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MANEJO DAS URGÊNCIAS EM PEDIATRIA TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO(TCE) ➢Lesão no crânio provocada por um trauma(pancada) na cabeça, que pode atingir o cérebro ocasionando sangramentos ou qualquer outro tipo de lesão. ➢Trauma é uma das principais causas de morte na infância e adolescência. No Brasil é a maior causa entre 10 e 29 anos e representa, aproximadamente, 40% das mortes entre 5 e 9 anos e 18% entre 1 e 4 anos. Em todo o país são mais de 100.000 vítimas fatais por ano ➢ O traumatismo cranioencefálico (TCE) responde por 75 a 97% das mortes por trauma em crianças2. Para cada paciente morto, pelo menos 3 ficam gravemente seqüelado ➢TIPOS: ▪ Primárias: as lesões ocorrem no momento do acidente, seja por impacto, seja por forças de aceleração e desaceleração acarretendo: lesã o axonal difusa, ruptura de vasos, contusão cerebral,fraturas e lacerações • Secundárias: resultam das lesões primárias contribuindo para perda neuronal. Redução da perfusão cerebral, hipertermia, hiperglicemia,hiponatremia, hipóxia e hipercapnia ➢FISIOPATOLOGIA: ▪ A desproporção do tamanho da cabeça em relação ao tronco na criança, o maior conteúdo de água, mielinização incompleta , potencializam os efeitos das forças inerciais aumentando a frequência de lesões cerebrais difusas na criança • Após instalação dessas lesões ocorre:Edema cerebral(citotóxica ou vasogênica)- aumento da pressão intracraniana(PIC) ➢CLASSIFICAÇÃO: • Minimo- paciente não apresenta alterações focais no exame neurológico, escala de coma de Glasgow(ECG) 13-15, sem evidência de fraturas; • Leve:perda de consciências, ECG 13-15, desorientação ou vômitos; • Moderado:ECG 9-12; • Grave: ECG<8. Manejo do paciente com TCE ➢ANAMNESE • Amnésia pós trauma • Perda de consciência • Convulsões • Cefaléia • Võmitos • Instabilidade postural, • Zumbidos • Alterações de comportamento ➢EXAME FÍSICO: • Avaliação neurológica: • Neuro-check- exame pupilar,fotorreação, pontuação da ECG adequada para idade, ▪ Avaliação dos sinais focais de alterações neurológica: • Palpação de fontanela • sinais de fratura de base de crânio= hematoma retroauricular(sinal de Battle), hematoma periorbital(olhos de panda), hemotímpano, otorreia ou rinorréia de liquor ➢TRATAMENTO ➢ PRONTO ATENDIMENTO: ▪ Instituir ABCDE ▪ Estabilização da coluna cervical e ▪ garantir via aérea pérvia (aspiração de sangue e/ou secreções nas VA , elevação do mento) ▪ Avaliação nível de consciências-ECG ▪ Glasgow <8, sinais clinicos de hipoxemia não responsiva O2, hipercarbia(PaCO2>45mmHg), anisocoria, lesão espinhal cervical comprometendo a ventilação, bradicardia, hipertensão arterial = INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL ▪ IOT: uso sequência rápida de intubação(combinações de medicações a fim de evitar o aumento da pressão intracraniana; ▪ Acesso venoso ▪ Manutenção da PA:reposição volêmica e/ou uso drogas vasoativas(manter PA elevada –manter pressão de perfusão cerebral adequada-PPC) ▪ Controle de eletrólitos e glicemia ▪ Controle temperatura corporal(evitar a hipertermia- aumenta consumo de O2 no encéfalo= pior prognóstico) ▪ Avaliação individual se indicação de UTI ou não ➢UTI: • Controle e prevenção dos episódios convulsivos(hidantoína iniciada nas primeiras 24hs após trauma e mantido até setimo dia) • Suporte nutricional(catabolismo); • Vacinação antitetânica(feridas cortocontusas, lacerações) • Corticóide: CONTROVERSO(maior mortalidade) • Exames complementares: bioquímica, função renal,hemograma, coagulograma, demais exames se necessário • Tomografia computadorizada de crânio(TCC);RNM(melhor para detecção de lesão axonal difusa) • Cateter de monitorização da pressão intracraniana(PICC) • Pressão de perfusão cerebral(PPC=PAM-PIC) • Redução da PIC(medicamentoso/cirurgico) • Hipotermia( não definida). QUEIMADURAS ➢No Brasil as queimaduras representam a quarta causa de morte e hospitalização,por acidente, de crianças e adolescentes de até 14 anos. A maioria das queimaduras ocorre na cozinha e na presença de um adulto. ➢CAUSAS COMUNS • Escaldadura (queimadura por líquidos quentes) – é a principal causa em menores de 5 anos. • Contato com fogo e objetos quentes – as queimaduras por chamas são mais graves, atingem maior extensão e profundidade da pele. O álcool é um importante agente causador. • Queimadura provocada por substâncias químicas – a ingestão de soda cáustica continua sendo a maior fonte de queimaduras químicas em crianças.As pequenas pilhas, as baterias de relógios e de aparelhos eletrônicos representam perigo por possuir conteúdo corrosivo. • Queimadura por exposição à eletricidade – os acidentes por fios e aparelhos elétricos acometem mais as crianças menores de 5 anos. Também são vítimas os adolescentes que ao empinar ou retirar pipas da rede elétrica têm contato com fios de alta tensão. • Exposição excessiva ao sol. ➢ CLASSIFICAÇÃO: • As queimaduras são classificadas em primeiro, segundo e terceiro graus dependendo da profundidade do dano provocado na pele. Quaisquer dos acidentes acima mencionados podem provocar diferentes graus de gravidade. ➢ Primeiro grau: • Atinge a camada superficial da pele, que fica vermelha, quente e dolorosa, mas não forma bolhas. Ocorre por exemplo quando a pessoa fica exposta ao sol por períodos prolongados. • A cura espontânea ocorre em 3 a 6 dias, sem deixar cicatrizes. ➢ Segundo grau: • Atinge mais profundamente a pele, que se apresenta dolorosa, vermelha e com bolhas. O edema (inchaço) e a dor são importantes. É comumente observada nas queimaduras por líquidos quentes. • A evolução depende da gravidade das lesões: quando menos profundas, a cura pode ocorrer em cerca de duas semanas sem deixar cicatrizes ou com cicatrizes discretas. As mais profundas demoram várias semanas e podem resultar em cicatrizes significativas ➢Terceiro grau: • Todas as camadas da pele são lesadas. A ferida é seca, brancacenta ou marrom, e a dor é menos intensa devido aos danos nos nervos. Observada freqüentemente nas queimaduras por chama, nas queimaduras químicas e elétricas. • O tratamento é complexo, exigindo cirurgia plástica reparadora com enxerto de pele. • Quanto à extensão, as queimaduras são identificadas de acordo com o percentual de área do corpo acometida, chamada de “superfície corporal queimada (SCQ)”. Pode- se considerar que a silhueta da mão da própria criança corresponde a 1% de SCQ e, por exemplo, se a criança queimar uma área do corpo correspondente ao tamanho de duas mãos espalmadas ela queimou 2% de SCQ. • Estimativa da Superfície Corporal Queimada: pela regra dos nove, com esta técnica estima- se que a cabeça e cada membro superior representam 9% da superfície corporal (SC) cada membro inferior representa 18% da SC e o tronco 36% da SC. ➢ PRIMEIROS CUIDADOS • Até que se tenha acesso ao atendimento médico siga as seguintes orientações: • Retire a roupa que cobre a área queimada. Se a roupa estiver grudada na área queimada lave a região até que o tecido possa ser retirado delicadamente sem aumentar a lesão. Se continuar aderido à pele, o tecido deve ser cortado ao redor do ferimento. • Remova anéis, pulseiras e colares, pois o edema se desenvolve rapidamente. • Coloque a área queimada debaixo da água fria (e não gelada) ou coloque compressas limpas e frias sobre a queimadura até que a dor desapareça. O resfriamento das lesões com água fria é o melhor tratamento de urgência da queimadura. A água alivia a dor, limpa a lesão, impede o aprofundamento das queimaduras e diminui o edema subseqüente. • Não utilize compressas úmidas por longo tempo em queimaduras extensas, pois podem ocasionar hipotermia (a temperatura do corpo da vítima fica abaixo do normal). • Envolva a criança com lençol limpo, agasalhos, e encaminhe para o atendimento médico. • Dê um analgésico para alívio da dor. • Nas criançasconscientes e colaborativas com pequenas áreas queimadas (até 10% de SCQ) a hidratação oral com água e sucos de frutas pode ser iniciada. • Nas queimaduras extensas a perda de líquidos é muito grande e a reposição de líquidos e eletrólitos por via venosa, o mais rápido possível, é fundamental para sobrevivência do paciente. AFOGAMENTO ➢ qualquer incidente de submersão ou imersão sem evidência de aspiração de líquidos deve ser considerado afogamento ➢ é a principal causa de morte não intencional em crianças de um a quatro anos no Brasil. Todos os dias, 17 pessoas morrem afogadas, sendo três delas crianças, de acordo com dados do Ministério da Saúde. ➢Crianças se afogam rápida e silenciosamente. Elas podem perder a consciência em dois minutos, os danos cerebrais ocorrem após cinco minutos e uma criança pode se afogar em cinco ou oito centímetros de água num período de apenas 30 segundos ➢ a cabeça e os membros superiores são as partes mais pesadas do corpo em crianças de 4 e 5 anos e que, por isso, perdem o equilíbrio com frequência ao se inclinarem para frente e também com frequência não conseguem se erguer. Isso faz com que pequenas quantidades de água em baldes, bacias, banheira, vasos sanitários, sejam suficientes para ocorrer um afogamento. É preciso lembrar que elas não têm maturidade suficiente de uma situação de emergência ➢ adolescentes, com idade entre 15 e 19 anos, se arriscam mais, sendo que os meninos se afogam duas vezes mais do que as meninas. Uso de álcool, drogas, nadar sozinhos, doenças como convulsões, brincadeiras pouco seguras, hiperventilação voluntária e esportes radicais são alguns dos fatores dessa causa de morte entre os adolescentes ➢ALGORITIMO DE ATENDIMENTO AO AFOGADO: • Suporte básico de vida ao afogado, em terra • remoção da vítima para fora da água deve ser realizada de acordo com seu nível de consciência, mas a posição vertical deve ser adotada preferencialmente, para evitar vômitos e demais complicações de vias aéreas • Em caso de transporte de uma vítima exausta, confusa ou inconsciente, o transporte deve ocorrer em posição mais próxima possível da horizontal, porém mantendo-se a cabeça acima do nível do corpo • As vias aéreas devem permanecer abertas durante todo o tempo. O primeiro procedimento em terra deve ser posicionar a vítima em posição mais horizontal possível, deitada em decúbito dorsal. Se a vítima estiver consciente, coloque-a em decúbito dorsal, com a cabeça elevada. Se estiver ventilando, coloque-a em posição lateral de segurança (decúbito lateral) • As próteses dentárias só devem ser retiradas caso estejam dificultando a ventilação boca-a- boca • manter a ventilação com bolsa auto-inflável e oxigênio a 15 l/min • realizar a intubação orotraqueal. A aspiração das vias aéreas antes da intubação é geralmente necessária, mas não deve ser excessiva a ponto de prejudicar a própria ventilação • Após os 2 minutos de compressão e ventilação, reavalie a ventilação e os sinais de circulação. Se ausente, prossiga a RCP e interrompa-a para nova reavaliação a cada 2 minutos. • Desfibriladores externos podem ser utilizados para monitorar o ritmo cardíaco (assistolia) Em vítimas hipotérmicas (<34oC) e sem pulso, a RCP deve ser mantida. • Indicações de internação e cuidados hospitalares são indicados para afogados de Graus 2 a 6. O atendimento hospitalar de casos graves (Graus 4 a 6) só é possível se os cuidados pré-hospitalares de suporte básico e avançado tiverem sido fornecidos de maneira eficiente e rápida. • A decisão de internar o paciente em um leito de CTI ou de enfermaria versus mantê-lo em observação na sala de emergência ou dar alta ao paciente deve levar em consideração fatores como anamnese completa, história patológica pregressa, exame físico detalhado e alguns exames complementares como radiografia de tórax e principalmente uma gasometria arterial. Um hemograma, dosagem de eletrólitos, uréia e creatinina também devem ser solicitadas, embora alterações nesses exames sejam incomuns. Pacientes com boa oxigenação arterial sem terapia adjuvante e que não tenham doenças ou co-morbidade associadas podem ter alta • A hospitalização é recomendada para todos os pacientes com um grau de afogamento de 2 a 6. Os casos de grau 2 são resolvidos com oxigênio não invasivo no prazo de seis a 24 horas e podem, então, ser liberados para casa. Pacientes grau 2 com deterioração do quadro clínico serão internados em unidade de cuidados intermediários para a observação prolongada. • Pacientes grau 3 a 6, geralmente precisam de intubação,suporte ventilatório e hemodinâmico • O tratamento intensivo da lesão cerebral inclui: cabeceira do leito elevada a 30°(caso não haja hipotensão), • evitar compressões da veia jugular interna e situações que possam provocar manobra de Valsava; • realizar ventilação mecânica eficaz sem esforço desnecessário; realizar aspirações da cânula traqueal sem provocar hipóxia; usar, se necessário, • terapia anticonvulsivante de proteção • evitar correções metabólicas bruscas e qualquer situação que aumente a pressão intracraniana, incluindo retenção urinária, dor, hipotensão ou hipóxia, • realizar dosagens de glicemia capilar freqüentes, • A hipertermia deve ser evitada a todo custo . ➢ COMPLICAÇÕES • O pneumotórax é uma complicação comum (10%), secundária à ventilação mecânica com pressão positiva em áreas de hiperinsuflação. Diante de qualquer mudança hemodinâmica brusca, após o início da ventilação mecânica, deve ser considerada a possibilidade de um pneumotórax ou outro barotrauma. • Quadros de síndrome de reação inflamatória sistêmica(SIRS) ou choque séptico são descritos nas primeiras 24 horas após a ressuscitação da vítima. • insuficiência renal aguda secundária ao afogamento é rara e pode ocorrer devido à hipóxia, ao choque ou à hemoglobinúria. • edema agudo de pulmão tipo fulminante após o incidente (SDRA). Ainda é incerta a causa desse edema ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS • Animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem ou modificam algum veneno e possuem algum aparato para injetá-lo na sua presa ou predador. • Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de lepidópteros (mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas, formigas e vespas), de coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias), de peixes, de cnidários (águas-vivas e caravelas), entre outros. • Os animais peçonhentos de interesse em saúde pública podem ser definidos como aqueles que causam acidentes classificados como moderados ou graves. ➢ ACIDENTE BOTRÓPIO ▪ o acidente botrópico (jararaca, jararacuçu, urutu, patrona, caiçaca, camboia) é o mais freqüente no Brasil, é responsável por cerca de 90% de todos os casos. O veneno dessas serpentes possui ação “proteolítica” coagulante e hemorrágica. ▪ Predominam as manifestações locais de dor, edema, equimoses, bolhas, sangramento, infartamento ganglionar e necrose. ▪ As manifestações sistêmicas principais são epistaxes, hematêmese, hemorragias, hematúria, sudorese, vômitos, hipotensão, insuficiência renal e choque. ▪ As complicações mais encontradas são síndrome compartimental, • Os exames laboratoriais mostram leucocitose com neutrofilia e desvio para esquerda, às vezes, plaquetopenia. O tempo de coagulação é muito importante na evolução dos casos. No exame de urina há proteinúria, hematúria e leucocitúria. Outros exames a serem realizados são: dosagem de uréia, creatinina, glicose, eletrólitos, se houver indicação clínica ➢ Tratamento Geral: ▪ orientar a criança e a família, tranqüilizando-as sobre o tratamento e o prognóstico; ▪ manter o segmento corporal picado estendido ou elevado para facilitar a drenagem postural; ▪ alíviar a dor:usar analgésicos comuns como Dipirona 10 mg/kg EV, cada seis horas, para crianças. Poderá ser usado morfina (Dimorf®) se a dor for muito intensa EV ou IM, cada quatro a seis horas; ▪ manter a criança hidratada com diurese de 1 a 2 ml/kg/hora; • usar antibioticoterapia quando houver sinais de infecção. • As bactérias mais freqüentemente isoladas nas lesões são Morganella morganii,Escherichia coli, Providência-sp e Streptococo do grupo D. • fasciotomia raramente está indicada. • tratamento local, debridamento e drenagem de abscessos; • 7) corrigir anemia, distúrbios eletrolíticos e ácido-básico, quando necessários; • 8) distúrbios respiratórios que demandam ventilação mecânica são pouco freqüentes. Se necessário usar ventilação mecânica.. ➢Tratamento Específico: ▪ feito através do soro no prazo de tempo mais breve possível com soro antibotrópico preferencialmente ou antibotrópico crotálico ou antibotrópico laquético. ➢ ESCORPIONISMO ▪ O acidente escorpiônico tem grande importância no nosso país, pela sua freqüência e pela sua gravidade, em especial na infância, quando ainda é responsável por óbitos. Os acidentes mais graves são pelo escorpião amarelo (T.serrulatus). ▪ As picadas ocorrem com maior freqüência nos membros superiores, no período de setembro a fevereiro e em crianças do sexo masculino. • O escorpião possui hábitos noturnos, vive em buracos, montes de entulhos, fendas de muros, no peridomicílio. É muito prolífero, sobrevive vários meses sem água e alimento. O veneno tem ação neurotóxica, com predomínio de efeitos simpáticos e parasimpáticos. As manifestações clínicas mais importantes são dor no local da picada, com parestesias que surgem em minutos até poucas horas após a picada • As manifestações sistêmicas importantes são náuseas, vômitos, sialorréia, dor abdominal, arritmias cardíacas, hipertensão, hipotensão, insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, choque, agitação, sonolência, tremores, confusão mental. • A gravidade depende da espécie, do tamanho, da quantidade de veneno inoculado e do tratamento precoce. • O eletrocardiograma mostra taquicardia ou bradicardia sinusal, extra-sístoles, bloqueio de ramo, lesões de repolarização, onda U, inversão de onda T, presença de ondas Q, supra e infra desnivelamentos e segmento ST. Que persistem por até sete dias. • Na radiografia do tórax encontramos aumento da área cardíaca e sinais de edema agudo de pulmão. O ecocardiograma evidencia hipocinésia do septo interatrial e da parede posterior do ventrículo esquerdo, que é transitória. • Ocorre leucocitose, com neutrofilia, hiperglicemia, hipocalemia, hiponatremia, aumento de creatinofosfoquinose fração MB e da amilase sérica. Muitas dessas alterações são relacionadas com o aumento de catecolaminas ➢Tratamento Geral: ▪ orientar a criança e a família, tranqüilizando-as sobre o tratamento e o prognóstico; ▪ alívio da dor. A dor, na maioria das vezes, é muito intensa. Pode ser usada infiltração local de lidocaína 2%, sem adrenalina, 1 a 2 ml para crianças, ou derivados pirazolônicos 10 mg/kg/peso,a cada seis horas, por via oral ou venosa. A dor também melhora após a soroterapia; ▪ distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básico são tratados quando presentes. Evitar a hiper- hidratação. Manter a diurese em 1 a 2 ml/kg/hora; ▪ atropina: Indicada quando há bradicardia sinusal com baixo débito e bloqueio AV total até de 4/4 horas; ▪ nifedipina: indicada quando há hipertensão arterial com ou sem edema agudo de pulmão, na dose de 0,5 mg/kg/peso sublingual; ▪ ventilação mecânica: considerar a intubação e a ventilação mecânica quando houver edema agudo de pulmão ou sinais de insuficiência respiratória aguda; ▪ uso de dopamina e/ou dobutamina: estão indicadas nos casos de choque e insuficiência cardíaca nas doses habituais de 2,5 e 20 mcg/kg/peso/minuto; 8) os casos moderados e graves devem ser internados em UTI para monitorização de suas funções vitais.
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