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Psicologia_do_esporte ATUALIZADO 2

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Psicologia do esporte
Profa. Ms. Diva R. D. Barreto
História da psicologia do esporte
Área da psicologia vem estudar de forma sistemática o esporte e seus fenômenos.
Hoje, a Psicologia do Esporte vem estudando e atuando em situações que envolvem motivação, personalidade, agressão e violência, liderança, dinâmica de grupo, bem-estar de atletas caracterizando-se como um espaço onde o enfoque social, educacional e clínico se complementam.
De que modo o esporte ou atividade física se relaciona com nossa saúde mental? E de que modo nossa saúde mental afeta as atividades que estamos realizando?
Emocional afeta o corpo – atividade física afeta nosso estado emocional
Preparação emocional dos atletas
Até final do século XVIII estudiosos se preocupavam com a prática da educação física e como elas trariam bom humor, ânimo, satisfação e alegria. 
Os estudos e pesquisas visavam explicar porque o homem jogava e como o jogo se relacionava com seu desenvolvimento pessoal
Coleman Griffth – pai da psicologia do esporte 
Em1925 fundou o 1° Laboratório de pesquisa aplicada ao esporte nos Estados Unidos) – 
primeiro psicólogo contratado para intervir em uma equipe com a intenção de melhorar seu rendimento.
tinha como meta investigar um conjunto de elementos psicológicos relevantes para o rendimento esportivo, e os seus estudos envolviam temas de aprendizagem, habilidades motoras e variáveis da personalidade.
(1920 – 1940) - surgem os primeiros trabalhos de preparação psicológica com equipes olímpicas na Tchecoslováquia. 
Necessidade de um psicólogo atuante e presente para garantir um rendimento positivo e estável das equipes
Acompanhamento psicológico dos atletas é tão importante quanto acompanhamento técnico, nutricional ou médico.
Compreensão do Corpo – um todo unificado (emocional e fisiológico)
O papel do psicólogo responsável pela saúde psíquica de um time se desenvolve a partir a partir de uma abordagem das emoções vivenciadas pelos jogadores em sua rotina de trabalho.
APA “Psicologia do Esporte é o estudo dos fatores comportamentais que influenciam e são influenciados pela participação e desempenho no esporte, exercício, e atividade física”.
A cada novo jogo, uma quantidade de emoções são mobilizadas – caso não cuidado -> prejuízo aos jogadores e ao grupo
“precisamos nos preparar psicologicamente para esse jogo”
“fisicamente está bem, mas psicologicamente vem passando por dificuldades”
Alguns temas abordados pela Psicologia do Esporte: Motivação do atleta, concentração em competição, persistência no treino, temperamento do atleta, liderança de equipe, influência positiva e negativa da torcida sob os atletas. 
a motivação pode afetar a intensidade e a persistência de um indivíduo, que, no caso do esporte, interfere diretamente na qualidade da performance do atleta.
O nível de motivação de um atleta é determinado pela interação de fatores pessoais como personalidade, necessidades, interesses e habilidades, assim como fatores situacionais específicos como facilidade na prática, tipo de técnico ou orientação para a vitória ou fracasso da equipe. A apreciação dessas questões pode auxiliar na compreensão de diferentes situações num mesmo jogo, já que alguns atletas podem se sentir mais motivados se criticados ou punidos enquanto o outros podem se frustrar, deprimir ou mesmo exprimir grande raiva.
Motivação – fundamental para o rendimento
Samulski (1992)
 motivação intrínseca que consiste na capacidade desenvolvida pelo próprio atleta para a realização de um interesse. Esses determinantes podem ser designados como vontade, desejo, determinação, que muitas vezes podem contrastar com situações externas adversas que dificultariam seu cumprimento.
motivação extrínseca é aquela referenciada em fatores externos como o reconhecimento social, o elogio, premiações que interferem e/ ou determinam uma conduta
Performance sendo afetada pelo que chamam ansiedade ou excitação antes e durante as competições
Para controlar essas situações desenvolvem variadas estratégias
Determinado tipo de ansiedade é necessário para a prontidão na execução de algumas tarefas. Esse estado é chamado de ativação
 - Há uma relação entre o nível de ativação – que também envolve ansiedade - e performance.
Incapacidade de especificar qual o nível ótimo de ativação
nível de ativação - necessária e variável de atleta para atleta.
https://www.youtube.com/watch?v=3sV6dN1i63E
https://www.youtube.com/watch?v=sXhdrYJlzEU
Estudar o efeito do exercício sob a área emocional do indivíduo.
No Brasil – Início – João Cavalhaes (Década de 50) Psicólogo do São Paulo Futebol Clube – departamento de árbitros da Federação Paulista de Futebol. 
Posteriormente realizou trabalhos com a seleção brasileira de futebol. 
Outro profissional foi Athaide Ribeiro da Silva, que trabalhou em 1962 e 1963 na seleção brasileira de futebol.
Importância da atividade multidisciplinar – importância de se trabalhar em equipe. 
Psicólogo sozinho não trará bons resultados
Importância do psicólogo conhecer bem a rotina e o esporte do atleta
Entrevista Diego Hipólito
A psicologia do esporte atuar sob a saúde emocional do praticante do exercício físico ou esporte, seja a atividade direcionada para fins competitivos, recreativos, de manutenção ou reabilitação da saúde
Maior aperfeiçoamento, melhorar demandas situacionais, contribuindo para que melhore sua habilidade e alcance de metas.
Tarefas e funções do Psicólogo do esporte:
Cientista/Pesquisador – construção do conhecimento
Intermediário entre técnico e atleta
Psicodiagnóstico – potencial do atleta
Analisar condições do treino
Otimizar desempenho
Intermediar conflitos
Saúde e bem estar dos atletas
Papel do Psicólogo: Mostrar para os atletas que cada um deles contribui para com seus esforços e sua técnica para alcançar os objetivos da equipe, e que ele (psi), fará parte da equipe utilizando sua técnica para o progresso do grupo
Que outros conhecimentos além do da psicologia o psicólogo do esporte deve ter?
 Psicólogo torcedor fanático é benéfico ou prejudicial?
Qual o sentido daquela atividade física para o sujeito – buscar o sentido
Psicólogo do esporte – diversidade de formação
Além do conhecimento específico trazido da Psicologia como o uso de instrumentos de diagnóstico e modelos de intervenção, espera-se e exige-se que o profissional tenha um vasto conhecimento das questões que permeiam o universo do atleta, individualmente, como noções de anátomo-fisiologia e biomecânica, e específicas do esporte, como as modalidades esportivas e regras, bem como dinâmica de grupos esportivos. 
Samulski (1992) destaca quatro campos de aplicação da Psicologia do Esporte:
O esporte de rendimento que busca a otimização da performance numa estrutura formal e institucionalizada. Nessa estrutura o psicólogo atua analisando e transformando os determinantes psíquicos que interferem no rendimento do atleta e/ou grupo esportivo.
O esporte escolar que tem por objetivo a formação, norteada por princípios sócioeducativos, preparando seus praticantes para a cidadania e para o lazer. Neste caso, o psicólogo buscar compreender e analisar os processos de ensino, educação e socialização inerentes ao esporte e seu reflexo no processo de formação e desenvolvimento da criança, jovem ou adulto praticante.
Já o esporte recreativo visa o bem-estar para todas as pessoas. É praticado voluntariamente e com conexões com os movimentos de educação permanente e com a saúde. O psicólogo, nesse caso, atua na primeira linha de análise do comportamento recreativo de diferentes faixas etárias, classes – sócio econômicas e atuações profissionais em relação a diferentes motivos, interesses e atitudes.
esporte de reabilitação desenvolve um trabalho voltado para a prevenção e intervenção em pessoas portadoras de algum tipo de lesão decorrente da prática esportiva, ou não, e também com pessoas portadoras de deficiência física e mental.
ATENÇÃO
O CONTEÚDO AUDIOVISUAL A SEGUIR É PARA USO EXCLUSIVAMENTE ACADÊMICO E ESTÁ PROTEGIDO PELAS LEIS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL,SENDO VEDADA SUA CESSÃO OU OUTRA FORMA DE UTILIZAÇÃO NÃO AUTORIZADA, DO TODO OU DE QUALQUER PARTE
PARA QUE SUA PARTICIPAÇÃO NA AULA SEJA COMPUTADA COMO PRESENÇA, É IMPORTANTE QUE COLOQUE SEU NOME COMPLETO E NÚMERO DE MATRÍCULA 
SE ISSO NÃO TIVER SIDO FEITO AINDA, FAÇA NESTE MOMENTO 
EX: JOÃO DA SILVA 2908029
Etapas de implantação de um programa de psicologia esportiva
A)Informação B) Pré-programa c) Programa
A) Informação a todos os componentes de como funciona o programa de psicologia esportiva. Recolherá informações básicas sobre como funciona a Instituição e o grupo esportivo que vai trabalhar
Ao psicólogo do esporte cabe clarificar a técnicos, dirigentes, atletas e demais envolvidos no contexto do esporte e do exercício físico os princípios que norteiam o comportamento humano.
Outro aspecto a destacar no papel do psicólogo esportivo é o da comunicação entre os grupos esportivos e os psicólogos. Neste ponto a linguagem cotidiana dos técnicos e dos atletas é norteada por termos técnicos específicos de cada esporte, por isso o psicólogo deve buscar este conhecimento para não encontrar grande resistência dos praticantes do esporte e do exercício.
Utiliza entrevista, inventários, e observações pessoais para recolher as informações que precisa
Ouvir a avaliação do treinador e dos membros da equipe técnica a respeito de como funciona a dinâmica do grupo esportivo
B) Pré Programa
Estruturado de acordo com as informações obtidas pelo psicólogo.
Apresentado a dirigentes e grupo técnico para discussão
Caso aprovado, passa a ser o programa. Co-responsabilidade do grupo para implantação
C) Programa
Fazer testes que: levantamento do nível de ansiedade, estado emocional em treinamentos e competições, agressividade, atenção, motivação. Depressão, e etc.  revelará carências e potencialidades dos altetas.
Importante para traçar adequadamente o treinamento psicológico adequado de acordo com as demandas do indivíduo ou grupal
Exames psicológicos sugerem carências e potencialidades dos atletas
Psicólogo não aprova ou reprova atletas por causa dos testes
João Cavalhaes solicitou desligamento de atletas na copa de 1958 por seus testes darem limitados
Exame individual e grupal para entender a dinâmica do grupo no qual irá atuar
Trabalhar o campo motivacional – para isso conhecer as necessidades de cada indivíduo ou grupo
2 tipo de Ansiedade:
Somática – sintomas físicos responsáveis pela queda da performance : sudorese, diarreia, batimentos cardíacos acelerados, perda do controle da respiração 
Cognitiva –manifesta-se através de pensamentos negativos.
Saber administrar
exercícios de visualização – propiciam auto controle e autoconhecimento
Auxiliam na manutenção psicológica da atuação esportiva em atletas lesionados
Atletas lesionados estão mais propícios à depressão e distúrbios de ansiedade
Psicologia do esporte contribui para elevação dos níveis de auto-estima
Esses exercícios ajudam a reduzir o tempo de recuperação do atleta lesionado, assim como auxiliam na manutenção tática e técnica
3 formas de realizar treinamento mental (Samulski, 2000)
Treinamento por meio da auto-verbalizaçao
Repetir mentalmente o movimento em forma consciente
Treinamento por meio da auto-observação
Atleta assume papel de espectador de si mesmo. Observa mentalmente sua performance, registrando, posteriormente, as emoções que está prática suscitou
Treinamento ideomotor
Atleta vivencia a sensação dos processos internos que ocorrem na execução do movimento
Ex: o peso da bola antes de um arremesso de lance livre; o contato do pé com a bola de futebol antes da cobrança de uma penalidade máxima
Todas essas modalidades de mentalização são uma forma de simulação da situação real de performance
Através dos exercícios de visualização, o atleta poderá entrar em contato com suas demandas internas durante a prática esportiva e do exercício físico
https://www.youtube.com/watch?v=kVTKI9uGsIs
Fatores de pressão: torcida, dirigentes, exigência de resultados positivos, patrocinadores, superexposição
Buscar o equilíbrio psicológico para manter uma performance ótima
Concentração e atenção prejudicados pela ansiedade
Num programa de treinamento psicológico para o esporte, o relaxamento e a visualização são as principais técnicas que auxiliam na redução da ansiedade, favorecendo a manutenção de bons índices de atenção, foco, e concentração
Estados alterados da mente, além de fragilizar o equilíbrio mental e físico (favorece o desencadeamento de lesões) expõe o atleta ao processo de estresse
Performance afetada por ansiedade ou estresse
No treinamento psicológico deve-se levar em conta fatores como: 
1.coesão do grupo - Grau em que indivíduos trabalham juntos para alcançar metas e objetivos em comum (medida por meio de questionários simples sobre ambiente grupal
2.Liderança – Identificar perfil de liderança entre atletas, assim como aqueles excluídos do grupo. Nem sempre são identificadas e bem utilizadas pelos treinadores. Líderes exercem papel fundamental na estrutura e dinâmica do grupo. Grupo sai perdendo por não aproveitar os recursos comportamentais de seus integrantes
3.Comunicação
4.Interação entre grupo e comissão técnica
Também é trabalho do psicólogo: preparação psicológica em função do adversário, desenvolvimento da auto confiança e força de vontade, aplicação de medidas de motivação, desenvolvimento da auto responsabilidade
Desdobramentos no campo de atuação profissional do psicólogo do esporte:
especialista em psicodiagnóstico - faz uso de instrumentos para avaliar potencial e deficiências em atletas;
conselheiro - profissional que atua apoiando e intervindo junto a atletas e comissão técnica no sentido de lidar com questões coletivas ou individuais do grupo; 
consultor - busca avaliar estratégias e programas estabelecidos, otimizando o rendimento;
cientista – produz e transmite o conhecimento da e para a área;
analista - avalia as condições do treinamento esportivo, fazendo a intermediação entre atletas e comissão técnica; 
otimizador - com base numa avaliação do evento esportivo busca organizar programas que aumentem o potencial de performance.
Ócio, lazer e tempo livre
Os tempos da Educação para o lazer
O que é:
Tempo
Lazer
Tempo livre
Ócio
Tempo de trabalho
Lazer: valorização – que se revela em diferentes maneiras de consumo, de objetos e bens conturais:
Shows, livros, filmes, Cd’s, brinquedos
Academias, centro de compras
Internet, viagens, passeios
O lazer tem alguma relação com o tipo de sociedade em que vivemos? 
Podemos pensar o lazer de forma isolada das outras práticas sociais?
Lazer -> prática social. 
Valorização do campo abre espaço para a “indústria do entretenimento” que investe de maneira pesada na veiculação da concepção de lazer enquanto consumo  Desejo de consumo aparece como uma das principais características da sociedade contemporânea.
 
Tempo e lazer
A noção de Lazer está relacionado a noção de tempo?
Houve mudança desses conceitos no decorrer dos anos?
Tempo para antigos Gregos e chineses: processo natural de mudança, representado pelos processos cíclicos da natureza, pela sucessão dos dias, noites e estações do ano.
Para o homem ocidental civilizado: O tempo transforma-se em maestro de um mundo que vive de acordo com símbolos mecânicos das horas marcadas pela exatidão matemática do relógio.
Trabalho Fabril – perda da noção de tempo vinculada aos ciclos naturais das sociedades pré-industriais
Nova concepção de Tempo: utilizado para medir as atividades comerciais, tempo em sincronia com as práticas sociais e culturais, tempo regulamentado pelo relógio.
Relógio – regulamentou a vida dos homens, assegurando o funcionamento de um novo sistema de trabalho.
Noção de tempo ganhou novas “personalidades” diferentes:
Tempo de trabalho
Tempo de não trabalho(tempo de lazer e de descanso? É tempo do ócio? Do desperdício?
Nova noção de tempo na sociedade pré-capitalista : noção de perda e desperdício de tempo. 
Nessa lógica: Tempo de trabalho – “tempo produtivo”. Tempo de nãotrabalho – “tempo de ócio”
Mas não aquele ócio glorificado da antiguidade grega, virtuoso tempo para reflexão e atividade que dá sentido à existência humana, mas um ócio carregado de valores sociais, que estimularia o vício e que afasta da salvação. 
Trabalho – valor supremo  Ócio relegado ao plano do vício do pecado
Com a edificação do comércio e da indústria, ociosidade caiu em desgraça, e pouco se lembrava dele como “mãe de todas as virtudes do homem”
Mas o ócio, também é produtivo?
Lazer começa a passar por transformações – esfera da vida social – se constitui enquanto mercado
Fatores significantes para a constituição do mercado do lazer:
Encurtamento da jornada de trabalho	(aumento do tempo livre para o lazer)
Melhoria dos salários e direitos sociais dos trabalhadores
Concentração do capital em busca de novas áreas de aplicação (expansão dos espaços de lazer e melhoria da estrutura do lazer como produto)
Popularização do turismo
Inovação tecnológica – propicia novos campos de atividade de lazer – TV e Rádio
Propagandeou o fenômeno “lazer” – incentivo ao consumo do lazer	
Transformou o Lazer de uma atividade predominantemente privada para objeto de exploração sistemática do capital
Lazer assume uma característica paradoxal: 
Ao mesmo tempo que o sujeito passa a ter mais “tempo livre”, esse tempo passar a ser controlado pelo capital, e torna-se, também, um tempo administrado pela lógica instrumental do cálculo e do planejamento.
Ócio se transforma em lazer administrado
Nesse sentido, o “tempo de não trabalho”, bate ao mesmo ritmo e segue o mesmo caminho alienante do trabalho
Relógio passa então não apenas a controlar o tempo produtivo do trabalhador na fábrica, mas marca os passos cotidianos do homem fora do espaço de trabalho
Diminuição da distância entre tempo de trabalho e tempo livre
O “tempo livre” não é, nesse sentido, realmente livre, visto que carrega todo o peso de um mercado do lazer, de um compromisso com a obrigação, de um descompromisso com o ócio, da necessidade de diferenciar-se do tempo de trabalho
Buscar ser tão produtivo no ócio quanto são no trabalho. Isso é realmente ócio?
Administração do lazer extremamente rentável  homem torna-se dependente desse consumo do produto lazer
Tornou-se necessária uma educação para o lazer?
Aprendizado para uso do tempo livre
O que o homem faria se tivesse tanto tempo nas maõs?
Adorno “os homens não percebem o quanto não são livre lá onde mais livres se sentem”
Como a cultura do consumo conseguiu driblar a criatividade do homem e se tornar a principal referência no campo do lazer? 
Industria cultural: tende a gerar necessidades padronizadas, para maior facilidade no consumo, perpetuando ou dificultando a superação de uma situação de conformismo.
Precisava de um meio de divulgação que atingisse o maior número de pessoas possível
TV – determinou modificações na indústria cultural, e do lazer
Tempo disponível passa a ser usufruída nos próprios locais de moradia – problemas na nova cultura sedentária
Prática de lazer voltada para o consumo
Preparação infantil para a produtividade
Filme: MAIS FORTE QUE O MUNDO
texto: elementos para caracterização e compreensão do esporte
De que forma o esporte influenciou na vida do personagem?
Qual a função do esporte na vida do personagem?
Que aspectos da vida do personagem se modificaram por causa do esporte?
Os aspectos psicológicos do personagem interferiram/relacionam-se com o desempenho do atleta? 
De que modo o contexto social do personagem influenciou em sua prática esportiva?
O esporte faz parte da cultura de uma sociedade?
E de que forma a cultura se relaciona com o filme e com o desfecho da história do personagem?
Esporte relacionado à estrutura política, econômica e social
O esporte é identificado como elemento da cultura que encontra sua orientação num dimensão mais ampla da sociedade, a qual é um fator determinante de suas características.
Sociedade vai determinar as características do esporte?
O esporte desempenha várias funções na sociedade e é um elemento de reprodução dessa realidade
Relação Violência x Esporte
De que forma o esporte “controla” essa violência?
Há violência dentro do esporte? 
Violência controlada de forma autocoercitiva - Indivíduos aprendem a dominar suas próprias emoções
Esporte – Libertação de tensão x Produtor de tensão controlada
Esporte como uma prática constitutiva de estilo de vida
Existe um sentido único para o esporte?
Um sentido do desporto em si mesmo não existe; decorre das valorações que ligam as pessoas ao desporto
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EX: JOÃO DA SILVA 2908029
Estabelecimento de metas
O que é o estabelecimento de metas?
O problema não é fazer com que as pessoas identifiquem metas
É conseguir que elas estabelecem o tipo certo de metas (que forneçam orientação e aumentem a motivação) e ajuda-las a aprender a permanecer fiel a elas e alcança-las
É fácil estabelecer uma meta, difícil é segui-la até o fim 
As pessoas precisam de instrução para estabelecer metas efetivas e criar um programa para atingi-las
Definição de Metas:
Objetivas: Alcançar uma competência específica de uma tarefa dentro de um tempo específico. Ex: Alcançar um nível específico de perda de peso em 3 meses
Subjetivas: declaração geral de intenção, não são mensuráveis ou objetivas. Ex: “Quero atuar bem”, “quero me divertir”. Não são mensuráveis ou objetivas. 
Tipos de metas
Metas de Resultado
Focaliza no resultado competitivo – vencer uma corrida, ganhar uma medalha, ou marcar mais pontos que o adversário.
Metas de desempenho: 
Focaliza em atingir padrões ou objetivos de desempenho independente de outros competidores, em geral, fazendo comparações com próprio desempenho anteriores
São mais flexíveis e tendem a estar mais sob controle
Correr 1600m em 6 min / melhorar a quantidade de finalizações de 70% para 80%
Metas de processo
Focaliza nas ações que um indivíduo deve praticar durante o desempenho para executar ou atuar bem.
Ex: nadadora estabelece meta de manter o braço bem estendido ao dar impulso no nado livre; chegar até a cesta e soltar a bolo no ponto mais alto do seu salto
Atletas devem estabelecer essas três metas visto que são importantes na orientação de mudança de comportamento.
Focalizar apenas na meta de resultado pode ser prejudicial. Porque?
Metas de desempenho e processo: importantes, dá para fazer ajustes mais precisos. 
A motivação depende do estabelecimento de metas. Porque?
Estabelecer metas funciona extremamente bem, visto que melhora o desempenho, não apenas no esporte e nos exercícios, como também nos negócios
Fatores que aumentam a efetividade do estabelecimento de metas:
Metas de dificuldade moderadas
Metas de curto e de longo prazo
Feedback sobre o progresso
Compromisso em atingir as metas
Participação no processo de estabelecimento de metas
Estabelecer metas específicas ao invés de gerais aumenta o desempenho
Pesquisadores do esporte preocupados com: 
Como as pessoas estabelecem as metas
Quais as mais importantes para elas
Que barreiras às impedem de atingi-las
Como os diferentes tipos de indivíduos diferem no estabelecimento de suas metas
Em pesquisa realizada com atletas revelou-se sobre as estratégias de estabelecimento de metas
Para universitários, principais barreiras para alcançar metas: estresse, fadiga, pressões acadêmicas, relacionamentos sociais e falta de tempo
Atletas olímpicos (barreiras basicamente internas): falta de confiança, falta de feedback da meta, muitas metas; ou externas: falta de tempo, compromissos de trabalho, responsabilidades familiares ou pessoais
Principal razão dos atletas para estabelecer metas: dar-lhe orientaçãoe mantê-los concentrados na tarefa a ser executada
Diferenças individuais precisam ser consideradas no estabelecimento de metas
 
Pesquisa com técnicos sobre a prática de estabelecimento de metas:
Tendem a favorecer metas de desempenho e processo
Principal razão para estabelecer metas: dar propósito e orientação, seguido por melhora do jogador e estimulação da coesão do grupo
Barreiras: físicas (lesão), psicológicas (falta de confiança), externas (envolvimento excessivo dos pais)
Aspecto mais importante do compromisso com a meta era prazer pessoal
Desvantagem das metas: quando se estabelecia metas muito altas que produziam fracasso consistente
Focaliza nas metas de curto e longo prazo
 
Porque o estabelecimento de metas funciona?
As metas dirigem a atenção a elementos importantes da habilidade a ser realizada – dar orientação e foco às suas ações
Metas mobilizam o esforço
Metas prolongam a persistência, fornecendo incentivo
Favorece o desenvolvimento de novas estratégias de aprendizagem
Princípios do estabelecimento de metas:
Estabeleça metas específicas. Metas gerais como “jogar melhor” – “finalizar mais vezes” são menos eficaz para promover mudança de comportamento
Moderadamente difíceis, mas realistas – porque não tão fácil e não tão difícil?
Metas de curto e longo prazo – estabelecer várias metas de curto prazo ate se atingir a de longo prazo
Estabelecer metas de desempenho, processo, e resultado
Focar na de resultado aumenta a ansiedade e o atleta não se concentra na tarefa a ser realizada
Estabelecer metas de treino e de competição
Registrar as metas
Considerar a personalidade e a motivação do participante: praticantes com alto nível de realização e orientados à tarefa devem responder bem ao empenho em estabelecê-las. Para praticantes com baixo nível de realização e orientados ao resultado: enfatizar a importância de estabelecer metas realistas de desempenho e processo 
Incentivar o compromisso do indivíduo com a meta
Pessoa participar do estabelecimento de suas metas
Apoio a meta
Treinandores, professores, cônjuges
Instrutores de academia devem mostrar interesse nas pessoas com quem trabalha. Devem revisar as metas dos participantes, perguntar sobre seu progresso, ter empatia com seu esforço, incentivar, ser otimista, e encorajador
Fazer avaliações e fornecer feedbacks sobre as metas
Estabelecer metas não apenas nas competições mas também nos treinos
Modelo de sistema de estabelecimento de metas:
Preparação e Planejamento
Avaliar as capacidades e necessidades do participante
Identificar as áreas que precisam melhorar
Estabelecer metas em diferentes áreas: habilidades individual e de equipe, níveis de condicionamento físico, tempo de jogo, habilidades psicológicas
Educação e Aquisição
Ensinar aos atletas as formas mais efetivas de estabelecer metas
Partilhar informações e princípios de estabelecimento de metas
Marcar reuniões ente técnico e atletas
Uma meta de cada vez
Implementação e acompanhamento
Avaliar as metas estabelecidas e averiguar sua eficácia
Apoio e encorajamento do progresso – ajuda a motivar
Atenção para a necessidade de modificar as metas
Problemas comuns no estabelecimento de metas
Convencer os praticantes a estabelecer metas
Não estabelecer metas específicas
Estabelecer muitas ou cedo demais
Não conseguir ajustar quando elas não estão sendo atingidas
Não fazer avaliação e acompanhamento das metas 
Liderança e esporte
Profa. Ma. Diva Barreto
Referência: Weinberg, Robert S. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício [recurso eletrônico] / Robert S. Weinberg, Daniel Gould ; tradução: Maria Cristina Gulart Monteiro, Regina Machado Garcez ; revisão técnica: Dante de Rose Jr. – 6. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017. 
Definição de liderança
Liderança é “o processo pelo qual um indivíduo influencia um grupo de indivíduos para o alcance de uma meta comum” (Northouse, 2010, p. 3) 
criam um sentido de missão para o grupo, motivam os outros a se unirem a eles na busca dessa missão, criam uma arquitetura social para que os seguidores atuem, geram otimismo e confiança nos seguidores, desenvolvem outras lideranças no grupo e alcançam resultados. 
liderança como um processo social complexo, por meio do exame da interação entre o líder, os seguidores, o líder e díades de seguidores e o contexto em que se dá a liderança (
as dimensões da liderança também incluem tomar decisões, motivar os participantes, oferecer feedback, estabelecer relações interpessoais e dirigir o grupo ou a equipe com confiança. 
Definição de lidernça
Um líder sabe para onde o grupo ou a equipe está indo e fornece o rumo e os recursos para ajudá-lo a chegar lá. 
Técnicos que são bons líderes fornecem não apenas uma visão daquilo pelo que se luta, mas também a estrutura, a motivação e o apoio cotidianos para transformar a visão em realidade. 
Técnicos, professores e especialistas em condicionamento físico são líderes que buscam dar a cada participante o máximo de oportunidades para alcançar o sucesso. 
Diferenças entre líderes e dirigentes 
Um dirigente costuma se preocupar com planejamento, organização, programação, orçamento, pessoal e contratações. 
Embora os líderes frequentemente desempenhem essas mesmas funções, eles oferecem, entre outras coisas, uma visão que é útil para determinar o rumo que a organização ou a equipe segue, incluindo suas metas e objetivos. Tentam fornecer os recursos e o apoio para que o trabalho seja feito.
Abordagens ao estudo da liderança 
Abordagem de traço 
Na década de 1920, os pesquisadores tentaram determinar quais características ou traços de personalidade eram comuns a grandes líderes nos negócios e na indústria. 
Achavam que os traços de liderança eram disposições de personalidade relativamente estáveis, tais como inteligência, assertividade, independência e autoconfiança. 
Os proponentes da teoria do traço afirmavam que líderes bem-sucedidos têm certas características de personalidade indicativas da possibilidade de se tornarem líderes, independentemente da situação em que se encontram. 
Caiu em desuso após a 2ª Guerra Mundial. Compreendeu-se que os traços de personalidade dos líderes não são universais, devendo ser consideradas à luz da situação.
PONTO-CHAVE Os líderes apresentam uma variedade de traços de personalidade. Não há traços específicos que tornem um líder bem-sucedido.
Abordagem comportamental 
pesquisadores concentraram-se em descobrir comportamentos universais de líderes eficientes (ou seja, o que fazem). 
Esses behavioristas afirmavam que qualquer um poderia se tornar líder simplesmente aprendendo os comportamentos de outros líderes eficazes.
Diferentemente da teoria do traço, a abordagem comportamental defende que líderes são feitos, não nascem prontos. 
Abordagem situacional 
surgiu década de 1970
Reagindo às abordagens de traço e comportamental à liderança, Perrow (1970) defendeu que uma real liderança dependia muito mais das características da situação que dos traços e comportamentos dos líderes nessa situação
Aspectos situacionais têm importante influência no sucesso de um líder.
Erro grave o não reconhecimento das influências situacionais na liderança.
Abordagem interacional
As abordagens de traço e comportamental enfatizam fatores pessoais acima de considerações sobre a interação entre as pessoas e seus problemas situacionais
nenhum conjunto de características assegura uma liderança bem-sucedida
Estilos ou comportamentos reais de liderança ajustam-se à situação específica e aos atletas nela envolvidos. 
Estilos de liderança podem ser mudados. Técnicos e outros líderes podem alterar seus estilos e comportamentos para adaptar-se às demandas de uma situação. 
PONTO-CHAVE Um líder orientado ao relacionamento concentra-se em desenvolver e manter bons relacionamentos interpessoais; já um líder orientado à tarefa concentra-se em estabelecer metas e garantir que o trabalho seja feito.
Existem tipos de liderança diferentes
As pessoas podem mudar de um estilo orientado ao relacionamento para um estilo orientado àtarefa e vice- -versa, dependendo da situação
Fiedler (1967) - desenvolvimento do modelo de contingência de liderança - a eficácia da liderança depende igualmente do estilo de interação do líder com o grupo e da conveniência da situação.
Profissionais do esporte e do exercício precisam ser flexíveis nos estilos de liderança, adaptando-os para satisfazer às demandas da situação.
Se um técnico se sente mais confortável com um estilo de liderança do que com outro, deve procurar situações em que seu estilo seja mais eficaz.
Abordagens interacionais orientadas à liderança no esporte
Modelo de liderança de mediação cognitiva 
Smoll e Smith (1989) propuseram um modelo teórico de comportamento de liderança que enfatiza a relação entre as variáveis situacional, cognitiva, comportamental e diferenças individuais. 
Os pesquisadores incorporaram uma abordagem situacional ao comportamento de liderança, afirmando que os comportamentos de treinamento variam em função de fatores situacionais do contexto esportivo (tais como nível de competição, tipo de esporte). 
“um modelo de liderança verdadeiramente abrangente requer que sejam considerados não apenas os fatores situacionais e os comportamentos manifestos, mas também os processos cognitivos e as diferenças individuais (personalidade)
três tipos de comportamento do líder
Comportamento requerido do líder 
Em muitas situações, o próprio sistema organizacional dita o comportamento, e das pessoas é esperado que se ajustem às normas estabelecidas. 
Ex. espera-se que os técnicos se comportem de maneiras específicas com repórteres, outros técnicos e espectadores.
Comportamento real do líder
é simplesmente o comportamento que ele exibe
Comportamento preferido do líder
Os membros de um grupo têm preferências por comportamentos específicos do líder. Variáveis de personalidade, como idade, sexo e experiência influenciam a preferência de um membro por treinamento e orientação, apoio social e feedback.
Consequências da liderança 
Conforme Chelladurai (1990, 1993), quando um técnico tem um estilo que se ajusta às preferências dos membros do grupo, o resultado é um ótimo desempenho e satisfação.
Satisfação. Quando os técnicos relatam ter desenvolvido o mesmo estilo de decisão que seus atletas preferem, sua eficácia será classificada como alta.
Apoio social generoso, recompensa de comportamento e tomada de decisão democrática costumam estar associados à alta satisfação entre os atletas.
Coesão. Vários estudos (Gardner, Shields, Bredemeier e Bostrom, 1996; Pease e Kozub, 1994; Westre e Weiss, 1991) mostraram que os técnicos percebidos como melhores em treinamento e instrução, comportamentos de feedback positivo e apoio social e democrático e piores em comportamento autocrático tinham equipes mais coesas. 
Motivação intrínseca. Por exemplo, um estudo (Vallerand e Losier, 1999) demonstrou que técnicos com um estilo mais autocrático tinham atletas com níveis mais baixos de motivação intrínseca e competência percebida do que técnicos com um estilo de liderança mais democrático. 
Quatro componentes da liderança efetiva
Os quatro componentes de uma liderança eficiente são, na verdade, um misto de muitas abordagens diferentes ao estudo da liderança. Nenhuma abordagem é melhor do que a outra – todas contribuem, de algum modo, para o entendimento do que torna eficiente uma liderança. Coerente com o modelo interacional, os quatro componentes, juntos, mostram que o comportamento é mais bem entendido como uma interação entre fatores pessoais e situacionais.
Qualidades do líder
Integridade 
Flexibilidade. 
Lealdade. 
Confiança. 
Comprometimento
Franqueza. 
Preparo. 
Recursos. 
Autodisciplina
Paciência
Estilos de liderança 
Democráticos: costuma estar centrado no atleta, é cooperativo e voltado às relações
Autocráticos. costuma ser voltado à vitória, firmemente estruturado e orientado à tarefa. 
Um técnico não precisa agir inteiramente de uma maneira ou outra. Ele pode integrar e mesclar efetivamente estilos de liderança democráticos e autocráticos (Blake e Moulton, 1969). 
O desafio é determinar que estilo se ajusta melhor às circunstâncias e se os indivíduos são suficientemente flexíveis para adaptar seu estilo dominante a uma situação de liderança particular. O estilo de treinamento adequado depende principalmente de fatores situacionais e das características dos membros.
Fatores situacionais
Um líder deve ser sensível à situação específica e ao ambiente.
Deve levar em conta diversos fatores situacionais que são relevantes ao planejamento da liderança efetiva no esporte
1. Trata-se de um esporte coletivo ou individual? Atletas de esportes coletivos normalmente preferem líderes mais autocráticos do que atletas de esportes individuais. 
2. Trata-se de um esporte interativo (p. ex., basquetebol) ou coativo (boliche)? Atletas de equipes interativas preferem líderes mais orientados à tarefa do que atletas de equipes coativas. 
3. Qual é tamanho da equipe? À medida que o tamanho do grupo aumenta, torna-se mais difícil usar efetivamente um estilo de liderança democrático. 
4. Qual a disponibilidade de tempo? Quando há pouco tempo disponível, um líder orientado à tarefa é mais desejável. 
Qualidades dos seguidores 
As características dos seguidores (os atletas em ambientes esportivos) também são importantes para determinar a efetividade de um líder. 
A necessidade de uma mistura entre as características e o estilo dos líderes e dos participantes mostra a importância do processo interacional para a verdadeira liderança. Por exemplo, atletas mais velhos e mais experientes geralmente preferem um estilo de treinamento autocrático, e atletas do sexo feminino preferem um técnico democrático.
Uma gama de fatores pessoais e situacionais interagem para influenciar a eficiência de um líder. 
Comunicação e esporte
Profa. Ma. Diva Barreto
Referência: Weinberg, Robert S. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício [recurso eletrônico] / Robert S. Weinberg, Daniel Gould ; tradução: Maria Cristina Gulart Monteiro, Regina Machado Garcez ; revisão técnica: Dante de Rose Jr. – 6. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017. 
elemento fundamental em contextos esportivos e de atividade física. 
Instrutores de atividades físicas precisam convencer pessoas sedentárias a se envolverem com exercícios. 
Não importa o brilhantismo de um técnico ao planejar estratégias e aspectos técnicos do jogo, uma vez que o sucesso ainda depende de ser capaz de se comunicar-se eficazmente tanto com os atletas quanto com os pais, os administradores, os técnicos assistentes, os meios de comunicação e outros técnicos. 
Professores de educação física e treinadores de atletas com registro profissional também precisam se comunicar em vários campos de atuação.
O que importa é quão bem você comunica informações aos outros. 
Boas habilidades de comunicação: ingrediente importante que contribue para melhorar o desempenho e o crescimento pessoal de participantes de esportes e exercícios. 
importância de boas relações interpessoais no esporte e no exercício 
Para ser um bom profissional dos esportes e exercícios, você deve desenvolver sólidas habilidades de comunicação. 
Um dos maiores problemas comunicacionais é o fato de esperarmos que os outros consigam ler nossas mentes. 
ineficiência na comunicação pode levar as pessoas a antipatizarem entre si, a perderem a confiança uns nos outros, a se recusarem a escutar os outros e a discordarem uns dos outros, bem como a causarem inúmeros outros problemas interpessoais 
Corrigir essas lacunas de comunicação é fundamental no ambiente de aprendizagem e treinamento. 
Há algum tempo, o técnico decidiu não me incluir na equipe titular por várias partidas. Eu nunca havia passado por isso antes, e foi difícil lidar com a situação. Eu era membro regular da seleção nacional à época e não tinha percebido que meu desempenho decaíra de algum modo. Se ele tivesse falado comigo e me dito suas razões, o problema poderia ter sido resolvido imediatamente e muita frustraçãopoderia ter sido evitada. Conversas regulares entre o técnico e o jogador podem fazer toda a diferença e deveria ser um dos itens mais importantes na lista de prioridades do técnico. 
Entendendo o processo de comunicação 
Tipos de comunicação 
Comunicação interpessoal: envolve pelo menos duas pessoas e uma troca significativa. A pessoa que envia a mensagem pretende influenciar a resposta de determinada pessoa ou pessoas. A mensagem ou conteúdo pode ser recebida pela pessoa em questão, por pessoas para as quais não foi planejada, ou ambos. Às vezes, a mensagem chega distorcida e aquilo que o emissor pretendeu não é transmitido. 
Uma parte importante da comunicação interpessoal é a comunicação não verbal
Comunicação intrapessoal (diálogo interior) é a comunicação que temos conosco mesmos. Falamos muito para nós mesmos, e esse diálogo interior é importante. 
O diálogo interior, ou comunicação intrapessoal, afeta a motivação e o comportamento 
a comunicação interpessoal influencia a intrapessoal. 
A comunicação eficaz costuma estabelecer a diferença entre o sucesso e o fracasso para professores, técnicos e instrutores. 
Para haver comunicação entre um técnico e seus jogadores, é preciso dizer coisas boas, coisas ruins e coisas médias. Por outro lado, é preciso ser capaz de escutar coisas boas, ruins e médias… Eu tentava conversar com cada jogador. Às vezes, era simplesmente um rápido “Como é que tá?”. Em outras vezes, era uma conversa. 
Como está sua comunicação? Está sendo eficiente?
Mensagens verbais: devem ser enviadas claramente e recebidas e interpretadas corretamente. 
temos que escolher o lugar e o momento certos para enviar nossa mensagem. Infelizmente, técnicos e pais costumam escolher a hora mais imprópria para a comunicação (como logo após um jogo ou diante do time). 
Rupturas na comunicação ocorrem porque as mensagens são enviadas ineficazmente, não são recebidas ou são mal interpretadas. 
Às vezes o problema é a falta de confiança entre o técnico e o atleta ou entre o professor e o aluno 
Comunicação não verbal: são mais difíceis de esconder 
Menos conscientes
frequentemente são difíceis de interpretar de forma correta 
Aparência física 
Postura 
Gestos
Posicionamento corporal 
Toque
Expressão facial 
Características de voz 
Diretrizes para enviar mensagens 
Seja direto 
Seja o dono de sua mensagem. 
Seja completo e específico. 
Seja claro e consistente - Evite mensagens duplas. 
Enuncie suas necessidades e sentimentos claramente 
Concentre-se em uma coisa de cada vez 
Envie as mensagens imediatamente. 
Busque retorno quanto à sua mensagem ter sido interpretada corretamente
 
Recebendo mensagens efetivamente 
Você sabe escutar?
Escutar ativamente envolve prestar atenção em ideias importantes e sustentadoras, acusar recebimento e responder, dar retorno adequado e prestar atenção à comunicação total do interlocutor. 
Você é um bom ouvinte?
A boa escuta demonstra sensibilidade e encoraja uma troca aberta de ideias e sentimentos 
Não confunda escutar com ouvir 
Ruídos na comunicação 
Falhas do emissor: As pessoas podem transmitir uma mensagem de forma insatisfatória. Mensagens ambíguas, por exemplo, são comunicações ineficazes 
Falhas no receptor: Não compreensão do que a pessoa quis dizer
COnfronto
Quando evitar e quando usar confronto ?
Evite confrontos quando estiver irritado 
Analisar quando o confronto vai ser útil e necessário
Psicologia, Criança, e Esporte
Podemos dizer que a criança escolhe seu próprio esporte?
É oportunizado a ela a informação e a prática de diferentes esportes?
É comum pais imporem a participação do filho em algum esporte
É comum usar como critério para a escolha da atividade: horário que os pais tem afazeres que o impedem de ficar com os filhos, e não aquela atividade que tem haver com as aptidões e habilidades da criança
Escolinhas como depósito de crianças
Muitas vezes a criança não tem habilidade e motivação para o esporte que está sendo obrigada a praticar. Essa situação de conflito pode ser a causa de transtornos enfrentados pelos educadores físicos, que comumente não tem habilidade para lidar com tais situações.
Falta habilidade  rejeição dos colegas  baixo auto-estima  baixa motivação para persistir na atividade.
Será que a criança tem estrutura para aguentar tal pressão? 
Pais que praticam determinado esporte e projetam nos filhos a realização de seus sonhos
 crianças # adultos
Expectativas e necessidades diferentes a respeito do esporte
Alguns objetivos da criança no esporte
Ter alegria
Aperfeiçoar habilidades e aprender novas
Estar com amigos / fazer novas amizades
Sentir emoções
Adquirir forma física
Importante que pais e treinadores oportunizem isso para as crianças. Muitas vezes essas metas estão dissociadas daquelas esperadas pelos pais e treinadores
Importância das crianças competirem com aquelas de mesmo nível
Escolas com boas estruturas x escolas com pouca estrutura
Vencer um adversário demasiadamente fraco não aumenta a auto-estima do vencedor. O perdedor sente-se humilhado e sua auto-estima fica baixa
A maioria dos sentimentos negativos vivenciados pelas crianças após a competição esportiva são devido à ênfase que os pais, treinadores e dirigentes dão à vitória
estresse – prejudicar a criança / demasiada ênfase na vitória
Atletas individuais x atletas de equipe. Quem sofre mais com a ansiedade?
Ações que impõe elevada pressão ao executor
Demasiada pressão, busca por resultados, tratar atletas infantis como adultos – quais prejuízos isso pode acarretar para as crianças?
Burnout ( esgotamento profissional)
Crianças reagem de formas diferentes frente a uma realidade competitiva
Relação com o relacionamento dessas crianças com os pais
Impacto da família na formação da personalidade da criança
Forma como pais e irmãos reagem ao fracasso da criança parece produzir maior ou menos confiança e auto-estima.
Criança com baixo auto-estima é mais sensível às frustrações do que a que possui alto-estima elevada 
Importância dos pais apoiarem com adequação seus filhos no esporte
Clima ideal: família receber a criança sempre com afeto após competições, independente do resultado alcançado – proporciona maior confiança na criança pela demonstração que é amada como pessoa e não pelo que faz dentro da competição – influenciar na qualidade da participação dos jovens no esporte.
Problema: criança geralmente tem oportunidade de opinar sobre sua relação com pais e treinador 
https://www.youtube.com/watch?v=UR1c9kGnyq0&t=167s
Treinador – umas das principais fontes estressoras
Criticar de maneira dura a criança quando comete erros
Ações que podem causar estresse: não dar atenção quando a criança necessita, não reconhecer seu esforço, não valorizar as crianças com menores habiliddes
Treinador – equilíbrio – apoio aos atletas
Nem sempre acontece
Fissura na relação com os atletas – baixa auto-estima, insegurança, e sentimento de inadequação nas crianças
Pais
Acreditam que sabem tudo sobre o esporte do filho
Atrito com treinador quando os filhos não são escalados para as competições
Prejudica relação pais/criança/treinador
Importância do psicólogo do esporte desenvolver um programa educativo para pais e treinadores aumentando sua compreensão da influência que exercem sob o jovem desportista.
Pais e treinadores devem se unir e proporcionar uma aliança que construa ambiente positivo e harmônico, onde o jovem sinta-se seguro e apresente rendimento que possibilite seu potencial. Esse ambiente é conseguido quando os pais centram sua atenção no processo saudável de socialização que ocorre no esporte e não no rendimento que o filho pode alcançar.
Competição esportiva escolar
Escola – local ideal para iniciação do jogo esportivo
Jogo x Esporte
Imposição de regras, modelos, busca de rendimento, recordes, medalhas, juízes, capitães.
Descaracteriza a atividade lúdica
Espontaneidade, flexibilidade, descompromisso, criatividade, fantasia, expressividade
 No ambiente escolar – valorização do esporte em detrimento do jogo
Ed. Físicadeveria priorizar a atividade lúdica
Esporte – competição: objetivo é a perfeição de exercícios e o rendimento
Pode trazer prejuízo às crianças
Submissão às leis do treinamento esportivo e do rendimento
Esporte deve exerceu uma função educativa
Solidariedade e espírito de equipe
Caso não exerça tais funções, se transformará em um ambiente de treinamento de habilidades  perde o caráter lúdica
Reforçar o caráter lúdico dos jogos pode ser o melhor caminho para a iniciação esportiva, pois, além de agregar outros valores além da vitória, como o prazer de simplesmente jogar, não estabeleceríamos a prioridade atribuída à competição.
Deve ser proposta no momento adequado orientada por profissionais preparados para desenvolver esse elemento.
Não podemos deixar que a busca de resultado priorize o esporte competitivo em detrimento do “jogo-esportivo”, educativo, lúdico.
A iniciação deve priorizar o jogo, e não o resultado, a competição..
Esporte – vencedor x perdedor
Jogo – lúdico, menos obrigatório vencer, não estigmatização do perdedor, união dos participantes para alcançar objetivos comuns.
Esporte – divertimento desaparece quando cada segundo é considerado, determinante
Jogo – exige um processo / Esporte – um adversário
Diferença recai sobre o grau de ansiedade, cobrança de resultado, técnica
No esporte jogadores são estimulados a vencer / Jogo – espaço maior para liberdade, criatividade.
Na competição esportiva escolar não deve haver uma valorização do rendimento e resultados, mas sim, priorizar os aspectos pedagógicos envolvidos em torno da atividade esportiva.
Não se trata de excluir a competição do processo formativo dos alunos, mas atribui a ela um caráter educativo e pedagógico
Entretanto, que educação esportiva os profissionais estão recebendo? Educação estão passando para as crianças/jovens? Qual será sua concepção de esporte? E de competição?
Reforçar o valor educativo e formativo do jogo, da atividade competitiva. 
Burnout e treinamento excessivo 
Profa. Ma. Diva Barreto
Referência: Weinberg, Robert S. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício [recurso eletrônico] / Robert S. Weinberg, Daniel Gould ; tradução: Maria Cristina Gulart Monteiro, Regina Machado Garcez ; revisão técnica: Dante de Rose Jr. – 6. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017. 
A pressão para vencer e treinar o ano inteiro com vigor e intensidade aumentou drasticamente nos últimos anos, devido, em grande parte, às tremendas compensações financeiras, à publicidade e ao status alcançado por técnicos e atletas bem-sucedidos 
A teoria é quanto mais treinar, melhor; você tem de começar a treinar cedo, o ano inteiro, se quiser competir em alto nível. 
Qual a consequência disso para a saúde mental das pessoas???
O preço por esse foco incessante em treinar e vencer pode ser excesso de treinamento e subsequente burnout (esgotamento). E não são apenas atletas e técnicos de competição que exageram e se esgotam. Os praticantes de exercícios, em sua busca de se sentirem e parecerem melhor, às vezes vão longe demais, treinam excessivamente e chegam ao burnout 
árbitros e preparadores físicos também são atingidos pela pressão de se saírem bem, que pode levar ao aumento de estresse e burnout potencial 
É um desgaste muito prolongado. Ou é o treino pré-temporada, a temporada em si, a musculação após a temporada ou o recrutamento de jogadores. As demandas para vencer também podem ser muito estressantes. Quando éramos bem-sucedidos, havia pressão e grande expectativa para continuarmos vencendo. Quando estávamos perdendo, havia pressão para começarmos a vencer logo. Esse esquema e a pressão podem desgastá-lo e fazer com que você simplesmente queira deixar tudo de lado por uns tempos. 
Técnico de futebol americano universitário 
Treinamento excessivo e burnout tornaram-se problemas significativos no mundo dos esportes e atividades físicas, abreviando muitas carreiras promissoras. Portanto, técnicos, instrutores e profissionais da saúde, precisam entender melhor os sintomas e as causas de burnout e aprender estratégias para ajudar a reduzir a possibilidade de sua ocorrência. 
Definições de treinamento excessivo, estafa e burnout 
Treinamento excessivo refere-se a um ciclo curto de treinamento (que dura de alguns dias a algumas semanas), durante o qual os atletas se expõem a cargas de treinamento excessivas próximas da capacidade máxima, ou atingindo o máximo dessa capacidade. 
Normal para o treinamento de atletas. Objetivo é potencializar rendimento
(eles nadam ou correm mais metros, ou levantam mais peso do que o normal, por exemplo). 
Quando o volume de treinamento é grande demais ou o atleta mostra ausência de repouso ou outros estressores físicos ou psicológicos, ocorrem adaptações problemáticas, com o excesso de treinamento levando a desempenho deteriorado. 
Essa síndrome de treinamento excessivo negativo, então, é definida como sobrecarga excessiva, geralmente física, sobre um atleta sem repouso adequado, resultando em piora do desempenho e incapacidade de treinar em níveis normais (U.S. Olympic Committee, 1998). 
Assim, o processo de sobrecarregar o próprio corpo pode resultar em adaptação positiva e melhor desempenho, ou em má adaptação e piora do desempenho. 
7
Treinamento excessivo negativo leva primeiro à estafa e, se mantido com o passar do tempo sem repouso e recuperação adequados, a um estado mais grave de Burnout.
Os exercícios prescritos para os atletas variam muito, e os atletas mais talentosos não são necessariamente aqueles com a maior capacidade de suportar períodos de treinamento excessivo. Além disso, foi demonstrado que atletas com capacidade semelhante respondem de forma diferente a regimes de treinamento padronizados: alguns resistem aos efeitos negativos de um treinamento intensivo, enquanto outros são bastante vulneráveis. Portanto, determinado programa de treinamento pode melhorar o desempenho de um atleta, ser insuficiente para outro e totalmente prejudicial para um terceiro. 
Estafa
a estafa é vista como o resultado ou a consequência final de um treinamento excessivo em que o atleta tem dificuldade em manter um regime de treinamento padronizado e não consegue mais alcançar resultados de desempenho anteriores. 
O atleta verdadeiramente estafado tem uma redução significativa no desempenho (5% ou mais) por um período prolongado (duas semanas ou mais)
ocorre durante ou após um período de treinamento excessivo, sem apresentar melhora em resposta a reduções de curto prazo do treinamento 
O principal sinal comportamental de estafa é o prejuízo do desempenho, enquanto os principais sintomas psicológicos são transtorno do humor 
Burnout 
Gould e Whitley (2009) definiram esse processo como: 
um afastamento físico, emocional e social de uma atividade esportiva antes agradável. Esse afastamento se caracteriza por exaustão emocional e física, senso reduzido de concretizações e desvalorização do esporte. Além disso, o burnout ocorre em consequência de estresse crônico (desequilíbrio percebido ou real entre o que é esperado física, psicológica e socialmente de um atleta e suas capacidades de reação) e orientações motivacionais, além de alterações no atleta. (p. 3) 
Os seguintes aspectos são característicos de burnout: 
Exaustão física e emocional. A exaustão assume a forma de perda de energia, interesse e confiança. 
Sentimentos de baixa realização pessoal, baixa autoestima, fracasso e depressão. Isso costuma ficar visível por baixa produtividade no trabalho ou piora do nível de desempenho. 
Despersonalização e desvalorização. A despersonalização é vista como o comportamento impessoal e insensível do indivíduo. Essa resposta negativa aos outros é, em grande parte, atribuível à exaustão mental e física. Raedeke e Smith (2001) constataram que, nos atletas, a despersonalização toma a forma de uma desvalorização da atividade – os atletas param de se preocupar com o esporte e com o que lhes é importante no contexto esportivo. 
No esporte, o burnout difere de simplesmentedesistir, porque envolve características como exaustão psicológica e emocional, respostas negativas aos outros, baixa autoestima e depressão 
Modelos de burnout 
Modelo afetivo-cognitivo de estresse 
Smith (1986) : burnout é um processo que abrange componentes fisiológicos, psicológicos e comportamentais que progridem em estágios previsíveis 
demandas situacionais  avaliação cognitiva  respostas fisiológicas  respostas comportamentais
reação ao estresse no esporte é moderada pela personalidade e pela motivação. A personalidade de cada indivíduo e suas orientações motivacionais com frequência determinam se ele entrará em colapso ou enfrentará a situação 
Modelo de resposta negativa de estresse de treinamento
O treinamento físico estressa o atleta, física e psicologicamente, podendo ter efeitos positivos e negativos. A adaptação positiva é um resultado desejável do treinamento, como quando um atleta sobrecarrega o corpo intensificando o trabalho de corrida para ficar mais rápido. Entretanto, o treinamento excessivo pode resultar em adaptação negativa. 
Adaptação negativa leva a respostas de treinamento negativas, tais como treino excessivo e estafa, que podem resultar em burnout. 
Modelo de desenvolvimento de identidade unidimensional e controle externo
Coakley (1992) traz uma perspectiva do bournout como algo mais sociológico. Ele acha que a causa real de burnout, especialmente em atletas jovens, está relacionada à organização social de esportes de alto desempenho e a seus efeitos sobre questões de identidade e controle. Coackley defendeu que o burnout ocorre porque a estrutura dos esportes muito competitivos não permite que os jovens desenvolvam uma identidade normal: eles não conseguem passar tempo suficiente com os amigos fora do ambiente esportivo. Portanto, os atletas jovens ficam concentrados e identificados quase exclusivamente com sucesso no esporte e, quando sofrem uma lesão ou experimentam o fracasso, o estresse associado pode, por fim, resultar em burnout. 
Controle e tomada de decisão dos jovens ficam inibidos. Basicamente, técnicos e pais tomam a maior parte das decisões e exercem um amplo controle sobre eles
deixa os jovens atletas impotentes para controlarem eventos e tomarem decisões sobre a natureza de suas experiências. Isso causa estresse e, potencialmente, burnout.
Teoria do compromisso e do aprisionamento
Explicar o bournout no contexto do compromisso com o esporte.
Atletas propensos a desenvolver burnout se sentem “aprisionados” ao esporte, quando, na realidade, não querem participar dele, mas acreditam que devam manter seu envolvimento.
Continuam no esporte ainda que preferissem não o fazer, por inúmeras razões – porque sua autoidentidade está tão ligada a ser um atleta que se sentiriam pessoalmente perdidos sem ele, porque não veem alternativas atraentes ao esporte ou porque acham que investiram tempo e energia demasiados para interromper a participação.
Teoria da autodeterminação
Pessoas têm três necessidades psicológicas básicas: autonomia, competência e relacionamentos. Quando tais necessidades são atendidas, a motivação e o bem-estar psicológico da pessoa são maximizados (Deci e Ryan, 1985), deixando-a menos propensa a passar por burnout
Pessoas que não têm as necessidades básicas atendidas estarão mais propensas ao burnout.
Modelo integrado de burnout atlético 
Fatores que levam o atleta a treinamento excessivo e burnout 
Início no esporte muito cedo
pressões e expectativas impostas aos atletas jovens 
Sobrecarga de treinos
Muito tempo longe de casa, dificuldade de manter uma relação familiar próxima
falta de tempo livre para passar com entes queridos e o conflito de papéis influenciavam os níveis de burnout 
pressão dos pais 
prevenção ao burnout 
Monitore estados críticos nos atletas. 
Comunique-se 
Estimule um estilo autônomo-apoiador como técnico. 
Estabeleça metas de curto prazo para competição e treino 
Tire folgas para relaxar. 
Aprenda habilidades de autorregulação. 
Mantenha uma perspectiva positiva 
Administre as emoções pós-competição 
Mantenha-se em boas condições físic 
Filme: Mais forte que o mundo Texto: Exercício e bem estar psicológico 
A atividade física aumenta o sentimento de bem estar, em particular pela redução da ansiedade e da depressão e pelo aumento do vigor físico
Relação entre os efeitos positivos do exercício físico e a redução de doenças
Benefícios do exercício em 4 áreas:
Redução da ansiedade e depressão 
“Bate pensando em quem”
Exercício relacionado a redução de emoções estressantes
Atividades a longo prazo tem mais efeito na sensação de bem estar
Redução da ansiedade não está necessariamente relacionada a ganhos fisiológicos resultante da série de exercícios
Elevação do humor
Exercício diminui: raiva, ansiedade, confusão, depressão, cefaleias, hostilidade, tensão
Melhora do autoconceito
O exercício pode influenciar na personalidade do individuo? De que forma a atividade física influenciou na personalidade de José Aldo? “ Eu gosto de quem eu sou aqui”
Aumento do controle emocional, autoconfiança, e autoestima
Mudanças no corpo pode alterar a imagem corporal, melhorando o autoconceito e autoestima
Exercício relacionado a mudanças na auto-identidade à medida que os participantes notavam mudanças nos sentimentos de realização, de fazer parte de um grupo, e nas relações sociais
“Maior inimigo do Aldo era ele mesmo”
Melhora na qualidade de vida
De que forma o Psicólogo do Esporte poderia ter ajudado José Aldo?
Se sentir melhor depois do exercício físico.
Exercício não deve ser usado em todos os casos. Porque?

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