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Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Controle e Automação Desenvolvimento de um sistema de rastreamento solar para placas fotovoltaicas de pequeno porte Artur Costa Passos Orientador: Prof. Dr. Víctor Costa da Silva Campos Belo Horizonte, Novembro de 2019 Monografia Desenvolvimento de um sistema de rastreamento solar para placas fotovoltaicas de pequeno porte Monografia submetida à banca examinadora designada pelo Colegiado Di- dático do Curso de Graduação em Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Minas Gerais, como parte dos requisitos para aprovação na disciplina Projeto Final de Curso II. Belo Horizonte, Novembro de 2019 i Resumo Este projeto tem como objetivo mostrar o passo a passo, bem como os materiais utilizados no desenvolvimento de uma estrutura (rastreador), que tem o propósito de aumentar a quantidade de energia solar, convertida em energia elétrica, por meio de uma placa fotovoltaica. A metodologia de rastreio, baseia se no uso de resistores dependentes de luz (LDRs). As estruturas criadas e os esquemáticos das placas de circuito impresso desenvolvidos neste projeto, são apresentados e explicados no texto. Os resultados da quantidade de energia convertida com o rastreador versus quantidade de energia convertida com a placa fixa são apresentados e discutidos no final do texto. iii Abstract This project aims to show all the steps, as well as the materials used in the deve- lopment of a structure (tracker), which has the purpose of to increasing the amount of solar energy converted into electrical energy, by means of a photovoltaic plate. The screening methodology is based on the use of light dependent resistors(LDRs). The built structures and schematics of printed circuit boards developed in this project, are presented and explained in the text. The results of the amount of energy converted with the tracker versus the amount of energy converted with the fixed plate are presented and discussed at the end of the text. v Agradecimentos A Deus por ter me abençoado nesta caminhada, dado saúde e força para superar as dificuldades. Aos meus pais, pelo amor e incentivo. Por terem me apoiado sempre e ajudado a en- frentar as diversas dificuldades que apareceram ao longo desta jornada. Aos familiares e amigos por toda ajuda, incentivo e motivação. Ao Prof. Dr. Victor pelos conselhos, instruções e apoio na realização deste projeto. À UFMG e seu corpo docente por todo o conhecimento e aprendizado comparti- lhado. Sumário Resumo i Abstract iii Agradecimentos v Lista de Figuras x 1 Introdução 1 1.1 Motivação e Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1.2 Objetivos do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.3 Local de Realização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.4 Estrutura da Monografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 Base Teórica 5 2.1 O Sol como fonte energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1.1 Energia Solar Fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2.1.2 Energia Solar Térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.1.3 Energia Solar Heliotérmica, termossolar ou solar concentrada . . 6 2.2 Posição do Sol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2.1 Altura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2.2.2 Azimute . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2.3 Zenite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.3 O aproveitamento da energia solar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.3.1 Direto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.3.2 Indireto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.3.3 Sistemas Passivos e Sistemas Ativos . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.4 Efeito fotovoltaico e seu aproveitamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.5 Revisão da Literatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.6 Resumo do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3 Metodologia 13 3.1 Protótipo de rastreamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.2 Estrutura Final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3.3 Instrumentação do Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 3.3.1 Alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 vii viii SUMÁRIO 3.3.2 Sensoriamento e Dispositivos de Controle . . . . . . . . . . . . . 18 3.3.3 Atuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 3.4 Controle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 3.5 Softwares Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.5.1 Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.5.2 Processing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3.5.3 AutoCad . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.5.4 CorelDRAW . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.5.5 Eagle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.5.6 Fusion 360 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.5.7 MatLab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3.6 Desenvolvimento da Placa com o circuito lógico impresso . . . . . . . . 23 4 Resultados 29 4.1 Teste em sala escura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 4.2 A placa fixa e a placa com o rastreador . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 4.2.1 Placa fixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 4.2.2 Placa com rastreamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 4.2.3 Análise de dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 5 Conclusões 39 5.1 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 5.2 Propostas de Continuidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Referências Bibliográficas 43 A Códigos implementados 45 A.1 Código para Controle - Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 A.2 Código para leitura e escrita dos dados - Processing . . . . . . . . . . . 47 A.3 Código para análise dos dados - MatLab . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 B Esquemático e circuito lógico da placa 49 C Dados coletados 53 Lista de Figuras 2.1 Representação de azimute e altura. Fonte: [1] . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2 Representação de um semicondutor PN evidenciando a junção PN adap- tado de [2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3 Malha de controle. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3.1 Esquemático da estrutura mecânica de rastreio . . . . . . . . . . . . . . 14 3.2 Protótipo da estrutura de rastreio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.3 Protótipo do novo eixo proposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3.4 Protótipo do novo topo proposto para rastreio e suporte da placa foto- voltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.5 Protótipo do novo suporte de eixo proposto . . . . . . . . . . . . . . . 16 3.6 Protótipo da nova base proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 3.7 Protótipo Finalizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 3.8 Protótipo Finalizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 3.9 Disposição dos LDRs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 3.10 Ponte de Wheatstone com o par de LDR para cada conjunto . . . . . . 20 3.11 Lugar das raízes em malha aberta do sistema da equação 3.4 . . . . . . 22 3.12 Segunda placa criada para este projeto. As abreviações Az e Al se refe- rem aos dispositivos referentes ao controle de azimute e altura respecti- vamente. Desta forma LDR AZ1 e LDR AZ2 são os LDRs para leitura azimutal,LDR AL1 e LDR AL2 são os LDRs para leitura horizontal. M-AL são os pinos do motor de movimentação de altura e M-AZ são os pinos do motor de movimentação de azimute. E, por fim, <->AZ se refere ao amplificador de instrumentação atuando no controle de azi- mute e <->AL se refere ao amplificador de instrumentação atuando no controle de altura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 3.13 Placa após a adaptação para acoplar a placa secundária . . . . . . . . . 27 3.14 Placa secundária para medir a tensão na saída das placas fotovoltaicas 28 3.15 Resultado da acoplagem das placas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 4.1 Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa fixa . . . . . . . . . 30 4.2 Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa fixa . . . . . . . . . 31 4.3 Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa com Rastreador . . 32 4.4 Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa com Rastreador . . 33 ix x LISTA DE FIGURAS 4.5 Comparação entre as diferenças de potencial baseada nos dados colhi- dos nos dias 13 e 14 de Novembro. O eixo das abcissas mostra a hora da amostra e o eixo das ordenadas mostra o valor total da DDP nos terminais da placa fotovoltaica naquele instante. . . . . . . . . . . . . . 35 4.6 Comparação entre as diferenças de potencial baseada nos dados colhi- dos nos dias 16 e 17 de Novembro. O eixo das abcissas mostra a hora da amostra e o eixo das ordenadas mostra o valor total da DDP nos terminais da placa fotovoltaica naquele instante. . . . . . . . . . . . . . 36 5.1 Deformação causada na estrutura devido a exposição ao Sol. . . . . . . 40 5.2 Deformação causada na estrutura devido a exposição ao Sol. Como é possível notar, como o lado que o motor fica preso ao suporte tem um peso maior, com a exposição, a estrutura ficou deformada neste ponto. 40 A.1 Código implementado no Arduino. Os trechos "newval1 += 3.75;"e "newval2 -= 0.25"são os fatores de correção citados no penúltimo pará- grafo da seção 3.6. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 A.2 Código implementado no Processing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 A.3 Código implementado no MatLab . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 B.1 Esquemático da segunda placa criada para este projeto. . . . . . . . . . 49 B.2 Componentes do esquemático da segunda placa criada para este projeto. 50 B.3 Circuito da placa criada. Os LRDs estão enumerados como 1 e 11, 2 e 22, 3 e 33, 4 e 44 correspondendo aos terminais de ligação. Os pinos iniciados por M1 fazem referência aos terminais de ligação do servo motor 1 e M2 fazem referência aos terminais de ligação do servo motor 2. Os Pinos identificados por A0, A1, A2, D8, D9 e os terminados por ARD, são terminais para ligação com os pinos do Arduino NANO. . . . . . . . . . 51 B.4 Esquemático da placa para coleta e redução da tensão produzida pelas placas fotovoltaicas. Os resistores R1, R2, R3, R4, R5 e R6 têm valor nominal de 10kΩ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 C.1 Primeira parte dos dados utilizados nas análises de desempenho . . . . 53 C.2 Segunda parte dos dados utilizados nas análises de desempenho . . . . 54 C.3 Terceira parte dos dados utilizados nas análises de desempenho . . . . . 55 Capítulo 1 Introdução A sociedade moderna tem seu padrão de vida suportado por meio da utilização direta de energia proveniente das mais diversas fontes energéticas. Com os avanços tecnoló- gicos e com a busca por melhor qualidade de vida o consumo de energia tem crescido progressivamente. Dentre as fontes energéticas, tem-se aquelas que são ditas renováveis e as não reno- váveis. No mundo inteiro, é crescente e notória a busca por fontes de energia renováveis, como por exemplo, usinas hidroelétricas, fotovoltaicas, eólicas, etc [3]. Apesar disso, nem sempre é possível manter o padrão de vida da sociedade moderna extraindo energia apenas de fontes renováveis, isso porque, o investimento inicial para utilização dessas fontes, ainda não é tão atrativo [4]. Entretanto, com o desenvolvimento tecnológico, tem ocorrido uma diminuição pe- quena, mas aparentemente gradativa dos custos para implantação de sistemas para captar energia solar e isso tem incentivado a busca por este recurso no Brasil. Além disso, tem-se observado uma crescente e contínua onda de investimentos e leilões em áreas energéticas, que promovem e fomentam a busca por energias limpas e renováveis, entre elas, a fotovoltaica. O Ministério de Minas e Energia (MME), a Câmara de Co- mercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) são exemplos de Instituições que estimulam e induzem fortemente esta busca pelas fontes de energia renováveis [5] [6]. Esse fomento, propicia um cenário a cada dia mais expansivo em relação à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias ligadas à área. 1.1 Motivação e Justificativa Tem se tornado comum desastres ambientais que decorreram de atividades de geração e manuseio da energia, conforme noticiado nas mídias. Como é impossível a sociedade moderna e globalizada viver sem alguma fonte ou forma de energia, este setor movi- menta uma expressiva quantidade de dinheiro. Com isso, essa atividade econômica quando desenvolvida de forma desequilibrada, tem causado problemas e conflitos soci- ais, tecnológicos, ambientais e econômicos, dentre outros, no âmbito interno e externo dos países. [7] [8]. O desenvolvimento e crescimento de grandes centros urbanos, tornou-se necessário o investimento em novas tecnologias, que sejam mais eficientes energeticamente. Prin- 1 2 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO cipalmente em relação aos sistemas de energias renováveis, visto que, as energias não renováveis são fontes finitas. O Brasil é um país de território continental, localizado abaixo da linha do equador, com clima tropical e abundância de luz e calor e recebe energia solar em grande escala, praticamente o ano todo [9]. Isso o coloca em situação privilegiada frente aos demais países, que mesmo com avanços tecnológicos encontram-se em desvantagens climáticas, para uso de energias de fontes renováveis e naturais. Segundo a ANEEL, “A maior parte do território brasileiro está localizada relativa- mente próxima da linha do Equador, de forma que não se observam grandes variações na duração solar do dia. Contudo, a maioria da população brasileira e das atividades socioeconômicas do país se concentram em regiões mais distantes do Equador. Em Porto Alegre, capital brasileira mais meridional (cerca de 30◦ S), a duração solar do dia varia de 10 horas e 13 minutos a 13 horas e 47 minutos” [9]. Além disso, ainda com base em dados coletados da ANEEL, a duração média do dia durante um ano, é apro- ximadamente 12 horas e 15 minutos (para a localização da cidade de Belo Horizonte, 19◦ 55’14” S, 43◦ 56’16”O, onde foi realizado este trabalho). Atualmente, a utilização de painéis solares é relativamente comum no país. Além disso, seu uso tem se popularizado cada vez mais, especialmente por estar mais acessi- vel ao consumidor, com a maior oferta no mercado, o custo da tecnologia vem decres- cendo. No entanto, o uso de painéis articulados ainda é modesto frente ao potencial de utilização em aberto. Trabalhos como [10] e [11] comprovam a eficiência de painéis articulados com diferentes graus de liberdade em comparação aos convencionais painéis fixos. Fatores como a efetiva disponibilidade dos painéis existentes e já desenvolvidos, a acessibilidade e baixo custo econômico no investimento, além de ser uma fonte de energia renovável e limpa, fazem da energia solar uma excelente concorrente às energias geradas por fontes convencionais. 1.2 Objetivos do Projeto Desenvolver um sistema de rastreamento solar, que possa ser acoplado às placas fotovol- taicas de forma a otimizar e melhorar o reaproveitamento de energia solar se comparado à energia aproveitada por um painel fixo convencional. 1.3 Local de Realização Este Projeto de Fim de Curso foi realizado no Departamento de EngenhariaEletrônica da UFMG, no Laboratório MACSIN (Modelagem, Análise e Controle de Sistemas Não- Lineares). A Escola de Engenharia pertence ao campus Pampulha da UFMG localizado na Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 - Pampulha, Belo Horizonte - MG, 31270-901. Parte dos materiais utilizados neste projeto foram cedidos pelo laboratório e pelo professor orientador e parte foram adquiridas pelo discente. 1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 3 1.4 Estrutura da Monografia Esta monografia está dividida em cinco capítulos. Neste capítulo inicial foram apre- sentadas as informações introdutórias do trabalho. No segundo capítulo é apresentada uma base teórica a respeito do aproveitamento da energia solar e uma revisão da biblio- grafia, evidenciando trabalhos que desenvolveram e propuseram métodos de rastreio do Sol. No terceiro capítulo é descrita a metologia adotada neste projeto, são apresentados os protótipos e placas de circuito impresso desenvolvidas e são explicados, de forma mais detalhada, os procedimentos, materiais e softwares utilizados. No quarto capítulo são tratados os resultados obtidos com a estrutura final desenvolvida e descrita nesta monografia. No quinto capítulo é apresentada a conclusão a respeito dos resultados e são abordadas as sugestões e dificuldades enfrentadas ao longo do projeto. 4 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO Capítulo 2 Base Teórica 2.1 O Sol como fonte energética O Sol é uma fonte massiva de energia, que tem como base, uma produção energética fundamenada em sucessivas reações de fusão nuclear. Conforme explica [12], a cada segundo, aproximadamente 6x1011 kg de Hidrogênio (H2) são convertidos em Hélio (He), liberando neste processo cerca de 4x1020 J de energia. Além disso, [12] demonstra que o tempo de vida útil do Sol é de no mínimo 10 bilhões de anos, tempo suficiente para indicar que o Sol é uma fonte inesgotável de energia, e o mais importante, uma energia que não pode ser controlada/limitada por economias e/ou governos. Segundo dados da Agência Internacional de Energia (International Energy Agency - IEA) em [13], em 2017 a demanda de energia elétrica no mundo foi de 21372 TWhr. Segundo [12] cerca de 1,531x109 TWhr de energia solar são interceptados pela Terra. Sendo assim, a Terra recebe uma energia apenas proveniente do Sol, equivalente a 71635 vezes o que ela consome. Entretanto, ainda não existem painéis fotovoltaicos com taxas de conversão de 100%. Logo, considerando painéis de alto desempenho que alcançam marcas de 30% de conversão [14], chegamos à marca de limite de energia solar convertida de 4,59x108 TWhr resultando em uma conversão limite de 21490 vezes a energia elétrica consumida pela Terra em TWhr. Desta forma a energia proveniente do Sol se mostra uma excelente fonte de energia limpa. É claro que não é possível cobrir toda a superfície iluminada pelo Sol, mas estes números mostram que é possível diminuir o consumo de combustíveis fósseis, o que ocorrerá quando realmente houver interesse e financiamento para isso. A energia proveniente do Sol pode ser aproveitada de diferentes formas, isso implica que, não necessariamente, a única forma de aproveitar o Sol é a conversão direta de incidência de luz em energia elétrica. A seguir serão apresentadas as formas mais usuais de conversão da energia solar. 2.1.1 Energia Solar Fotovoltaica É a energia elétrica produzida a partir da luz solar, que pode ser produzida todos os dias independente da condição do tempo, mas com o efeito de que uma maior quantidade de radiação solar incidente na placa, acarretará uma maior quantidade de eletricidade 5 6 CAPÍTULO 2. BASE TEÓRICA produzida. As células utilizadas para a conversão são geralmente encontradas agrupadas em painéis maiores, visto que, desta forma, consegue-se produzir uma quantidade maior de energia. 2.1.2 Energia Solar Térmica É a energia térmica produzida a partir de incidência de luz solar. É comumente uti- lizada em locais que necessitam de um sistema de aquecimento. A incidência da luz aquece os painéis solares térmicos (chamados também de coletores solares) que trans- ferem o calor para um fluido (que são fluidos com alta capacidade térmica, como por exemplo, água misturada com algum composto anticongelante para evitar danos aos equipamentos durante o inverno) que circula por dentro deles. Este fluido aquecido será utilizado posteriormente na necessidade do aquecimento. É um sistema que nor- malmente é encontrado em residências para esquentar a água para chuveiros e piscinas. Além de outras aplicações, também podem ser utilizados para esquentar óleo em am- bientes industriais, por exemplo. 2.1.3 Energia Solar Heliotérmica, termossolar ou solar concen- trada Esta forma de energia consiste em concentrar a incidência de radiação solar em um ponto central (receptor), geralmente localizado no topo de uma torre. A geração helio- térmica acontece de forma indireta: a concentração de raios é responsável por aquecer um fluido, chamado Fluido Térmico, que passa pelo receptor. Este fluido aquecido será responsável por gerar vapor de água em uma usina termoelétrica. Este vapor movi- menta uma turbina e aciona um gerador. Daí se tem a produção de energia elétrica. O líquido resfriado retorna ao receptor para ser aquecido novamente e recomeçar o processo. Esta seria a melhor forma de aproveitamento da energia solar, se não fosse pelos altos custos de implantação, sendo utilizada apenas em grandes instalações. 2.2 Posição do Sol Para determinar a posição de qualquer astro celeste, neste caso, o Sol, é necessário utilizar como base um sistema de coordenadas. Para este fim, será utilizado o Sistema de Coordenadas Horizontal. Este sistema não se preocupa com a distância real do astro, apenas a posição relativa em ângulos é levada em consideração. Por se tratar de um sistema local, as referências dos ângulos precisam estar relacionadas a um ponto fixo ou a um local. Para os fins deste trabalho e relacionado ao Sistema de Coordenadas Horizontal, vamos definir o ângulo de altura e o ângulo de azimute. 2.2.1 Altura O ângulo de altura é o ângulo medido sobre o círculo vertical do astro com origem no horizonte. A altura varia entre 0◦ e +90◦. 2.2. POSIÇÃO DO SOL 7 2.2.2 Azimute O ângulo de azimute é o ângulo medido sobre o horizonte, com origem no Norte geo- gráfico e extremidade no círculo vertical do astro, no sentido horário. O azimute varia entre 0◦ e 360◦. 2.2.3 Zenite Zenite é um terceiro ângulo utilizado no Sistema de Coordenadas Horizontal. Zenite é o complemento do ângulo de altura de forma que o ângulo de altura somado ao ângulo zenital deve resultar em +90◦. A figura 2.1 mostra a relação dos ângulos de azimute e altura de um astro para um ponto fixo na Terra. Figura 2.1: Representação de azimute e altura. Fonte: [1] É importante ressaltar que, na prática, pode-se considerar o ângulo de altura do Sol variando apenas de 0 a 90◦ quando o ângulo de azimute varia de 0 a 180◦. Sendo que, para o par [altura,azimute], [0◦,0◦] corresponderia ao horário de nascer do Sol, [90◦,90◦] correspondendo ao meio dia solar e [0◦,180◦] correspondendo ao pôr do Sol. De qualquer forma, preferiu-se escolher um par de ângulos que cobrisse todo o semi- círculo mostrado na figura 2.1. Por motivos de limitação dos equipamentos utilizados, não foi possível fazer o ângulo azimutal variar de 0 a 360◦, para tanto, foi feito a altura variar de 0 a 180◦ e o azimute também de 0 a 180◦. Desta forma, consegue-se cobrir a mesma área mostrada na figura 2.1. 8 CAPÍTULO 2. BASE TEÓRICA 2.3 O aproveitamento da energia solar A energia solar pode ser aproveitada de diversas formas e com inúmeras tecnologias auxiliando este processo. Os métodos de captura da energia solar são classificados como Diretos ou Indiretos, Ativos ou Passivos. 2.3.1 Direto A captura de energia de forma direta consiste em métodos que necessitam apenas de uma etapa para converter a energia proveniente do Sol em uma energia que possa ser utilizada pelo homem, como por exemplo a energia fotovoltaica, onde o Sol incidentena placa fotovoltaica gera uma diferença de potencial (DDP) que pode ser usada para diversos fins. 2.3.2 Indireto Por outro lado, a captura de energia de forma indireta consiste em métodos que ne- cessitam de duas ou mais etapas para converter a energia proveniente do Sol em uma energia que possa ser utilizada pelo homem. Um exemplo deste método é a energia heliotérmica, onde a energia é concentrada em um ponto central por meio de espelhos, aquece um fluido que transfere o calor para um reservatório de água para gerar vapor que, por fim, alimentará uma turbina para gerar energia elétrica. 2.3.3 Sistemas Passivos e Sistemas Ativos Os sistemas passivos são aqueles que costumeiramente usam de métodos diretos para utilização de energia solar, como por exemplo, estufas que aproveitam diretamente a energia térmica do Sol. Já os sistemas ativos utilizam de uma atuação indireta para possibilitar ou otimizar o sistema de captura e utilização de energia solar. Esta atuação indireta pode ser de sistemas eletrônicos ou mecânicos, como por exemplo, utilização de bombas para circulação de água ou um fluido em um sistema de absorção de energia térmica. 2.4 Efeito fotovoltaico e seu aproveitamento Alguns dos materiais mais utilizados hoje em dia são os chamados semicondutores. Estes materiais têm características, simultaneamente, de materiais condutores e de materiais isolantes (não-condutores). O semicondutor mais utilizado atualmente é o silício. [2] Quando se adiciona impurezas a estes semicondutores, consegue-se produzir se- micondutores do tipo N (onde a impureza adicionada fornece elétrons excedentes) ou produzir-se-á um semicondutor do tipo P (onde a impureza adicionada cria lacunas com ausência de elétrons). Estas impurezas podem ser por exemplo, o Boro para produção de semicondutores do tipo P e o Fósforo para semicondutores do tipo N. 2.5. REVISÃO DA LITERATURA 9 Quando se junta um semicondutor tipo P e um semicondutor tipo N, produz se a chamada junção PN. Nesta junção, existe a facilitação para um fluxo de elétrons (corrente elétrica) em apenas um sentido, e está mesma facilitação é inexistente, ou impossível de acontecer naturalmente no sentido oposto. Deste modo, para o semi- condutor atuar como um condutor, é necessário que a energia acumulada na junção seja maior que a quantidade de energia necessária para que o elétron efetue a transição de um lado para o outro. Esta “quantidade de energia necessária” é chamada gap de energia que é próximo de 1.1 elétron-volts (1.1 eVs). [2] e [15] Figura 2.2: Representação de um semicondutor PN evidenciando a junção PN adaptado de [2] Quando uma junção PN como a mostrada na figura 2.2 é exposta a fótons com energia maior que o gap, as cargas são aceleradas, o que dá origem a uma corrente através da junção. Este deslocamento de cargas gera uma diferença de potencial, que é a definição de Efeito Fotovoltaico. Se forem conectados fios às extremidades das placas de silício obter-se-a uma corrente elétrica, que é o fenômeno que rege o funcionamento das células fotovoltaicas. Partindo destes princípios, é notável que, expondo uma placa com uma composição de algumas células fotovoltaicas ao Sol, uma certa quantidade de energia será convertida em energia elétrica para futuramente ser aproveitada em outras finalidades. 2.5 Revisão da Literatura Nos últimos anos, a necessidade de tecnologias que melhorem a eficiência de sistemas de captação de energias de fontes renováveis vem crescendo cada vez mais. Isto se dá, pois, o ser humano cada vez mais tem procurado substituir fontes poluentes por fontes não poluentes e renováveis. Sendo assim, uma proposta de acoplar estruturas que permitam movimentação de placas fotovoltaicas se mostram cada vez mais atrativas. Fazer com que um painel fotovoltaico possa se movimentar e, ainda mais, seguir o Sol é um ponto forte para impulsionar o uso da energia solar, uma energia limpa. Quando se pensa em seguir o Sol, há a possibilidade de seguir o Sol no eixo ver- tical, no eixo horizontal ou em ambos os eixos. Uma malha de controle que aborda 10 CAPÍTULO 2. BASE TEÓRICA o problema em questão pode ser vista na figura 2.3. Seguindo a lógica desta ma- lha, inicialmente se lê os valores dos sensores (a ponte de Wheatstone com LDRs), o microcontrolador (Arduíno) calcula o sinal de controle e envia o sinal para os atuado- res (servomotores). Sendo a posição relativa do servomotor e a posição do Sol como distúrbio, respectivamente, Θr e α. Além da estratégia com o uso de sensores, existem técnicas para rastreamento solar que utilizam análise de vídeo. Os autores de [16] utilizam um método onde um objeto de sombreamento é posto ao centro de uma estrutura branca. Com a incidência da luz solar, cria-se uma sombra. A partir daí, por meio de técnicas de processamento de imagem, consegue-se aferir a posição do Sol de acordo com a posição e comprimento da sombra projetada. Já em [17], os autores utilizam um sensor ótico (OV7620) para fazer o rastreamento. A imagem lida é analisada por um sistema que consegue distinguir o foco da principal fonte de iluminação incidente. A partir daí, já tem-se determinada a posição do Sol e com isso, basta fazer o controle dos motores a fim de alinhar a placa fotovoltaica perpendicular ao Sol. Já os autores em [10] utilizam uma webcam para localizar a posição do Sol. A imagem colhida pela câmera é submetida à um processamento de imagem que limpa a imagem, converte a imagem para escala de cinza, encontra contornos e por fim determina a posição do Sol. Uma vez determinada, basta alinhar a placa fotovoltaica perpendicular ao Sol. Ainda que não exista determinação exata da posição do Sol, é possível calcular e simular sua trajetória por meio de um sistema de equações como pode ser visto em [18] [19] e [20]. Existem diversos modos de se fazer articular e movimentar painéis fotovoltaicos. Entre eles, motores de passo podem ser acoplados à uma estrutura que permita movi- mentação, onde estes motores são controlados por um microcontrolador como explica [18]. Uma outra proposta é feita por [20] que utiliza motores de vidro elétricos au- tomotivos alimentados por uma bateria de 12 Volts e argumenta que estes motores são autotravantes, assim, não seria necessário uma alimentação contínua para manter a posição do motor. De acordo com [19], com métodos de rastreio apenas do ângulo azimutal, é possível aumentar a coleta de energia em 20%. Figura 2.3: Malha de controle. A respeito do uso explícito de LDRs a fim de rastrear o Sol, [21] e [22] abordam diferentes perspectivas do uso de LDRs para este fim. Ambos utilizam 4 LDRs e 2 ser- vos motores, e um dispositivo de sombreamento que se assemelha a uma cruz. Fazendo referência ao sistema de quadrantes convencionais do plano cartesiano, [22] coloca um 2.6. RESUMO DO CAPÍTULO 11 LDR em cada quadrante, o que torna diferente do que é exposto neste trabalho em relação ao método de rastreio e à programação do microcontrolador, que neste caso é um Arduino Mega. Em [23], um trabalho mais recente que estes citados anterior- mente, o autor faz uma distribuição de um LDR em cada quadrante do dispositivo de sombreamento e faz a lógica de controle baseado em quais sensores estão ilumina- dos e quais estão em uma sombra. com uma boa metodologia o autor descreve todos os procedimentos feitos e apresenta resultados satisfatórios com esta metodologia. Em contrapartida [21], utilizando um PIC 18f4550, propõe apenas um circuito onde entram todos os 4 LDRs o que pode resultar numa precisão não tão boa quanto se deseja, visto que a disposição é feita de forma que fique um LDR em cada quadrante sombreado pela estrutura de sombreamento. Apesar das metodologias diferentes,[23], [21] e [22] explicam passo a passo da meto- dologia e implementação ao mesmo tempo que corroboram as especulações de aumento de coleta de energia com o sistema de rastreio acoplados. Apesar de [21] não fornecer dados percentuais explícitos para comparação, [22] alcança a marca de 37% de aumento na coletade energia ao longo de um dia, e [23] conseguiu documentar um aumento de 40,72%. 2.6 Resumo do Capítulo Neste capítulo foram apresentados conceitos e informações importantes para compre- ender a motivação e justificativa citadas no capítulo anterior. Os conceitos gerais apresentados neste capítulo serão usados explicitamente e implicitamente ao longo do texto e os conceitos referentes ao sistema de coordenadas por ângulos são a base do controle implementado para este trabalho de tal forma que são fundamentais para o entendimento dos próximos capítulos. Além disso, ainda foi feita uma revisão da literatura que compara outras soluções e abordagens para o rastreamento solar a fim de aumentar a conversão de energia por placas fotovoltaicas. 12 CAPÍTULO 2. BASE TEÓRICA Capítulo 3 Metodologia O desenvolvimento de um protótipo teve que levar em conta que o sistema necessitaria de ter dois graus de liberdade (azimute e elevação/altura), além de ser uma estrutura capaz de ter os motores, sensores e a placa fotovoltaica acoplados. O sistema de atuadores é composto por dois servomotores que são responsáveis pela movimentação nos dois eixos. O sistema de sensoriamento é composto basicamente por LDRs. Estes LDRs fazem o papel de realimentação da malha fornecendo uma diferença de resistência entre eles proporcional à posição do Sol em relação a cada um dos sensores de luz presentes no protótipo. 3.1 Protótipo de rastreamento Uma proposta para o problema inicial descrito na seção 2.5, consiste no desenvolvi- mento de um dispositivo de sombreamento acoplado à estruturas de fixação dos LDRs e acoplado aos servomotores como é mostrado na figura 3.1, onde duas imagens supe- riores (a e b) mostram a estrutura de fixação à superfície e a acoplagem do servomotor para ajuste da posição azimutal. As duas imagens inferiores (c e d) mostram a es- trutura de apoio para fixação dos LDRs e a acoplagem do servomotor para ajuste de altura. Assim, dispondo de 4 LDRs como é mostrado em [21] porém desacoplando os circuitos de sensoriamento da malha de controle de azimute e da malha de controle de altura. Com a realização deste protótipo, mostrado na figura 3.2, foi possível fazer a vali- dação da instrumentação de base adotada (3.3.1), da abordagem na forma de sensori- amento (3.3.2), da disposição do sistema de atuação (3.3.3) e do controlador proposto (3.4). Assim sendo, houve confiabilidade suficiente para replicar o projeto em tamanho maior para acoplamento com a placa fotovoltaica. 13 14 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA Figura 3.1: Esquemático da estrutura mecânica de rastreio Figura 3.2: Protótipo da estrutura de rastreio 3.2. ESTRUTURA FINAL 15 3.2 Estrutura Final A estrutura final proposta consistiu em uma adaptação do protótipo explicado na seção 3.1 para poder acoplar a placa fotovoltaica à estrutura. Fazendo um acoplamento desta forma, a estrutura trabalharia conforme desejado e com o material que já havia sido postulado. A ideia inicial foi utilizar as mesmas estruturas de suporte, reescaladas para poder comportar o peso da placa e dos demais objetos, e para se manter estável independen- temente do movimento relativo do protótipo naquele momento. O suporte proposto é o produto da acoplagem das peças apresentadas nas figuras 3.3 e 3.4, onde a peça mostrada na figura 3.3 é o eixo que se encaixa na base da peça mostrada na figura 3.4. A parte "cortada"da peça mostrada na figura 3.3 se deve ao maior espaço ocupado pelos servomotores de maior potência, que serão abordados mais a frente. Desta forma, o encaixe entre as peças mostradas nas figuras 3.3 e 3.4 se dá de forma mais direta. Por sua vez, este eixo (figura 3.3) se encaixa em um suporte adaptado do item c da figura 3.1, que é mostrado na figura 3.5. Este suporte é acoplado a base adaptada do item b da figura 3.1, mostrada na figura 3.6. O protótipo finalizado, já com a placa acoplada é mostrado nas figuras 3.7 e 3.8. Figura 3.3: Protótipo do novo eixo proposto 16 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA Figura 3.4: Protótipo do novo topo proposto para rastreio e suporte da placa fotovol- taica Figura 3.5: Protótipo do novo suporte de eixo proposto 3.2. ESTRUTURA FINAL 17 Figura 3.6: Protótipo da nova base proposta Figura 3.7: Protótipo Finalizado 18 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA Figura 3.8: Protótipo Finalizado 3.3 Instrumentação do Processo 3.3.1 Alimentação Para alimentação do sistema de instrumentação, foi utilizada uma fonte de 9V 0.2A. A fonte alimenta diretamente um divisor/regulador de tensão que fornece 5V contínuos, trabalhando assim como uma fonte de 5V. Este divisor/regulador alimenta um conjunto de amplificadores operacionais e alimenta um divisor de tensão que reduz a tensão para 2.5V. A tensão de 2.5V é responsável por alimentar a referência dos amplificadores de instrumentação e a referência do microcontrolador que serão detalhados mais a frente. Além disso, a tensão de 5V passa por um novo divisor de tensão que reduz a tensão para um quarto ( 1.25V), esta tensão alimenta as pontes de Wheatstone que serão detalhadas mais a frente. A escolha deste valor de tensão para alimentação das pontes foi a fim de produzir um sinal de saída (das pontes de Wheatstone e entrada dos amplificadores de instrumentação) de baixa intensidade, diminuindo o ganho natural do sinal do processo. 3.3.2 Sensoriamento e Dispositivos de Controle As vantagens do uso dos amplificadores de instrumentação ao invés de um conjunto de amplificadores operacionais para desempenharem a mesma função é a compacta- ção que a unidade traz ao projeto e principalmente o fato de que os amplificadores operacionais necessitariam de serem alimentados por uma fonte simétrica, enquanto os amplificadores de instrumentação não precisam desta fonte simétrica. Conforme será abordado mais à frente, foram criadas mais de uma placa, pois, 3.3. INSTRUMENTAÇÃO DO PROCESSO 19 apesar de não haver componentes armazenadores de energia e considerando apenas a ausência de capacitores e indutores diretamente na placa, observou-se na primeira versão da placa um efeito de carga quando se alimentava o circuito completo. Com alguns testes, pode-se verificar que a melhor alternativa para contornar este efeito indesejado era ‘desacoplar’ o sistema colocando amplificadores operacionais, operando com buffers, na saída dos divisores de tensão. Para tanto, foi utilizado um Circuito Integrado (CI) TL072 a fim de fornecer dois amplificadores operacionais necessários. É importante citar também que, durante a etapa de desenvolvimento e testes com o protótipo inicial (3.1), houve um problema que ocorria com certa frequência: rom- pimento de cabos. Como a estrutura necessita estar livre para se movimentar, cabos rígidos não são adequados para as ligações e por este motivo foram utilizados cabos maleáveis. Entretanto, a utilização destes cabos sob as condições de movimentos rota- cionais, em diferentes direções, acabou resultando no seu rompimento. Para resolver este problema, optou-se por fazer a utilização de um cabo ethernet (CAT5) com conec- tores RJ45 para fazer a ligação dos contatos dos LDRs aos pontos de conexão na placa. O terminal para o encaixe do conector RJ45 foi soldado aos contatos dos LDRs e foi fixado na parte de trás da estrutura de suporte da placa (figura 3.4). E a outra ponta do cabo foi separada para que se pudesse ligar isoladamente cada LDR no terminal correspondente da placa criada (figura 3.12). Com isso, não houveram mais problemas relacionados ao rompimento dos cabos ou mal contato nos pinos. O sistema desenvolvido consiste no rastreamento por posicionamento de tal forma que a incidência de luz solar sobre o dispositivo de sombreamento gera uma quantidade específica de luz sobre cada LDR. Os LDRs estão dispostos em uma forma não intuitiva para rastreamento como pode ser visto na figura 3.9, como proposto inicialmente por [21]. Figura 3.9: Disposição dos LDRs Cada par de LDRs marcados na figura 3.9, isto é, o conjunto disposto para azimute e o conjunto disposto para altura, estãoligados entre si em uma ponte de Wheatstone (Figura 3.10), onde os dois conjuntos estão alimentados com a mesma fonte e assim, a diferença de resistência entre eles fornecerá um valor específico de uma diferença de potencial (DDP) na saída da ponte de Wheatstone. As saídas de cada ponte de Wheatstone estão alimentando entradas de um amplifi- cador de instrumentação. O valor de referência para este amplificador de instrumenta- ção foi definido em 2.5V (equivalente a redução de 50% de um dos divisores de tensão 20 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA citado anteriormente) de forma que o amplificador vai gerar um sinal de saída baseado na comparação entre a DDP da ponte de Wheatstone correspondente e a referência de entrada. O sinal de saída de cada um dos amplificadores operacionais são os sinais de entrada para o microcontrolador, um arduino NANO. O microcontrolador recebe os sinais de entrada, provenientes das saídas dos ampli- ficadores de instrumentação, também recebe um sinal de referência para comparação direta e além disso, também alimenta os sinais de controle que são escritos diretamente no conjunto de atuadores do sistema. 3.3.3 Atuação O conjunto de atuadores responsáveis por fazer o movimento do rastreio propriamente dito consistiu, para o protótipo inicial (3.1) em dois servomotores SG90 9g que alimen- tado a 5V consegue fornecer uma velocidade de 0.1 sec/60◦ e torque de 1.80 kg.cm, e para a estrutura final (3.2), consistiu em dois servomotores HD1501 que alimentado a 6V consegue fornecer uma velocidade de 0.14 sec/60◦ e torque de 17 kg·cm, que estão parafusados a partes específicas da estrutura, e que desempenham, sem nenhum problema para o caso da estrutura final, os movimentos de rotação horizontal (rastrea- mento de azimute) e vertical (rastreamento de altura). Estes motores estão alimentados por uma outra fonte de tensão que fornece uma potência maior, uma fonte de 6V e 2A. Figura 3.10: Ponte de Wheatstone com o par de LDR para cada conjunto 3.4 Controle Como citado anteriormente, o microcontrolador recebe os sinais de controle dos ampli- ficadores de intrumentação e com isso, por meio de um integrador em tempo discreto, a ação de controle é calculada em cima da posição atual do protótipo e da posição real 3.4. CONTROLE 21 do Sol. Assim, a integração do erro fornece a ação de controle desejada, de tal forma que o erro em regime permanente é nulo. Pode-se considerar que a rotação de azimute do protótipo será menor ou igual à 180 graus pois, como citado em 1.1 o local de realização está a quase 20◦ ao sul da linha equatorial. Com isso, levando em conta uma duração média do dia no território brasileiro sendo algo próximo de 12 horas e 15 minutos, a rotação média do protótipo é menor do que 15 graus/hora em relação aos dados propostos anteriormente. Com isso, a ação de controle não necessita de uma componente derivativa nem mesmo de uma componente proporcional, sendo um integrador puro suficiente para o controle da planta, visto que, é possível considerar a variação solar por hora como sendo pequenos sinais do tipo degrau (função degrau unitário em Laplace definida na equação 3.1). Além disso, existe uma diferença de comportamento entre o sistema com um contro- lador Proporcional-Integral (PI) e um controlador Integral (I). A equação que descreve o controlador I, no domínio da frequência após aplicada a transformada de Laplace, é mostrada na equação 3.2, e na equação 3.3 para o tempo discreto. A ação integral, produz um resultado que é proporcional à magnitude e duração do erro. Isso acontece em forma de correção em intervalos regulares (tempo integral). Estes intervalos são dimensionados pelo ganho integral de tal forma que o ganho integral é o inverso do tempo integral. Se o valor do ganho integral for muito alto, o tempo de acomodação será pequeno, mas o sistema tem uma forte tendência a se tornar instável. Por outro lado, com um ganho integral baixo, o tempo para a correção do erro torna-se grande, mas a estabilidade do sistema permanece inalterada. u(s) :⇔ 1 s (3.1) GCI(s) = Ki s . (3.2) GCI [k] = u[k − 1] + Ki Ti .e[k] . (3.3) Onde ’Ki’ é o ganho integral,’e’ é o erro do sistema no instante ’k’, ’u’ é o sinal de entrada no instante anterior ’(k-1)’ e ’Ti’ é o tempo de amostragem integral. Como podemos considerar o sistema sendo apenas um ganho ’M’ qualquer, nossa função de transferência do sistema com um controlador integal, em malha aberta (MA), em Laplace é dada por: FT (s) = M s . (3.4) O lugar das raízes da equação 3.4 é mostrado na figura 3.11. Levando em consideração as premissas de que não se deseja tanta velocidade para o sistema, pois as variações serão lentas, mas deseja-se obter um erro em regime per- manente (RP) nulo, o controlador puramente integral se mostra ideal para o controle deste projeto. Como existe um pequeno atraso entre o envio do sinal de controle aos servomotores e a resposta física dos servomotores propriamente dita, o sistema teria uma pequena tendência à instabilidade caso o ganho dado fosse muito alto (pois, seria 22 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA Figura 3.11: Lugar das raízes em malha aberta do sistema da equação 3.4 enviado um comando aos servomotores e antes que o movimento dos servomotores fosse finalizado, o controlador já estaria enviando outro comando). Entretanto, foi dado um ganho pequeno experimentalmente ao controlador além de um tempo de amostragem suficiente, garantindo assim a estabilidade geral do sistema (eletrônico e físico). Para não haver erro com o valor de referência, isto é, para não acontecer de ser predefinido um valor para a referência (como foi dito anteriormente = 2.5V) e o valor real ser diferente disso, por exemplo, optou-se por alimentar uma entrada do micro- controlador com o sinal de referência. Sinal este similar ao que alimenta ambos os amplificadores operacionais. Deste modo, não haverá irregularidades por diferenças de valores. 3.5 Softwares Utilizados Para a realização do projeto com as atividades descritas ao longo deste texto, foram necessários alguns softwares de programação, análise computacional, desenho e projeto. Os softwares utilizados estão listados abaixo com suas respectivas finalidades de uso: 3.5.1 Arduino Como foi utilizado um Arduino NANO como microcontrolador, o uso do software Arduino para programar o microcontrolador se mostrou bastante adequado. A IDE Arduino é uma plataforma bastante simples, de código aberto, e que permite leitura e escrita direta no controlador via comunicação serial. A programação do microcon- trolador por meio deste software se dá de forma bastante intuitiva, sendo C/C++ sua linguagem nativa. O código desenvolvido é mostrado na figura A.1. 3.5.2 Processing Processing é uma linguagem de programação de código aberto e ambiente de desenvol- vimento integrado. A IDE é bastante similar à do Arduino e a programação também se dá em C/C++. O Processing foi utilizado para leitura dos dados que eram escritos 3.6. DESENVOLVIMENTO DA PLACA COM O CIRCUITO LÓGICO IMPRESSO23 via serial por parte do controlador, e escrita destes dados em um arquivo .txt para futura análise. O código desenvolvido no Processing é mostrado na figura A.2. 3.5.3 AutoCad O AutoCad é um software da AutoDesk que foi utilizado para desenho e análise dos tamanhos dos protótipos antes da confecção de cada protótipo. Foi utilizado inicial- mente para desenho e trabalho em cima das peças desenhadas em 2D. Posteriormente, o software utilizado para estas funções passou a ser o Fusion 360. 3.5.4 CorelDRAW O CorelDRAW foi utilizado para desenho e redimensionamento dos tamanhos das pe- ças, em 2D, para futura análise de cada peça do protótipo. Posteriormente, o software utilizado para estas funções também passou a ser o Fusion 360. 3.5.5 Eagle O Eagle é um software da AutoDesk voltado para o projeto de circuitos eletrônicos para a automação, possuindo uma grande biblioteca de componentes comumente utilizados para projetos eletro-eletrônicos. O Eagle foi utilizado para confecção dos esquemáticos,circuitos e para cálculo e análise de otimização das malhas de circuito que seriam posteriormente impressas na placa de cobre. 3.5.6 Fusion 360 O Fusion 360 também é um software da AutoDesk que tem funcionalidades voltadas para prototipagem e impressão em impressoras 3D. O software oferece recursos de desenho e modelagem similares ao AutoCad. Após finalizado o desenho, o software é capaz de gerar as chapas e o desenho em comandos que são reconhecidos pela impressora 3D. 3.5.7 MatLab O MatLab é um programa voltado para cálculos numéricos complexos, analise e simu- lação de sistemas avançados. Foi utilizado neste trabalho para análise comportamental do controlador proposto e para esboço do lugar das raízes para comprovar a eficácia do controlador proposto. Além disso, foi também utilizado para análise gráfica dos dados coletados das placas. 3.6 Desenvolvimento da Placa com o circuito lógico impresso Como citado anteriormente, foram desenvolvidas mais de uma placa até chegar à placa final apresentada. O esquemático e circuito lógico desenvolvidos para versão final feita, 24 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA tanto para rastreio quanto para coleta de dados, são mostrados no Apêndice B desta monografia. A primeira placa apresentava problemas de desempenho inicialmente desconhecidos. Para se obter os 5V nos pontos necessários, era preciso aplicar 24V aos terminais de entrada. Isso passou a causar um efeito em cascata por toda a placa e, a cada novo componente que era conectado, o valor de tensão nos pontos de 5V caiam ainda mais, Estudando ponto a ponto, observou-se a presença de um efeito de carga que causava essa interferência. Para contornar este problema, decidiu-se colocar amplificadores operacionais operando como ’buffers’, a fim de desacoplar os circuitos entre si. Então, foi feita uma nova placa. agora levando em consideração um circuito inte- grado (CI), o TL072 que conta com dois amplificadores de operacionais em sua mon- tagem. Além disso, decidiu-se substituir um divisor de tensão que realizava a queda de 9V para 5V por outro CI, o regulador de tensão L7805. Assim, chegou-se à placa mostrada na figura 3.12, cujo esquemático pode ser visto na figura B.1. Após a placa ter sido feita, notou-se que os pinos 5V-ARD1 e GND-ARD1, que seriam posterior- mente utilizados para alimentação direta do Arduino NANO, ficariam melhor dispostos imediatamente do lado da placa do Arduino. Desta forma foram feitas modificações nas linhas de cobre da placa culminando nos pinos ficarem dispostos exatamente da forma desejada, como pode ser visto no topo da figura 3.12. Após o desenvolvimento desta placa para rastreio e tratamento de dados dos sen- sores, notou-se que seria interessante desenvolver uma outra placa para aquisição de dados diretamente das placas fotovoltaicas. Essa nova placa, teria como entrada as saídas das placas fotovoltaicas, isto é, a tensão gerada por cada uma das placas fotovoltaicas. Como as placas fotovoltaicas utilizadas produzem tensão que variam de 0 a 15V, é necessário reduzir essa tensão por meio de divisores de tensão a fim de escalar o valor máximo de tensão produzida ao valor máximo de tensão que o Arduino aceita como entrada, 5V. Para fazer isso, a fim de reduzir a tensão para um terço do valor real produzido, utilizou-se três resistores de 10k Ω como pode ser visto na figura B.4 . As saídas da placa seriam duas diferenças de potencial, referentes ao valor de tensão ajustado. Estas saídas seriam ligadas ao Arduíno e ele seria o responsável pela coleta geral de dados. Além disso, o valor do "terra"das placas desenvolvidas e o do Arduino precisavam ser iguais, assim, todos eles foram ligados juntos, como se fossem um único barramento, por meio de uma adaptação feita em uma linha de cobre da placa principal. A nova placa para aquisição dos dados é bastante simples, cujo esquemático é mostrado na figura B.4. Por se tratar de uma estrutura extremamente simples, optou-se por fazer esta placa em uma placa de circuito impresso ilhada, de tal forma que o acoplamento à placa principal ocorresse da forma mais simples e direta possível. Para tanto foram utili- zados soquetes individuais de pinos de encaixe em ambas as placas, de forma que o acomplamento se dá por contato direto. Com isto, uma modificação na placa mostrada na figura 3.12 se fazia necessária: era preciso associar pinos do Arduino para comunicação com a nova placa de aquisição de dados. Após esta modificação, a placa 3.12 passou a ter o formato mostrado na figura 3.13. A placa secundária pronta é mostrada na figura 3.14 e o resultado do 3.6. DESENVOLVIMENTO DA PLACA COM O CIRCUITO LÓGICO IMPRESSO25 Figura 3.12: Segunda placa criada para este projeto. As abreviações Az e Al se referem aos dispositivos referentes ao controle de azimute e altura respectivamente. Desta forma LDR AZ1 e LDR AZ2 são os LDRs para leitura azimutal, LDR AL1 e LDR AL2 são os LDRs para leitura horizontal. M-AL são os pinos do motor de movimentação de altura e M-AZ são os pinos do motor de movimentação de azimute. E, por fim, <->AZ se refere ao amplificador de instrumentação atuando no controle de azimute e <->AL se refere ao amplificador de instrumentação atuando no controle de altura. 26 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA acoplamento das placas é mostrado na figura 3.15. Vale ressaltar que esta modificação não acarretou em alterações na lógica, funcionamento e desempenho que se tinha antes. É importante apontar que, como a construção da estrutura foi feita sem suporte de ferramentas e materiais de precisão, ocorreram pequenos erros e falhas ao longo do desenvolvimento. Um desses erros foi a não previsão de possíveis mudanças futuras e a necessidade de adaptar a placa desenvolvida às novas demandas, como foi tratado anteriormente. Um outro ponto interessante de notar, é o posicionamento dos sensores (LDRs). Não havia uma ferramenta milimetricamente precisa para posicionar os sensores na estrutura mostrada na figura 3.4, portanto, na prática eles não estavam perfeitamente alinhados o que gerava um sinal levemente errado fazendo com que a estrutura não se alinhasse perfeitamente ao Sol, tendo um erro natural na ordem de unidades de graus. Para tanto, foi necessário implementar um fator de correção no código do Arduino (apêndice A.1) a fim de contornar este erro natural de construção. Desta forma, obteve-se o alinhamento preciso conforme era desejado. Com a placa final pronta e a nova estrutura, impressa pela impressora 3D também pronta, o trabalho foi focado na coleta de dados para análise de desempenho. Neste momento foi utilizado o software Processing para coleta de dados pela porta serial e escrita destes dados em um arquivo. Com a coleta pronta utilizou-se o MatLab para análise e comparação dos dados. 3.6. DESENVOLVIMENTO DA PLACA COM O CIRCUITO LÓGICO IMPRESSO27 Figura 3.13: Placa após a adaptação para acoplar a placa secundária 28 CAPÍTULO 3. METODOLOGIA Figura 3.14: Placa secundária para medir a tensão na saída das placas fotovoltaicas Figura 3.15: Resultado da acoplagem das placas Capítulo 4 Resultados A seguir serão explanados os testes e resultados desempenhados ao longo deste trabalho. 4.1 Teste em sala escura O propósito do teste em sala escura foi certificar de que, em condições extremas (baixa luminosidade e múltiplas fontes luminosas com diferentes intensidades, visto que não haverá mais de um Sol em um único dia) o rastreador teria um bom desempenho. Desta forma, em um dia de variações bruscas na luminosidade (nuvens densas ou grandes sombras indesejadas), o rastreador conseguiria identificar o ponto de maior iluminação no ambiente, mantendo a placa fotovoltaica sempre perpendicular à incidência desta iluminação. Foram realizados dois destes deste tipo. O primeiro, consistiu em acender e apagar diferentes lâmpadas dentro da sala, De forma que, ainda que pequena, haveria diferença na posição do ponto de maior iluminação. O segundo teste consistiu em uma simples lanterna dentro de toda a sala. O ras- treador foi capaz deseguir sem problemas a lanterna. Apesar de simples, testes como estes mostram a confiabilidade e robustez do pro- jeto, que implica em uma maior independência em um dia com baixa luminosidade, ou um dia com muitas nuvens ou chuva. O fato de o rastreador ter tido um bom de- sempenho nestes testes mostra que não é necessário fazer uma calibração nos sensores para diferentes dias. 4.2 A placa fixa e a placa com o rastreador 4.2.1 Placa fixa Para a coleta de dados referentes à placa fixa, foi necessário de antemão, decidir qual seria o ângulo de posicionamento da placa. Para tanto, foram inseridas as coordenadas do local de realização do projeto (seção 1.1), no programa SunData que fornece os ângulos de posicionamento para maior precisão no aumento de eficiência das placas. O SunData pode ser acesso em [24]. 29 30 CAPÍTULO 4. RESULTADOS A coleta dos dados apresentados nesta e nas próximas sub-seções, se deu no mês de Novembro do ano de 2019. De acordo com os dados fornecidos pelo SunData, verifica-se que, embora para o mês de Novembro a placa no plano horizontal tende a produzir mais energia do que a placa inclinada com ângulo igual à latitude (∼20◦), e essa informação independe do ano, adotou-se o posicionamento da placa no ângulo igual à latitude por motivos fundamentais: As placas são instaladas por empresas especializadas, no ângulo que se tem maior produção total de energia ao longo do ano. Ainda pelos dados do SunData, nota-se que a média anual é maior para placas posicionadas em um ângulo de valor igual à latitude (∼20◦). Deste modo, o servo-motor de ajuste de altura foi fixado de tal forma que o ângulo de inclinação fosse ∼20◦ e o servo-motor de ajuste azimutal foi fixado para a estrutura ficar faceada para o Norte. Para colher os dados propriamente ditos referentes à placa fixa, a estrutura foi posicionada conforme descrito anteriormente (figura 4.1 e 4.2). Com isso, o valor de tensão sobre o resistor R3 da figura B.4 que é monitorado pela entrada analógica do Arduino, é escrito na porta serial e é lido pelo código escrito no Processing. Em seguida, este valor é escrito em um arquivo .txt. Figura 4.1: Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa fixa 4.2. A PLACA FIXA E A PLACA COM O RASTREADOR 31 Figura 4.2: Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa fixa 32 CAPÍTULO 4. RESULTADOS 4.2.2 Placa com rastreamento A coleta dos dados referentes à placa com rastreamento, consistiu na ligação devida de todos os pinos da placa (sensores, motores e alimentação), conforme é possível ver nas figuras 4.3 e 4.4, aos pontos da estrutura que foi posicionada inicialmente de maneira similar à forma descrita em 4.2.1 (figura 4.1 e 4.2). Com isso, o valor de tensão sobre o resistor R6 da figura B.4 que é monitorado por uma outra entrada analógica do Arduino, também é escrito na porta serial e sucessivamente lido pelo código escrito no Processing. Posteriormente, este valor é escrito em um outro arquivo .txt. Figura 4.3: Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa com Rastreador 4.2. A PLACA FIXA E A PLACA COM O RASTREADOR 33 Figura 4.4: Estrutura Posicionada para coleta de dados - Placa com Rastreador 34 CAPÍTULO 4. RESULTADOS 4.2.3 Análise de dados O período em que as peças da estrutura final ficaram prontas, é costumeiramente um período de Sol entre nuvens e chuvas. Sendo assim, a coleta de dados se deu sob estas condições. É importante notar também que, devido ao fato de apenas haver uma única placa fotovoltaica disponível para realização deste trabalho, a fim de evitar resultados ten- denciosos, os dados foram colhidos em dias intercalados com a placa fixa e a placa com rastreador. Conforme procedimento descrito em 3.6, com os dados brutos salvos em um arquivo .txt, se fazia necessário tratá-los para posteriormente fazer as análises cabíveis. Este tratamento se deu atravás da aplicação de uma fórmula sobre eles : V alorTratado = V alorBruto ∗ 3 ∗ 5 1024 O valor 3 multiplicado se refere ao divisor de tensão que reduz a tensão de leitura para 1/3 da nominal fornecida nos terminais da placa. O valor 5 multiplicado é o valor máximo lido pelas entradas analógicas do Arduíno e o valor 1024 dividido é o valor máximo mapeado digitalmente no chip do Arduíno para a entrada analógica lida. Deste modo, temos então os valores tratados, isto é, o valor em cada amostra de DDP lida da placa fotovoltaica. Para os resultados aqui apresentados, a fim de comparação, foi adotado o parea- mento dos dados colhidos com a placa fixa e a placa com rastreador ainda que em dias diferentes. Os dados tratados utilizados para esta análise podem ser encontrados no apêndice C. Ainda referindo ao mês de Novembro, como citado em 4.2.1, os dados co- lhidos nos dias 13 e 14 são apresentados graficamente na figura 4.5 e os dados colhidos nos dias 16 e 17 são apresentados, também através de um gráfico, na figura 4.6. 4.2. A PLACA FIXA E A PLACA COM O RASTREADOR 35 Figura 4.5: Comparação entre as diferenças de potencial baseada nos dados colhidos nos dias 13 e 14 de Novembro. O eixo das abcissas mostra a hora da amostra e o eixo das ordenadas mostra o valor total da DDP nos terminais da placa fotovoltaica naquele instante. 36 CAPÍTULO 4. RESULTADOS Figura 4.6: Comparação entre as diferenças de potencial baseada nos dados colhidos nos dias 16 e 17 de Novembro. O eixo das abcissas mostra a hora da amostra e o eixo das ordenadas mostra o valor total da DDP nos terminais da placa fotovoltaica naquele instante. 4.2. A PLACA FIXA E A PLACA COM O RASTREADOR 37 Como é possível ver em todas as curvas dos dois gráficos, existem vários picos e pequenas oscilações ao longo de todo o dia. Isso se explica com o fato do período de nuvens intensas e chuvas frequentes. Ainda sobre este fato, é válido explicar que no dia 15, não houveram dados coletados pois foi um dia de chuva intensa em toda a cidade de Belo Horizonte. Para comparação quantitativa geral, os dados foram inseridos no MatLab e ambas as curvas foram integradas. Com a área total sob a curva foi possível fazer uma análise comparativa da somatório das amostras de DDP colhidas ao longo do dia. Para integrar a área sob cada curva foi utilizada a função trapz() fonecendo como parâmetros os dados tratados e a quantidade de amostras. O código utilizado no MatLab é mostrado na figura A.3. Após executar o código para cada um dos valores mostrados nos gráficos acima, foi obtido um aumento de 19.24% para o gráfico mostrado na figura 4.5 e 16.88% para o gráfico mostrado na figura 4.6, de tensão convertida por placas com o rastreador a partir da luz solar em relação a tensão convertida por placas fixas. Os componente eletrônicos utilizados tem um bom desempenho para o fim proposto. Além disso, são energeticamente viáveis para este projeto. Embora não tenha sido feita uma relação minuciosa entre Ganho Gasto , o fato de os servomotores (dispositivos com maior consumo energético no projeto) serem ativados apenas duas vezes por minuto, faz com que o gasto seja suficientemente pequeno para favorecer ainda mais o ganho geral. Além disso, é possível ainda reduzir a quantidade de vezes que os servomotores são ativados por minuto, aumentando ainda mais o rendimento geral. É interessante notar que, ainda que este valor pareça ser pequeno ao potencial em questão, o período onde se deu a coleta não favoreceu muito a conversão de energia por motivos de intempéries (nuvens densas e/ou chuva). Além disso, o local que se tinha para realização deste experimento não era o ideal para a proposta deste trabalho: A primeira razão para esta consideração é que no nível de superfície a luz estava passível de sofrer alteração devido às arvores e outras construções que poderiam causar sombras e/ou reflexos; A segunda razão para esta consideração é que o telhado da residência local é revestido por telhas de zinco (devido às frequentes chuvas de granizo), que além de refletir parte da luz incidente atrapalhando a coleta de dados, esquentaria considera- velmente a estrutura.Ainda assim, a implementação do rastreador à placa fotovoltaica se mostrou eficiente e eficaz no aumento da quantidade de energia convertida. 38 CAPÍTULO 4. RESULTADOS Capítulo 5 Conclusões Com as execuções dos procedimentos e das etapas descritas nos capítulos anteriores conseguiu-se atingir o objetivo principal descrito na introdução: desenvolver um sistema de rastreio, que acoplado a uma placa fotovoltaica, consiga melhorar o reaproveitamento da energia solar quando comparado a uma placa fixa. Ao longo do desenvolvimento diversos problemas elétricos e mecânicos aparece- ram. No contexto elétrico foram mais comuns efeitos de carga, sobreaquecimento de fios causado por intertravamento de motor e problemas de alimentação associados à interferência eletromagnética. Do ponto de vista mecânico, o principal problema foi causado pelo movimento: o rompimento de cabos. Como os cabos são maleáveis e encapados, este foi um problema que demandou bastante tempo até sua detecção, pois com o cabo rompido, dependendo da posição momentânea, ora se tinha contato e o sistema funcionava, ora não se tinha contato e o sistema ficava parado. Todos estes problemas foram resolvidos ao longo das etapas, viabilizando o funcionamento perfeito da estrutura final. Um problema que não foi possível de ser corrigido foi a deformação causada na estrutura, mostrada nas figuras 5.1 e 5.2, devido a longa e intensa exposição ao Sol. Por se tratar de um material impresso em 3D, embora tenha se escolhido densidade mais alta suportada pela impressora, ainda assim a resistência ao calor não foi sufi- ciente para suportar a longa exposição ao Sol. As deformações foram causadas com a estrutura exposta por menos de 10 dias ao Sol, entretanto não causaram distorções no movimento ou funcionamento indesejado, o que é um ponto positivo. Sendo assim, para uma aplicação de utilização real do sistema proposto, é desejável que seja utili- zada um material metálico com alta resistência às intempéries que a estrutura estará exposta. Mais uma vez, é importante ressaltar que apesar desta pequena deformação, o funcionamento geral da estrutura permaneceu inalterado. 39 40 CAPÍTULO 5. CONCLUSÕES Figura 5.1: Deformação causada na estrutura devido a exposição ao Sol. Figura 5.2: Deformação causada na estrutura devido a exposição ao Sol. Como é possível notar, como o lado que o motor fica preso ao suporte tem um peso maior, com a exposição, a estrutura ficou deformada neste ponto. 5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS 41 5.1 Considerações Finais Para um cenário ideal de comparação e análise de eficiência de uma placa fotovoltaica acoplada a uma estrutura de rastreamento versus uma placa fotovoltaica fixa, seria necessário fazer as análises com duas placas de mesmas especificações, em um intervalo de tempo suficientemente grande, de forma que fosse possível englobar diversos cenários com ação de diferentes intempéries. Entretanto, para satisfazer aos prazos propostos para este trabalho, não foi possível esta análise prolongada e aprofundada. Além disso, no período da realização da coleta de dados deste trabalho, a situação do tempo era de presença de nuvens densas e chuvas leves, moderadas e intensas o que restringiu o intervalo de tempo que os dados puderam ser aproveitados para análise. Ainda assim, com o que conseguiu ser aproveitado, pode ser observado um aumento de 19.24% na melhor comparação, o que torna sugestiva a ideia de que este número poderia ser significantemente maior na presença de características ideais e favoráveis, como o clima, o ambiente e o local. É importante notar também que, neste trabalho, foi adotada a inclinação de ∼20◦ para a coleta de dados referente à placa fixa. Entretanto, na prática, este fato não é exatamente assim na maioria dos casos. A maioria dos paineis são simplesmente instalados seguindo a inclinação padrão dos telhados das residências. Isso porque, nem sempre, as empresas que fazem instalação destes paineis conseguem posicionar estruturas estáveis que possam dar ao painel a inclinação devida. Deste modo, os dados comparados aqui acabam tendo valores pouco maiores que os dados que seriam obtidos caso fosse utilizado o valor de inclinação dos telhados residenciais e, com isso, a eficiência da estrutura de rastreio poderia ser ainda maior do que a aqui comprovada. 5.2 Propostas de Continuidade Por se tratar de um sistema proposto para melhoria da coleta e aumento de efetividade de conversão de energia elétrica, existem algumas melhorias que podem ser implemen- tadas junto ao sistema proposto para aumentar a robustez e eficiência como um todo. Algumas melhorias são propostas a seguir: • Tentar tornar o sistema autosuficiente, de forma que, a energia gerada ao longo de um dia que não seja gasta para alimentar o sistema possa ser armazenada em baterias para utilização em outros fins. • Teste com novos materiais a fim de evitar deformações e desgastes desnecessários causados pela ação da variação temporal do clima e pela ação das intempéries. • Buscar componentes que consumam menos energia. Embora os componentes utilizados se adequem neste critério, é possível fazer uma análise de uma estru- tura com menos atríto entre as partes móveis, diminuindo a perda de energia no movimento. • Fazer uso de algum componente que seja capaz de tornar o sistema, autoligante quando houver uma radiação solar suficiente para seu funcionamento de forma 42 CAPÍTULO 5. CONCLUSÕES autosuficiente, e também permita seu autodesligamento quando a quantidade de luz incidente for desprezível para a produção energética. Caso a autosuficiência não consiga ser obtida, o critério para ligar e desligar o sistema poderia ser a viabilidade energética de seu funcionamento. Referências Bibliográficas [1] VERA, L. Programa computacional para dimensionamento e simulação de sistemas foto- voltaicos autónomos. 2004. Dissertação de Mestrado, UFRGS, Porto Alegre. [2] GUIMARÃES A. P. C.; RIBEIRO, C. M. B. L. E. G. L. C. G. D. S. P. C. R. X. d. O. Ma- nual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Especial. [S.l.]: Ediouro Gráfica e Editora S.A.., 2004. [3] UCZAI, P. Câmara dos D. Energias Renováveis riqueza sustentável ao alcance da socie- dade. Brasilia, Brasil: Edições Câmara, 2012. v. 10. (Cadernos de altos estudos, v. 10). [4] RANGEL M. S.; BORGES, P. B. D. S. I. F. S. Análise comparativa de custos e tarifas de energias renováveis no brasil. Revista Brasileira de Energias Renováveis, v. 5, n. 3, p. 267–277, 2016. [5] FOTOVOLTAICA, A. B. de E. S.Marco histórico para o setor fotovoltaico brasileiro. 2014. 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CÓDIGOS IMPLEMENTADOS Figura A.1: Código implementado no Arduino. Os trechos "newval1 += 3.75;"e "new- val2 -= 0.25"são os fatores de correção citados no penúltimo parágrafo da seção 3.6. A.2. CÓDIGO PARA LEITURA E ESCRITA DOS DADOS - PROCESSING 47 A.2 Código para leitura e escrita dos dados - Proces- sing Figura A.2: Código implementado no Processing A.3 Código para análise dos dados - MatLab Figura A.3: Código implementado no MatLab 48 APÊNDICE A. CÓDIGOS IMPLEMENTADOS Apêndice B Esquemático e circuito lógico da placa Figura B.1: Esquemático da segunda placa criada para este projeto. 49 50 APÊNDICE B. ESQUEMÁTICO E CIRCUITO LÓGICO DA PLACA Figura B.2: Componentes do esquemático da segunda placa criada para este projeto. 51 Figura B.3: Circuito da placa criada. Os LRDs estão enumerados como 1 e 11, 2 e 22, 3 e 33, 4 e 44 correspondendo aos terminais de ligação. Os pinos iniciados por M1 fazem referência aos terminais de ligação do servo motor 1 e M2 fazem referência aos terminais de ligação do servo motor 2. Os Pinos identificados por A0, A1, A2, D8, D9 e os terminados por ARD, são terminais para ligação com os pinos do Arduino NANO. 52 APÊNDICE B. ESQUEMÁTICO E CIRCUITO LÓGICO DA PLACA Figura B.4: Esquemático da placa para coleta e redução da tensão produzida pelas placas fotovoltaicas. Os resistores R1, R2, R3, R4, R5 e R6 têm valor nominal de 10kΩ . Apêndice C Dados coletados Figura C.1: Primeira parte dos dados utilizados nas análises de desempenho 53 54 APÊNDICE C. DADOS COLETADOS Figura C.2: Segunda parte dos dados utilizados nas análises de desempenho 55 Figura C.3: Terceira parte dos dados utilizados nas análises de desempenho Resumo Abstract Agradecimentos Lista de Figuras Introdução Motivação e Justificativa Objetivos do Projeto Local de Realização Estrutura da Monografia Base Teórica O Sol como fonte energética Energia Solar Fotovoltaica Energia Solar Térmica Energia Solar Heliotérmica, termossolar ou solar concentrada Posição do Sol Altura Azimute Zenite O aproveitamento da energia solar Direto Indireto Sistemas Passivos e Sistemas Ativos Efeito fotovoltaico e seu aproveitamento Revisão da Literatura Resumo do Capítulo Metodologia Protótipo de rastreamento Estrutura Final Instrumentação do Processo Alimentação Sensoriamento e Dispositivos de Controle Atuação Controle Softwares Utilizados Arduino Processing AutoCad CorelDRAW Eagle Fusion 360 MatLab Desenvolvimento da Placa com o circuito lógico impresso Resultados Teste em sala escura A placa fixa e a placa com o rastreador Placa fixa Placa com rastreamento Análise de dados Conclusões Considerações Finais Propostas de Continuidade Referências Bibliográficas Códigos implementados Código para Controle - Arduino Código para leitura e escrita dos dados - Processing Código para análise dos dados - MatLab Esquemático e circuito lógico da placa Dados coletados
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