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Disfunções estéticas

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DESCRIÇÃO
Abordagem de conceitos básicos de semiologia e avaliações estéticas. Estudo da anatomia e fisiologia
da pele. Descrição das principais disfunções estéticas faciais e corporais.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos relacionados à semiologia, à anatomia e à fisiologia da pele e as disfunções
estéticas faciais e corporais. Trata-se de algo de grande importância para definição de quais
procedimentos são os mais indicados para cada caso e para minimizar e saber como proceder em
intercorrências estéticas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a morfofisiologia da pele e a anamnese para tratamentos estéticos
MÓDULO 2
Reconhecer as principais disfunções estéticas faciais
MÓDULO 3
Identificar as principais disfunções estéticas corporais
INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa jornada sobre as disfunções estéticas faciais e corporais abordando todas as
etapas do atendimento estético. Para isso, devemos estar aptos para um bom atendimento, pois, seja
qual o motivo que tenha levado o seu paciente/cliente a procurar um tratamento estético, ele deseja sair
da sua clínica satisfeito com os resultados. Assim, devemos saber fazer uma avaliação correta,
analisando as disfunções estéticas e todas as particularidades clínicas, para indicar os protocolos de
tratamentos mais adequados em cada caso.
Também devemos, durante a avaliação, determinar quais características do indivíduo não podem ser
tratadas por você e orientá-lo a procurar um profissional adequado para a terapêutica daquela queixa.
Como exemplo, consideremos um paciente que procura um biomédico esteta para o tratamento de
varizes. Nesse caso, devemos saber identificar os microvasos, que são a disfunção que estamos aptos
a tratar, e diferenciá-los de possíveis varizes. Em seguida, devemos sugerir ao paciente que procure um
médico angiologista para tratar as varizes.
Vamos, juntos, conhecer cada uma dessas etapas?
MÓDULO 1
 Descrever a morfofisiologia da pele e a anamnese para tratamentos estéticos
INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA, À ANAMNESE E
À INVESTIGAÇÃO ESTÉTICA
A anamnese é uma etapa fundamental no processo de atendimento e montagem de protocolos de
tratamento, sendo uma das fases mais importantes no seu primeiro contato com o paciente. Por meio de
várias perguntas, você pode conhecer melhor histórico clínico, estilo de vida, medicamentos em uso e
alergias do paciente, e isso vai direcionar o seu tratamento, podendo até mesmo restringir alguns tipos
de procedimentos ou eliminar alguns produtos contraindicados.
ANAMNESE
Do grego ana = trazer de novo e mnesis = memória.
Uma avaliação estética feita de forma correta determinará o sucesso do tratamento. Entretanto, se
algum item não for respondido, isso poderá resultar em falhas terapêuticas.
REFLITA UM POUCO SOBRE O ASSUNTO!
UM PACIENTE COM HISTÓRICO DE HIPERTENSÃO E
QUE FAZ USO REGULAR DE ANTI-HIPERTENSIVOS
PODE FAZER TRATAMENTO COM ATIVOS QUE
CAUSEM ACELERAÇÃO DE SEU METABOLISMO,
COMO A CAFEÍNA?
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RESPOSTA
No caso de paciente hipertenso não é indicado o uso desse tipo de ativo, uma vez que a cafeína aumenta a
pressão arterial e a frequência cardíaca e, quando ingerida em grandes quantidades, desregula o controle
realizado pelo anti-hipertensivo. Esse é um exemplo típico de como é importante ter cautela durante a
anamnese.
É importante sempre lembrar que o seu paciente é único, do ponto de vista biológico, e por isso a
avaliação permite a montagem de um protocolo personalizado para o tratamento. Não existe receita de
bolo em procedimentos estéticos, e sim o que será mais indicado para a queixa apresentada.
Fonte: Shutterstock.com
 Avaliação estética com atenção aos detalhes do paciente.
A avaliação estética compreende algumas etapas, e você será responsável por montar o perfil da sua
avaliação. De preferência, realize-as com calma, sempre atento às perguntas do seu paciente e
sanando todas as suas dúvidas. As etapas são:
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ANAMNESE
Dados pessoais: nome, idade, profissão e endereço.
Hábitos sociais e alimentares.
Dados clínicos: histórico de doenças, alergias, medicamentos em uso, alterações em exames
laboratoriais.
Realização de procedimento estético anterior.
Queixa principal: motivo da consulta.
AVALIAÇÃO FACIAL
Informações sobre a pele, como textura, grau de envelhecimento, fototipo, presença ou não de
acnes e manchas, presença ou não de rugas e sulcos.
Rotina de cuidados diários do paciente.
AVALIAÇÃO CORPORAL
Quando a queixa resultar em procedimentos corporais, sua ficha de avaliação deve ser complementada
com informações sobre peso, locais de acúmulo de gordura, presença de manchas, flacidez e grau de
celulite.
EXAME FÍSICO
Para melhor avaliação facial (hidratação ou ressecamento da pele) e corporal (regiões de acúmulo de
gordura), podemos utilizar alguns equipamentos, como luz de Wood (Facial) , balança e
adipômetro (Corporal) , que ajudam nessa análise.
EXAMES LABORATORIAIS
Podemos solicitar ao paciente que realize alguns exames laboratoriais (Bioquímicos, hormonais,
hematológicos e imunológicos) complementares. Esses exames podem ser feitos pelo paciente antes
do tratamento ou, então, ele pode levar algum exame recente.
CONDUTA TERAPÊUTICA
Após a avaliação de tudo o que foi apresentado, é traçado um plano de tratamento estético,
contemplando o tipo de tratamento, tempo e o intervalo entre as sessões. O paciente deve estar ciente
de tudo o que será feito e dos cuidados antes e depois dos procedimentos.
REGISTRO FOTOGRÁFICO
Tudo deve ser guardado como informação sobre seu paciente. É muito comum as pessoas não se
lembrarem de determinadas características que tinham antes do procedimento estético, e a foto permite
mostrar ao paciente que aquela característica já existia. Além disso, as fotos são importantes para a
avaliação da evolução do tratamento, seja corporal, seja facial. O registro fotográfico deve ser feito
apenas como uma ferramenta de acompanhamento durante o tratamento. Para utilização dessas fotos
em redes sociais, lembre-se das condutas éticas existentes no artigo V da RDC N° 330, de 5 de
novembro de 2020, que regulamente o código de ética do profissional biomédico.
PELE: ESTRUTURAS E CAMADAS, FUNÇÕES E
COMPORTAMENTO FISIOLÓGICO
A pele é o maior órgão do nosso corpo e atua no controle da temperatura corporal, como uma barreira
física contra a ação de microrganismos e mantendo nosso equilíbrio hídrico. No entanto, para a estética,
a pele vai além dessas funções, sendo essencial conhecer a fundo esse órgão, garantindo resultados
satisfatórios nos nossos atendimentos.
A pele é composta por três camadas, denominadas epiderme, derme e hipoderme, e por estruturas
anexas conforme ilustrado na imagem a seguir.
Fonte: Daniel de Souza Telles / wikimedia commons / licença (CC BY-SA 4.0)
 Esquema ilustrando a pele.
Cada camada da pele e as estruturas anexas têm funções e composição distintas. Vamos conhecê-las?
EPIDERME
A epiderme é a camada mais externa e superficial da pele, visível a olho nu, que atua como:
BARREIRA FÍSICA
Contra possíveis patógenos
BARREIRA MECÂNICA
Contra danos externos
BARREIRA HIDROELETROLÍTICA
Responsável pelo controle hídrico e da temperatura corporal, produzindo mais ou menos suor para
equilibrá-la com a temperatura externa.
Essa camada é subdivida em cinco subcamadas (também chamados de estratos) formadas por células
denominadas queratinócitos, que se originam na camada basal, sofrem diferenciação celular e vão
sendo “empurradas” para as camadas mais superficiais. À medida que isso ocorre, elas perdem o
núcleo e as organelas citoplasmáticas e produzem queratina. Além dessas células, estão presentes
também os melanócitos (Responsáveis pelo pigmento da pele.) , as células de Merkel (Responsáveis
pela sensação de tato.) e as células de Langerhans.
CÉLULAS DE LANGERHANS:
Responsáveis pela resposta imune.
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Fonte: Shutterstock.com à esquerda; Fonte: BruceBlaus / wikimedia commons / licença (CC BY 3.0) à
direita. Subcamadas da epiderme (esquerda) e sua visão microscópica (direita).
CAMADA BASAL OU GERMINATIVA
Camada celular fina, presa à membrana basal, que representa a camada mais profunda da epiderme,
onde ocorre a formação dos queratinócitos, com intensa multiplicação celular.
CAMADA ESPINHOSA
Formada por células cuboides, pouco achatadas e com núcleo central que se sobrepõe. Nessa camada,
as células começam a apresentar projeções citoplasmáticas, com produção de queratina, e isso permite,
por meio dos desmossomos, a união entre essas células.
CAMADA GRANULAR
As células são mais achatadas, com núcleo central e citoplasma rico em:
Grânulos basófilos, que darão origem à queratina.
Grânulos lamelares, que darão origem ao conteúdo lipídico no interior da célula, que impede a
perda de água.
Nessa camada, tem início, efetivamente, o processo de queratinização.
CAMADA LÚCIDA
As células são completamente achatadas e planas (Células pavimentosas.) , mas vivas. Essa camada
é uma subdivisão do estrato córneo e está presente apenas em regiões de pele mais espessa, como na
palma das mãos e na sola dos pés. Alguns autores classificam a epiderme em 4 camadas apenas.
CAMADA CÓRNEA
Subcamada mais externa, formada por sobreposição de células mortas, com grande quantidade de
queratina e que sofre intenso e constante processo de descamação. Está presente nos poros das
glândulas sudoríparas e na abertura das glândulas sebáceas. Esses anexos formam um manto
hidrolipídico, com produção de água e lipídios, de forma a manter a pele protegida contra bactérias e
fungos, e mantêm o pH ideal da pele.
Nessa camada, originam-se alguns anexos, como unhas, pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas.
DERME
Localizada logo abaixo da epiderme, a derme é a camada intermediária da pele. É composta por tecido
conjuntivo denso, formado por 70% de água e 30% de fibras colágenas, elastina e mucopolissacarídeos,
que conferem flexibilidade, elasticidade e tônus à pele. Também apresenta inúmeros vasos
sanguíneos, responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme, e terminações nervosas, que
transmitem ao cérebro as informações que são recebidas do ambiente externo, como frio e calor.
Além disso, a derme garante proteção contra traumas mecânicos, sendo a segunda linha de
proteção contra possíveis patógenos, pela presença de macrófagos e mastócitos. A presença de
fibroblastos permite a regeneração de lesões. Nessa camada, encontram-se os folículos pilosos, os
vasos linfáticos e as glândulas sebáceas e sudoríparas.
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura da derme.
DERME RETICULAR
Mais profunda e grossa, formada por tecido conjuntivo denso, que está em contato com a camada da
hipoderme. Nela, encontram-se capilares, fibras elásticas e colágenas, fibroblastos, vasos linfáticos e
nervos.
DERME PAPILAR
Mais superficial, formada por tecido conjuntivo frouxo, mantém comunicação com a epiderme. Nela,
estão presentes capilares, fibras colágenas, elásticas e reticulares.
HIPODERME
Camada mais profunda da pele, composta por adipócitos (Células de gordura.) , fibras de colágeno
que unem os adipócitos e vasos sanguíneos. Tem como funções manter a temperatura corporal,
acumular lipídeos que servem de fonte de energia para as funções fisiológicas, defender contra choques
físicos e estabelecer a conexão da derme com músculos e ossos.
Neste vídeo, a especialista Allyne Macedo fala sobre a estrutura e as funções da pele.
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ANEXOS EPIDÊMICOS: PELOS E GLÂNDULAS
Na pele, temos estruturas que são conhecidas como anexos epidérmicos. Estes são os pelos, as
glândulas (Sudoríparas e sebáceas.) e as unhas.
PELOS
Pelos são estruturas presentes em várias regiões do corpo, podendo estar em maior ou menor
quantidade, dependendo das características hormonais e físicas de cada indivíduo. Os pelos se
desenvolvem a partir dos folículos pilosos, que são invaginações da epiderme. Eles são formados a
partir do empilhamento de células no interior desses folículos, que sofrem queratinização e formam a
haste pilar. A haste pilar, por sua vez, é formada por três partes:
CUTÍCULA
Camada mais externa do pelo, com células altamente queratinizadas e sem pigmento.
CÓRTEX
Camada intermediária, com células epiteliais com alta concentração de melanina, o que confere cor aos
pelos.
MEDULA
Camada mais interna, com células grandes e anucleadas.
A imagem a seguir ilustra a estrutura do pelo.
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura do pelo.
O ciclo de crescimento do pelo é lento e apresenta três fases:
FASE ANÁGENA (ESTÁGIO DE CRESCIMENTO)
Ocorre intensa produção e queratinização do pelo na região do bulbo, no interior do folículo piloso. Essa
fase é a mais longa, durando cerca de dois a cinco anos, e é a fase em que a maioria dos pelos se
encontra durante a vida.
FASE CATÁGENA (ESTÁGIO DE TRANSIÇÃO)
O pelo já está totalmente formado e queratinizado, a atividade celular é reduzida e o bulbo começa a
atrofiar. Essa fase pode durar cerca de um ano e é a fase ideal para depilação à laser, pois o pelo é
arrancado com sua bainha epitelial, deixando a camada germinativa à mostra.
FASE TELÓGENA (ESTÁGIO DE REPOUSO)
Fase final do crescimento do pelo, em que ocorre total atrofia do bulbo e o pelo se desprende do folículo.
Nessa etapa, ocorre a formação de um novo pelo dentro do folículo e, à medida que ele cresce, empurra
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o mais velho para fora (fase telógena exógena). Em seguida, o ciclo se reinicia (nova fase anágena).
Essa fase dura de três a quatro meses.
Fonte: Shutterstock.com
 Fases de crescimento do pelo.
UNHAS
As unhas são estruturas queratinizadas que se localizam na superfície dorsal dos dedos. A essa
superfície, damos o nome de leito ungueal. A parte proximal da unha é denominada matriz da unha e é
onde ocorre sua formação, pela proliferação de células epiteliais que sofrem queratinização ao longo do
seu crescimento. A parte esbranquiçada, próxima à matriz da unha, é chamada de lúnula.
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura da unha.
O crescimento das unhas tem alguns fatores que interferem em sua velocidade, como:
LOCALIZAÇÃO
As unhas das mãos crescem mais rápido que as dos pés.
DIFERENCIAÇÃO ENTRE OS DEDOS
Nem todos os dedos têm a mesma velocidade de crescimento das unhas.
Geralmente, a mão dominante tem um crescimento maior das unhas quando comparado ao da outra.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS E SUDORÍPARAS
As glândulas sebáceas são localizadas na derme, mas seus ductos se encontram junto aos folículos
pilosos. Estão bem distribuídas por toda a pele, mas são mais numerosas na face, na testa, dentro da
orelha, na linha mediana das costas e na região anogenital. Cada glândula tem um ducto por onde sai a
secreção, uma substância oleosa, rica em lipídios, denominada sebo, que se deposita sobre o pelo e
toda a pele.
Fonte: OpenStax College / wikimedia commons / licença (CC BY-SA 3.0)
 Estrutura da glândula sebácea.
As glândulas sudoríparas são encontradas em toda a extensão corporal, com exceção de algumas
regiões, como partes da região genital. São responsáveis pela produção e secreção de suor,
funcionando como reguladoras da temperatura corporal. Em dias mais quentes ou durante a prática de
atividade física intensa, há maior atividade e secreção dessas glândulas.
Esse tipo glandular pode ser:
MERÓCRINA OU ÉCRINAS
As glândulas merócrinas estão distribuídas por toda a pele e encontram-se mais especificamente na
palma das mãos, solas dos pés e nas axilas. Elas lançam sua secreção diretamente na pele, sem que
nenhuma parte do citoplasma da célula seja perdida, e apresentam função excretora. São as principais
responsáveis pela regulação térmica e produzem secreções que são constituídas de água, cloreto de
sódio, ureia, ácido úrico, amônia e pouca quantidade de proteínas. São estimuladas pelo calor.
APÓCRINA
As glândulas apócrinas liberam a secreção junto ao folículo piloso, ocorrendo perda do citoplasma. São
consideradasodoríferas, pois produzem um fluido viscoso, leitoso e rico em lipídeos e aminoácidos, os
quais, sob a ação das bactérias, produzem em sua decomposição odores desagradáveis. São
estimuladas principalmente pelos hormônios e pelo sistema nervoso, mas também por meio de
estímulos emocionais. Sua maior atividade ocorre na puberdade.
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A imagem a seguir ilustra as glândulas merócrina e apócrinas.
Fonte: Shutterstock.com
 Estrutura da glândula sudorípara e seus tipos.
 SAIBA MAIS
O suor constitui a porção aquosa do filme hidrolipídico (FHL), uma emulsão que reveste todo o corpo de
forma invisível, apresenta diferentes funções, como proteção contra a desidratação, auxilia na proteção
contra a entrada de microrganismos, manutenção da acidez da pele e permite a manutenção da
microbiota da pele.
ANATOMIA FACIAL
Conhecer bem a anatomia facial é de extrema importância para a realização de procedimentos
estéticos, principalmente no que diz respeito aos procedimentos injetáveis, como toxina botulínica e
preenchimento. Entender sobre a anatomia facial também garante menor risco de intercorrências e
melhor entendimento das alterações cutâneas relacionadas ao envelhecimento.
SISTEMA MUSCULAR
Os músculos da face estão localizados logo abaixo da hipoderme e consistem em uma fina e delicada
camada que tem grande função na mímica facial, como mastigação, fonação e expressão facial. São
divididos em: músculos cutâneos da face — região peribucal, região orbitária , região nasal (Nasal
e prócero.) e região da boca (Orbicular da boca.) ; músculos cutâneos do crânio — músculos
auriculares e occipitofrontal.
REGIÃO PERIBUCAL
Platisma, bucinador, mentoniano, depressor do lábio inferior, depressor do ângulo da boca, risório,
levantador do ângulo da boca, zigomático maior e menor, levantador do lábio superior e da asa do
nariz e levantador do lábio superior.
REGIÃO ORBITÁRIA
Corrugador do supercílio e orbicular do olho.
 Visão frontal e lateral dos músculos da face.
Os músculos faciais são diferentes dos outros músculos corporais, pois têm inserção direta na pele por
meio de feixes isolados, não têm tendões, apresentam apenas fibras musculares, não têm aponeurose
e são dependentes de neurotransmissores secretados na junção neuromuscular.
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APONEUROSE
Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos
musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques.
Vamos, agora, conhecer um pouco melhor cada músculo.
Fonte: Shutterstock.com
PLATISMA
Localizado na região anterior do pescoço, apresenta origem na porção subcutânea da parte superior do
tórax e do ombro e inserção na porção inferior da mandíbula e nos músculos ao redor da boca. Sua
função é elevar e tracionar a pele do pescoço e do ombro e promover a depressão da mandíbula,
movendo também para baixo o lábio inferior e o ângulo da boca.
Fonte: Shutterstock.com
BUCINADOR
Localizado lateralmente à cavidade bucal, formando as bochechas; apresenta origem no processo
alveolar na região molar (Maxila e mandíbula.) e no ligamento pterigomandibular e inserção na pele do
ângulo da boca. Sua função é comprimir as bochechas contra os dentes molares, o que permite a
mastigação e possibilita tocar instrumentos de sopro.
Fonte: Shutterstock.com
MENTONIANO
Localizado no queixo; apresenta origem na fossa mentoniana (Mandíbula.) , inserção na pele do mento
e função de elevação e movimentação para as partes de trás e da frente do lábio inferior, enrugando e
elevando a pele do mento.
Fonte: Shutterstock.com
DEPRESSOR DO LÁBIO INFERIOR
Localizado abaixo da boca, apresenta sua origem na base da mandíbula, inserção na pele do lábio
inferior e tem a função de abaixar o lábio inferior e movimentar o lábio para baixo e para o lado.
Fonte: Shutterstock.com
DEPRESSOR DO ÂNGULO DA BOCA
Localizado abaixo e lateralmente à boca, apresenta sua origem na linha oblíqua da base da mandíbula,
com inserção no ângulo da boca, e tem como função abaixar o ângulo da boca.
Fonte: Shutterstock.com
RISÓRIO
Localizado próximos aos lábios, na lateral do canto da boca, apresenta origem na fáscia do masseter,
inserção no ângulo da boca e função de retração lateral do ângulo da boca.
Fonte: Shutterstock.com
LEVANTADOR DO ÂNGULO DA BOCA
Apresenta sua origem na fossa canina da maxila, tem inserção na pele do ângulo da boca e apresenta
como função elevar o ângulo da boca.
Fonte: Shutterstock.com
ZIGOMÁTICO MAIOR
Localizado na bochecha, apresenta origem no osso zigomático, inserção no ângulo da boca e tem
função de movimentar o ângulo da boca para cima e lateralmente.
Fonte: Shutterstock.com
ZIGOMÁTICO MENOR
Também localizado na bochecha, ao lado do zigomático maior, com origem no osso zigomático, inserção
no lábio superior e função de elevar o lábio superior, com exposição dos dentes e aprofundamento do
sulco nasogeniano.
Fonte: Shutterstock.com
LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR E ASA DO NARIZ
Localizado entre os músculos nasal e levantador do lábio superior, apresenta origem no processo frontal
da maxila, inserção na asa do nariz e lábio superior e função de elevar o lábio superior e dilatar a asa do
nariz.
Fonte: Shutterstock.com
LEVANTADOR DO LÁBIO SUPERIOR
Localizado lateralmente ao músculo levantador do lábio superior e à asa do nariz, tem origem na
margem inferior da órbita ocular, inserção no lábio superior e a função de elevar e movimentar o lábio
superior.
Fonte: Shutterstock.com
CORRUGADOR DO SUPERCÍLIO
Localizado na região das sobrancelhas, apresenta origem na margem supraorbital do frontal, inserção
na parte lateral do supercílio e função de abaixar e movimentar lateralmente a pele frontal e do
supercílio, criando rugas na região da glabela.
Fonte: Shutterstock.com
ORBICULAR DO OLHO
Localizado ao redor da órbita ocular, tem origem na parte nasal do osso frontal, crista lacrimal e
ligamentos palpebrais, inserção nas pálpebras e pele periorbital e função de fechar a pálpebra e
comprimir os olhos, possibilitando a formação de “pés de galinha” na região.
Fonte: Shutterstock.com
NASAL
Composto de duas porções — alar e transversa. Tem origem no processo alveolar da maxila e narina,
inserção nas narinas (Alar.) e dorso nasal (Transversal.) transversal e função de dilatar as narinas e
comprimir o nariz.
Fonte: Shutterstock.com
PRÓCERO
Localizado entre as sobrancelhas, tem origem no osso nasal e na cartilagem nasal; tem inserção na pele
da glabela e função de abaixar e contrair essa região.
Fonte: Shutterstock.com
ORBICULAR DA BOCA
Localizado ao redor da boca, tem origem na pele e nas mucosas dos lábios, fóveas incisivas da maxila e
mandíbula, inserção na pele e mucosa dos lábios, septo nasal e função de fechar a boca e comprimir os
lábios.
Fonte: Shutterstock.com
AURICULARES
Estão localizados na região auricular; dividem-se em anterior, superior e posterior. Têm origem na fáscia
temporal (Anterior.) , gálea aponeutórica (Superior.) e processo mastoide (Posterior.) , inserção na
raiz da orelha externa (Anterior.) , raiz da orelha (Superior.) e raiz do pavilhão (Posterior.) e função
de movimentar o pavilhão auricular para frente e para cima (Anterior e superior.) e movimentar o
pavilhão auricular para trás (Posterior.) .
Fonte: Shutterstock.com
OCCIPITOFRONTAL
Está localizado no couro cabeludo. Divide-se em ventre frontal e occipital, tem origem na aponeurose
epicraniana (Ventre frontal.) e na linha nucal superior e na base do processo mastoide (Ventre
occipital) ; apresenta inserção na pele do supercílio e raiz nasal (Ventre frontal.) e aponeurose
epicraniana (Ventre occipital.) e função de elevar as sobrancelhas, enrugando a pele da testa (Ventre
frontal.) , e de retrair o couro cabeludo (Ventre occipital.) .
SISTEMA ESQUELÉTICO
O esqueleto humano é formado por 206 ossos, que, unidos, permitem a movimentação e a postura
corporal.Cada osso tem sua importância para o nosso organismo e é dependente de nutrientes e
oxigenação para um bom funcionamento. Os ossos são formados por uma camada externa (Córtex.) ,
que é mais rígida devido à presença de cálcio, e por uma camada mais interna, que é responsável pela
produção das células sanguíneas. Além de permitir a movimentação do corpo e a postura ereta, o
sistema esquelético também tem o objetivo de proteger os órgãos internos.
O nosso esqueleto é dividido em:
AXIAL
Inclui os ossos da cabeça, do pescoço e tronco.
APENDICULAR
Formado por ossos dos membros superiores e inferiores.
A cabeça é a parte do sistema esquelético que estudaremos de forma mais detalhada. Essa região do
corpo pode ser dividida em crânio e face e é formada pelos seguintes ossos: maxilares, palatinos,
zigomáticos, lacrimais, nasais, vômer, conchas nasais inferiores, mandíbula, frontal, parietal, temporal,
occipital, esfenoide, etmoide e ossículos de audição. Eles são unidos por junturas que não têm
mobilidade.
Fonte: Shutterstock.com
 Sistema esquelético do crânio e da face.
O crânio é uma caixa formada por ossos que confere proteção ao encéfalo e aos órgãos internos e tem
cavidade para a saída de nervos cranianos e medula espinhal. O osso frontal está localizado na porção
superior do crânio e forma as cavidades nasal e orbital. O osso parietal se encontra na porção lateral
superior do crânio. Os ossos temporais, que são dois, estão localizados nas laterais do crânio e formam
a fossa mandibular e o processo estiloide e zigomático. O osso occipital encontra-se na base do crânio e
forma os côndilos occipitais e o forame magno. O osso esfenoide se situa na porção lateral inferior do
crânio.
A face é formada por ossos unidos entre si, e apenas um deles tem movimentação, a mandíbula. Nessa
região, temos os seguintes ossos:
ZIGOMÁTICO
Constitui as maçãs do rosto, forma as cavidades oculares e o forame zigomático para a passagem de
nervos.
LACRIMAL
Também está envolvido na formação da órbita ocular.
NASAL
Formação do dorso nasal.
CONCHA NASAL
Participa do processo respiratório.
VÔMER
Formação do septo nasal.
MANDÍBULA
Responsável pela mastigação.
MAXILAR
Permite a fixação dos dentes.
PALATINO
Formação do aporte superior do palato duro; também participa na constituição da órbita ocular e da
cavidade nasal.
A imagem a seguir ilustra a concha nasal e o vômer.
Fonte: Shutterstock.com
 Figura 11: Concha nasal e vômer.
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
Como todo o nosso corpo, a região facial tem sua vascularização garantida pela ação cardíaca. O
sistema venoso da região facial é formado por veias faciais, veias tireóideas inferior, média e superior,
veias vertebrais e veias jugulares internas e externas. As veias jugulares conduzem o sangue para as
veias braquioencefálicas direita e esquerda, que, por sua vez, levam o sangue para a veia cava superior,
responsável pelo transporte do sangue através da cabeça e do pescoço.
A veia jugular externa é responsável pela drenagem do sangue do couro cabeludo, da face e do
pescoço, e a veia jugular interna é responsável pela drenagem do encéfalo, do pescoço e da face.
Fonte: OpenStax College - Anatomy & Physiology, Connexions Web site / Wikimedia commons / Licença
(CC BY 3.0)
 Sistema venoso da cabeça e do pescoço.
Fonte: OpenStax College - Anatomy & Physiology, Connexions Web site / Wikimedia commons / Licença
(CC BY 3.0)
 Artérias da cabeça.
O sistema arterial da região facial é formado por duas artérias que são originadas na aorta: carótida
comum e artéria subclávia.
 
A partir da artéria carótida comum, partem ramos ascendentes para a região do pescoço e a lateral da
traqueia. Essa artéria se subdivide em:
ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA
A artéria carótida interna possui ramificações que têm por objetivo vascularizar as regiões do cérebro,
da fronte e dos olhos. São elas: artérias caroticotimpânica e vidiana, artérias tentorial basal, tentorial
marginal, meníngea, clival, hipofisária inferior, artérias oftálmica e hipofisária superior, artéria
comunicante posterior, coroideia anterior, cerebral anterior e cerebral média.
ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA
A artéria carótida externa apresenta ramificações importantes que têm por objetivo suprir com oxigênio
regiões do crânio e da face. Algumas delas se direcionam para o suprimento do pescoço. São elas: a
artéria tireóidea superior, faríngea ascendente, lingual, facial, occipital, auricular posterior, maxilar e
temporal superficial.
Fonte: Shutterstock.com
 Ramificações da artéria carótida externa.
A partir da artéria subclávia, que é um ramo da artéria carótida vertebral, partem ramos
ascendentes (Vascularização do pescoço.) e ramos descendentes (Vascularização do tórax e do
abdômen.) . Essa artéria é responsável pelo suprimento sanguíneo da porção posterior cerebral.
As artérias vertebrais se originam das artérias subclávias e situam-se no interior dos forames
transversos ao longo do pescoço até chegarem ao cérebro. Ao longo de seu curso, emitem ramificações
musculares, espinhais e meníngeas adjacentes.
O tronco tireocervical é uma importante artéria na região do pescoço e também tem origem na artéria
subclávia. Essa artéria emite os seguintes ramos: artéria tireóidea inferior, artéria cervical ascendente,
artéria cervical transversa, artéria supraescapular. Essas são responsáveis pelo suprimento sanguíneo
da tireoide e de alguns músculos do corpo.
Fonte: Häggström, Mikael (2014). ‘Medical gallery of Mikael Häggström 2014’. WikiJournal of Medicine 1
/ wikimedia commons / Domínio público
 Tronco tireocervical e artérias vertebrais.
 DICA
A vascularização da face é bastante complexa e é muito importante que ela seja estudada. Para
entender e conhecer mais esse assunto, não deixe de visitar o Explore+!
Uma rede nervosa nessa região, formada pelos nervos cranianos e plexo cervical, que se ramificam,
também constitui o complexo sistema vascular de suprimento facial.
 DICA
Para ver mais sobre a inervação do rosto, não deixe de visitar o Explore+!
Os nervos cranianos são 12, conforme observamos na imagem a seguir.
Fonte: Patrick J. Lynch, medical illustrator & derivative work: Beao *derivative work: Angelito7 (talk) /
wikimedia commons / Licença (CC BY 2.5)
 Os 12 nervos cranianos.
Esses nervos podem ser divididos em:
MOTORES
Movimentam olho e língua e auxiliam no movimento do pescoço.
SENSITIVOS
Inervam os órgãos dos sentidos.
MISTO
Tem função motora e sensitiva.
 SAIBA MAIS
Os nervos olfatório e óptico têm origem na porção anterior do cérebro; o restante se origina no tronco
encefálico.
Dentro dos nervos cranianos, o nervo facial é um dos nervos de maior importância em relação à
expressão facial. Tem fibras eferentes, motoras, aferentes e sensitivas, sendo ramificado em auricular,
marginal, mandibular, bucal, zigomático e temporal. Dessa forma, consegue inervar todos os músculos
da expressão facial.
Fonte: Shutterstock.com
 Nervo facial e suas ramificações.
Outro nervo craniano de grande importância é o nervo trigêmeo, que tem dupla função, sendo sensitivo
em relação aos músculos da face e motor em relação aos músculos da mastigação. Apresenta três
ramificações: ramo oftálmico, ramo maxilar e ramo mandibular.
1. RAMO OFTÁLMICO
Responsável pela inervação das regiões frontal nasal e oftálmica da face e tem sua origem na fissura
orbitária superior.
2. RAMO MAXILAR
Responsável pela inervação das regiões orbitária inferior, maxilar e dentes da arcada dentária superior
na cavidade oral, por meio de uma ramificação do nervo alveolar superior.
3. RAMO MANDIBULAR
Responsável pela inervação das regiões mandibular, assoalho da cavidade oral, músculos mandibulares
e língua, por meio de uma ramificação do nervo lingual.
Fonte: Shutterstock.com
 Nervo trigêmeo e suas ramificações. 1. Nervo oftálmico, 2. Nervo maxilar e 3. Nervo mandibular.
O plexo cervical é formado por nervos espinhais que emitem ramos sensitivose motores para as
regiões da cabeça e do pescoço.
RAMOS SENSITIVOS
Occipital menor, auricular maior, cervical transverso, supraclavicular.
RAMOS MOTORES
Alça cervical, nervo frênico, nervo para os romboides, nervo para o serrátil anterior.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONHECEMOS AS CAMADAS DA PELE, SUAS ESTRUTURAS, SEUS ANEXOS
E SUAS FUNÇÕES. ACERCA DESSE ASSUNTO, MARQUE A ALTERNATIVA
INCORRETA.
A) A epiderme funciona como um isolante térmico, garantindo a regulação da temperatura corporal.
Assim, em dias quentes, transpiramos a fim de manter equilíbrio térmico.
B) A epiderme funciona como uma barreira mecânica contra danos externos, como barreira física contra
a entrada de microrganismos e como barreira hídrica, controlando a quantidade de água entre meio
interno e externo.
C) A epiderme tem intensa vascularização, sendo responsável pela nutrição da derme.
D) A epiderme tem células de Merkel, que são responsáveis por garantir a sensação de tato e percepção
do meio ao redor.
E) A epiderme tem os queratinócitos, que são responsáveis pela produção de queratina.
2. UM PACIENTE DE 52 ANOS, DO SEXO FEMININO, APÓS PROCEDIMENTO
ESTÉTICO COM BIOESTIMULADOR DE COLÁGENO, TEVE ALGUMAS REAÇÕES
MUSCULARES: QUEDA DO ÂNGULO ESQUERDO DA BOCA E DO LÁBIO
SUPERIOR ESQUERDO. PODE-SE SUSPEITAR QUE OCORREU
COMPROMETIMENTO DE FORMA INCORRETA DE QUAL NERVO FACIAL?
A) Ramo mandibular do nervo facial.
B) Ramo maxilar do nervo trigêmeo.
C) Ramo temporal do nervo facial.
D) Ramo auricular do nervo facial
E) Ramo olfatório do nervo trigêmeo.
GABARITO
1. Conhecemos as camadas da pele, suas estruturas, seus anexos e suas funções. Acerca desse
assunto, marque a alternativa INCORRETA.
A alternativa "C " está correta.
A epiderme não tem vascularização, e sua nutrição é garantida pelo sistema vascular presente na
derme, camada abaixo da epiderme.
2. Um paciente de 52 anos, do sexo feminino, após procedimento estético com bioestimulador de
colágeno, teve algumas reações musculares: queda do ângulo esquerdo da boca e do lábio
superior esquerdo. Pode-se suspeitar que ocorreu comprometimento de forma incorreta de qual
nervo facial?
A alternativa "A " está correta.
O ramo mandibular, que tem origem no nervo facial, tem por função a inervação de músculos da mímica
facial, como o depressor do ângulo da boca, levantador do ângulo da boca e levantador do lábio
superior, que são os músculos envolvidos nesse caso.
MÓDULO 2
 Reconhecer as principais disfunções estéticas faciais
INTRODUÇÃO
Vamos, agora, aprender um pouco mais sobre a avaliação facial e as principais disfunções faciais. Após
preenchimento adequado da avaliação geral de seu paciente, você deve analisar algumas
características faciais.
QUAL O FOTOTIPO DO SEU PACIENTE?
O fototipo da pessoa é uma classificação de acordo com a coloração da pele após exposição solar. É
definido pela genética do indivíduo, e a forma mais comum de classificação é a escala de Fitzpatrick.
De acordo com essa escala, existem seis fototipos diferenciados pela capacidade de bronzeamento,
assim como sensibilidade e vermelhidão após exposição ao sol, sendo assim definidos:

Fonte: Shutterstock.com
FOTOTIPO I
É representado pelos indivíduos de pele muito clara, ruivos ou loiros, de olhos claros, que, após
exposição à luz solar, ficam sempre com a pele avermelhada, mas não conseguem se bronzear e têm
bastante sensibilidade ao sol.
FOTOTIPO II
Engloba os indivíduos de pele clara, cabelos loiros ou castanho-claros e olhos claros, que, após
exposição à luz solar, ficam com a pele avermelhada, mas conseguem se bronzear, mesmo com
dificuldade, e têm sensibilidade ao sol.
Fonte: Shutterstock.com

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Fonte: Shutterstock.com
FOTOTIPO III
É representado pelos indivíduos de pele clara ou um pouco morena, cabelos e olhos castanhos, que,
após exposição à luz solar, ficam com a pele ligeiramente avermelhada, mas conseguem um
bronzeamento moderado e têm sensibilidade normal ao sol.
FOTOTIPO IV
É composto pelos indivíduos de pele morena e cabelos e olhos castanhos ou pretos, que, após
exposição à luz solar, ficam com a pele ligeiramente avermelhada, mas se bronzeiam com facilidade e
têm sensibilidade normal ao sol.
Fonte: Shutterstock.com

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Fonte: Shutterstock.com
FOTOTIPO V
Refere-se aos indivíduos de pele morena ou negra e cabelos e olhos pretos, que, após exposição à luz
solar, raramente ficam com a pele avermelhada e sempre se bronzeiam e têm pouca sensibilidade ao
sol.
FOTOTIPO VI
Inclui os indivíduos de pele negra e cabelos e olhos pretos, que, após exposição à luz solar, nunca ficam
com a pele avermelhada e sempre se bronzeiam e são insensíveis ao sol.
Fonte: Shutterstock.com

É importante ressaltar que, quanto menor o fototipo da pessoa, maiores devem ser os cuidados na
exposição solar e mais importante é o uso de protetor solar, já que essas pessoas apresentam maior
sensibilidade ao sol e aos danos que a radiação causará à pele delas.
 DICA
Para ficar mais fácil a identificação do fototipo do seu paciente, você pode usar o quadro que está
disponível no Explore+.
QUAL O SEU TIPO DE PELE?
O nosso tipo de pele é determinado geneticamente. No entanto, existem fatores internos, como a ação
hormonal, e externos, como a ação do ambiente, que podem alterá-lo temporariamente. Existem quatro
tipos básicos de peles saudáveis:
Fonte: Shutterstock.com
PELE NORMAL
É o tipo de pele típico dos bebês, com textura suave e delicada, e que apresenta um equilíbrio entre a
quantidade de secreção sebácea e sudorípara presente na superfície. A região de zona T (Testa, nariz e
queixo.) pode ser levemente oleosa, mas a pele, no geral, não é nem oleosa nem seca; apresenta
poros finos e pouco visíveis e uniformidade na cor.
Fonte: Shutterstock.com
PELE SECA
Tem textura áspera, opaca, pouca elasticidade, com poros pouco visíveis e geralmente é muito sensível.
A menor retenção de água nesse tipo de pele é resultado da ação reduzida das glândulas sebáceas,
com menor produção de lipídeos. Assim, a barreira da pele fica comprometida, sendo mais propensa à
vermelhidão, à descamação e ao aparecimento de rugas. É muito comum a pele tornar-se seca
conforme a pessoa envelhece. Isso tem relação com a ação hormonal, mas também pode ser causado
por fatores externos, como tempo muito seco.
Fonte: Shutterstock.com
PELE OLEOSA
Apresenta uma textura mais grossa, brilhante, com grande quantidade de produção sebácea, poros
visíveis e aumentados. Tem maior tendência à formação de cravos e acnes. Esse tipo de pele pode ter
relação com fatores hormonais, excesso de sol, uso de medicamentos e dermocosméticos.
Fonte: Shutterstock.com
PELE MISTA
Geralmente apresenta características oleosas (Poros mais dilatados e visíveis, presença de cravos e
acnes.) na zona T, que pode se estender até as bochechas, e pele normal a seca no restante do rosto.
É o tipo de pele mais comum.
QUAL O GRAU DE ENVELHECIMENTO DA
PELE?
O envelhecimento da pele pode estar relacionado tanto a fatores intrínsecos (Internos.) como
extrínsecos (Externos.) . Nosso corpo e pele refletem aquilo que comemos. Assim como tudo o que
fazemos tem uma ação direta sobre nosso corpo e, consequentemente, sobre a nossa pele, esse é um
exemplo de fator intrínseco ao envelhecimento. A exposição aos raios UVA e IVB do sol por tempo
prolongado, sem proteção solar eficiente, é o fator extrínseco mais prejudicial, causando envelhecimento
precoce da pele.
Fonte: Shutterstock.com
 Envelhecimento natural da pele.
Definir o grau de envelhecimento da pele é de grande importância para traçar os procedimentos para
rejuvenescimento facial e para o processo de harmonização facial. Segundo o sistema desenvolvido por
Richard Glogau, conhecido como escala de Glogau, temos definidos quatro níveis de
fotoenvelhecimento, com características referentes à idade e à presença ou não de alterações faciais.
Vamos conhecê-los?

TIPO 1 (DISCRETO)Representa mínimas rugas ou ausência de rugas, discretas alterações na pigmentação e sem
ceratoses (Lesões na pele.) . Geralmente, é notado em pessoas de 20 a 30 anos de idade.
TIPO 2 (MODERADO)
Aparecimento de rugas dinâmicas, aquelas que só se apresentam quando falamos, presença de alguns
lentigos senis (Manchas solares que aumentam com o envelhecimento.) precoces e ausência de
ceratoses visíveis, mas já se tornam palpáveis. Geralmente, é notado em pessoas de 30 a 40 anos de
idade.
Fonte: Shutterstock.com


Fonte: Shutterstock.com
TIPO 3 (AVANÇADO)
Aparecimento de rugas estáticas, aquelas que se apresentam mesmo durante repouso da musculatura,
presença de lentigos senis, ceratoses visíveis, telangiectasias (Microvasos na superfície da pele.) e
alterações na coloração da pele. Geralmente, é notado em pessoas com 50 anos ou mais.
TIPO 4 (GRAVE)
Surgimento de rugas em toda a região facial, alteração da coloração da pele para amarelo-acinzentado
devido ao aumento do estrato córneo, ceratoses visíveis e possibilidade de lesões na pele. Geralmente,
é notado em pessoas com 60 anos ou mais.
Fonte: Shutterstock.com

 VOCÊ SABIA
Existem outras formas de classificação quanto ao envelhecimento da pele, mas a escala de Glogau é
considerada o padrão na área da estética.
A pele apresenta algumas características durante o envelhecimento natural, com modificações
histológicas de suas camadas e dos anexos cutâneos, a saber:
EPIDERME
Torna-se mais fina, há aumento da produção de queratina e alteração na quantidade e distribuição de
melanócitos.
DERME
Tem redução na produção de fibras de colágeno, e as existentes tornam-se mais finas e fragmentadas,
aumentando a flacidez. O processo de desidratação da pele se agrava e ocorre aumento de alterações
vasculares.
HIPODERME
Nela, é possível observar a redução da quantidade e o tamanho dos adipócitos, o que diminui a
sustentação da pele e favorece o aparecimento de lesões cutâneas.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
Diminuem sua secreção, e isso provoca maior ressecamento da pele.
UNHAS
Têm crescimento, força e brilho comprometidos, assim como os cabelos têm perda de volume e
aparecimento de fios esbranquiçados.
Fonte: Shutterstock.com
 Degradação dos componentes da pele ao longo do envelhecimento.
QUAL O TIPO DE RUGA QUE A PELE
APRESENTA?
O envelhecimento da pele é causado pelo envelhecimento celular, ou seja, a renovação celular está
deficiente. Além disso, não existe mais a substituição das células que morreram por células somáticas
novas de forma tão rápida, como acontece durante a juventude. Por esse motivo, um dos sinais de
envelhecimento da pele é o aparecimento de linhas de expressões e rugas.
POR QUE ISSO ACONTECE?
A redução na produção de colágeno e elastina, responsáveis pela sustentação e pelo tônus da pele,
pelas expressões que fazemos ao falar, sorrir e outros movimentos faciais, faz com que pequenas linhas
(marcas) apareçam na pele em determinadas regiões de forma lenta e progressiva. Além disso, alguns
fatores, como exposição solar, alimentação, consumo de bebida alcoólica e tabagismo, têm grande
influência sobre o aparecimento das rugas. Temos dois tipos principais de rugas:
Fonte: Shutterstock.com
RUGAS DINÂMICAS
São as primeiras que aparecem e estão relacionadas ao movimento muscular facial, não ficam
evidentes na musculatura em repouso e são mais superficiais. Por exemplo, quando sorrimos, formamos
linhas ao redor dos olhos. Entretanto, elas não são percebidas sem a movimentação dessa musculatura.
Fonte: Shutterstock.com
RUGAS ESTÁTICAS
São as que aparecem com o tempo, mesmo sem o movimento muscular, e geralmente estão presentes
em peles mais maduras. Entretanto, isso varia de acordo com algumas características da pele do
indivíduo e está relacionado à mímica facial. Afinal, quanto mais expressões fazemos ao falar, mais
forçamos a musculatura da região; dessa forma, existe uma tendência maior para aprofundamento das
linhas de expressão.
A diferença básica entre os dois tipos de rugas é a profundidade de acometimento delas, o que pode
variar muito de acordo com o tipo de pele, exposição solar, além de predisposição genética.
 Ainda podemos ter o tipo de ruga gravitacional, ocasionado pela ação natural da gravidade ao
longo dos anos, com o aumento da flacidez facial e as rugas mistas, que são uma junção de rugas
gravitacionais e de movimento.
Saber diferenciar esses tipos de rugas é muito importante para definição do tratamento estético.
Por exemplo, a aplicação de toxina botulínica tem ótimos resultados sobre rugas dinâmicas, mas não
tem ação sobre as rugas estáticas. Dessa forma, é preciso avaliar se aquele tipo de procedimento vai
satisfazer as queixas do seu paciente e pensar em um protocolo de tratamento caso precise tratar mais
de um tipo de ruga no mesmo paciente.
QUAL O GRAU DE ACNE PRESENTE NA PELE?
A acne é uma condição inflamatória das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos da pele que
provoca lesões principalmente no rosto, mas que pode se estender por outras regiões do corpo, como
as costas. Esse processo inflamatório tem como principal causa a alteração dos hormônios sexuais e
tem sua maior expressão durante a adolescência, mas pode ocorrer também na fase adulta. Existem
outros fatores associados ao aparecimento de acne, como oleosidade exacerbada da pele, período
menstrual, alimentação, exposição prolongada ao sol e uso de alguns medicamentos.
A acne pode se apresentar como:
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COMEDÃO
Cravo.
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PÁPULAS
Lesões elevadas, endurecidas e avermelhadas.
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PÚSTULAS
Lesões com pus.
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NÓDULOS
Lesões que atingem camadas mais profundas da pele.
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CISTOS
Lesões que atingem camadas mais profundas da pele e que contêm pus.
Os nódulos e os cistos têm maior facilidade de gerar cicatriz na pele.
Podemos classificar a acne em graus, de acordo com sua evolução. São eles:
GRAU I
Existência apenas de comedões, sem processo inflamatório (acúmulo de sebo e queratina).
GRAU II
Presença de comedões, pápulas e pústulas.
GRAU III
Presença de comedões, pústulas e cistos.
GRAU VI
Presença de comedões, pústulas e cistos que podem ter um aspecto mais inflamatório e até mesmo
desfigurante.
A imagem a seguir ilustra a evolução da acne.
Fonte: Shutterstock.com
 Evolução da acne.
 ATENÇÃO
É de grande importância orientar os pacientes sobre o uso correto de produtos indicados para cada tipo
de pele, assim como sobre a higienização diária e, principalmente, sobre a importância de não
“espremer” os famosos cravos, pois isso pode gerar sérias consequências para a pele, como infecção
bacteriana.
QUAL TIPO DE DISCROMIA A PELE
APRESENTA?
A cor da pele é determinada por alguns fatores, sendo o principal deles a quantidade e a forma de
distribuição da melanina. Essa variação forma as diferentes etnias com tons de pele característicos.
Discromia é o nome dado às alterações na coloração da pele, seja por modificações na produção ou
distribuição da melanina, seja por depósito de substâncias. A discromia é classificada em:
ACROMIA
HIPOCROMIA
HIPERCROMIA
ACROMIA
Quando há ausência de pigmentação, com formação de manchas brancas na pele, ocasionadas pela
diminuição ou ausência da ação da melanina. Condição comum no albinismo e no vitiligo.
HIPOCROMIA
Quando há redução da pigmentação da pele em relação à coloração normal, em algumas regiões, por
distribuição irregular da melanina, como nos casos de leucodermia solar. Nessa condição, formam-se
manchas mais claras em áreas expostas ao sol.
HIPERCROMIA
Quando há aumento da pigmentação da pele em relação à coloração natural, ocasionada pela ação
excessiva de melanina. Condição comum em efélides (Sardas.) , nevus (Pintas e sinais.) , melasmas ,
melanoses solares e fitofotodermatoses.
MELASMAS
Manchas escuras na face, principalmente em mulheres, relacionadas a vários fatores.javascript:void(0)
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MELANOSES SOLARES
Manchas resultantes de exposição solar.
FITOFOTODERMATOSES
Após queimaduras ou consumo de frutas cítricas simultâneos à exposição solar.
Geralmente, as manchas que são o motivo de queixa dos pacientes são melasmas e melanoses solares.
O melasma é uma condição que atinge principalmente mulheres, em regiões delimitadas do rosto, e que
pode ter causas variadas, como uso de anticoncepcional, exposição solar e variação hormonal durante a
gestação. Infelizmente, não existe cura para esse tipo de problema, mas existem tratamentos eficientes
para minimizar as manchas e dar um aspecto mais homogêneo à coloração do rosto.
Fonte: Shutterstock.com
 Pessoa com manchas hipercrômicas, características do melasma.
Cada mancha do paciente deve ser avaliada separadamente, de preferência com equipamentos que
permitem a identificação de sua profundidade, para um tratamento eficiente. É importante lembrar ao
seu paciente que o tratamento para manchas, assim como qualquer procedimento estético, exige
dedicação, disciplina e tempo. As manchas demoram para evoluir e levam um tempo para serem
tratadas. É de extrema necessidade o uso de produtos homecare para um resultado melhor.
Neste vídeo, a especialista Allyne Macedo explica o processo de melanogênese no desenvolvimento de
melasma.
EXISTE ALGUMA ANORMALIDADE DE PELOS
NO PACIENTE?
O crescimento de pelos é modulado pela ação hormonal. Assim, temos regiões com pelos mais grossos
e escuros e outras com pelos mais finos e delicados. Além disso, existe diferença nas características e
na distribuição de pelos entre homens e mulheres.
Entretanto, distúrbios hormonais ou outras causas, como questões genéticas e o uso de certos tipos de
medicamentos, podem causar alteração na quantidade, estrutura e localização desses pelos. Os
desequilíbrios mais comuns dos pelos são:
Fonte: Shutterstock.com
HIPERTRICOSE
Quando ocorre crescimento anormal de pelos, podendo ser em todo o corpo (generalizada) ou restrita a
determinada área (localizada). Pode também ser congênita ou adquirida.
Fonte: Shutterstock.com
HIRSUTISMO
Quando ocorre crescimento de pelos mais grossos e escuros em mulheres, em regiões comuns de
crescimento de pelos masculinos, como buço e na região de barba. Geralmente, tem relação com
descontrole hormonal.
Também deve ser observado se o paciente tem presença de foliculite, condição que causa inflamação
dos folículos pilosos, de origem viral, bacteriana ou fúngica, que geralmente causa incômodo na região
acometida.
EXISTE ALGUM PROBLEMA DE
VASCULARIZAÇÃO?
O caso mais comum de problema de vascularização facial é a presença de telangiectasias, que são
pequenos vasos sanguíneos dilatados na superfície da pele ou nas mucosas. As regiões mais
acometidas por esses capilares são malar e lateral do nariz. Essa disfunção é causada por diferentes
fatores, como idade, exposição prolongada ao sol, genética, uso de alguns medicamentos, como
corticoides, gestação e consumo de bebida alcoólica.
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 Pessoa com telangiectasia.
 ATENÇÃO
Procedimentos estéticos, como os que utilizam o vácuo para tratamento, nos pacientes com essa
condição requerem maior cuidado a fim de evitar o rompimento desses vasinhos.
Devemos também saber identificar se o paciente tem rosácea, uma doença inflamatória muito comum
que está associada às telangiectasias. Essa disfunção é um problema de origem vascular, que atinge
principalmente mulheres entre 30 e 50 anos, sendo mais raro em homens. Não existem causas
específicas para o surgimento da rosácea, mas estudos demonstram maior prevalência em indivíduos
brancos e descendentes de europeus, geralmente com histórico familiar da doença, o que reforça um
caráter genético. Um dos fatores associados ao surgimento ou que funciona como um gatilho para a
exacerbação do quadro é o estresse.
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 Pessoa apresentando característica de rosácea na região central da face.
A rosácea acomete, geralmente, a região central da face de pessoas com pele seca e sensível, que fica
avermelhada em algumas circunstâncias. Esse eritema (vermelhidão) torna-se persistente ao longo do
tempo, com intervalo mais curto entre os episódios e tempo de duração maior. Podem existir outros
acometimentos faciais associados à rosácea, como telangectasias, alterações oculares, surgimento de
pápulas e pústulas, como se fosse acne.
 SAIBA MAIS
Não há cura para esse tipo de doença, mas alguns tratamentos estéticos podem auxiliar, como o uso de
terapias de laser, para diminuir o eritema na região.
QUAL O GRAU DE FLACIDEZ DA PELE?
A partir dos 25 anos de idade, nosso corpo começa a reduzir a produção de colágeno, o que resulta no
início de flacidez e no aparecimento de rugas na pele. Esse processo pode ser agravado e acelerado
por maus hábitos, como sedentarismo, alimentação desequilibrada, consumo de álcool e tabagismo.
Com o passar dos anos, além do colágeno, também temos perda da elastina e de gordura em pontos
importantes da pele que dão sustentação à face.
Fonte: Shutterstock.com
 Pessoa com grau de flacidez facial.
É importante saber diferenciar o tipo de flacidez existente. Para isso, vamos conhecê-los.
TISSULAR
MUSCULAR
TISSULAR
A flacidez de pele é o processo mais superficial, que tem início pelos motivos citados anteriormente.
Ocorre redução de fibras de colágeno e sua desorganização na pele, associada aos maus hábitos ao
longo da vida e ao efeito gravitacional natural que a pele sofre.
MUSCULAR
A flacidez do músculo é o processo mais profundo; acomete a musculatura com o desgaste de suas
fibras de sustentação. Geralmente, o tratamento para esse tipo de flacidez é mais difícil.
Os dois tipos podem estar associados, e apenas uma avaliação correta poderá definir o tipo de flacidez
existente e o melhor tratamento. Todos os procedimentos utilizados devem ter como objetivo a indução
da produção de colágeno, mas vale ressaltar que os resultados podem ser variáveis e lentos devido ao
grau de comprometimento da pele e à variação entre os organismos.
QUAL O TIPO DE OLHEIRA PRESENTE?
Uma marca presente na pele de muitas pessoas e que causa grande incômodo, principalmente para as
mulheres, são as olheiras. Muitos hábitos ruins podem acelerar o processo de formação das olheiras,
como pouco tempo de sono, consumo de álcool em excesso e hidratação insuficiente, dando à pele um
aspecto mais cansado.
As olheiras são causadas pelo acúmulo de pigmento, marrom ou arroxeado, na região abaixo dos olhos
e que pode ter mais de uma origem. Elas podem ser de vários tipos. São elas:
OLHEIRAS VASCULARES
Quando existe aumento da vascularização da região periocular ou alguma congestão dos vasos nessa
região, originando pigmento de coloração que pode variar entre rosa e arroxeada.
OLHEIRAS PIGMENTARES
Causadas pelo acúmulo de melanina nessa região da pele, aparecendo tons de castanho, variando do
claro ao escuro. Podem ter uma aparência mais evidente em pessoas com tendência a processos
alérgicos.
OLHEIRAS ESTRUTURAIS
Surgem em virtude da anatomia óssea facial, dando um aspecto mais profundo aos olhos, provocando o
surgimento de uma sombra nessa região, tornando-a mais escurecida.
OLHEIRAS MISTAS
São uma associação de mais de um tipo de olheira, sendo a forma mais comum.
É importante destacar que algumas práticas podem contribuir para a formação de olheiras, como não
retirar maquiagem de forma correta e coçar constantemente os olhos. Vale lembrar que, para cada tipo
de olheira, existe um tratamento específico; no caso de olheira mista, há uma associação de tratamentos
para amenizar a queixa do paciente.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS FAZEM PARTE DO DIA A DIA DO PROFISSIONAL
DA ÁREA. SABER IDENTIFICÁ-LAS DE FORMA CORRETA GARANTE UM
TRATAMENTO EFICAZ. EM RELAÇÃO ÀS DISCROMIAS, CORRELACIONE AS
COLUNAS E MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA.
1. MELASMA (A) HIPOCROMIA
2. VITILIGO(B) HIPERCROMIA
3. LEUCODEMIA SOLAR (C) ACROMIA
A) A-1, B-2 e C-3.
B) A-1, C-3 e B-2.
C) A-2, B-1 e C-3.
D) A-3, B-1 e C-2.
E) A-3, B-2 e C-3.
2. AMANDA, 25 ANOS, FAZ USO DE MEDICAMENTOS PARA CONTROLE
HORMONAL POR RECOMENDAÇÃO MÉDICA, MAS OBSERVA ALGUMAS
MUDANÇAS EM SEU CORPO, COMO O APARECIMENTO DE PELOS MAIS
ESCUROS E GROSSOS EM REGIÕES INCOMUNS, COMO PESCOÇO E LATERAL
DA FACE, E AUMENTO DE PELOS NO BUÇO. QUAL A POSSÍVEL DISFUNÇÃO
ESTÉTICA APRESENTADA PELA PACIENTE?
A) Foliculite.
B) Hirsutismo.
C) Hipertricose.
D) Triconodose.
E) Rosácea.
GABARITO
1. As disfunções estéticas fazem parte do dia a dia do profissional da área. Saber identificá-las de
forma correta garante um tratamento eficaz. Em relação às discromias, correlacione as colunas e
marque a alternativa correta.
1. Melasma (A) Hipocromia
2. Vitiligo (B) Hipercromia
3. Leucodemia solar (C) Acromia
A alternativa "D " está correta.
Acromia é um distúrbio causado pela ausência de pigmentação (vitiligo); hipercromia é um distúrbio por
excesso de pigmentação em determinada região (melasma); hipocromia é um distúrbio por redução da
pigmentação em determinada região (leucodermia solar).
2. Amanda, 25 anos, faz uso de medicamentos para controle hormonal por recomendação
médica, mas observa algumas mudanças em seu corpo, como o aparecimento de pelos mais
escuros e grossos em regiões incomuns, como pescoço e lateral da face, e aumento de pelos no
buço. Qual a possível disfunção estética apresentada pela paciente?
A alternativa "B " está correta.
O hirsutismo é um distúrbio em que ocorre o crescimento de pelos mais grossos e escuros em mulheres,
em regiões comuns de crescimento de pelos masculinos, como o buço e a região de barba. Geralmente,
tem relação com descontrole hormonal.
MÓDULO 3
 Identificar as principais disfunções estéticas corporais
INTRODUÇÃO
Vamos entender um pouco mais sobre a avaliação corporal e o que é necessário para o sucesso no
tratamento estético. Após o preenchimento adequado da avaliação geral de seu paciente, você deve
analisar algumas características corporais. Entretanto, é preciso muita cautela, pois o paciente pode ter
expectativas irreais em relação ao tratamento.
Por exemplo, uma pessoa obesa, sedentária e que não tem uma alimentação saudável, não apresentará
bons resultados após os procedimentos estéticos corporais. Devemos, assim, orientar o paciente sobre
os cuidados necessários para um resultado eficaz, como também indicar um médico ou nutricionista
para alterar seu padrão de vida.
O resultado em estética só existe com comprometimento do paciente aliado aos procedimentos corretos!
INSPEÇÃO, PALPAÇÃO, AVALIAÇÃO
ANTROPOMÉTRICA E PLICOMETRIA
Além das características informadas pelo seu paciente, precisamos desenvolver algumas técnicas de
avaliação, como palpação de determinadas áreas, medição, análise do peso corporal e altura. Vamos
conhecê-las?
INSPEÇÃO
A inspeção permite a análise do biotipo. Existem basicamente três tipos. São eles:
BIOTIPO
O tipo de corpo do indivíduo, de acordo com a distribuição de gordura corporal, massa muscular,
composição óssea e metabolismo do paciente.
Fonte: Shutterstock.com
ENDOMORFO
Pessoas que têm o corpo mais largo, com membros mais curtos. Têm grande facilidade para ganho de
massa muscular e aumento de peso pelo seu metabolismo mais lento.
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MESOMORFO
Pessoas que têm equilíbrio entre as características corporais, com corpo mais magro e musculoso,
pouca gordura abdominal, boa capacidade de queima de gordura e ganho de massa muscular.
Fonte: Shutterstock.com
ECTOMORFO
Pessoas que têm o corpo mais fino, alongado, com membros mais compridos. Têm dificuldade de
ganhar massa muscular e peso por causa do seu metabolismo acelerado.
PALPAÇÃO
A palpação consiste no toque da pele para identificação de suas características, como tônus, presença
de nódulos, telangectasias, microvasos e condições da pele (seca, lisa, áspera, hidratada e ondulada).
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
A avaliação antropométrica inclui a perimetria e o cálculo do IMC (Índice de massa corpórea.) . A
perimetria consiste na verificação das medidas do corpo com auxílio de uma fita métrica. As medidas
devem ser realizadas e anotadas na ficha de avaliação para o acompanhamento ao longo do
tratamento. As áreas onde geralmente é feita essa medição são: braços, busto/tórax, abdômen, quadril,
culote, coxas e pernas.
Já o cálculo do IMC, um padrão adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde.) para definir o
peso ideal de cada indivíduo de acordo com suas características físicas, é feito usando-se peso e altura
do paciente na seguinte fórmula: 
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, um paciente com peso corporal de 80 kg e altura de 1,65 m terá um IMC de 29,38, o que o
coloca na posição de sobrepeso.
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 Gráfico do IMC.
Para essa fase, você precisará de balança, que pode ser comum ou de bioimpedância, que agrega
muito mais valor ao seu atendimento.
PLICOMETRIA
IMC =
peso
(altura)²
A plicometria é a avaliação das pregas cutâneas utilizando um adipômetro para análise do percentual de
gordura corporal. Nos homens, essa medição é normalmente feita nas áreas peitoral, tricipital e
subescapular; nas mulheres, nas áreas tricipital, abdominal e suprailíaca. Esses valores são somados e
analisados juntamente a outros índices para ter o valor ideal de acordo com a idade do paciente.
Fonte: Fonte: Shutterstock.com
 Avaliação das pregas cutâneas por meio do adipômetro.
 DICA
Estabeleça sempre um horário para pesagem do seu paciente, assim como locais definidos para
medição, a fim de evitar resultados alterados, e não se esqueça do registro fotográfico, que é de grande
importância para a comparação de antes e depois e análise da eficácia do tratamento.
DISFUNÇÕES CORPORAIS
LIPODISTROFIA
A lipodistrofia localizada, popularmente conhecida como gordura localizada, é definida como o acúmulo
de tecido adiposo em regiões específicas e limitadas do corpo. Existem alguns fatores associados a
esse acúmulo, que podem ser:
EXTERNOS
Postura do indivíduo, sedentarismo, alimentação desequilibrada, ganho de peso e uso de
medicamentos.
INTERNOS
Fatores genéticos, hormonais, biotipo corporal.
Essa disfunção acomete tanto homens como mulheres, o que os diferencia é a localização e a
quantidade de gordura em cada região do corpo. Basicamente, as regiões mais comuns de acúmulo de
gordura no homem são abdômen e membros superiores. Já nas mulheres, o acúmulo ocorre no
abdômen, no quadril e nos membros inferiores. Porém, isso não é regra. Pode haver variação de pessoa
para pessoa, de acordo com vários fatores mencionados anteriormente.
Alguns indivíduos têm maior tendência de acúmulo de gordura em uma região específica do corpo:
Fonte: Shutterstock.com
TENDÊNCIA ANDROIDE
Acúmulo de gordura na região abdominal.
Fonte: Shutterstock.com
TENDÊNCIA GINOIDE
Acúmulo de gordura na região do quadril.
Os procedimentos estéticos serão escolhidos de acordo com toda a análise corporal. Atualmente,
existem diversos procedimentos, sejam injetáveis, sejam com uso de aparelhos, que visam à redução de
peso, medidas e gordura localizada. É importante estar atento às indicações e contraindicações de cada
tratamento estético corporal para evitar intercorrências.
Neste vídeo, a especialista Allyne Macedo fala sobre lipodistrofia localizada.
FIBROEDEMA GELOIDE
Ocorre aumento da quantidade de gordura, água e toxinas no interior da célula, causando sua
inflamação. Alguns fatores influenciam no desenvolvimento da celulite, a saber:
FATORES PREDISPONENTES AO APARECIMENTO
Fatores genéticos, sexo, idade e biotipo corporal.
FATORES DESENCADEANTES
Alteração hormonal ou uso de medicamentos.
FATORES AGRAVANTES
Sedentarismo, alimentação desequilibrada, aumento de peso, estresse, fumo e consumo de bebidas
alcoólicas.
A imagem a seguir ilustra a formaçãoda celulite na pele.
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Fonte: Shutterstock.com
 Formação da celulite na pele.
Essa disfunção pode ser classificada de acordo com o grau de acometimento:
TIPO 1
TIPO 2
TIPO 3
TIPO 4
TIPO 1
A celulite não é visível, aparece apenas quando há apalpação da pele ou sua compressão. Existe
pequena alteração celular, sem comprometimento dos vasos sanguíneos ou do tecido de sustentação
local.
TIPO 2
As ondulações e os “furinhos” já são aparentes mesmo sem compressão da pele. As células gordurosas
têm um pequeno aumento de volume, o que começa a gerar no local um comprometimento circulatório e
o início de um processo de inchaço, sendo possível perceber pequenas irregularidades na pele.
TIPO 3
As ondulações são claramente visíveis e existe aumento celular com aparecimento dos nódulos mais
profundos. A circulação local fica mais comprometida, e as fibras do tecido de sustentação se tornam
endurecidas. A pessoa pode sentir dor na região acometida e podem surgir varizes nas pernas. A pele
fica com um aspecto de “casca de laranja”.
TIPO 4
Existem vários nódulos visíveis, o inchaço celular é grande, as celulites são “duras” e ocorre maior
comprometimento circulatório e do aspecto da pele. A sensação de dor no local e o cansaço nas pernas
é maior por conta da alteração vascular na região.
Os quatro tipos de acometimento estão ilustrados a seguir.
Fonte: Shutterstock.com
 Celulite dos tipos 1, 2 e 3 (esquerda) e do tipo 4 (direita).
As celulites também podem ser classificadas de acordo com a consistência da pele:
CELULITE DURA OU COMPACTA
Apresenta um aspecto mais regular, geralmente em pessoas jovens e que têm hábito de praticar
atividade física. O contorno corporal e a anatomia estética são mantidos; só é possível perceber a
celulite com compressão da pele.
CELULITES FLÁCIDAS
Acontecem geralmente em pessoas acima de 35 anos, sedentárias ou que tiveram grande perda de
peso de forma rápida, levando ao processo de flacidez na região.
CELULITES EDEMATOSAS
Acometem principalmente mulheres que fazem uso regular de anticoncepcional. Existe grande
inflamação local, com edema e, até mesmo, dor à palpação, pelo grande acúmulo de líquido no interior
das células.
CELULITES MISTAS
Podem unir mais de um tipo de celulite ao mesmo tempo.
Assim como as demais disfunções corporais, a celulite precisa de uma avaliação criteriosa para definir
qual o melhor procedimento, as indicações e contraindicações de cada um. Quanto maior o grau de
comprometimento da célula, mais difícil será o tratamento. Entretanto, todos os tipos de celulite podem
ser tratados; em alguns casos, haverá reversão e, em outros, ocorrerá a melhora do aspecto na pele.
ESTRIAS E FLACIDEZ
Estria é uma alteração tegumentar que surge por rompimento das fibras de colágeno e elastina, que são
responsáveis pela sustentação e pela elasticidade da pele. Quando essas fibras são esticadas de forma
excessiva, ocorre o seu rompimento, formando um tipo de cicatriz, que é a estria.
Fonte: Shutterstock.com
 Processo de formação de estrias.
 
Não existe idade nem sexo determinantes para o aparecimento das estrias, que acometem da mesma
forma homens e mulheres, desde a adolescência até a fase adulta. As regiões em que é mais comum o
seu aparecimento são quadril, coxas, glúteos e mamas.
Alguns fatores podem favorecer o seu surgimento, como ganho e perda de peso de forma repetida
(efeito sanfona), aumento excessivo de peso, gravidez, crescimento muito rápido na adolescência,
colocação de prótese mamária e uso de alguns medicamentos.
Existem dois tipos diferentes de estrias, que são descritos a seguir:
Fonte: Shutterstock.com
ESTRIAS VERMELHAS
São as estrias recentes, que surgem por extensão da epiderme, deixando a derme à mostra. Como a
derme tem muitos vasos sanguíneos, confere à estria uma coloração avermelhada. É de mais fácil
tratamento, e sua chance de regeneração também é maior.
Fonte: Shutterstock.com
ESTRIAS BRANCAS
São estrias mais antigas, que surgem por rompimento das fibras elásticas e colágenas após extensão
da pele de forma excessiva. Uma vez formadas, não desaparecem, mas podem ter suas marcas
atenuadas.
O tratamento para estrias é um grande desafio na área estética, uma vez que elas devem ser tratadas
assim que surgem para completa reversão. Todos os protocolos envolvem estímulo de colágeno na
região.
A flacidez acontece pelo processo natural de envelhecimento da pele, o que leva à redução da produção
de colágeno e ácido hialurônico, mas pode ser agravada pelo estilo de vida da pessoa — por exemplo,
pela falta da prática de atividade física, pela alimentação desequilibrada e pelo tabagismo.
Assim como na flacidez facial, a flacidez corporal também pode ser muscular ou tissular, com
diferentes níveis de acometimento. O grau de flacidez pode ser leve ou severo.
Fonte: Shutterstock.com
 Processo de flacidez corporal.
Durante a avaliação, é muito importante a apalpação local, por meio do pinçamento da pele, para
análise correta do grau de flacidez.
FLACIDEZ CORPORAL MUSCULAR
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Ocorre por redução da força muscular pelo desgaste das suas fibras de sustentação.
FLACIDEZ CORPORAL TISSULAR
Ocorre redução das fibras de colágeno e sua desorganização.
 DICA
Uma ótima dica para melhorar o aspecto da flacidez ou sua prevenção é mudar o estilo de vida, realizar
procedimentos estéticos com uso de produtos homecare e ingerir água. A água promove a renovação
das fibras de colágeno, auxiliando na elasticidade da pele, além de melhorar a circulação local,
impedindo inchaço.
CICATRIZES
Geralmente após a pele sofrer algum tipo de lesão, como um corte, ou após um processo cirúrgico, é
comum o aparecimento de cicatrizes. Esse é um processo natural no organismo e consiste em
regeneração com formação de tecido fibroso, um tecido mais duro que a pele íntegra e que é
caracterizado pela perda da função.
 SAIBA MAIS
A cicatrização é uma sequência coordenada de eventos celulares e moleculares que promovem a
reconstituição do tecido. Existem dois tipos de cicatrização: a cicatrização por primeira intenção e a
cicatrização por segunda intenção.
No primeiro tipo, considerado o mais simples, a pele é cortada de maneira asséptica e as bordas são
aproximadas por suturas ou outros meios.
Essas feridas geralmente cicatrizam-se sem complicações, a partir da formação de discreto tecido
cicatricial, em que estão presentes as três fases do processo de cicatrização, com modesta reparação e
regeneração tecidual.
No segundo tipo de cicatrização, observa-se o processo que ocorre em feridas abertas de grande
espessura ou com perda tecidual total, em que os tecidos são danificados. A cicatrização por segunda
intenção demanda mais tempo do que a de primeira intenção e causa cicatrizes exuberantes, irregulares
e de aspecto inestético.
As cicatrizes podem ser:
Fonte: Shutterstock.com
Fonte: Shutterstock.com
HIPERTRÓFICAS
Quando o organismo produz tecido cicatricial (Tecido fibroso.) em excesso, o que faz com que a região
tenha um aspecto mais elevado e uma textura diferente em relação ao restante da pele ao redor.
Fonte: Shutterstock.com
QUELOIDES
Quando o organismo produz tecido cicatricial em excesso, mas esse crescimento ocorre além do local
da lesão e pode continuar em crescimento mesmo após cicatrização total — o queloide não regride e
geralmente tem um aspecto mais avermelhado ou mais escuro do que a pele ao redor.
Fonte: Shutterstock.com
ATRÓFICA
Quando o organismo produz menos tecido cicatricial do que o necessário, o que faz com que a região
tenha um aspecto mais profundo em relação ao restante da pele — muito comum em casos em que há
dificuldade de reparação, como cicatrizes de acne.
Fonte: Shutterstock.com
NORMOTRÓFICA
Quando a pele na região da cicatriz fica muito parecida com a pele íntegra.
As cicatrizes são classificadas também pela coloração, podendo ser hipercrônicas(Tecido cicatricial
pigmentado.) ou hipocrônicas (Tecido cicatricial despigmentado.) .
Alguns fatores devem ser levados em conta quanto ao processo de cicatrização, como localização da
cicatriz, idade, espessura da pele, tipo de pele, origem étnica, existência de doenças prévias, uso de
medicamentos contínuos e exposição solar (Maior risco de hiperpigmentação.) .
Todos esses fatores devem ser avaliados de forma cautelosa, principalmente se o procedimento
proposto for algo com uso de agulhas, para evitar o surgimento de marcas indesejadas na pele.
O melhor tratamento para um paciente que se queixe de cicatrizes é o uso de ativos corretos.
LOCALIZAÇÃO DA CICATRIZ
Áreas de muita movimentação tendem a ter pior recuperação ou aspecto indesejado.
IDADE
Com o passar dos anos, o processo se torna mais lento e irregular.
ESPESSURA DA PELE
A pele mais fina tende a formar cicatrizes atróficas.
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ORIGEM ÉTNICA
Algumas etnias têm cicatrização mais intensa, com maior tendência à formação de queloides.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS ESTRIAS SÃO COMO CICATRIZES NA PELE QUANDO ESTA SOFRE UM
ESTIRAMENTO EXCESSIVO, COM ROMPIMENTO DE SUAS FIBRAS COLÁGENAS
E ELÁSTICAS. SOBRE ESSA DISFUNÇÃO, MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA.
A) Existem dois tipos de estrias, as vermelhas, que são mais antigas, e as brancas, que são as recém-
formadas.
B) As estrias acometem apenas mulheres na fase adulta e que fazem uso contínuo de corticoides.
C) Existem algumas situações que podem favorecer o surgimento de estrias, como aumento de peso,
gravidez, rápido crescimento muscular e uso de alguns medicamentos.
D) As estrias não têm tratamento estético e, por isso, uma vez formadas, não podem ser revertidas nem
amenizadas.
E) As estrias brancas normalmente são sempre revertidas com os tratamentos estéticos.
2. O FIBROEDEMA GELOIDE, MAIS CONHECIDO COMO CELULITE, É UM
PROBLEMA QUE AFETA PRINCIPALMENTE MULHERES E DEIXA A PELE DE
ALGUMAS REGIÕES DO CORPO COM O FAMOSO ASPECTO DE “CASCA DE
LARANJA”. SOBRE ESSA DISFUNÇÃO, MARQUE A ALTERNATIVA INCORRETA.
A) A única causa do surgimento das celulites é a alteração hormonal que o paciente sofre ao longo dos
anos e, por isso, deve ser tratado com o endocrinologista.
B) A celulite é classificada em graus, de acordo com o seu comprometimento, podendo ser de grau I, II,
III ou IV, que variam do leve ao grave.
C) A celulite pode ser classificada também como mista, edematosa, flácida ou compacta.
D) Na celulite, ocorre aumento dos adipócitos locais, com comprometimento vascular e do tecido de
sustentação.
E) Existem fatores predisponentes, desencadeantes e agravantes que favorecem o aparecimento de
celulites.
GABARITO
1. As estrias são como cicatrizes na pele quando esta sofre um estiramento excessivo, com
rompimento de suas fibras colágenas e elásticas. Sobre essa disfunção, marque a alternativa
CORRETA.
A alternativa "C " está correta.
Os tipos existentes de estrias são as vermelhas (novas) e brancas (antigas), que podem acometer
ambos os sexos, em qualquer idade. As estrias têm tratamento, que pode revertê-las ou amenizá-las,
dependendo do caso. As estrias vermelhas são as estrias de mais fácil tratamento e de maior chance de
regeneração.
2. O fibroedema geloide, mais conhecido como celulite, é um problema que afeta principalmente
mulheres e deixa a pele de algumas regiões do corpo com o famoso aspecto de “casca de
laranja”. Sobre essa disfunção, marque a alternativa INCORRETA.
A alternativa "A " está correta.
Existem fatores predisponentes para o aparecimento de celulites (fatores genéticos, sexo, idade e
biótipo corporal), fatores desencadeantes (alteração hormonal ou uso de medicamentos) e fatores
agravantes (sedentarismo, alimentação desequilibrada, aumento de peso, estresse, fumo, consumo de
bebidas alcoólicas).
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acabamos de ter uma visão ampla da importância das etapas de anamnese, avaliação facial e corporal
de forma minuciosa e conseguimos entender mais profundamente as principais disfunções estéticas.
Percebemos que existem muitos procedimentos que podem ser aplicados à mesma disfunção e que
cabe a nós escolher o que é mais adequado ao quadro do paciente, reconhecer suas indicações e
contraindicações e sempre evitar as intercorrências. Agora, você está preparado para avançar ainda
mais dentro da área da estética, com a certeza de que o conhecimento adquirido aqui será aplicado na
rotina de atendimento de seus pacientes!
Ouça o podcast com a especialista Allyne Macedo, que fala sobre os tipos de olheiras e o tipo de
tratamento para cada uma delas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BOLOGNIA, J.; JORIZZO, J. L.; SCHAFFER, J. V. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2015.
DE MAIO, M. Tratado de medicina estética. 2. ed. São Paulo. Editora Roca, 2011.
NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 2. ed. Porto Alegre. Artmed, 2002.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA.
TORTORA, G. J; GRABOWSKI, S. R. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. São
Paulo: Artmed, 2007.
EXPLORE+
Assista ao vídeo Aprenda todos os músculos da face de uma vez só, disponível no canal Anatomia
Fácil, com Rogério Gozzi.
Aprendemos sobre as cicatrizes e vimos que a cicatrização é um processo altamente complexo.
Para conhecer um pouco mais sobre esses dois processos, leia os artigos de revisão Inflamação:
entre a regeneração e a cicatrização, de RUH e colaboradores (2013), e Mecanismos envolvidos
na cicatrização: uma revisão, de Balbino e colaboradores (2005), disponíveis na Scielo.
A vasculariazação e invervação da face é altamente complexa. Para entender mais sobre esse
assunto, visite os sites Anatomia online e Paralisia fácil. Nesses sites, temos disponíveis imagens
ilustrativas desses dois sistemas, indicando as principais veias, artérias e os nervos da cabeça e
do pescoço. Vale a pena a visita!
Leia e assista à reportagem Tecnologia e inteligência artificial na estética e dermatologia,
disponível no site Biomedicina Padrão.
Leia o artigo Celulite: artigo de revisão, de autoria de Afonso e colaboradores, publicado em 2010,
na Surg Cosmet Dermatology, e disponível no site Surgical Cosmetic.
Saiba mais sobre o fototipo dos pacientes, as alterações fisiológicas e clínicas dos tipos de pele e
as alterações da pele com o envelhecimento.
CONTEUDISTA
Allyne Fandiño Martinez dos Santos Macedo
 CURRÍCULO LATTES
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