, fazendo com que seja ejetado todo o sangue adicional que entrou da circulação sistêmica. CONDUÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO: A condução do potencial de ação só é permitida devido as junções das células musculares (junções comunicantes - GAP) auxiliadas pelas conexinas (proteínas de ligação) e também do reticulo sarcoplasmático que nele existe cálcio - Íon fundamental para o processo de contração muscular. Durante a entrada de sódio e cálcio na entrada de despolarização pelos canais iônicos, essas moléculas vão para as células adjacentes e desencadeiam um novo processo. Inicialmente o potencial da membrana é -90mv, ao ocorrer esse influxo de sódio e potássio para as células este potencial irá levemente ser positivado o necessário para abrir o canal de sódio e desencadear uma grande entrada desta molécula no meio intracelular despolarizando a membrana bruscamente. Essa despolarização irá abrir outros dois canais K+ e Ca+, gerando um pequeno equilíbrio representado como um platô. RESUMINDO: 1°. Despolarização (sobe +) canais de Na+ se abrem rápido; 2°. Repolarização (desse -) inicial canais de Na+ se encerram/ canais de K+ se abrem; 3°. Formação do platô devido ao equilíbrio de potássio e do cálcio – canais de Ca2+ se abrem/ canais rápidos de K+ se encerram; 4°. Repolarização (desse -) final canais de Ca2+ encerram/ canais lentos de K+ se abrem; 5°. Restauração das concentrações Iônicas – REPOUSO (fase refratária). FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERÍODO APG 7 – EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO SISTEMA EXCITATÓRIO E CONDUTOR ESPECIALIZADO DO CORAÇÃO: Os impulsos nervosos são iniciados no nodo sinusal (ou nodo sinoatrial); logo em seguida passa pelo feixe interatrial (feixe de Bachmann), pelos feixes intermodais; até chegar no nodo atrioventricular onde vai ocorrer um “atraso” – os impulsos vindo dos átrios são retardados antes de passar para os ventrículos; o feixe A-V, se divide em dois no septo atrioventricular, formando: o ramo direito e o ramo esquerdo; até chegar nas fibras de Purkinje, onde vai conduzir todo o impulso cardíaco para todas as partes do ventrículo. OBS: Se o nó sinusal parar, o nó atrioventricular substitui ele, mas com uma frequência menor. OBS: Células marcapasso: responsáveis pela geração e condução de impulsos elétricos. RITMICIDADE ELÉTRICA AUTOMÁTICA DAS FIBRAS SINUSAIS: Algumas fibras cardíacas tem a capacidade de autoexcitação, processo que pode causar descarga automática rítmica e, consequentemente, contrações rítmicas. Por essa razão o nodo sinusal controla normalmente a frequência dos batimentos cardíacos. Isso ocorre em virtude das alta concentração de íons sódio no liquido extracelular por fora da fibra nodal, além do número razoável de canais de sódio já abertos, os íons positivos de sódio tendem a vazar para o interior dessas células. Assim, o potencial de “repouso” gradualmente aumenta e fica menos negativo entre dois batimentos cardíacos. Resumindo, basicamente é o vazamento inerente das fibras do nodo sinusal que causa a autoexcitação. FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERÍODO APG 7 – EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO CONTRAÇÃO DO CORAÇÃO: Assim como nos músculos esqueléticos, quando o potencial de ação cursa pela membrana do miocárdio, o potencial de ação se difunde para o interior da fibra muscular, passando ao longodas membranas dos túbulos transversos (T). o potencial dos túbulos T, por sua vez, age nas membranas dos túbulos sarcoplasmáticos longitudinais para causar a liberação de íons cálcio pelo retículo sarcoplasmático no sarcoplasma muscular. Sem esse cálcio adicional dos túbulos T, a força da contração miocárdica ficaria consideravelmente reduzida, pois o reticulo sarcoplasmático do miocárdio é menos desenvolvido que o do musculo esquelético e não armazena cálcio suficiente para produzir a contração completa. OBS: a força de contração cardíaca depende muito da concentração de íons cálcio nos líquidos extracelulares. Na verdade, coração colocado em solução livre de cálcio rapidamente para de bater. OBS: A duração de contração do miocárdio é principalmente função da duração do potencial de ação, incluindo o platô – por volta de 0,2 seg no musculo atrial e 0,3 seg no musculo ventricular. ELETROCARDIOGRAMA: O Registro Elétrico dos potenciais cardíacos O impulso gerado pelo nó sinoatrial segue em direção ao nó atrioventricular despolarizando os átrios, ou seja, fará os átrios sair do repouso pela entrada de íons Na+ ficando ativo e positivo, ou seja, irá registrar uma onda positiva e uma pequena amplitude de duração nessa onda positiva que chamamos de ONDA P, pois, os átrios não possuem tanta força e massa, comparada aos ventrículos. O impulso chegará ao nó atrioventricular e como sua área é pequena, registrará apenas uma linha reta que denominamos de SEGMENTO PR. Após isso chegou a vez do ventrículo registrar sua despolarização, em condições normais, essa despolarização que seria a entrada de íons Na+ na região intramembranosa ficaria positivo, entretanto, a despolarização do septo interventricular irá se despolarizar em diversos sentidos é a resultante disso (fator vetorial em física) irá formar uma onda negativa que chamamos de ONDA Q. Dando continuidade aos impulsos em nosso coração a ondas chegara à região do ápice resultando em uma onda positiva que chamamos de ONDA R. FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERÍODO APG 7 – EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO Continuando os impulsos passarão para as regiões livres dos ventrículos resultando em uma onda negativa que chamamos de ONDA S finalizando assim a despolarização dos ventrículos. Após todo o processo de despolarização as células irão se repolarizar, ou seja, os íons Na+ que entrou na célula irá sair resultando em uma ONDA T. Em resumo, 1. a onda P é a despolarização dos átrios; 2. o complexo QRS é a despolarização dos ventrículos 3. e a onda T é a repolarização dos ventrículos. A repolarização dos átrios acontece concomitante a despolarização ventricular (complexo QRS). Como decorar? Eu decorei que após uma positiva sempre virá uma negativa, ou seja, a Onda P+, Onda Q-, Onda R+, Onda S-. Como calcular o eixo elétrico RR regular: 300/ n° QUADRADAO OU 1500/ n° QUADRADINHOS FC = bpm/min RR irregular: - 1 seg. = 5 quadrados grandes - 6 segs. = 30 quadrados grandes B1 E B2; A Ausculta é o ato de ouvir do corpo. Bulha é FECHAMENTO DE VALVA/ FECHAMENTO DE VALVULA. Durante o ciclo cardíaco auscultamos 4 bulhas cardíacas, mas em um coração normal apenas as B1 e B2 são auscultáveis. A B1 é o TUM é os fechamentos das válvulas atrioventriculares (tricúspide e bicúspide). Ou seja, o sangue passou é as válvulas fecharam. A B2 é o TÁ é os fechamentos das válvulas tronco pulmonares e aorta. Iniciando a diástole ventricular. Ou seja, o sangue passou das semilunares e elas se fechou. FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERÍODO APG 7 – EXCITAÇÃO RÍTMICA DO CORAÇÃO
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