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PÓS-GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO PENAL UNIRRITER AÇÕES CONSTITUCIONAIS RESOLUÇÃO DE CASO N1 A presente atividade tem como objetivo apresentar a resolução de um caso através do qual demonstra-se a necessidade de interposição de remédio constitucional para atacar ato administrativo praticado pelo Poder Público que fere os direitos constitucionais do meio ambiente equilibrado. Conforme demonstrado na atividade, o Secretário Municipal do Meio Ambiente do Município de Fernando de Moraes realizou ato administrativo determinando o corte de mata nativa composta de árvores de grande e médio porte. Tal determinação teve como motivação a execução de medidas para futura doação de terrenos à Empresa Primos, que prometia fortalecer a economia da cidade gerando cerca de 600 empregos diretos. A determinação do ente municipal foi praticada após a realização de audiências públicas sem a devida publicidade, com convites direcionados a setores que possuíam posição à favor do desmatamento, demonstrando a existência de conluio entre a empresa virilidade e a Prefeitura. Após a divulgação da decisão, entidades de proteção ambiental e outros setores da sociedade civil realizaram diversas manifestações contrárias ao desmatamento, alegando que a Empresa Primos poderia realizar o referido empreendimento em outra área com menor valorização imobiliária, evitando assim a degradação ambiental. O Presidente da Associação de Moradores José, brasileiro, eleitor regular, tem interesse em movimentar ação para impedir o desmatamento, em razão da importância do bem ambiental envolvido, bem como da clara ilegalidade do ato praticado pelo ente público. Analisando os fatos, a medida judicial cabível é a interposição de AÇÃO POPULAR, que tem como função a tutela do meio ambiente contra ato público que ataque esse bem jurídico. A ação popular é o meio processual a que tem direito qualquer cidadão de questionar judicialmente a validade de atos que considera lesivos ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Tal ação está inserida no rol de direitos e garantias fundamentais, conforme artigo 5º, inciso LXXIII da Constituição Federal, bem como no artigo 1º da Lei nº 4.717/1965. Ademais, a legitimidade ativa de José está garantida no próprio texto constitucional que traz a expressão “qualquer cidadão” como legítimo para propositura da ação. Quanto à legitimidade passiva, a ação será impetrada contra o Secretário Municipal que determinou a prática do ato que visou atingir a área ambiental, conforme determina o artigo 6º da Lei nº 4.717/65.
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