Buscar

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS


Continue navegando


Prévia do material em texto

GUSTAVO MORENO T19	
AULA 17: REAÇÕES TRANSFUSIONAIS:
Reações: 
Imunológicas: maioria é hemolítica, aloimunização contra antígenos eritrocitário, leucocitário, plaquetários e contra proteína plasmática. Tem causa febril, causa alérgica, TRALI e Ta-GVH
Não imunológica: TACO e contaminação bacteriana
Efeitos adversos de transfusionais:
Aguda: Imunes (hemolítica transfusional, febril não hemolítica, alérgica, TRALI) e não imune (septicemia, hemolítica não imune, TACO, embolia gasosa)
Febre é manifestação mais comum da reação transfusional aguda
Tardia: > 24 horas até 7-10 dias, imune (hemolítica transfusional, aloimunização HLA, imunomodulação, Ta-GVH e púrpura pós-transfusão), Não imune (sobrecarga de ferro e infecções crônicas)
Reações imunológicas:
Tipos: aguda < 24 horas e tardias
Causas: hemolíticas, febris não hemolíticas, alergia, TRALI, Ta-GVH
Anticorpos 3 componentes:
1. Anticorpos dirigido contra a hemácia: mais comum, receber várias transfusões, paciente falcêmico e talassêmico
2. Anticorpo dirigido contra antígenos leucocitários e plaquetários: multíperas (cada gestação é exposta a antígenos que não conhece, assim, montando resposta imunológica) e politransfundidos
3. Anticorpos dirigidos contra proteínas
Reação transfunsional hemolítica:
Aguda: mais grave
Tardia: geralmente > 24 horas
Podem ser intra ou extravascular (baço, fígado)
Hemólise intravascular aguda e crônica, Hemólise extravascular aguda e crônica
IgM faz intravascular // IgG faz extravascular
Reação hemolítica aguda intravascular:
Mais importante, forma mais grave, alta mortalidade
Ocorre nos primeiros minutos do início da transfusão (<24 horas)
Geralmente transfusão incompatível do sistema ABO**
Tem relação com IgM
Fazem broncoespasmo, anafilaxia, choque, hemólise intravascular
Manifestações: febre 40%, dor torácica 10-20%, hipotensão arterial 10%, ansiedade, sudorese, dor lombar/flanco
Manejo: suspender imediatamente a transfusão, fazer hidratação, diurese forçada (100ml/hora nas primeiras 24 horas), encaminhamento do componente par ao banco de sangue, monitorização da função renal
Laboratório: hemólise, bilirrubina aumentada (icterícia), LDH aumentado, hemoglobinúria e hemoglobinemia, COOMBS direto positivo
Reação hemolítica aguda extravascular:
Ocorre no baço ou no fígado
Incompatibilidade Rh (geralmente - que foram sensibilizados com o +)
Menos grave, não mata o paciente
Manejo: parar a transfusão, coletar exames, devolver o sangue para o banco de sangue, tratamento suportivo e manter o paciente hidratado
Laboratório: Bilirrubina e LDH aumentados, ausência de hemoglobinemia e hemoglobinúria, DAT positivo, COOMBs positivo - porque é imune
Reação hemolítica tardia intravascular:
7-10 dias depois da transfusão, incomum
Urina escurece pela hemoglobinúria e hemoglobinemia
Clinica: Ht cai sem causa, urina escura
Manejo: suportivo, exames são os mesmos
Reação febril não hemolítica:
Anticorpos contra o antígeno leucócitos e contra a plaqueta
É imune, comum (1-3% das transfusões)
Febril → paciente que faz várias transfusões **
Manifestação: calafrio, febre (1 grau acima) nas primeiras horas da transfusão
Geralmente não tem consequência
Manejo: suspender a transfusão, mandar sangue para o banco de sangue, dar antitérmico, avaliar se precisa de outra transfusão
Reação alérgica:
Transfusão e no plasma do sangue infundido tem alguma proteína que o corpo não aceita e faz alergia contra alguma proteína do plasma, é imune
Quadro: urticária; pode ter broncoespasmo e anafilaxia
Manejo: suspender temporariamente a transfusão, tratamento sintomático e reiniciar lentamente a transfusão
Prevenção: emprego de componente lavado
Indivíduos com deficiência de IgA têm reações alérgicas muito grave!
Dar anti-histamínico e voltar a transfundir o paciente leve
TRALI:
Maior causa de morbimortalidade - junto com o TACO
Condição evitável
Lesão grave pulmonar que faz extravasamento capilar e o líquido dentro da microcirculação vai para o alvéolo e a pessoa não consegue mais respirar porque não faz troca gasosa
Condição rara, mortalidade em até 20%
Ocorre por sangue doado de doadora multípara **
Ativam anticorpos → neutrófilos no pulmão → extravasamento capilar → edema pulmonar → insuficiência respiratória → morte
Ocorre nas primeiras 6 horas da transfusão
Clínica: tosse, falta de ar e queda da PA
Manejo: assistência respiratória, parar a transfusão, obrigatório notificação à agência transfusional
Recuperação é de 48 a 92 horas depois que parou a transfusão
Lembra que é edema não cardiogênico
Reação não imunológica: TACO:
Sobrecarga circulatória associada à transfusão
Incidência de 1% - é comum
Mata 60% dos pacientes
Causado por dar volume a um paciente que não consegue manejar esse volume de forma rápida - erro médico
Paciente de risco: anêmicos crônicos (idosos), portadores de insuficiência cardíaca, RN de baixo peso
Paciente que tem risco não tolera a infusão de sangue habitual - infusão é de 1 a 2 horas, transfusão diminuindo a velocidade, ainda sim achar que a pessoa não conseguirá faz um diurético
Confissão é evitável
Conduta: transfundir 1 a 2 ml/min e dar diurético
Lembrar que é uma sobrecarga de volume
Obs - COOMBs direto - ve se tem anticorpos nas hemácias // COOMBs indireto - ve se tem anticorpos no soro