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Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Projeto em Reatores Não-Isotérmicos Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Faculdade de Engenharia Qúımica Engenharia das Reações Qúımicas II 1 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Organização da apresentação 1 Introdução 2 Leis Fundamentais Balanço de massa Balanço de energia 3 Operações adiabáticas 4 Exemplos Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático 5 Referências 2 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências 1 Introdução 2 Leis Fundamentais Balanço de massa Balanço de energia 3 Operações adiabáticas 4 Exemplos Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático 5 Referências 3 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Introdução Reações qúımicas são influenciadas, fortemente, por fatores como concentração de reagente e temperatura no meio. A maioria das reações qúımicas são exotérmicas. Devido à liberação de calor pela parte das reações, a temperatura nos reatores qúımicos costuma variar com o tempo. A variação de temperatura no meio afeta o rendimento do processo, assim como pode representar um risco à segurança. Proposta desta apresentação: apresentar as modelagens matemáticas e os cálculos presentes em projetos de reatores não-isotérmicos. O material utilizado nessa apresentação foi baseado no caṕıtulo 11 do livro do Fogler (FOGLER, 2017), caṕıtulo 2 do livro de Luyben (LUYBEN, 1989) e o caṕıtulo 4 de Schmal (SCHMAL, 2014). 4 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia 1 Introdução 2 Leis Fundamentais Balanço de massa Balanço de energia 3 Operações adiabáticas 4 Exemplos Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático 5 Referências 5 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa I O prinćıpio da conservação da massa, quando aplicada a um sistema dinâmico, diz que (LUYBEN, 1989): [ Fluxo mássico de entrada no sistema ] − [ Fluxo mássico de sáıda do sistema ] =[ Taxa de acúmulo de massa no sistema ] . (1) Normalmente, estamos acostumados à seguinte frase: “o que entra, sai”. Porém, fora do estado estacionário, isto ocorre eventualmente. 6 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa II No caso dos reatores qúımicos, uma ou várias espécies i são inseridas no equipamento, com o intuito de promover uma reação. Para um reator do tipo CSTR, seja o mesmo isotérmico ou não, o balanço de massa global para o sistema pode ser escrito como (LUYBEN, 1989): d(ρV ) dt = ρ0F0 − ρF , (2) 7 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa III Figura 1: Representação esquemática de um CSTR (LUYBEN, 1989) 8 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa IV onde V é o volume de ĺıquido do reator, ρ0 a massa espećıfica da corrente de alimentação, ρ a massa espećıfica da corrente de sáıda, enquanto F0 e F representam as vazões volumétricas de entrada e sáıda. Além disso, ao fazermos o balanço de massa voltado para uma determinada espécie i no CSTR, temos que: d(ρiV ) dt = ρi ,0Fi ,0 − ρiFi + riV , (3) em que ri representa à taxa de consumo ou produção de i . É necessário uma atenção à este termo, pois a natureza exotérmica da maioria das reações implica em um aumento da temperatura no reator, o que afeta o rendimento do processo e gera preo- cupações na segurança. 9 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa V A equação de Arrhenius descreve a constante de velocidade de uma reação como sendo variável dependente da temperatura do meio: k(T ) = α ( − Ea RT (t) ) , (4) sendo α o fator de frequência, Ea a energia de ativação, R a constante dos gases ideais e T (t) a temperatura do sistema (variável com o tempo de processo). Para o caso de um PFR, o balanço de massa e energia é mais complexo, devido à considerações como a presença de dispersões axiais (LUYBEN, 1989). 10 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa VI Por motivos de simplificação, vamos considerar um PFR ope- rando no estado estacionário e sem dispersões axiais: Figura 2: Representação esquemática de um reator tubular (FOGLER, 2017) 11 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa VII ∆Q̇ + ∑ FiHi ∣∣∣ V − ∑ FiHi ∣∣∣ V+∆V = 0. (5) Se ∆Q̇ = U∆A(Ta − T ), e sendo ∆A = a∆V , então ocorre que: Ua∆V (Ta − T ) = ∑ FiHi ∣∣∣ V+∆V − ∑ FiHi ∣∣∣ V . (6) Dividindo a Equação (6) por ∆V e aplicando o limite ∆V → 0, verifica-se que: Ua∆V (Ta − T ) = d ( ∑ FiHi ) dV (7) 12 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa VIII Por definição (FOGLER, 2017): dFi dV = ri = υi (−rA), dHi dV = cPi dT dV . (8) Aplicando (8) em (7): Ua(Ta − T )− ∑ dFi dV Hi − ∑ Fi dHi dV = 0, ⇔ Ua(Ta − T )− ∑ υiHi︸ ︷︷ ︸ ∆HRx=Calor de reação (−rA)− ∑ FicPi dT dV = 0. (9) 13 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de massa IX Logo, teremos que, ao rearranjar a equação acima: ∴ dT dV = Calor gerado, Qg︷ ︸︸ ︷ rA∆HRx − Calor removido, Qr︷ ︸︸ ︷ Ua(T − Ta)∑ FicPi (10) 14 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de energia I O balanço de energia em um sistema pode ser feito com base na primeira lei da termodinâmica (LUYBEN, 1989; FOGLER, 2017): dÊ = δQ − δW . (11) Para um sistema aberto, nos quais a massa cruza a fronteira do sistema, como é o caso dos reatores com escoamento cont́ınuo, o balanço de energia se torna: dÊsistema dt = Q̇ − Ẇ + ( n∑ i=1 FiEi ) entra − ( n∑ i=1 FiEi ) sai . (12) 15 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de energia II Em relação ao termo de trabalho (Ẇ ), é comum fazer a se- paração em fluxo de trabalho e outros trabalhos, Ẇs . Ẇs pode representar os trabalhos de eixo (em CSTR) e o da turbina (em PFRs). Fluxo de trabalho é trabalho que é necessário para injetar e retirar a massa do sistema. Por exemplo, quando tensões de cisalhamento estão ausentes, escrevemos (FOGLER, 2017): Ẇ = − ( n∑ i=1 FiPṼi ) entra + ( n∑ i=1 FiPṼi ) sai︸ ︷︷ ︸ Taxa de fluxo de trabalho +Ẇs , (13) sendo P a pressão do sistema e Ṽi o volume molar de i . 16 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de energia III Se combinarmos as Equações (12) com (13), temos: dÊsistema dt = Q̇ − Ẇs + ( n∑ i=1 Fi [Ei + PṼi ] ) entra −( n∑ i=1 Fi [Ei + PṼi ] ) sai (14) Por definição, Ei representa a soma da energia interna (Ui), potencial (Ep,i ), cinética (Ek,i ) e outras energias, como elétrica, magnética, etc.. Logo: Ei = Ui + ui 2 2 + gzi + outros (15) 17 / 47 IntroduçãoLeis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de energia IV Sem perda de generalidade, podemos negligenciar as energergia cinéticas, potenciais e as não citadas, mantendo somente Ei = Ui (FOGLER, 2017). Deste modo, temos que Ei = Ui , Ui = PṼi − Hi , (16) ∴ Ei = Hi ⇔ Ei = Ui − PṼi . (17) 18 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de energia V Portanto, se o produto FiEi pode ser reescrito como FiHi = Fi (Ui + PṼi ), então a Equação (14) pode também ser reescrita como: dÊsistema dt = Q̇ − Ẇs + ( n∑ i=1 FiHi ) entra − ( n∑ i=1 FiHi ) sai (18) Portanto, a energia do sistema em qualquer instante no tempo, é a soma dos produtos entre número de mols de cada espécie no sistema multiplicado e suas respectivas energias, somado ao calor que entra/sai do sistema e ao trabalho de eixo. 19 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Balanço de massa Balanço de energia Balanço de energia VI Além disso, é importante lembrar que o calor liberado por reações exotérmicas influencia em Q̇. 20 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências 1 Introdução 2 Leis Fundamentais Balanço de massa Balanço de energia 3 Operações adiabáticas 4 Exemplos Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático 5 Referências 21 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas I As reações na indústria são frequentemente realizadas adiabatica- mente, com aquecimento ou resfriamento fornecido a montante ou a jusante. Assim, analisar e dimensionar reatores adiabáticos é uma tarefa importante (FOGLER, 2017). Partindo da Equação (14), supondo regime permanente, além de uma reação do tipo A + (b/a)B (c/a)C + (d/a)D,temos que: ( n∑ i=1 FiHi ) entra = HA0FA0 + HB0FB0 + HC0FC0 + HD0FD0 + HI0FI0︸ ︷︷ ︸ I=inertes , ( n∑ i=1 FiHi ) sai = HAFA + HBFB + HCFC + HDFD + HIFI . (19) 22 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas II Se não houver acúmulos, têm-se que: Fi = FA0(Θi + υiX ), Θi = Fi Fi0 . (20) Logo, as vazões volumétricas de A, B , C e D podem ser definidas como: FA = FA0(1− X ), FB = FA0(ΘB − X ), FC = FA0(ΘC − X ), FD = FA0(ΘD − X ), FI = FA0ΘI . (21) 23 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas III Substituindo (21) em (19), encontramos: ( n∑ i=1 FiHi ) entra − ( n∑ i=1 FiHi ) sai = FA0[(HA0 − HA) + (HB0 − HB)ΘB +(HC0 − HC )ΘC + ...+ (HI0 − HI )ΘI ] − ( d a HD + c a Hc − b a HB − HA ) ︸ ︷︷ ︸ ∆HRx(T )=calor de reação , (22) ∴ Q̇ − Ẇs + FA0 n∑ i=1 Θi (Hi0 − Hi )−∆HRx(T )FA0X = 0. (23) 24 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas IV Além disso, por definição, a entalpia Hi pode ser calculada por meio de: Hi (T ) = Hi o(TR) + ∫ T TR cPidT , (24) em que TR representa uma temperatura de referência, como 25 °C, Hi o a entalpia de i em TR e cPi o calor espećıfico de i . Com base nisso, o termo Hi−Hi0 pode ser escrito como (supondo que cPi é constante): Hi − Hi0 = [ Hi o(TR) + ∫ T TR cPi dT ] − [ Hi o(TR) + ∫ Ti0 TR cPi dT ] = ∫ Ti0 TR cPi dT = cPi [T − Ti0] . (25) 25 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas V Substituindo (25) em (23), temos: Q̇−Ẇs−FA0 n∑ i=1 ΘicPi [T − Ti0]−∆HRx(T )FA0X = 0. (26) Além disso, se expandirmos ∆HRx de maneira similar à (25), notamos que: 26 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas VI ∆HRx = ∆HRx o︷ ︸︸ ︷[ d a HD o(TR) + c a HC o(TR)− b a HB o(TR)− HAo(TR) ] − [ d a cPD + c a cPC − b a cPB − cPA ] ︸ ︷︷ ︸ ∆cP (T − TR). (27) 27 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas VII Logo, conclúımos que ao inserir (27) e (26): Q̇ − Ẇs − FA0 n∑ i=1 ΘicPi [T − Ti0]− [∆HRx o(TR)−∆cP(T − TR)]FA0X = 0. (28) Se o objetivo for calcular X , então ao rearranjarmos (28), ob- servamos que: X = Q̇ − Ẇs − FA0 n∑ i=1 ΘicPi [T − Ti0] [∆HRx o(TR)−∆cP(T − TR)]FA0 (29) 28 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Operações adiabáticas VIII No caso de uma operação adiabática, Q̇ = 0. Se o trabalho de eixo for nulo, i.e., Ẇs = 0, e sabendo que, por definição, ∆HRx o >> ∆cP(T − TR) (FOGLER, 2017), então a Equação (29) pode assumir as formas em (30): ⇔ X = n∑ i=1 ΘicPi [T − Ti0] −∆HRxo(TR) T = X [−∆HRxo(TR)] + n∑ i=1 ΘicPiTi0 + X∆cPTR n∑ i=1 ΘicPiT0 + X∆cP . (30) 29 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático 1 Introdução 2 Leis Fundamentais Balanço de massa Balanço de energia 3 Operações adiabáticas 4 Exemplos Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático 5 Referências 30 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) I Contextualização do problema: A figura a seguir mostra um CSTR de volume constante. Uma única reação exotérmica de 1ª ordem do tipo A B é realizada no reator. Para remover o calor da reação, o reator é cercado por um jaqueta através da qual um ĺıquido refrigerante flui. Vamos supor que as perdas de calor para o ambiente são despreźıveis e que as densidades e capacidades caloŕıficas dos reagentes e produtos são iguais e constantes (YEO, 2017). Considerando que a taxa de reação seja dada por: − rA = kcA, k = αe−Ea/(RT ) (31) Enquanto a taxa de calor transferida do reator para a jaqueta de resfriamento é dada por: 31 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) II Q = UA(T − Tj) (32) Em que U é o coeficiente global de transferência de calor, A é a área de transferência de calor, T é a temperatura do reator e Tj é a temperatura da jaqueta de resfriamento. Objetivo: calcule a temperatura no reator, da jaqueta e a concentração de reagente considerando regime permanente. 32 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) III Figura 3: CSTR com a jaqueta de resfriamento (YEO, 2017) 33 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) IV Figura 4: Dados do problema (YEO, 2017) 34 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) V Solução: Primeiramente, vamos desenvolver o balanço de massa em torno da espécie A: F0cA0 − FcA − kV cA = 0 ⇒ cA = F0cA0 F + kV . (33) Em seguida, vamos verificar o balanço de energia na jaqueta: ρjCjFj(Tj0 − Tj) + UA(T − Tj) = 0 ⇒ Tj = ρjCjFjTj0 + UAT ρjCjFj + UA . (34) Agora, desenvolvendo o balanço de energia para o CSTR: ρCP(F0T0 − FT )− λkcA − UA(T − Tj)= 0, (35) 35 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) VI Onde λ é o calor de reação, ρ e ρj são as densidades dos reagentes e do ĺıquido de resfriamento, respectivamente; CP e Cj são as capacidades caloŕıficas dos reagentes e do ĺıquido refrigerante, respectivamente. Substituindo (32 – 35) em (31) , temos que: f (T ) = ρcP(F0T0 − FT )− F0cA0Vλαe −Ea/(RT ) F + αe−Ea/(RT )V −UAρjCjFj ( T − Tj0 ρjCjFj + UA ) = 0 (36) Ao encontrarmos a raiz para f (T ) e plotarmos f (T ) versus T , é posśıvel encontrar os estados estacionários. 36 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) VII 500 550 600 650 700 T(R) -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 f( T ) #105 Figura 5: f (T ) versus T (YEO, 2017) 37 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático CSTR com sistema de resfriamento (YEO, 2017) VIII Conclusão: Analisando na figura acima, conclúımos que o sistema pode atingir diferentes regimes permanentes (T = 537.8, 590, 3, 671, 3 °R). Calculando Tj e cA em função de TRP, encontramos que: Figura 6: Valores no regime permanente em função da temperatura do CSTR 38 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático Projeto no equiĺıbrio adiabático (FOGLER, 2017) I Objetivo: Para uma reação elementar na fase ĺıquida do tipo A B, faça um gráfico da conversão de equiĺıbrio em função da temperatura (FOGLER, 2017). Determine: 1 A temperatura de equiĺıbrio adiabático; 2 A conversão quando A puro é alimentado ao reator a uma temperatura de 300K 3 O volume de CSTR necessário para atingir 90 % da conversão de equiĺıbrio adiabático por v0 = 5dm³/min. Dados: 39 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático Projeto no equiĺıbrio adiabático (FOGLER, 2017) II Solução: 1 Derivando as equações de lei da velocidade, equiĺıbrio (−rA = 0) e de estequiometria, temos: −rA = k ( cA − cB Ke ) = 0 ⇒ Ke = cBe cAe = cA0Xe cA0(1− Xe) = Xe 1− Xe (37) Substituindo Ke em termos de Xe na lei de velocidade, temos a equação para calcular a conversão no equiĺıbrio: − rA = kcA0 ( 1− X − X Ke ) = 0 ⇒ Xe = Ke(T ) 1 + Ke(T ) (38) 40 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático Projeto no equiĺıbrio adiabático (FOGLER, 2017) III Para calcular Ke(T ), utiliza-se os seguintes dados: ∆HRx = HB−HA = (−60·103)−(−40·103) = −20·103 cal/mol.K Ke = Ke(T1) exp [ −∆HRx R ( 1 T1 − 1 T )] = −100.000 exp [ −20.000 1, 987 ( 1 298 − 1 T )] Agora, usando (30) para determinar a conversão no equiĺıbrio adiabático de A, temos que: 41 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático Projeto no equiĺıbrio adiabático (FOGLER, 2017) IV XEB = n∑ i=1 ΘicPi (T − T0) −∆HRx = cPA(T − T0) −∆HRx (39) Ao plotarmos (38) e (39) em uma faixa de temperatura 300 ≤ T ≤ 600K, verificamos: 42 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático Projeto no equiĺıbrio adiabático (FOGLER, 2017) V Figura 7: Plot das Equações (38) e (39) (FOGLER, 2017). 43 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático Projeto no equiĺıbrio adiabático (FOGLER, 2017) VI Com base na figura anterior, observamos que a intersecção entre as duas funções ocorre em Xe = 0.42 e Te = 465K. Valores referentes para uma alimentação de 300K. 2 Para calcular o volume do CSTR que permita atingir 90% da conversão do equiĺıbrio, pode-se utilizar a equação de projeto original: −rA = kcA0 ( 1− X − X Ke ) = kcA0 ( 1− X − X Xe 1−Xe ) = kcA0 ( 1− X Xe ) 44 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático Projeto no equiĺıbrio adiabático (FOGLER, 2017) VII ⇒ V = FA0X −rA = cA0v0X kcA0 ( 1− XXe ) = v0X k ( 1− XXe ) (40) Substituindo todos os valores encontrado, encontra-se que V = 24, 5 dm³/min. 3 Para calcular a temperatura em que X = 0, 9Xe , pode-se voltar à (25): T = T0 + ( −∆HRx cPA ) = 452K (41) 45 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências 1 Introdução 2 Leis Fundamentais Balanço de massa Balanço de energia 3 Operações adiabáticas 4 Exemplos Exemplo I: CSTR com sistema de resfriamento Exemplo II: Projeto no equiĺıbrio adiabático 5 Referências 46 / 47 Introdução Leis Fundamentais Operações adiabáticas Exemplos Referências Referências I FOGLER, H. S. Essentials of chemical reaction engineering. 2. ed. Philadelphia, PA: Prentice Hall, 2017. (Prentice Hall international series in the physical and chemical engineering sciences). LUYBEN, W. L. Mathematical modelling, simulation and control for chemical engineers. 2. ed. New York, NY: McGraw-Hill, 1989. SCHMAL, M. Chemical reaction engineering. London, England: CRC Press, 2014. YEO, Y. K. Chemical Engineering Computation with MATLAB (R). London, England: CRC Press, 2017. 47 / 47
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